Liturgia Diária 17/Nov/13

LEITURA DIÁRIA DA PALAVRA — 17/11/2013 (domingo)

Os sinais precursores — Sejamos perseverantes no caminho de Deus

Lc 21,5-19 (1) (os sinais precursores)Lc 21,5-19 (2) (os sinais precursores)Lc 21,5-19 (3) (os sinais precursores)

LEITURAS:

Leitura retirada do Livro da Profecia de Malaquias (Ml 3,19-20a)

(O Triunfo dos justos no dia de Iahweh)

Leitura da Profecia de Malaquias:

19 Eis que virá o dia, abrasador como fornalha, em que todos os soberbos e ímpios serão como palha; e esse dia vindouro haverá de queimá-los, diz o Senhor dos exércitos, tal que não lhes deixará raiz nem ramo. 20a Para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação em suas asas.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Salmo retirado do Livro dos Salmos (Sl 98(97),5-6.7-8.9a.9bc (R. cf. 9))

(O Juiz da Terra)

O Senhor virá julgar a terra inteira; com justiça julgará.

9 O Senhor virá julgar a terra inteira; com justiça julgará.

 

Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave!

Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei!

 

Aplauda o mar com todo ser que nele vive, o mundo inteiro e toda gente!

As montanhas e os rios batam palmas e exultem de alegria.

 

9a Exultem na presença do Senhor, pois ele vem, vem julgar a terra inteira.

9b Julgará o universo com justiça

9c e as nações com equidade.

Leitura retirada do Livro da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses (2Ts 3,7-12)

(Advertência contra a Desordem)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses:

Irmãos: 7 Bem sabeis como deveis seguir o nosso exemplo, pois não temos vivido entre vós na ociosidade. De ninguém recebemos de graça o pão que comemos. Pelo contrário, trabalhamos com esforço e cansaço, de dia e de noite, para não sermos pesados a ninguém. 9 Não que não tivéssemos o direito de fazê-lo, mas queríamos apresentar-nos como exemplo a ser imitado. 10 Com efeito, quando estávamos entre vós, demos esta regra: “Quem não quer trabalhar, também não deve comer”. 11 Ora, ouvimos dizer que entre vós há alguns que vivem à toa, muito ocupados em não fazer nada. 12 Em nome do Senhor Jesus Cristo, ordenamos e exortamos a estas pessoas que, trabalhando, comam na tranquilidade o seu próprio pão.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Leitura retirada do Livro do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Lc 21,5-19)

(Discurso sobre a ruína de Jerusalém. Introdução 5-7)

(Os sinais precursores 8-19)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas (“ofertas oferecidas em cumprimento de voto”) Jesus disse: 6 “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7 Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?” 8 Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! 9 Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. 10 E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11 Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu. 12 Antes, porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13 Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14 Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15 porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16 Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17 Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18 Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19 É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

LEITURA ORANTE:

… Oração Inicial… (querer)

Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se neste ambiente virtual. Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Jesus Mestre, creio com viva fé que estais aqui presente, junto de mim, para indicar-me o caminho que leva ao Pai.

Iluminai minha mente, movei meu coração, para que a Palavra produza em mim frutos de vida.

… Eu sou o CAMINHO… (ler…)

O que o texto diz para mim, hoje?

Os bispos, na Conferência de Aparecida, lembraram algo muito simples para estarmos vigilantes e preparados: “É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda nossa vida na rocha da Palavra de Deus”. (DAp 247).

E eu me interrogo: Como me alimento da Palavra?

Faço a Leitura Orante e assumo compromissos concretos a partir dela?

Ouço com atenção a Palavra proclamada na comunidade?

Comunico a Palavra aos demais?

… a VERDADE… (refletir e meditar…)

O que diz o texto do dia?

Leio atentamente, na Bíblia o texto: Lc 21,5-19.

O Evangelho trata da Parusia, ou seja, da volta gloriosa de Jesus Cristo, no final dos tempos. Quanto à época, Lucas diz apenas: “chegará o dia”. Esta expressão era usada também pelos profetas para dizer um futuro indefinido.

Depois descreve os fenômenos da natureza:

“tudo isso que vocês estão vendo será destruído. E não ficará uma pedra em cima da outra”.

“Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá grandes tremores de terra, falta de alimentos e epidemias. Acontecerão coisas terríveis, e grandes sinais serão vistos no céu.”

Diz ainda que os seus seguidores serão perseguidos. Serão julgados, mas não devem se preocupar porque “lhes darei palavras e sabedoria que os seus inimigos não poderão resistir”.

Através destes fenômenos cósmicos e sociais, Deus intervém na História. Nesta apresentação apocalíptica, a intenção de Jesus não é incutir medo nos discípulos, mas pretende convidá-los a permanecerem vigilantes e preparados para o encontro com o Senhor.

E Jesus garante: “Nem um fio de cabelo de vocês será perdido. Fiquem firmes, pois assim vocês serão salvos”.

… e a VIDA… (orar…)

O que o texto me leva a dizer a Deus?

Rezo, espontaneamente, e concluo com a oração:

Jesus Mestre, santificai minha mente e aumentai minha fé.

Jesus, Mestre vivo na Igreja, atraí todos à vossa escola.

Jesus Mestre, libertai-me do erro, dos pensamentos inúteis e das trevas eternas.

Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero.

Jesus, caminho da santidade, tornai-me vosso fiel seguidor.

Jesus caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está nos céus.

Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.

Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós.

Jesus vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.

Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo.

Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante dos homens.

Jesus vida, fazei que minha presença contagie a todos com o vosso amor e a vossa alegria.

Qual deve ser a MISSÃO em minha VIDA hoje? (contemplar e agir…)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Sinto-me discípulo/a de Jesus.

Trarei no coração a certeza de que tudo que faço é me preparando para o grande encontro com o Senhor.

 

BÊNÇÃO

– Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.

– Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.

– Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.

– Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

REFLEXÕES:

(3) – REFLEXÃO

NÃO FICARÁ PEDRA SOBRE PEDRA

Na liturgia de hoje, já próxima do final do Ano Litúrgico, temos a reflexão sobre o fim dos tempos. Quando chega o fim de um século ou de um milênio, alguns marcam o dia do fim do mundo (O que nem Jesus sabia quando seria). Naquele tempo também havia essa preocupação. Em suas conversas com Jesus, os discípulos falaram da beleza do templo. Ele respondeu: “Virão tempos em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído” (Lc 21,6). Perguntaram: “Quando acontecerá isso e quais serão os sinais?” Os judeus faziam essas perguntas, pois os tempos messiânicos viriam com sinais grandiosos. Jesus respondeu com a linguagem apocalíptica que apresenta símbolos e não faz descrição. Sempre quando acontecem catástrofes já se pensa que é o fim. Guerra, terremotos e outros males sempre aconteceram. Lembramos os males das guerras mundiais, a bomba atômica em Hiroshima, os campos de concentração, a migração dos povos que passam por sofrimentos de guerra ou miséria. E o fim não veio. Jesus preveniu seus discípulos e ensinou que não deveriam deixar se enganar por aqueles que dizem que vêm em seu nome. Em segundo lugar ensinou a não ter medo nem ficar apavorado: “Não perdereis um só fio de cabelo de vossa cabeça” (Lc 21,18). Em terceiro lugar disse que, antes que isso acontecesse, seriam perseguidos e presos por causa de Seu nome, isto é, por serem seus discípulos. Vamos passar pelo que ele passou. Ensinou que devíamos tomar a cruz e segui-Lo (Mc 8,34). O profeta Malaquias disse que o dia do Senhor iria queimar todos os males (Ml 3.19). A nós compete entender que vamos ao encontro do fim, mas não para uma destruição, pois para os que creem em Cristo, não há destruição.

 

TODOS VOS ODIARÃO

Ainda hoje, como sempre, existe perseguição dos fiéis em países muçulmanos, regiões hinduístas e em tantos países ditos de primeiro mundo que falam de liberdade, mas oprimem os que têm fé. Jesus diz que não se preocupassem, pois não perderão a fé nem a Deus. Preveniu: “Todos vos odiarão por causa do meu nome”. O ódio é contra Jesus e, por isso, atinge seus seguidores. É o dragão que quer devorar o filho da mulher. Não podendo destruir o Filho, vai sobre a mulher, que representa a Igreja (Ap 12,1-6). Por que tanto ódio contra os seguidores de Jesus? Porque a fé exige conversão e mudança de vida. Sua palavra destrói as bases do mal: riqueza, poder, orgulho. São as mesmas tentações pelas quais passou Jesus e passamos nós. Ele venceu e nele vencemos.

