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Liturgia Diária 06/09/18

LITURGIA DIÁRIA 06/09/18


LANÇAI VOSSAS REDES MAIS PROFUNDAS

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Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 3, 18-23)
Conclusão sobre a verdadeira função dos pregadores
(áudio 1) – (áudio 2)

Irmãos, 18 ninguém se iluda: Se algum de vós pensa que é sábio nas coisas deste mundo, reconheça sua insensatez, para se tornar sábio de verdade; 19 pois a sabedoria deste mundo é insensatez diante de Deus. Com efeito, está escrito: “Aquele que apanha os sábios em sua própria astúcia”, 20 e ainda: “O Senhor conhece os pensamentos dos sábios; sabe que são vãos”. 21 Portanto, que ninguém ponha a sua glória em homem algum. Com efeito, tudo vos pertence: 22 Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, tudo é vosso, 23 mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 23(24), 1-2. 3-4ab. 5-6 (R. 1)
Liturgia de entrada no Santuário
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 1 Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra.

1 Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, / o mundo inteiro com os seres que o povoam; / 2 porque ele a tornou firme sobre os mares, / e sobre as águas a mantém inabalável.
3 “Quem subirá até o monte do Senhor, / quem ficará em sua santa habitação?” / 4a “Quem tem mãos puras e inocente coração, / 4b quem não dirige sua mente para o crime.
5 Sobre este desce a bênção do Senhor / e a recompensa de seu Deus e Salvador”. / 6 “É assim a geração dos que o procuram, / e do Deus de Israel buscam a face”.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Lc 5, 1-11)
Vocação dos quatro primeiros discípulos
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 1 Jesus estava na margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se ao seu redor para ouvir a palavra de Deus. 2 Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. 3 Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões. 4 Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. 5 Simão respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”. 6 Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. 7 Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem. 8 Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” 9 É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. 10 Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens.” 11 Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

LANÇAR A REDE EM ÁGUAS MAIS PROFUNDAS, É O DESEJO DE SAIRMOS DAQUILO QUE PENSAMOS QUE ESTÁ CERTO E QUE NOS ACOMODA. É O MOMENTO DE MOSTRAR EM AÇÃO, AQUILO QUE A NOSSA FÉ É PROFESSADA PELA NOSSA BOCA.
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 06/09/18. Quarta-feira da 22ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Lucas 5, 1-11, Salmo 23, Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 3, 18-23.

A minha reflexão, não será totalmente minha, mas sim, um compartilhamento com a da Evangelizadora Helena Serpa, pois, o tempo é curto, e o dia hoje vai ser longo.

Conforme podemos ver na primeira leitura, retirada da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, a nossa existência humana, por assim dizer, está sujeita a contradições quando estamos diante do modo de pensar de Deus e isso, muitas vezes nos perturba, pois, é do ser humano, se agarrar à apenas ao que o mundo oferece e diz que é certo e correto, mas, para Deus, não é tão simples assim! Desta forma, quando percebemos que a nossa inteligência, a nossa capacidade de criar e realizar de fazer fortuna, que os dons e carismas que possuímos, assim como o conhecimento que adquirimos, o sucesso que conquistamos, diante de Deus, não tem o menor significado, se não estivermos utilizando tudo o que temos em prol do Reino de Deus, e é então, que nos damos conta da nossa limitação humana.

Na maioria das vezes, nós nos confundimos e não entendemos que, somos seres humanos cheios de conhecimento sobre vários assuntos, entretanto, para que possamos ser distinguidos como sábios diante de Deus, precisamos que o Espírito Santo nos ilumine, pois, temos que nos reconhecer insensatos perante o mundo. Não podemos nos arvorar da nossa sabedoria humana, porque assim podemos ser apanhados por Deus em nossa própria esperteza.

Na realidade, precisamos apreender que existe a “sabedoria do mundo” e a “Sabedoria de Deus” e que, diante Dele, Deus, os pensamentos dos sábios do mundo, são vãos.

Paulo nos descreve tão “sabiamente” os sábios conforme a mentalidade que o mundo prega, e sejamos sinceros, se não é isso que o mundo nos mostra que é de real valor: sucesso, fama, fortuna, prazer, poder, ter. Não é isso que o mundo nos mostra? Por isso, Deus nos apresenta uma regra: “se algum de vós pensa que é sábio nas coisas deste mundo, reconheça sua insensatez, para se tornar sábio de verdade, pois a sabedoria deste mundo é insensatez diante de Deus”.

Essa regra vale tanto para nós, como para as pessoas a quem “idolatramos” por sua sabedoria, que nos encantam com sua beleza, a quem aplaudimos pelos seus dons.

— Quantas pessoas “idolatramos” na sociedade por coisas que elas fizeram? E será que nós sabemos a verdade sobre os fatos?
— Quantas pessoas “idolatramos” em nossas famílias por coisas que elas fazem ou fizeram? E será que nós sabemos a verdade sobre os fatos? Será que essa pessoa, é realmente exemplo a ser seguido?
— Quantas pessoas “idolatramos” em nossas igrejas por terem uma palavra bonita, cheia de adereços, e até profundidade cristã? E será que nós temos, no mínimo, a curiosidade de refletirmos primeiro, antes de aceitarmos aquilo como verdade?

