LDP: 23/JAN/12

LEITURA DIÁRIA DA PALAVRA

23/Jan/2012 (segunda-feira)

LEITURAS

2 Samuel 5,1-7.10 (Livro do Antigo ou 1º testamento / Livros Históricos)

Naqueles dias, 1todas as tribos de Israel vieram encontrar-se com Davi em Hebron e disseram-lhe: “Aqui estamos. Somos teus ossos e tua carne. 2Tempos atrás, quando Saul era nosso rei, eras tu que dirigias os negócios de Israel. E o Senhor te disse: Tu apascentarás o meu povo Israel e serás o seu chefe”. 3Vieram, pois, todos os anciãos de Israel até o rei em Hebron. O rei Davi fez com eles uma aliança em Hebron, na presença do Senhor, e eles o ungiram rei de Israel. 4Davi tinha trinta anos quando começou a reinar, e reinou quarenta anos: 5sete anos e seis meses sobre Judá, em Hebron, e trinta e três anos em Jerusalém, sobre todo o Israel e Judá. 6Davi marchou então com seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam aquela terra. Estes disseram a Davi: “Não entrarás aqui, pois serás repelido por cegos e coxos”. Com isso queriam dizer que Davi não conseguiria entrar lá. 7Davi, porém, tomou a fortaleza de Sião, que é a cidade de Davi. 10Davi ia crescendo em poder, e o Senhor, Deus todo-poderoso, estava com ele.

Salmo 89(88),20-22.25-26 (R. 25a) (Livro do Antigo ou 1º testamento / Livros Poéticos e Sapienciais)

25aMinha verdade e meu amor estarão sempre com ele.
20Outrora vós falastes em visões a vossos santos: “Coloquei uma coroa na cabeça de um herói e do meio deste povo escolhi o meu Eleito.
21Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado. 22Estará sempre com ele minha mão onipotente, e meu braço poderoso há de ser a sua força.
25Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. 26Eu farei que ele estenda sua mão por sobre os mares, e a sua mão direita estenderei por sobre os rios”.

Evangelho Jesus Cristo segundo as palavras de são Marcos 3,22-30 (Livro do Novo ou 2º Testamento / Evangelho Sinótico)

Naquele tempo, 22os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Beelzebu, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios. 23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: “Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. 26Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído. 27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. 28Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno”. 30Jesus falou isso, porque diziam: “Ele está possuído por um espírito mau”.

COMENTÁRIOS

… Eu sou o CAMINHO …

Sinto que promovo a comunhão na minha família, no meu trabalho, na Igreja?
Os bispos, em Aparecida, na V Conferência, falaram do Espírito Santo, guia dos seguidores de Jesus: “Jesus nos transmitiu as palavras de seu Pai e é o Espírito que recorda à Igreja as palavras de Cristo (cf. Jo 14,26). Desde o princípio, os discípulos haviam sido formados por Jesus no Espírito Santo (cf. At 1,2) que é, na Igreja, o Mestre interior que conduz ao conhecimento da verdade total formando discípulos e missionários. Esta é a razão pela qual os seguidores de Jesus devem se deixar guiar constantemente pelo Espírito (cf. Gl 5,25), e tornar a paixão pelo Pai e pelo Reino sua própria paixão: anunciar a Boa Nova aos pobres, curar os enfermos, consolar os tristes, libertar os cativos e anunciar a todos o ano da graça do Senhor (cf. Lc 4,18-19).” (DAp 152).
Deixo-me guiar pelo Espírito?

… a VERDADE …

Leio atentamente, e observo pessoas, o que pensam e o que esperam de Jesus.
Os mestres dizem que Jesus está dominado por Belzebu, o chefe dos demônios. É Belzebu que dá poder a ele para expulsar demônios.
Jesus os questiona: como Satanás vai expulsar a si mesmo?
Como o Reino de Satanás vai se dividir?
Se for assim, será destruído. E Jesus afirma que dizer que a ação de Deus é obra de Satanás é blasfemar contra o Espírito de Deus. E ainda, as blasfêmias contra o Espírito Santo não serão perdoadas.