 

ESPERAR OCUPADOS

São Paulo dá a regra do bem viver na comunidade: “Quem não quer trabalhar, também não deve comer”. Paulo diz assim porque alguns, vendo que o fim estava próximo, não assumiam e viviam “muito ocupados em nada fazer”. Ensina que esperar significa cumprir o dever e fazer o bem: “Não temos vivido entre vós na ociosidade… trabalhamos com esforço e cansaço… para não sermos cansados a ninguém”. (1Ts 3,10-11). Felicidade está em servir de todo coração (oração). Pedimos que a Eucaristia nos faça crescer na caridade (Pós-comunhão). Ouvimos as palavras do profeta Malaquias: “Para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo a salvação em suas asas” (Ml 3,20ª). A profecia sobre o fim dos tempos não nos apavore, mas anime: “É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida” (Lc 21,19). Paulo ensina que o que “vale é a fé que age pela caridade” (Gl 5,6).

(3) – HOMILIA

FICHA Nº 1284 – HOMILIA DO 33º DOMINGO COMUM

1. No final do Ano Litúrgico refletimos sobre o fim dos tempos. Era também preocupação dos judeus, tanto que os discípulos perguntaram a Jesus pelo tempo e pelos sinais. Respondeu na linguagem apocalíptica. No mundo sempre Haverá catástrofes. Diz aos discípulos de não deixarem se enganar, não ter medo e que serão perseguidos por causa de seu nome. Aos que creem não haverá destruição.

2. O ódio e a perseguição aos cristãos são constantes. Persegue-se por causa de Jesus. O ódio é contra Jesus. Por isso o dragão ataca a mulher, a Igreja e querem pegar seus filhos. O evangelho destrói as bases do mal do poder, da riqueza e do orgulho. Ele venceu e nós vencemos Nele.

3. A espera do fim deve ser no cumprimento do dever e na caridade que serve o irmão. Permanecendo firmes, ganhamos a vida.

 

NADA DE MOLEZA!

Após a morte e ressurreição de Jesus, seguindo algumas de suas palavras, acreditavam que o fim do mundo seria logo. Alguns, seguindo esta ideia ficavam na fatiota. Por isso não assumiam compromisso com nada. Paulo nos aconselha a viver o tempo presente cumprindo nossas obrigações, sem nos deixarmos preocupar se o mundo vai acabar agora ou não. Ele mesmo fazia assim.

Havia no tempo de Jesus um modo de falar do fim do mundo com grandes cataclismos, destruições, guerras, perseguições e ódio da fé. Jesus ensina permanecer firmes e assim teremos a vida. Os terríveis desastres sempre existiram, guerras estão aí todos os dias; perseguição sempre houve. E não acabou o mundo. Quem fala que o mundo vai acabar está vivendo de fantasia e atrapalha os fracos. Calma e fé fazem bem e não deixam a moleza dominar.

(4) – OCASIÃO PARA DARMOS TESTEMUNHO

O atraso da Parusia provocou muitas especulações acerca da “segunda vinda de Cristo”. Especulações estas que deram origem a um discurso milenarista. A expectativa da segunda volta de Cristo gerou, ainda, uma tradição de que alguns fenômenos atmosféricos anunciavam o fim do mundo e, mais, de que Deus seria o responsável, por causa de sua decepção ante a maldade do ser humano que ele criou. São Lucas, no entanto, vai se utilizar destes elementos para anunciar um tempo aberto na história para o testemunho: “Será uma ocasião para dardes testemunho” (v. 13).

A menção da destruição do Templo (vv. 5-6), que pode ser considerada uma profecia ex-eventu, não é uma previsão do futuro, mas um modo de ajudar os discípulos e o leitor do evangelho a superarem as provações do tempo presente. Em outros termos, o que Jesus quer dizer é o seguinte: não importa o que aconteça, não se deve esmorecer, nem temer, nem ser envolvido pela perplexidade. É preciso apoiar a vida em valores verdadeiros e sólidos. Até o Templo, ornado com tantas pedras preciosas (cf. v. 6), desaparecerá, pois ele figura entre as coisas que passam. A vida do ser humano deve estar apoiada no que não passa nem decepciona: Deus. As palavras de Jesus, inspiradas numa linguagem apocalíptica, não predeterminam nenhuma data, mas fazem um apelo ao discernimento permanente. Jesus evita responder à pergunta: “… quando será, e qual o sinal de que isso está para acontecer?” (v. 7). Mas alerta: “Cuidado para não serdes enganados…” (v. 8). Ele não responde à questão posta, pois a preocupação do discípulo não deve ser com o quando, mas com que atitude ter em meio às adversidades da vida e aos dramas da humanidade. Do discípulo é exigida uma atitude de confiança que nada pode abalar, nem mesmo as catástrofes naturais, nem as perseguições por causa do evangelho. A propósito das perseguições e da morte, é preciso pôr a vida nas mãos de Deus: em primeiro lugar, como dissemos, será uma ocasião de dar testemunho (cf. v. 13) e, em segundo lugar, de confiar que é Deus quem inspira, dá força e protege a causa de seus eleitos. Nos Atos dos Apóstolos, o próprio Lucas relata a atitude de Pedro e João, perseguidos pelas autoridades judaicas: “Quanto a eles, deixaram o Sinédrio muito alegres por terem sido julgados dignos de sofrer humilhações pelo Nome” (At 5,41). É na vitória de Jesus Cristo que deve estar apoiada a esperança dos cristãos: “No mundo tereis tribulações, mas coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33). Com São Paulo podemos, então, nos perguntar: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. E com ele respondermos: nada nem ninguém (Rm 8,31-39).

(6) – PERMANEÇA FIRME!

O mais importante é permanecermos firmes, não perdermos a convicção e a firmeza de quem nós seguimos.

“É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” (Lc 21,19).

Meus queridos irmãos e irmãs, a Palavra de Deus nos chama à atenção para termos o cuidado de não sermos enganados, porque o nosso coração vive uma sede de Deus, uma vontade de encontrar-se com Ele, de que Ele venha em nosso auxílio naquilo que nós precisamos.

Às vezes, há tantas pessoas revestidas de Deus, da Sua Palavra, mas de forma errônea, condenatória e sem nenhuma autoridade vinda do próprio Senhor. Falam em nome d’Ele, prometem isso e aquilo. Quantas enganações em nome de Deus!

Não cabe a nós julgar, basta ver quantas confusões existem em nome do Senhor; quantas ofensas, quantas promessas falsas, quantos falsos testemunhos. Nós, muitas vezes, nos deixamos confundir, porque o que queremos de Deus parece que se resume às coisas aqui na Terra, essa busca desenfreada de cura nos deixa longe do essencial, do amor de Deus, da palavra d’Ele, longe da vontade daquilo que Ele realmente tem para nós.

Não sigamos essa gente, não nos apavoremos com quem nos prega um Evangelho de medo, de pânico; não nos apavoremos quando alguém nos condena. Ninguém tem o poder de julgar, ninguém tem o poder de nos condenar, a não ser Jesus, o único e justo juiz. O mais importante é permanecermos firmes na nossa fé, é termos confiança e convicção naquele que é o nosso Senhor.

Nós, muitas vezes, passamos por tribulações difíceis por causa do nome de Jesus, por causa do Seu segmento. Nós, muitas vezes, seremos incompreendidos, tidos como loucos, insensatos, seremos julgados até pelos nossos. O mais importante é permanecermos firmes, não perdermos a convicção e a firmeza de quem nós seguimos.

Isso não significa viver uma fé de uma forma louca, insensata, sem juízo. Para seguir Deus é preciso ter sabedoria, sensatez, equilíbrio; para segui-Lo nós não precisamos ser fanáticos, mas ter convicção, paixão. Precisamos, no equilíbrio, buscar a profundidade d’Ele em nossa vida. Ter uma fé profunda não significa vivê-la de forma desequilibrada. Ao mesmo tempo, não basta dizer que temos fé se não tivermos seriedade no compromisso com Deus.

Quando vivemos nossa fé com seriedade, com equilíbrio, levando o Senhor a sério, nós não precisamos nos incomodar com falsos pastores, falsas promessas, falsas ilusões, nós não precisamos nos incomodar com aqueles que nos ameaçam usando a Palavra de Deus.

Deus abençoe você!

(7) – A SALVAÇÃO PELA PERSEVERANÇA

Os discípulos de Jesus foram alertados contra os falsos alarmes de chegada do fim do mundo. O resultado disto era o medo, a insegurança e, de modo especial, o sentir-se bloqueado e desmotivado para fazer o bem. É perda de tempo dar ouvidos a quem se considera entendido nas coisas relativas ao fim do mundo, e quer se fazer de mestre dos outros.

As perseguições e dificuldades devem ser vistas pelos discípulos como ocasião para dar testemunho do Reino, sem a ilusão de que tudo acabará em breve. Por causa do nome de Jesus, eles seriam aprisionados, entregues às sinagogas judaicas, e levados diante de reis e governadores. Entre seus traidores estariam os seus próprios familiares e amigos. Seriam odiados, e muitos haveriam de sofrer morte violenta.