… e a VIDA …

Pai, sou-te infinitamente grato, pois, em Jesus Cristo movido pelo Espírito Santo, tua libertação chega até nós, vítimas de tantas formas de opressão.

Qual deve ser a MISSÃO em minha VIDA hoje?

Meu novo olhar é iluminado pelo Espírito Santo.

REFLEXÕES

OS ESCRIBAS DETINHAM O PODER RELIGIOSO

Os chefes religiosos de Jerusalém, sediados no Templo e no Tesouro, enviam escribas para espionarem Jesus e colherem informações sobre suas atividades. Certamente os fariseus da Galileia, perplexos com a prática de Jesus, pediram ajuda à matriz, em Jerusalém. É próprio de quem está no poder acusar os opositores de agitadores, perturbadores da ordem ou da harmonia, ou, em um enfoque religioso, possessos do demônio. Os escribas detinham o poder religioso e legitimavam-se afirmando ser eles os legítimos representantes de Deus. Em consequência lógica e oportunista, denunciavam Jesus, que divergia de sua posição e de seu poder, como sendo possesso do demônio. Hoje também, quem diverge do poderio cristão norte-americano e de seus aliados é considerado como sendo do mal.
Na sentença final, a rejeição do Espírito Santo significa a rejeição da misericórdia, do amor divino e da comunhão com Deus.

O PODER DE JESUS

A inveja nos faz capazes de encontrar os motivos mais terríveis para condenar alguém que pratica o bem. Com Jesus não foi diferente. Os mestres da Lei viam tudo o que Jesus fazia e não podiam negar os fatos, mas quando deveriam aderir à proposta de Jesus, a inveja tomou conta dos seus corações. Como o poder de Jesus não podia ser contestado, resolveram contestar a origem de tal poder, afirmando que este não era a manifestação de uma realidade divina, e sim diabólica, atribuindo a Jesus o que de fato era a origem dos seus próprios pensamentos, uma vez que negavam como divina a ação do próprio Espírito Santo, e isso sim, é algo diabólico.

UMA FALSA ACUSAÇÃO

Por si mesmos, os milagres não tinham o poder de convencer as pessoas da condição messiânica de Jesus. Ao contemplá-los, as pessoas podiam fazer as mais contraditórias interpretações. Tudo dependia da maior ou menor sintonia com Jesus.
Os mestres da Lei interpretavam os milagres do Messias Jesus como ações demoníacas na história humana. Na visão deles, Jesus estaria atuando com um força recebida de satanás.
Evidentemente, Jesus não podia calar-se diante de uma interpretação tão destorcida de sua atividade. Assim, partindo da acusação de seus adversários, desmascarou a falsidade de seus pontos de vista.
A ação miraculosa de Jesus consistia em aniquilar o poder de satanás sobre as pessoas. Bastava uma ordem sua para que os demônios deixassem livres aqueles a quem mantinham subjugados. Jesus era o terror dos demônios.
Sendo assim, não tem lógica dizer que a ação de Jesus tenha algo a ver com Belzebu. Este não haveria de munir de poder contra si mesmo a quem poderia acabar com suas pretensões sobre o ser humano. Era preciso procurar em outro lugar a raiz do poder taumatúrgico de Jesus.
A acusação de que Jesus agia em conluio com satanás foi não só pecaminosa, como também uma verdadeira blasfêmia contra o Espírito Santo, por cuja força Jesus atuava.

NO QUE CONSISTE A BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO?

Conforme a popularidade de Jesus crescia, Seus inimigos procuravam, desesperadamente, meios para explicar os maravilhosos poderes d’Ele. Finalmente, decidiram alegar que Ele expulsava demônios pelo poder do próprio satanás. Paralelo ao texto de hoje estão Mateus 12,22-32 e Lucas 11,14-23. E com apenas três argumentos Jesus responde e faz uma advertência:
1. Como é que satanás pode expulsar a si mesmo?
2. Se eu expulso demônios com a ajuda de satanás, por quem os expulsam os vossos filhos?
3. Para roubar a casa de um homem forte, tem-se primeiro que amarrá-lo. Expulsando demônios, estou amarrando Satanás, de modo que eu possa cumprir minha missão de resgatar àqueles que Satanás mantém cativos.
Sua advertência foi: “Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem. Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno” (Marcos 3,28-30).
Depois de Seus debates com os fariseus, e outros inimigos, sobre como guardar o sábado, eis que surge nova questão: de onde vinha o poder de Cristo para expulsar demônios?
Não podendo negar Seus muitos e poderosos milagres, os líderes judaicos tentaram vinculá-los a Belzebu – ou seja, a Satanás. Interiormente, sentiam que esses milagres eram resultado da manifestação divina, mas após terem acusado e perseguido Jesus, ficava difícil admitir a origem divina da obra feita por Ele. O orgulho, ou seja, a falta de humildade, levou tais líderes a essa situação.
O argumento de Cristo permaneceu sem resposta: Como Seus milagres poderiam provir de Satanás, se destruíam a obra dele? (saúde em vez de doença, libertação de demônios em vez de escravidão a eles).
Há aqui uma lição para todos: o orgulho pode obliterar a visão espiritual a ponto de alguém “ao mal chamar bem, e ao bem chamar mal” (Is 5,20). Quando uma pessoa chega a esse ponto, corre o risco de pecar ou “blasfemar contra o Espírito Santo” e “não ter perdão para sempre” (Mc 3,29).
Por quê?
O fato é que todo pecado pode ser perdoado, desde que seja confessado (I João 1,9). Mas, se alguém chegar ao ponto de achar que o mal é o bem (de que a falsa acusação deles quanto aos milagres de Cristo era correta), então nunca haverão de se arrepender disto e, por conseguinte, não obterão o perdão. Estarão cometendo o “pecado imperdoável”, pois nunca foi confessado para ser perdoado. Poderíamos dizer, então, que “pecado imperdoável” é pecado não confessado e deixado, como esse dos líderes judaicos.
Os escribas vindos de Jerusalém são os enviados dos chefes religiosos que tinham em mãos o culto sacrifical do Templo e o dinheiro do Tesouro, anexo ao Templo. Eles percebem que Jesus, com seu anúncio da verdade e do amor, é uma ameaça para o poder e os privilégios deles. Jesus já havia expulsado o espírito impuro que dominava um homem em uma sinagoga. Eles se empenham em difamar Jesus, para afastá-lo do povo.
O Espírito Santo é o amor. Considerar as obras de amor do Espírito como sendo obras do demônio significa o distanciamento e até a ruptura com o próprio amor de Deus. Rejeitar e matar os que com amor buscam resgatar a dignidade humana dos empobrecidos explorados e excluídos significa a rejeição da vida e do amor de Deus.
Na Encíclica “Dominum et vivificantem”, § 46 – do beato João Paulo II – encontramos razões do porque é imperdoável o pecado contra o Espírito Santo.
Porque é que a “blasfêmia” contra o Espírito Santo é imperdoável?
Em que sentido se deve entender esta “blasfêmia”?
Santo Tomás de Aquino responde que se trata de um pecado “imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados”.
Segundo uma tal exegese, a “blasfêmia” não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da Cruz.
Se o homem rejeita o deixar-se «convencer quanto ao pecado», que provém do Espírito Santo e tem caráter salvífico, ele rejeita contemporaneamente a “vinda” do Consolador: aquela «vinda» que se efetuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que “purifica a consciência das obras mortas”. Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados.
Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas “obras mortas”, no pecado. E a “blasfêmia contra o Espírito Santo” consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não-remissão» está ligada, como à sua causa, à “não-penitência”, isto é, à recusa radical a converter-se.
Isto equivale a uma recusa radical de ir até às fontes da Redenção; estas, porém, permanecem «sempre» abertas na economia da Salvação, na qual se realiza a missão do Espírito Santo. Este tem o poder infinito de haurir destas fontes: “receberá do que é meu”, disse Jesus.
Deste modo, Ele completa nas almas humanas a obra da Redenção, operada por Cristo, distribuindo os seus frutos.
Ora a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal – em qualquer pecado – e recusa por isso mesmo a Redenção.
O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida.
É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfêmia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou e abrir-se às fontes divinas da purificação das consciências e da remissão dos pecados.
Rejeitar o amor de Jesus é rejeitar o próprio Espírito Santo, que é a comunicação da Vida e do amor de Deus.