Em todas estas circunstâncias trágicas, os discípulos teriam a possibilidade de experimentar a proteção divina. Do Pai receberiam força para se defenderem diante dos tribunais, rebatendo as falsas acusações e testemunhando o nome de Jesus com denodo. E também, a força necessária para não se intimidarem e nem sucumbirem às investidas dos adversários.

Se forem capazes de perseverar, até o fim, no testemunho de Jesus, serão salvos. Desta forma, ficará patente sua adesão radical ao Reino e sua não compactuação com o mal e o pecado. Quem perseverar, experimentará a misericórdia salvífica do Pai.

ORAÇÃO:

Espírito de constância, vem em meu socorro nos momentos de provação e dificuldade, quando a perseverança se torna difícil, e a fidelidade, um desafio.

(10) – BOA NOVA PARA CADA DIA

É PRECISO QUE ESTAS COISAS ACONTEÇAM PRIMEIRO, MAS NÃO SERÁ LOGO O FIM (Lc 21,9b).

A Liturgia da Palavra deste 33º Domingo do Tempo comum é uma preparação para a festa de Cristo Rei do Universo, a ser celebrada no domingo próximo.

O Reino de Deus se tornará pleno quando Jesus voltar no fim dos tempos. Então Jesus Cristo se mostrará a todo o universo que é rei por vontade de Deus Pai.

Antes, porém, neste mundo a Igreja de Cristo passará por inúmeras provações. Todos os que pertencem a Cristo terão que dar testemunho de que Ele é o Messias e Salvador. Será por isso que os fiéis a Cristo padecerão perseguições e morte. No fim, Cristo triunfará e dará a Vida Eterna aos que lhe pertencem porque perseveraram até o fim (Lc 21,19; Mt 10,22).

 

Primeira Leitura: Ml 3, 19-20a.

Eis que virá o dia abrasador como fornalha… (Ml 3,19a).

Para vós que temeis Meu Nome nascerá o sol da justiça (Ml 3,20a).

O profeta Malaquias viveu depois do retorno do Povo de Israel do Exílio na Babilônia.

Foi no tempo em que o Templo foi reconstruído. Mas a vida religiosa logo foi decaindo, principalmente por parte dos sacerdotes.

Contra isto é que Malaquias profetiza. Ele prevê um tempo em que os “soberbos e ímpios” (Ml 3,19) queimarão como a palha: Eis que virá o dia abrasador como fornalha… (Ml 3,19a). É profecia do fim do mundo em que o fogo divino queimará todos os que se rebelaram a Deus e a Seu Cristo.

Porém o profeta não deixa de lembrar a esperança que deve alimentar os fiéis a Deus, porque para vós que temeis Meu Nome nascerá o sol da justiça (Ml 3,20a). Qual é este “sol da justiça”? Embora somente aqui, neste versículo de Malaquias, esta expressão apareça, somos levados a supor que o profeta se refere ao Messias. De fato em Lc 1,78 o Messias é profetizado como “sol nascente nas alturas”, para “dirigir nossos passos nos caminhos da paz”. Ao dizer “sol da justiça” Malaquias acentua o papel do Messias no Juízo Final em que a plena justiça de Deus será estabelecida, inaugurando uma nova época para a humanidade.

Lembremos, portanto, que mesmo havendo duro castigo para os que rejeitaram Deus e Seu Cristo, haverá esperança de salvação para os que acolheram Jesus e o Reino de Deus.

Nós, enquanto vivemos nesta terra, perseveramos até o fim firmes na esperança da justiça final de Deus em seu último Juízo da humanidade.

 

Salmo Responsorial: Sl 97(98),5-6.7-8.9a. 9bc (R/ cf.9).

Exultem na presença do Senhor, pois Ele vem julgar a terra inteira [Sl 97(98),9].

O refrão que cantamos neste Salmo Responsorial nos lembra repetidamente de que o Juízo Final de Deus não é motivo de medo nem de tristeza para os que Lhe são fiéis.

Pelo contrário, toda maldade e injustiça que vemos neste mundo vão desaparecer quando Deus as eliminar através de seu Juízo.

A maldade dos homens e a injustiça contra a Igreja de Jesus Cristo fizeram sofrer os cristãos por séculos. Isto terá o fim quando todos estiverem na presença de Deus, pois Ele vem julgar a terra inteira [Sl 97(98),9].

 

Segunda Leitura: 2Ts 3, 7-12. Lc 21, 5-19.

… ouvimos dizer que entre vós há alguns que vivem à toa (2Ts 3,11a).

São Paulo critica algumas pessoas de Tessalônica por ficarem sem fazer nada.

O motivo que davam era que a vinda de Jesus Cristo seria tão próxima que não era preciso se ocupar com nenhum compromisso de trabalho. Assim ficavam perambulando pela cidade e vivendo às custas dos que trabalhavam honestamente.

São Paulo viu nesta atitude um mau sinal: estas pessoas eram uma parte doentia da comunidade. Por isso ele repete a regra que antes tinha dado… quem não quiser trabalhar também não deve comer (2Ts 3,10b).

Esta regra de São Paulo é válida para nosso tempo?

É claro que sim.

A espera da vinda gloriosa de Jesus Cristo no fim dos tempos justifica a preguiça e vadiagem. Pelo contrário, ganhar a vida honestamente é o que todo cristão deve fazer enquanto aguarda a volta de Jesus.

Lembremos o ditado que diz: a ociosidade é a mãe de todos os vícios.

A lição desta Segunda Leitura é clara, portanto.

Não nos esqueçamos: a finalidade da lição deste domingo é dirigir nossa mente e coração para a vinda gloriosa de Jesus Cristo no fim dos tempos.

Alegremo-nos quando Ele voltar: nossas mãos estarão cheias de boas obras a serem apresentadas a Ele. Serão nossos talentos multiplicados, pelos quais seremos premiados. Sintamos o otimismo e alegria de termos feito nossa parte conforme a vontade de Deus.

 

Evangelho: Lc 21,5-19.

É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida! (Lc 21,19).

Neste Evangelho Jesus profetiza a destruição do Templo de Jerusalém.

Ele já a profetizara no dia em que, chorando, disse sobre Jerusalém, em Lc 19,44: … não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação.

A “visitação” foi todo o tempo em que Jesus fez sua pregação na vida pública, conversando com todos, especialmente com os líderes de Israel, que o rejeitaram.

Esta rejeição marcou Jesus de tal forma que Ele perdeu a esperança de ver todo o Povo de Israel dentro do Reino de Deus que anunciou.

No mesmo Evangelho Jesus prepara seus discípulos para o tempo que vier depois de Sua Morte, Ressurreição, Ascensão e de Pentecostes: a Igreja será perseguida.
Foi o que aconteceu, a começar com o martírio de Santo Estêvão.

Nesta preparação dos discípulos Jesus prevê que falsos messias apareceriam no mundo. Isto acontece já em nossos dias.

Também Jesus preparou os discípulos sobre o pavor que provocarão inúmeras guerras, terremotos, fomes, pestes e sinais no céu. Isto tem acontecido desde que nasceu a Igreja, no dia de Pentecostes.

Antes disto, disse Jesus, os seus discípulos, a Igreja, serão perseguidos e mortos. Até mesmo os parentes entregarão seus familiares à morte. Tudo por ódio a Jesus Cristo e a sua Igreja. E isto já está acontecendo desde o início da Igreja.

Portanto, enquanto Jesus não retorna em sua vinda gloriosa, o fim dos tempos não chegará.

E todos estes sofrimentos se abaterão sobre os discípulos Dele e Sua Igreja.

O que devemos fazer neste tempo em que ainda vivemos na terra?

Ter medo de sermos enganados por falsos messias?

Ter medo de guerras entre os povos de toda a terra?

Ter medo dos terremotos, fomes, pestes e outras coisas pavorosas?

Ter medo de grandes sinais no céu?

Ter medo de sermos perseguidos e entregues à prisão e a julgamentos?

Jesus preveniu: fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa, porque eu vos darei palavras tão acertadas que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. (Lc 21,14-15).

Mais do que tudo Jesus Cristo nos consola, encoraja e fortalece com suas palavras finais deste Evangelho: É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida! (Lc 21,19).

Este Evangelho, portanto, termina na esperança.

Esperança de ver acabarem todos os males do mundo no Juízo Final.

Esperança de ver o Filho do Homem vindo sobre as nuvens com poder e glória.

Esperança de recebermos o prêmio que Ele prometeu a quem perseverar até o fim.