A INVEJA: UMA BLASFÉMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO

“É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios” […]. O que é próprio das pessoas maldizentes e animadas pela inveja é fechar, tanto quanto possível, os olhos aos méritos de outrem; e quando, vencidos pelas evidências, já não o conseguem fazer, depreciá-los e desvirtuá-los. Assim, quando a multidão exulta de devoção e se maravilha com as obras de Cristo, os escribas e os fariseus, ou fecham os olhos ao que sabem ser verdade, ou rebaixam o que é grande, ou desvirtuam o que é bom. Uma vez, por exemplo, fingindo-se ignorantes, disseram Àquele que tinha feito tantos sinais maravilhosos:
“Que sinal realizas Tu, pois, para nós vermos e crermos em ti?” (Jo 6,30).
Aqui, não podendo negar os factos com cinismo, depreciam-nos maldosamente […] e desvalorizam-nos dizendo: “Ele tem Belzebu! […] É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios”.
Eis, queridos irmãos, a blasfémia contra o Espírito, que prende aqueles que envolveu nas cadeias dum pecado eterno. Não é que seja de todo impossível ao penitente receber o perdão de tudo, se produzir “frutos de sincero arrependimento” (Lc 3,8). Só que, esmagado por um tal peso de malícia, ele não tem força para aspirar a essa honrosa penitência merecedora de perdão. […] Aquele que, vendo à evidência no seu irmão a graça e a obra do Espírito Santo […], não teme desvirtuar e caluniar, e atribuir insolentemente aos maus espíritos o que sabe pertinentemente ser do Espírito Santo, esse está de tal modo abandonado por esse Espírito de graça, que já não quer a penitência que lhe traria o perdão. Está completamente obscurecido, cego pela sua própria malícia.
Com efeito, que poderá haver de mais grave do que ousar, por inveja para com um irmão a quem tínhamos recebido ordem de amar como a nós próprios (cf. Mt 19,19), blasfemar contra a bondade de Deus […] e insultar a Sua majestade, querendo desacreditar um homem?

AQUELE, PORÉM, QUE BLASFEMAR CONTRA O ESPÍRITO SANTO NUNCA SERÁ PERDOADO

Hoje, ao ler o Evangelho do dia, você não deixa o seu espanto – “alucina”, como se diz na linguagem da rua -. “Os escribas vindos de Jerusalém” veem a compaixão de Jesus pelas pessoas e o seu poder que atua em favor dos oprimidos, e – apesar de tudo – dizem-lhe que “estava possuído por Beelzebu” e “expulsava os demônios pelo poder do chefe dos demônios” (Mc 3, 22). Realmente é uma surpresa ver até onde podem chegar a cegueira e a malícia humanas, neste caso de uns letrados. Têm diante da bondade em pessoa, Jesus, o humilde de coração, o único Inocente e não aprendem. Eles deviam ser os entendidos, os que conhecem as coisas de Deus para ajudar o povo, e afinal não só não o reconhecem como o acusam de diabólico.
Com este panorama era caso para dar meia volta e dizer: “Ficai aí!”. Mas o Senhor sofre com paciência esse juízo temerário sobre a sua pessoa. Como afirmou João Paulo II, Ele “é um testemunho insuperável de amor paciente de humildade e mansidão”. A sua condescendência sem limites leva-o, inclusive, a tratar de remover os seus corações argumentando-lhes com parábolas e considerações da razão. Até que, no final, adverte com a sua autoridade divina que esse fechar de coração, que é rebeldia diante do Espírito Santo ficará sem perdão (cf Mc 3,29). E não porque Deus não queira perdoar, mas porque para ser perdoado, primeiro, cada um tem que reconhecer o seu pecado.
Como anunciou o Mestre, é longa a lista de discípulos que sofreram a incompreensão, quando agiam com toda a boa intenção. Pensemos, por exemplo, em Santa Teresa de Jesus quando tentava levar à mais alta perfeição as suas irmãs.
Não estranhemos, por tanto, se no nosso caminhar aparecerem essas contradições. Serão indício de que vamos no bom caminho. Rezemos por essas pessoas e peçamos ao Senhor que nos dê resistência.