Esperança, por fim, de entrar na Vida Eterna, em que o Amor de Deus não termina jamais, naquela paz que Deus sempre desejou aos homens por Ele amados. Foi isto que ao anjos cantaram quando anunciaram o nascimento de Jesus aos pastores (Lc 2,14).

Do início ao fim de sua vida na terra, e depois de sua Ressurreição, Jesus Cristo, o Salvador, nos conduz ao amor do Pai.

Demos graças a Deus, enquanto nos preparamos para a Solenidade de Jesus Cristo Rei do universo, no domingo próximo.

(10) – BOA NOVA PARA CADA DIA

Descobrindo a Bíblia

“Quem não quer trabalhar também não deve comer”. 2Ts 3,7-12 / 33º domingo do Tempo Comum C

A frase citada no título hoje em dia talvez seja inadequada. Pois, para muitos, a questão não é querer ou não trabalhar, e sim, encontrar emprego… A citação se refere a um outro contexto social. É uma palavra do apóstolo Paulo na 2ª Carta aos Tessalonicenses (3,10; segunda leitura deste domingo).

A que situação se refere o texto?

As duas cartas aos Tessalonicenses são os primeiros escritos cristãos!

Logo depois do encontro dos apóstolos em Jerusalém, 49 d.C., Paulo empreendeu uma viagem missionária que o levou ao continente europeu (Grécia). Lá, ele fundou as primeiras comunidades europeias: Filipos e Tessalônica (hoje Salônica). Mais tarde, na mesma viagem, encontrando-se em Corinto e motivado por notícias trazidas por Timóteo, ele escreveu estas duas cartas para esclarecer para os tessalonicenses alguns pontos de sua pregação. Principalmente, a volta de Cristo (a Parusia). Os primeiros cristãos tinham interpretado a ressurreição de Jesus como sua entrada na glória do Pai, sendo o primeiro passo para, em breve, voltar aos seus e levá-los consigo na glória. A esta representação deu-se o nome de Parusia, como se chamava a visita festiva do Imperador às cidades do Império. Acontece, porém, que a nova vinda de Jesus não era para já. Os anos se passavam, e alguns fiéis já iam morrendo. Os outros se entristeciam, pensando que os mortos perderiam a visita festiva e a glória que a acompanharia. “Não” — diz Paulo — “os que já morreram primeiro ressuscitarão e precederão a nós que estaremos ainda com vida” (1Ts 4,15-18). Pois também Paulo acreditava, naquele momento, na vinda bem próxima de Jesus.

Mas a inquietude por causa daqueles que morreram não era o único problema a respeito da Parusia. Havia um outro, quase o oposto: alguns se tornaram quietos demais! Não achavam mais necessário trabalhar. Viviam às custas dos outros, esperando a Parusia e inventando encrencas: “intrometendo-se, sem fazer nada” (2Ts 3,11).

Isso certamente não é conforme o espírito de Paulo, nem conforme o de Cristo. Cristo nos ensinou — e Paulo o repetiu em 1Ts 5,1-6 — que o Senhor, quando de sua volta, nos quer encontrar sóbrios, acordados, ocupados com o nosso serviço na dedicação aos irmãos (cf. Mt 24, 8.45-51; Lc 12,41-46). Ele mesmo, Paulo, durante suas viagens, trabalhava com suas próprias mãos, dia e noite, para não ser de peso a ninguém da comunidade (2Ts 3,8).

A proximidade da vinda de Jesus não é uma razão para cruzar os braços, e sim, para trabalhar, para nos dedicar mais ainda a nossos irmãos.

Isso só entende quem não considera o trabalho como uma ocasião de amontoar capital. Quem trabalha (ou aproveita o trabalho dos outros) para amontoar capital, escute a palavra de Tiago: “Até nos últimos dias vocês amontoaram riquezas: pois bem, elas vão prestar testemunho contra vocês!” (Cf. Tg 5,2-3). Mas para quem trabalha para não ser pesado para seus irmãos e para ajudá-los em suas necessidades, o trabalho é o traje em que convém aparecer à presença do Senhor que vem. “Tende os rins cingidos” (Lc 12,35), expressão que Jesus repete quando fala do Último Dia, significa exatamente isto: “Estejam em traje de trabalho” (usava-se um cinto para arregaçar a túnica para o trabalho).

Será que isso vale ainda, se a Parusia não se dá num prazo tão breve quanto pensavam os primeiros cristãos?

Eu diria que sim. O pensamento da vinda do Senhor não depende do dia ou da hora (1Ts 5,1-2; cf. Mt 24,36, etc.). O importante nesse pensamento é que estejamos sempre prontos para nos encontrar com ele. Por isso, devemos sempre estar trabalhando, no sentido de prestar serviço ao irmão. Então, é como se Jesus já estivesse conosco. Quando nos empenhamos por nossos irmãos, a convivência com Jesus glorioso já está acontecendo. O evangelho de João tem belas frases sobre isso.

Isso implica numa visão diferente do trabalho. Não é apenas um meio de sobreviver, menos ainda de se enriquecer. A sobrevivência material não depende propriamente do trabalho que fazemos. Alguns recebem muito por pouco trabalho, outros pouco por muito trabalho. E há os muitíssimos que não podem trabalhar, nem o poderão no futuro, por causa da automatização. A sobrevivência material não depende das horas de trabalho pago, mas da nossa participação na sociedade. E o trabalho não é necessariamente aquilo que é pago (as mulheres, as mães que o digam), mas a oportunidade de se dedicar ao irmão. Essa é a utopia cristã. Não é deste mundo. Mas ajuda-nos a ver a oportunidade de servir como o que há de mais nobre em nosso existir: é nosso traje para o encontro com Cristo.

(12) – TEREIS OCASIÃO DE DAR TESTEMUNHO

Sem repouso, dou graças ao meu Deus, que me guardou fiel no dia da minha tentação, de modo que hoje posso com confiança oferecer a minha alma em oblação, como “sacrifício vivo” (Rom 12,1), a Cristo meu Senhor, que me protegeu de todas as angústias.

Por isso digo: quem sou eu, Senhor? […]

Donde me vem esta sabedoria (Mt 13,54), que não era minha, eu que nem o número dos meus dias conhecia e que ignorava a Deus?

De onde me veio depois o tão grande e salutar dom de conhecer a Deus e de O amar, ao ponto de deixar pátria e família […], e de vir para junto dos pagãos da Irlanda pregar o Evangelho, para sofrer insultos por parte dos incrédulos […], suportar muitas perseguições, “e até prisões” (2Tim 2,9), de forma a dar a minha liberdade pelo bem de outros?

Se for digno, estou pronto para dar a minha própria vida sem hesitação e de boa vontade; escolho consagrar a minha vida até à morte, se o Senhor mo permitir. Porque sou grandemente devedor de Deus, que me atribuiu esta grande graça de fazer, por meu intermédio, renascer em Deus numerosos povos, conduzindo-os depois à plenitude da fé. Permitiu-me também ordenar por toda parte ministros para este povo recentemente chegado à fé, este povo que o Senhor adquiriu nos confins da Terra, como tinha sido prometido pelos seus profetas (Lc 1,70): “a ti virão os povos dos confins da terra” (Is 49,6) e “estabeleci-te como luz dos povos, para levares a salvação até aos confins da Terra” (At 13,47).

(14) – PERSEVERANTES NA FÉ NADA HAVEREMOS DE TEMER!

Há pessoas, que mesmo tendo um coração pulsando no peito, estão como que mortas, são àqueles que só veem o lado ruim das coisas, que estão o tempo todo espalhando terror, pessoas que reclamam de tudo, que não vivem e nem deixam os outros viverem. Esta postura é contrária a vontade de Deus, que criou-nos para a vida e não para a morte.

A nossa caminhada terrena, quando carregada de pessimismo, de negativismo, nos impede de usufruir das maravilhas que Deus colocou diante de nós! Nossa caminhada, deve ser regada o tempo todo de otimismo, de esperança e de alegria, afinal, somos filhos e filhas de Deus, criados para ser feliz!

Sabemos que a nossa passagem por aqui, é breve, portanto, não percamos tempo buscando explicações para o inexplicável, querendo saber como e quando será o fim dos tempos. O que precisamos saber mesmo, é como deve ser o nosso percurso enquanto caminhantes deste chão.

O nosso tempo presente, deve ser bem aproveitado, vivido intensamente, pois este, é o único tempo que possuímos como espaço sagrado que Deus nos concede, para que possamos adquirir aqui na terra, o nosso “passa porte” para o céu!

Um verdadeiro seguidor de Jesus, não é portador de desgraças, não fica fazendo previsões, prenunciando algo de ruim, pelo contrário, um seguidor de Jesus, é otimista, é corajoso, é portador e anunciador da Boa, da notícia que vem devolver a esperança aos corações aflitos!

Em toda a sua trajetória terrena, Jesus nos ensinou com a vida, que nós devemos ser agente de vida e não de morte! Ele aproveitava todas as oportunidades para nos passar importantes ensinamentos! A sua pedagogia, era ensinar, tomando por base, o que Ele via e escutava no seu dia a dia. Foi o que aconteceu, quando ele observou as pessoas manifestando o seu encantamento com as pedras que enfeitavam o templo.

Se conhecemos bem Jesus, sabemos que Ele não quis podar àquelas pessoas de admirar o que era belo, o que Jesus fez, foi simplesmente aproveitar aquela oportunidade, para fazer uma advertência a todos, sobre o perigo de ficarem centrados somente no externo, sem dar a devida importância ao templo que devemos construir e zelar dentro de nós, pois este templo, ao contrário daquele, jamais será destruído.

Quando Jesus diz: “Não ficará pedra sobre pedra”, algumas pessoas ficaram apreensivas, pensando que Ele falava do fim dos tempos, o que não era verdade, pois Jesus falava da destruição de Jerusalém, inclusive o templo que eles tanto admiravam.

Jesus sabia que o povo estava dando muito crédito às muitas previsões sobre o fim dos tempos. Diante disto, Ele muda o seu discurso, passa a tranquilizar às pessoas, e a orientá-las sobre o perigo de se deixarem levar pela mentalidade negativa dos portadores do terror. Com suas palavras, Jesus deixa claro, que o fim do homem, não é o fim da sua vida física, e sim, a sua ruína, que é consequência de suas escolhas erradas. Jesus não quer isso, Ele não quer que nenhum daqueles que o Pai lhe confiara, se perca e caia em ruína.

Disponibilizando o nosso tempo na construção de um reino de amor e de justiça, estaremos preenchidos de Deus, portanto, não haverá espaço em nossos corações para cultivar o que é nocivo à nossa vida!

Jesus fala de guerras, de revoluções, não, com o intuito de nos amedrontar e sim, de deixar uma grande mensagem de esperança, nos assegurando que: perseverantes na fé, nada haveremos de temer, mesmo em meio às turbulências do mundo.

Que a nossa preocupação maior, não seja em buscar sinais dos fins dos tempos e sim, em cuidar bem do nosso interior: o templo sagrado, onde Deus quer fazer sua morada! Cuidemos bem deste templo, que é o nosso coração, os templos de pedras, serão facilmente destruídos, mas este templo, quando habitado por Deus, jamais será destruído!

FIQUE NA PAZ DE JESUS!

(14) – DIAS VIRÃO EM QUE NÃO FICARÁ PEDRA SOBRE PEDRA!

…muitos virão em meu nome!

Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.

Meus irmãos. Jesus não está sendo pessimista, nem estraga prazeres, ao anunciar a destruição do famoso Templo de Jerusalém! Centro religioso e cultural, o primeiro shopping do mundo, pois nele o comércio era intenso. Jesus só estava nos dizendo que nesta vida tudo tem o seu final, inclusive a nossa própria vida. Tudo se acaba um dia, tudo tem o seu fim. Jesus só estava nos lembrando ou nos preparando para cairmos na realidade de que devemos caminhar nesta vida terrena, de olhos voltados para a vida eterna. Essa sim. Vai durar para sempre.

Bem sabemos que Jesus ao anunciar a destruição do templo o que aconteceu tempos depois, Ele estava se referindo também à sua morte de cruz.

Hoje o Templo vivo, a Igreja viva fundada por Cristo na qual comungamos o corpo e o sangue de Cristo, a Igreja humana representada pelos cristãos atuantes, também sofre ameaças da concorrência desleal de outras igrejas que prometem duas coisas que o mundo muito aprecia: Dinheiro fácil, e curas para os males corpo.

Será que fazem curas verdadeiras mesmo ou são curas combinadas?

Arranjadas?

Ensaiadas?

Para não dizer: Falsas?

Terremotos, guerras e falsos profetas sempre existiu e sempre existirá. Então por que Jesus nos deu essas coisas como avisos do fim de tudo? Para que ficássemos espertos, e fôssemos cristãos mais atuantes, no sentido de trabalhar firmes na catequese, termos coragem de defender a Igreja de Jesus Cristo de todas as investidas do mal e da concorrência de outras igrejas não oriundas do Filho de Deus.

‘Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ e ainda: ‘O tempo está próximo.’ Não sigais essa gente!’

Nos lugares onde a Igreja falta, onde a presença da catequese da Igreja Católica apostólica Romana é escassa, esses lugares estão sendo invadidos pelas outras igrejas que apresentam a teologia da prosperidade inventada por eles. Assim dizem: Irmão! Deus quer que você seja rico. Com certeza, esses “teólogos” não leram o Sermão da montanha, no qual Jesus afirma e garante que felizes serão os pobres, os famintos, os sedentos por que serão saciados na vida eterna. E quanto a essa ideia de apresentar uma teologia da prosperidade, Jesus foi bem claro: No Sermão da montanha, e na parábola do homem rico e o pobre Lázaro: Ai de vós os ricos com esse sorriso fácil! Vocês já receberam tudo o que tinha direito, vivem desfrutando bons pratos regados com bons vinhos, e portanto terão de chorar muito na outra vida!

E a aceitação popular dessas igrejas outras, se deve a dois fatores:

1 – A carência ou falta de padres naquela região, o que deixa um espaço enorme desprovido da cobertura da catequese da Igreja Católica Apostólica Romana;

2 – O instinto religioso das pessoas que precisa ser preenchido, satisfeito, as conduzem a aceitar qualquer outra prática religiosa semelhante a sua fé de origem;

Jesus foi bem claro: Não sigais essa gente!

Caríssimos. Não sigamos essa gente! Eles não seguem como deveriam o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. A sua teologia está voltada para uma prática da prosperidade financeira, uma preocupação exagerada com a pessoa do demônio, fazendo parecer mais uma demonologia do que uma teologia, e estão de olho em seu dinheirinho. Fica esperto!

Rezemos diariamente pelas vocações sacerdotais, para que essas áreas ou regiões vazias de representantes da Igreja Católica, tenha o seu espaço preenchido por uma catequese eficiente, atuante e atual.

Jesus avisa que nos fins dos tempos acontecerão coisas muito desagradáveis, como a nossa perseguição e mesmo prisão, e que seremos levados diante das autoridades por causa do seu nome. Então, afirma Jesus, que ao invés de nos fraquejar, de nos acovardar, teremos nisso a grande oportunidade testemunhar a nossa fé.

E mais. Jesus nos garante que a nossa defesa virá do alto. “Porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater.”

No fim dos tempos, seremos testados em nossa fé de forma contundente. Precisamos ser muito fortes. Segundo o Mestre, seremos entregues até mesmo pelos nossos próprios pais, irmãos, parentes e amigos, e ainda poderemos perder a nossa vida pois eles matarão alguns de nós. Não esperemos a glória no fim dos tempos nesta vida terrena por sermos evangelizadores, pois todos nos odiarão por causa do nome de Jesus Cristo. E isso é fácil de se entender: Se todos seguem a satanás, nenhum deles vão abraçar quem fala em nome de Jesus.

Mas agora vem a notícia boa! Não seremos abandonados por Jesus. Ele nos garante proteção, recompensa: Jesus garante que “vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça”. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!

E Ele se refere à VIDA ETERNA!

Mas atenção! Isso é somente para aqueles que permanecerem FIRMES NA FÉ.

Como vai a sua fé?

Ela está firme mesmo?

Ou você balança entre Deus e as coisas desse mundo?

Você fica em dúvida?

Oscilando entre o Evangelho de Jesus Cristo e o “evangelho” da mídia?

Da internet?

Dos filmes?

Das mensagens das novelas?

Dos conselhos, observações e sugestões dos seus “amigos”?

Para sermos firmes na fé precisamos deixar que Deus governe a nossa vida. Deixar que Ele entre em nossa existência e assuma a direção dos nossos passos. Não sou eu quem vivo mas Cristo que vive em mim, disse Paulo. Isso é um exemplo de uma vida totalmente entregue a Deus, exemplo de FIRMEZA NA FÉ.

Para ser firmes na fé, precisamos nos agarrar de unhas e dentes a tudo que nos faz viver diante de Deus, e disponíveis às necessidades do irmão.

Estar firme na fé é viver intensamente os mandamentos de Jesus: Amar a Deus e ao irmão.

Vá e faça o mesmo. Bom domingo.