SEREMOS FORTES E DESTEMIDOS SE DEIXARMOS QUE A FORÇA DO ESPÍRITO ATUE EM TODOS OS MOMENTOS DA NOSSA VIDA

Naquele tempo, os próprios mestres da Lei confundiam o povo alegando que Jesus era movido por um espírito mau e que era por força do demônio que Ele expulsava os demônios. Com muita sabedoria Jesus refutava o argumento deles mostrando que um reino que se volta contra si mesmo é um reino enfraquecido. Por isso, Jesus também condenou a quem blasfemasse contra o Espírito Santo de Deus. Refletindo sobre as palavras de Jesus nós podemos perceber que nós lutamos contra nós mesmos quando negamos o poder do Espírito Santo e não reconhecemos Nele o motivador da nossa vida e das nossas ações.
Se nós temos consciência de que recebemos o Espírito Santo no nosso Batismo e o rejeitamos não querendo a sua manifestação em nós, com certeza estamos fadados ao fracasso e a uma vida de trevas. Com efeito, precisamos estar muito atentos para não dar ouvidos aos ensinamentos dos homens que negam o poder do Espírito Santo, ao que eles pregam, para que não se enfraqueça em nós a Sua manifestação. Seremos fortes e destemidos se deixarmos que a força do Espírito atue em todos os momentos da nossa vida. Reflita:
Você acredita que o Espírito Santo tem poder na sua vida?
Você é uma pessoa que dá ouvidos a doutrinas de outras religiões?
Quem é o Espírito Santo para você?
E Jesus, quem é Ele para você?
Amém!
Abraço carinhoso.

PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO

Jesus é acusado de estar possuído por um demônio pelos mestres da lei, e até por seus parentes é acusado de estar louco. Seus adversários são incapazes de ver os sinais do reino que está acontecendo. Por inveja e por medo de perder os seus privilégios acusam Jesus de expulsar demônios pelo próprio demônio. É que eles estão comprometidos com o sistema injusto e opressor.
É o Espírito Santo que realiza tais obras em Jesus e leva-o a realizar a missão de libertar o homem das estruturas escravizantes. Ao acusar Jesus de ter pacto com os demônios eles cometem um pecado gravíssimo. Pois a ação de Jesus é o amor de Deus agindo para a salvação do ser humano. Não reconhecer as obras de Deus e ainda por cima atribuir tais obras ao demônio é pecado muito grave.
A dureza de coração dos fariseus e mestres da lei não permitia ver que o reino de Deus havia chegado para dar-lhes vida plena. Contra estas acusações Jesus responde a eles que se um reino se divide contra si mesmo será destruído.
Este é um dos fatores que pode levar nossa comunidade a se desestruturar. Quando nos dividimos, tentando cada um mostrar ser melhor que o outro. Não podemos permitir divisões em nosso meio. Nossas pastorais e movimentos devem caminhar juntos unidos em Jesus Cristo. Pois, sem Jesus nada podemos fazer nada dará certo.
Para que outras pessoas queiram fazer parte de nossa comunidade é necessário que vejam em nós a unidade. Jesus disse que os seus discípulos seriam reconhecidos pelo modo como viviam através da vivência do amor fraterno. Se alguém chega a nossa comunidade e nos vê brigando por qualquer coisa, se desentendendo quem vai querer fazer parte de uma comunidade dessas? O que as pessoas procuram é uma igreja acolhedora que vive os valores do evangelho, que vive na comunhão com Deus e com os irmãos.
Procuremos viver a unidade e deixar de lado toda divisão, toda competição. Que cada um coloque seus dons a serviço da igreja e do irmão. Todo dom nos foi dado por Deus para a edificação da igreja e não para nossa ostentação. Deixemos o Espírito Santo agir em nós e juntos e unidos a Jesus sermos evangelizadores fazendo o reino de Deus acontecer em nosso meio.
Em Cristo!