(14) – A BREVIDADE DA VIDA

Diante da admiração das pessoas ao contemplarem o templo de Jerusalém Jesus prognostica o que lhe iria acontecer em tempos futuros. E abre-lhes os olhos para que percebam os sinais dos acontecimentos como prova de que tudo passará um dia e precisamos permanecer firmes confiando no plano de Deus. Também a nossa existência aqui na terra, apesar da beleza, dos dons e talentos e do sucesso que conseguimos, irá passar um dia. Sabemos que ela é limitada e as coisas que apreciamos hoje em nós, beleza física, fortuna, dotes, fama, poder, etc., passarão. São coisas transitórias e que só estão disponíveis para nós enquanto aqui vivemos. Jesus nos alerta sobre a brevidade da vida e das coisas temporais. Acontecerá também conosco como Ele disse: “não ficará pedra sobre pedra”, e todos esses adereços serão destruídos em nós. Esta é a realidade. No entanto, não precisamos nos apavorar nem tampouco acreditarmos em todas as histórias que nos contam e prognosticam. Não nos compete saber o tempo determinado em que tudo isto vai acontecer. O próprio Jesus nos adverte: “Cuidado para não serdes enganados…” O sinais são evidentes na nossa vida, os acontecimentos preanunciam as palavras de Jesus, porém nós precisamos apenas estarmos firmes e seguros, porque só o Pai sabe o dia e a hora e é Nele que confiamos. O ser humano sempre passará por provações e dificuldades: guerras, fome, miséria, inimizades. Estes fatos estarão presentes na vida de cada um de nós. Não devemos nos angustiar por causa dessas manifestações, porém, precisamos estar sempre vigilantes e conscientes de que aqui, é só um tempo em que precisamos viver sob o olhar do Senhor.

– O tempo em você está vivendo é um tempo de esperança ou de desânimo?

– Você tem encarado as coisas boas e as dificuldades da sua vida com o mesmo espírito?

– As dificuldades que você precisa enfrentar dia a dia, levam-no (a) a querer sempre mais vencê-las, superá-las, ou fazem com que você sinta-se vencido, (a) superado (a)?

– Você tem orado pelos povos, pela humanidade, pelas nações?

(14) – PERSEVERANÇA NA ORAÇÃO

Sabedoria 18, 14-16;19,6-9 – “faça-se e, tudo foi criado”.

A palavra de Deus é poderosa e, por Ela, o Senhor realiza os Seus desígnios e a Sua vontade. Nesta leitura o autor nos recorda as maravilhas e os prodígios de Deus em todos os tempos e revela como Ele liberta o Seu povo oprimido, em qualquer situação que esteja. Assim foi aconteceu na criação do mundo, quando o verbo de Deus do alto céu, determinou com uma única expressão, “faça-se” e, tudo foi criado. Da mesma forma aconteceu na libertação do povo de Israel, retirado da escravidão do Egito e, levado ao deserto, em busca da terra prometida. A uma simples ordem do Senhor, o mar Vermelho se abriu e tornou-se caminho desimpedido para que passassem por ele aqueles a quem Deus queria salvar. Esses prodígios continuam acontecendo hoje na nossa vida, na nossa caminhada diária em busca da felicidade, quando nos deparamos com os mais diversos obstáculos e dificuldades. A nossa confiança e a perseverança da nossa fé nas promessas de Deus para nós, serão como um apoio para que não desanimemos no meio do caminho. Por causa da nossa humanidade fragilizada e descrente, nós temos a tendência a nos desesperar quando “a noite” chega trazendo intranquilidade e, na maioria das vezes nós nos esquecemos de que o Senhor em outras ocasiões passadas nos sustentou e protegeu providenciando o socorro para as nossas aflições. Não podemos perder de vista e olvidar os feitos de Deus, quando Ele também, abriu para nós o mar vermelho ou providenciou o pão para o nosso alimento, quando nos tirou das enrascadas em que nos colocamos e, principalmente, quando, com o Seu amor misericordioso, nos concedeu o perdão e, novamente, nos restaurou concedendo-nos vida nova. Todas estas considerações devem estar bem vivas na nossa lembrança e para nos conscientizar de que Deus é o autor da nossa vida e o sustentador da nossa existência.

– Você guarda vivo na sua lembrança os milagres que o Senhor já realizou na sua vida?

– Ele já abriu o “mar vermelho” para que você pudesse passar por alguma dificuldade?

– A Palavra de Deus tem sido eficaz para o seu crescimento espiritual e também, humano?

– Você tem propagado os feitos do Senhor na sua vida?

 

Salmo 104 – “Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!”

Nós também podemos lembrar as maravilhas do Senhor quando nós cantamos a Ele o nosso louvor ou propagamos o Seu amor dando testemunho ao mundo da Sua santidade. Recordar as maravilhas do Senhor na nossa vida é também dar a Ele glórias e ofertar de coração, os nossos dons e a nossa capacidade de amar e de servi-Lo. O Senhor nos liberta a cada dia e nos livra de perigos que, às vezes, nem nós próprios temos consciência. Portanto, não precisamos “ver” os milagres acontecerem para reconhecermos que o Senhor nos sustenta. A nossa existência já é um prodígio que nos faz louvar a Deus com gratidão.

 

Evangelho – Lucas 18, 1-8 – “perseverança na oração”

Sabemos que somos impotentes, mas podemos desejar coisas impossíveis, porque confiamos na justiça de Deus. Por isso, a persistência das nossas reivindicações nos torna firmes e nos faz ter convicção e fé na promessa de Jesus de que tudo quanto pedirmos ao Pai, em Seu nome será atendido. Quem não persevera na oração com fé nunca poderá ser atendido nos seus pedidos e desejos. A perseverança da nossa oração revela a nossa humildade diante de Deus e faz com que sejamos fiéis ao que nos propomos. Do contrário, demonstramos orgulho e prepotência quando, porque ainda não fomos atendidos (as), desistimos dos nossos desejos e anseios e damos prova de que não temos fé nas promessas divinas. Deus sabe o tempo e a hora de nos dar aquilo que nós suplicamos, porém a nossa firmeza e persistência será uma prova de que realmente o nosso coração anseia ardentemente por aquilo que nós pleiteamos. Ele faz justiça aos seus escolhidos, e, se assim nos consideramos, precisamos dar o nosso testemunho para que a chama da fé não se apague no coração da humanidade.

– O que você tem pedido a Deus é realmente o que o seu coração anseia?

– Será que você tem convicção da necessidade das suas reivindicações?

– Você seria capaz de continuar pedindo por isso a vida toda?

– Você confia nas promessas de Deus para a sua vida e a da sua família?

(14) – O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO

1ª. Leitura – Malaquias 3, 19-20 – “Jesus, o sol da justiça”

Refletindo sobre essa profecia, cabe a cada um de nós, distinguir de que lado nos encontramos no momento atual da nossa vida. “O dia abrasador como fornalha”, virá para os soberbos e os ímpios que, serão queimados como palha, e, consequentemente, apagados da vida. Porém, para os que temem o nome do Senhor, “nascerá o sol da justiça trazendo salvação em suas asas”. O sol da justiça é Jesus, Salvação de todos aqueles (as) que crerem Nele e O aceitarem como Enviado de Deus. Ímpio, é aquele (a) que se diz, ateu, herege, incrédulo, irreligioso, descrente, agnóstico, isto é, alguém que não acredita em Deus, e, por isso O desconhece. O pecado da impiedade é aquele em que nós tiramos Deus do centro da nossa vida e nos colocamos no Seu lugar, como “senhores” da nossa existência. O dom do temor de Deus foi ministrado no nosso Batismo e, consiste na capacidade que recebemos de amá-Lo, respeitá-Lo, e, mais ainda, na nossa disposição em zelar o Seu Nome reconhecendo que Ele é o nosso Criador e Pai e, por isso, nós não podemos ofendê-lo. O temor a Deus nos leva a ter horror ao pecado e abraçar a salvação progredindo na busca da santidade e da justiça. Por isso, o profeta nos adverte e conscientiza de que Deus tem poder para nos condenar ou salvar, dependendo da nossa disposição de aceitá-Lo ou rejeitá-Lo. Para isso, nos foi dado o livre arbítrio de escolha. Com certeza, o “dia abrasador” já está chegando e, precisamos nos posicionar num espaço em que, Jesus, o “sol da justiça” possa nos cobrir e nos proteger do fogo que tenta nos destruir.

– Você acha que esse dia ainda virá ou já está acontecendo?

– Em que lugar você tem colocado Deus na sua vida?

– Você, verdadeiramente, teme o nome do Senhor?

– Você tem medo de Deus?

 

Salmo 97 – “O Senhor virá julgar a terra inteira; com justiça julgará!”

O Senhor vem julgar a terra inteira e o fará, com justiça e com equidade, diz o salmista. O universo como um todo, isto é, todas as coisas criadas serão ajuizadas pelo Seu Criador: a natureza, os animais, os vegetais, os minerais e, o homem e a mulher, obra prima de Deus. O salmo nos dá a entender que o momento do julgamento será de muita alegria e libertação, por isso, o salmista nos convoca a cantar salmos de louvores e, intima a que também, o mar, as montanhas e os rios aplaudam com júbilo, a manifestação do Deus que virá nos libertar.

 

2ª. Leitura – 2 Tessalonicenses 3, 7-12 – “um exemplo a ser imitado”

Nesta carta São Paulo é enfático em afirmar: “Quem não quer trabalhar também não deve comer”. Mesmo os que estão a serviço do reino, são chamados a cooperar na construção da obra que Deus deixou para nós e não ser pesado a ninguém, como nos recomenda São Paulo. Está escrito: “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado;” (Gen. 3, 19), portanto, façamos também um exame de consciência e vejamos qual tem sido a nossa contribuição na produção do pão que estamos comendo. Deus criou o mundo e deu a cada um de nós a responsabilidade de administrar as coisas criadas.Tudo o que Ele nos entregou é bom e útil para a nossa sobrevivência. Contudo, as coisas por si só não vão acontecer se não houver um comprometimento da nossa parte. O trabalho é um dom de Deus para dignificar o homem e fazê-lo desenvolver os talentos que recebeu a fim de construir um mundo justo,sociável e aprazível para se viver. Muitas pessoas vivem equivocadas e dizem que tudo o que Deus criou é para todos. Sim, com certeza todos devemos ter oportunidade e acesso às coisas criadas, porém, compete a cada um a transformação e a evolução de cada bem que o Senhor deixou para o bem comum. Diante disso, nós precisamos estar atentos com as pessoas que, às vezes, usam de subterfúgios para fugir das responsabilidades e, “ocupados em não fazer nada”, exploram outras disfarçando a sua preguiça por detrás de “enfermidades” que nunca se acabam exigindo e cobrando delas, ajuda como forma de caridade. Muitas vezes, nesses casos, nós estamos contribuindo e sendo coniventes com a indolência dos que usam dessa artimanha.

– Você tem incentivado as pessoas que vivem na indolência a assumirem responsabilidade ou tem contribuído para que continuem assim?

– Você trabalha?

– O seu trabalho é algo que lhe sobrecarrega ou que o torna livre?

– Você tem sido pesado a alguém?

– Você tem contribuído para a evolução do mundo criado por Deus?

– Você tem colhido o que plantou?

 

Evangelho

Lucas 21, 5-19 – “o tempo está próximo”

No Evangelho de hoje Jesus nos fala claramente, de coisas, fatos e acontecimentos que fazem parte do nosso cotidiano e que são para nós, sinais de que os prognósticos do Senhor já se manifestam no mundo. Guerras, revoluções, terremotos, fome, peste, miséria, violência, fazem parte das manchetes dos jornais e das edições extraordinárias dos noticiários da TV. Porém, Jesus nos esclarece, também, que ainda não é o fim, mas que é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. O objetivo primeiro da nossa meditação hoje, no entanto, é fazer uma avaliação da influência que nós temos dentro desse cenário que se apresenta assim tão sombrio. Imaginamos que as guerras são apenas aquelas que acontecem longe de nós, entre os povos distantes, porém Jesus vem nos falar de perseguições dentro da nossa própria casa, entre pais, irmãos, parentes e amigos. É, justamente aí, que podemos estar situados como colaboradores das desgraças que acontecem no mundo, atualmente. Os nossos relacionamentos dentro da nossa família e da própria comunidade cristã, muitas vezes, acontecem dentro de um clima de disputas e rivalidades, que constituem os germes da violência e da agressão. Nenhum de nós, nem as nossas famílias, estamos dispensados “dessas coisas pavorosas” de que nos fala o Evangelho. Os sinais são evidentes e são facilmente detectados na maneira como nos tratamos uns aos outros, com grosseria ou ainda pior, com indiferença e desprezo. A nossa vida é um “salve-se quem puder” e, se pensarmos bem, nós não estamos aproveitando os seus desafios para testemunhar a nossa fé, como nos sugere Jesus. “É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida”, esse é o conselho de Jesus para nós, hoje. Portanto, mesmo diante de tantos sinais de destruição, nós poderemos ter um coração tranquilo e, na reta final de mais um ano de aprendizado, ter plena confiança de que não perderemos nem um só fio de cabelo da nossa cabeça e que, a nossa perseverança nos fará ganhar uma vida nova, no final de tudo.

– Qual a mensagem pessoal que você tira desse Evangelho?

– Você tem percebido no mundo essas coisas pavorosas de que fala o Evangelho?

– Como estão acontecendo, as coisas dentro da sua casa?

– As dificuldades pelas quais você tem passado, o (a) fazem mais confiantes ainda nas promessas do Senhor?

Reflita sobre isso.

(20) – SEREIS PERSEGUIDOS…

Sei que muitos “fiéis” têm preferência por outro tipo de Evangelho: aquele que fala de pardais e lírios do campo, da tal recompensa no outro mundo, multiplicada por cem…

Entretanto, o Evangelho de hoje, com as tonalidades típicas do final do Ano Litúrgico, aponta em outra direção. Jesus anuncia uma catástrofe, isto é, um movimento para baixo, uma decadência geral, quando já não ficará “pedra sobre pedra”.

Nós somos construtores: desde os jardins suspensos de Babilônia, passando pelas pirâmides do Egito e a hidrelétrica de Itaipu, experimentamos um especial prazer em edificar monumentos, empilhando pedra sobre pedra. Pena que tudo cairá…

Da destruição do Templo de Jerusalém, com suas pedras imponentes, Jesus salta rapidamente para um outro Templo: seu próprio corpo, que logo será destruído impiedosamente em sua Paixão e Morte. Mas não para nesse corpo de carne. Logo se projeta para outro “Corpo” seu: a Igreja. E a cota que lhe cabe é, nua e crua, a perseguição.

Aqui e ali, tenho encontrado “fiéis” lamuriosos, reclamando de perseguições, como se a Igreja estivesse à espera de aplausos e confetes. Quanta inocência! Como comenta Hans Urs von Balthasar, “a perseguição não será um episódio ocasional, mas um “existencial” para a Igreja de Cristo e para os cristãos individuais. Sobre este ponto, Jesus é formal (vv. 12-17). VÓS sereis perseguidos. VÓS, os representantes da Igreja, TODA a Igreja”.

Basta uma olhadela panorâmica sobre estes dois mil anos de vida eclesial para contemplar a profecia cumprida: prisões, condenações, traições pelos próprios familiares, arenas com leões e touros, em suma: o martírio.

Enquanto espera, que deve fazer o cristão? O mesmo von Balthasar dá sua resposta: “Trabalhar!” Trabalhar como Paulo, que suou a camisa para comer seu pão. O que se pede a cada cristão é uma espécie de compromisso com o mundo “que Deus ama”!

E Jesus observou: “Não se perderá um só cabelo de vossa cabeça…” (Lc 21, 18).

Orai sem cessar: “O meu socorro vem do Senhor!” (Sl 121, 2)

(24) – CUIDADO PARA NÃO SERDES ENGANADOS

Hoje, o Evangelho nos fala da última vinda do Filho do homem. Aproxima-se o final do ano litúrgico e a Igreja nos apresenta a Parusia e, ao mesmo tempo quer que pensemos em nosso postimeiro: morte, juízo, inferno ou céu. O fim de uma viagem condiciona sua realização. Se quer ir ao inferno, poderá se comportar de uma maneira determinada de acordo com o término de sua viagem. Se escolhe o céu, deverá ser coerente com a Glória que quer conquistar. Sempre, livremente. Ao inferno não vai ninguém pela força; nem ao céu. Deus é justo e dá a cada pessoa o que ganhou, nem mais nem menos. Não castiga nem premia arbitrariamente, movido por simpatias ou antipatias. Respeita nossa liberdade. No entanto, devemos considerar que ao sair deste mundo a liberdade já não se poderá escolher. A árvore permanecerá estendida pelo lado em que ela caiu.

“Morrer em pecado mortal sem estar arrependidos nem acolher o amor misericordioso de Deus, significa permanecer separados Dele para sempre por nossa própria e livre escolha” (Catecismo da Igreja n. 1033).

Imagina a grandiosidade do espetáculo?

Os homens e as mulheres de todas as raças e de todos os tempos com nosso corpo ressuscitado e nossa alma compareceremos diante de Jesus Cristo, que presidirá o ato com grande poder e majestade. Virá julgar-nos em presença de todo o mundo. Se a entrada não fosse gratuita, valeria a pena… Então se saberia a verdade de todos nossos atos interiores e exteriores. Então veremos de quem são os dinheiros, os filhos, os livros, os projetos e as demais coisas: “Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído” (Lc 21,6). Dia de alegria e de glória para uns; dia de tristeza e de vergonha para outros. O que não quer que apareça publicamente, agora é possível eliminá-lo com uma confissão bem feita. Não se pode improvisar um ato tão solene e comprometedor. Jesus nos adverte: “Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e ainda: O tempo está próximo. Não sigais após eles, Olhai, não os deixeis enganar” (Lc 21,8). Está preparado agora?