É PRECISO CONVERTER-SE PARA CONVERTER O MUNDO

Ninguém se une para perder…
Nova acusação contra Jesus, agora são os Escribas que já nem sabem o que estão falando, acusam Jesus de estar unido a Belzebu ou Satanás, para expulsar os demônios dos que estavam possessos. A postura dos Escribas nos lembra um termo bastante verdadeiro, que se usa na política mais quem sentido amplo: Oposição burra!
A oposição é importante pois nos ajuda a perceber nossos erros e isso nos faz crescer, mas quando se trata de uma oposição inteligente que aponta os erros e equívocos cometidos por alguém, assim deveria ser na política entre Situação e Oposição, mas não é e nunca será…Até mesmo em nossas comunidades essa postura dos Escribas acontece. Quando não vamos com a cara do Coordenador, ou do Padre, ou do Diácono ou Ministro, ele pode até fazer chover, que vamos ser contra.
No caso das comunidades, uma oposição inteligente faz a correção fraterna, mas uma oposição burra só destrói e causa divisões, isso é pecado grave contra a Igreja! Jesus faz o Bem ao expulsar demônios das pessoas que estavam sofrendo, mas seus opositores os Escribas deturpam a sua ação libertadora atribuindo-a a Satanás. O desejo pérfido de Satanás é sempre possuir e dominar as pessoas e não libertá-las, isso é, o Mal se associa ao Mal, para fazer o Mal e jamais o Bem e pensar o contrário é burrice…
Tem gente que não é contra Jesus mais não o aceita e nem o assume como único Deus e Senhor, em se tratando de Jesus, não basta não ser contra, é preciso fazer por ele uma opção radical e assim comprometer-se com todos os valores do evangelho, viabilizando a prática do bem.
Nossas comunidades são essa casa protegida pelo Homem Forte que é Vencedor por excelência, Satanás só consegue infiltrar-se na comunidade, quando alguém que se diz cristão, agindo como o Escribas, se coloca contra o Evangelho, traindo o ideal Cristão e permitindo que se crie divisões provocadas pela inveja, intriga e calúnia.

MONIÇÕES

MONIÇÃO AMBIENTAL OU COMENTÁRIO INICIAL

Com a força do Espírito Santo, Jesus realiza as maravilhas do reino dos céus. Ainda assim, é acusado de estar possuído por demônios. Seus acusadores se recusam a admitir que fazer o bem vai muito além das ideologias hipócritas.

MONIÇÃO PARA A(S) LEITURA(S) E O SALMO

O povo precisa de bons pastores para conduzi-lo a e salvá-lo das falsas ideologias e dos que pretendem se aproveitar dele. O Espírito de Deus santifica seu povo e o mantém na unidade.

MONIÇÃO PARA O EVANGELHO

Aleluia, aleluia, aleluia. Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte, fez brilhar pelo evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).

ANTÍFONAS

Antífona da entrada

Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor, ó terra inteira; esplendor, majestade e beleza brilham no seu templo santo (Sl 95,1.6).

Antífona da comunhão

Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! (Sl 33,6)

ORAÇÕES DO DIA

Oração do dia ou Oração da coleta

Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Preces da Assembleia ou Oração da Assembleia

— Senhor, atendei nossa oração.

— Para que a Igreja seja unida e supere os perigos da divisão, rezemos.
— Para que as famílias busquem o diálogo e vivam em perfeita harmonia, rezemos.
— Para que os “demônios” dos novos tempos sejam vencidos, rezemos.
— Para que os professores sejam os primeiros a viver os valores ensinados, rezemos.
— Para que nossa comunidade, caminhando unida, vença todos os desafios, rezemos.

Oração sobre as oferendas

Ó Deus, acolhei com bondade as oferendas que vos apresentamos para que sejam santificadas e nos tragam a salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

Oração depois da comunhão

Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que, tendo recebido a graça de uma nova vida, sempre nos gloriemos dos vossos dons. Por Cristo, nosso Senhor.

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