NINGUÉM AMA O QUE NÃO CONHECE

CELEBRAÇÃO DE HOJE

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

(VERDE, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO)

RITOS INICIAIS:

– Monição Ambiental ou Comentário Inicial

Permanecendo firmes na ação e no testemunho!

O testemunho dos que seguem Jesus, incomoda. Por isso são perseguidos e até chegam a ser assassinados. Diante da adversidade, Jesus os conforta: “Eu lhes darei palavras de sabedoria e nenhum dos inimigos poderá resistir a vocês”. Aos desocupados, Paulo orienta: “Quem não quer trabalhar, também não coma”. Deixemos que o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia sejam nosso alimento na vivência da fé.

– Canto e Procissão de Entrada

– Antífona da entrada

Meuspensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes (Jr 29,11s.14).

– Saudação ao Altar e ao Povo Reunido

– Ato Penitencial

– Senhor, Tende Piedade

– Glória a Deus nas Alturas

– Oração do Dia ou Oração da Coleta

Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DA PALAVRA:

– Monição para a(s) Leitura(s)

Quem dá testemunho da Palavra, sofre as perseguições do mundo, mas não fica desamparado. O profeta nos garante que o justo brilha como o Sol, mas o soberbo é como fogo de palha. Deixemo-nos orientar pelos ensinamentos dessa Palavra.

– Silêncio

– Proclamação da 1ª Leitura

– Silêncio

– Proclamação do Salmo

– Silêncio

– Proclamação da 2ª Leitura

– Monição para o Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.

Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28).

– Canto de Aclamação

– Proclamação do Evangelho

– Homilia ou Pregação

– Profissão de Fé

– Oração Universal ou Oração dos Fiéis

Conforme nos orienta a IGMR, no Cap. II, LETRA B, números 69, 70 e 71, vamos deixar que cada Comunidade possa realizar a sua Oração Universal colocando nela, a sua realidade comunitária, não devendo esquecer que, normalmente serão estas as séries de intenções, além das pessoais de cada um, caso seja dada a oportunidade pelo celebrante ao povo de se expressar:

a) Intenções pelas necessidades da Igreja;

b) Intenções pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo;

c) Intenções pelos que sofrem qualquer dificuldade;

d) Intenções pela comunidade local;

e) Intenções pessoais da comunidade.

LITURGIA EUCARÍSTICA / PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS:

– Canto e Procissão das Oferendas

– Apresentação do Pão e do Vinho

– Presidente Lava as Mãos

– Orai, Irmãos!

– Oração sobre as Oferendas

Concedei, Senhor nosso Deus, que a oferenda colocada sob o vosso olhar nos alcance a graça de vos servir e a recompensa de uma eternidade feliz. Por Cristo, nosso Senhor.

LITURGIA EUCARÍSTICA / ORAÇÃO EUCARÍSTICA OU ANÁFORA:

– Prefácio e “Santo”

– Invocação do Espírito Santo

– Narrativa da Ceia

– Consagração do Pão e do Vinho

– “Eis o Mistério da Fé!”

– Lembra Morte e Ressurreição de Jesus

– Orações pela Igreja

– Louvor Final (Por Cristo…)

LITURGIA EUCARÍSTICA / RITO DA COMUNHÃO:

– Pai-Nosso (Oração do Senhor) e Oração seguinte

– Rito da Paz ou Saudação da Paz

– Fração do Pão

– Cordeiro de Deus

– Felizes os Convidados!

– Distribuição da Comunhão aos fiéis e Canto da Comunhão

– Silêncio Eucarístico ou Canto de Ação de Graças

– Antífona da Comunhão

Para mim só há um bem: é estar com Deus, é colocar o meu refúgio no Senhor (Sl 72,28).

– Oração depois da Comunhão

Tendo recebido em comunhão o Corpo e o Sangue do vosso Filho, concedei, Ó Deus, possa esta eucaristia, que ele mandou celebrar em sua memória, fazer-nos crescer em caridade. Por Cristo, nosso Senhor.

RITOS FINAIS OU RITOS DE ENCERRAMENTO:

– Comunicados e Convites

– Saudação e Bênção Final

– Despedida (Ide em Paz!)

FONTES DE CONSULTAS E PESQUISAS:

Vamos expor a seguir de onde pertencem os textos que nos preenchem todos os dias, nos dando um caminho com mais sabedoria, simplicidade e amor.

FONTE PRINCIPAL DE PESQUISA E INSPIRAÇÃO

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FONTE DE CONSULTA – IGMR (INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO – 1ª EDIÇÃO / 2008)

IGMR

REFLITA:

O importante não é a pessoa que escreve, mas quem foi que inspirou essa pessoa a escrever.

O importante não é como se lê o que está escrito, mas como se age.

O importante não é sentar-se à direita ou a esquerda do Pai, mas sim, realizar o trabalho que Ele nos pede.

Ter conhecimento não é ter sabedoria, sabedoria é saber compartilhar o conhecimento.

(0) – Blog Liturgia Diária da Palavra de Deus (Reflexões e Comentários);

(1) – Periódico Mensal: Liturgia Diária (Editoras Paulinas e Paulus);

(2) – Periódico Mensal: Deus Conosco (Editora Santuário);

(3) – Portal Editora Santuário;

(4) – Portal Editora Paulinas;

(5) – Portal Editora Paulus;

(6) – Portal e Blog Canção Nova;

(7) – Portal Dom Total;

(8) – Portal Católica Net;

(9) – Portal Católico Orante;

(10) – Portal Edições Loyola Jesuítas;

(11) – Portal de Catequese Católica;

(12) – Portal Evangelho Quotidiano;

(13) – Blog Homilia Dominical;

(14) – Blog Liturgia Diária Comentada;

(15) – Portal CNBB (A Palavra de Deus na Vida);

(16) – Portal Catequisar: Catequese Católica;

(17) – Portal Universo Católico;

(18) – Portal Paróquia São Jorge Mártir;

(19) – Portal Catedral FM 106,7;

(20) – Portal Comunidade Católica Nova Aliança;

(21) – Portal Comunidade Resgate;

(22) – Portal Fraternidade O Caminho;

(23) – Portal Católico na Net;

(24) – Portal Evangeli.net;

(25) – Portal Padre Marcelo Rossi;

(26) – Portal Grupo de Oração Sopro de Vida;

(27) – Portal NPD Brasil.

(28) – Um Novo Caminho

MINHA MENSAGEM PESSOAL PARA MIM MESMO.

Mais vale o desconforto da VERDADE, do que a comodidade da MENTIRA.

E usando a essência da Oração da Serenidade, devo orar:

Ó meu Deus e Senhor, Pai de misericórdia e Salvação,

que em seu Filho Jesus perdoou os nossos pecados,

e com o seu Santo Espírito, paráclito nesse nosso mundo que caminha conosco,

apenas em Ti posso almejar a vida eterna, socorre-me e ouvi-me:

Se o ERRO está em mim, que DEUS possa me dar a HUMILDADE de aceitar que estou errado.

Que Jesus me dê a SERENIDADE, para aceitar que tem coisas que não posso mudar.

E que o Espírito Santo me dê a CORAGEM, suficiente para mudar aquelas coisas que dependem de mim, mesmo que sejam difíceis.

E para complementar os alicerces de orações da minha vida, faço como o santo Tomás de Aquino:

“Concede-me, Deus misericordioso, que deseje com ardor o que tu aprovas, que o procure com prudência, que o reconheça em verdade, que o cumpra na perfeição, para louvor e glória do teu nome.

Põe ordem na minha vida, ó meu Deus, e permite-me que conheça o que tu queres que eu faça, concede-me que o cumpra como é necessário e como é útil para a minha alma.

Concede-me, Senhor meu Deus, que não me perca no meio da prosperidade nem da adversidade; não deixes que a adversidade me deprima, nem que a prosperidade me exalte.

Que nada me alegre ou me entristeça para além do que conduz a ti.”

Viver CORRETO e falar a VERDADE hoje são tão difíceis quanto na época
de Jesus, pois é muito mais fácil aceitar a MENTIRA e fazer o ERRADO.

Viver no CAMINHO, VERDADE E VIDA, que é o próprio Cristo Jesus, tem que ser uma caminhada diária.

O futuro é desejo e pensamento.

O passado é aprendizado e lembrança.

O hoje é realidade, isso quer dizer: CRISTO.

Meus amigos(as) de coração, meus irmãos(ãs) em Cristo Jesus, lembrem-se:

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

“Não julgues para não seres julgados.”

“A quem é muito dado, muito será cobrado.”

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