Eu sei que vocês refletem, e refletem muito as palavras que escrevo ou falo e que compartilho com vocês todos os dias, aquilo que tenho como experiência e entendimento da Palavra de Deus e da vida, não é isso?

— Agora, se eu fosse um Missionário, um Religioso, um Teólogo, um Educador, um Pastor, um Padre, sinceramente, vocês iriam refletir o que estou dizendo ou seria mais fácil de aceitar? Sejam sinceros!

Meus queridos amigos e amigas, todos nós devemos fazer uma reflexão acerca do nosso entendimento em relação às pessoas a quem consideramos importantes, sábias, instruídas e a quem valorizamos mais do que às outras. Na verdade Deus deu a todos nós, homens e mulheres, inteligência a fim de que possamos desenvolver o mundo por Ele criado, no entanto, muitos de nós extrapolamos a Sua confiança e queremos ser um outro deus. Quando isto acontece a nossa mentalidade fica obscurecida levando-nos à insensatez.

“Que ninguém ponha a sua glória em homem algum!”

Tudo é nosso, o mundo, a vida, a morte, o presente e o futuro, mas, primeiramente, nós somos de Cristo e Cristo é de Deus. Por isso, precisamos aprender a dar o seu ao seu dono e a glória a quem pertence. Nós somos a glória de Deus quando irradiamos ao mundo o pensamento de Deus e a Sua mentalidade. Por isso, podemos perguntar:

— Qual é, na nossa compreensão, a mentalidade de Deus?
— Qual a palavra chave para podermos decifrar todos os mistérios de Deus?
— Qual é o nosso papel na criação de Deus?
— O que nós temos percebido nas pessoas que adquirem fama e poder?
— Quer ter uma visão concreta disso? Olhem em nossa família, em nossa comunidade religiosa, em nossa sociedade, que ficará claro a todos, mas, claro, existem pessoas que não conseguem enxergar as coisas erradas, pois, no fundo de seus corações, desejam a mesma coisa: dinheiro, poder, reconhecimento.

Caríssimos, já no texto do Evangelho que refletimos hoje, podemos observar com o nosso coração humilde diante de Deus, que Ele está atento aos nossos movimentos, onde que conhece as nossas necessidades e também aproveita os momentos em que estamos parados, desanimados por causa da nossa “pesca infrutífera e que não foi boa”, para entrar em nossa barca. Ele, Deus, precisa de nós para realizar o Seu plano de Salvação em Jesus Cristo, o Seu Filho.

Para isso Jesus nos foi enviado, para que se manifeste em nossa vida de uma maneira muito coerente com o que Ele deseja realizar em nós e por nosso intermédio. Ele vem a nós quando estamos no posto do nosso trabalho ou na lida da nossa casa, passando por algum sofrimento ou enfrentando situações difíceis. Para cada um de nós Ele usa uma metodologia diferente, só que o mais importante, é que Ele precisa de nós do jeito que somos e do modo como vivemos.

Foi assim que Ele se aproximou de Simão e de André seu irmão, fez um milagre na sua vida e, depois os convidou para serem pescadores de homens, e assim, O seguirem.

Primeiramente, Ele avistou as “duas barcas paradas na margem do lago” e percebeu que aqueles homens estavam desalentados e precisavam de ajuda. No entanto, Jesus não os subestimou, mas pediu-lhes ajuda para entrar na sua barca e dali falar para a multidão.

Somente depois, Jesus os instruiu para avançar e ir até o lugar onde encontrariam muitos peixes. Assim também Jesus faz conosco. Ele se manifesta nas situações da nossa vida, aproveita as oportunidades quando estamos de coração aberto, acrisolado, age em nós, transforma as nossas situações de pesar, providencia o que está nos faltando e depois também diz: “Vem! Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens!”

Jesus nos chama para ser pescadores de homens, e Ele irá providenciar o peixe para nós, porém, necessita das nossas redes a fim de tomar para Ele as almas desejosas de salvação. Jesus está esperando a hora de poder nos instruir, dizendo: “Avança para águas mais profundas, e lançai as vossas redes para a pesca.”

Que a nossa pesca seja profícua e não se restrinja somente ao nosso círculo de amizade. Jesus quer que sejamos pescadores no Seu reino e a rede que Ele nos dá é o Seu amor e a Sua Palavra.

— Será, que Jesus já realizou algum milagre em nossa vida?
— Somos capazes de contar a nossa experiência para todos naquilo que Jesus mudou em nossa vida?
— Qual a nossa esperança e o que nós temos descoberto com a Palavra de Deus?
— Nós temos usado o Amor de Deus como rede para atrair as pessoas para Ele?
— Mesmo que não tenhamos muita vontade, perseverança e entrega, nós estamos atendendo ao chamado de Jesus em atenção à Sua Palavra?

Meu amigo e minha amiga que permaneceu conosco até agora, lhe farei mais um pedido: coloquem em suas orações, o Matheus (filho da Priscilla e Osmar); pelo Sr. Salvador (pai do Danilo da Lara); pelo esposo da Cleusa (MESC São Judas Tadeu), pela minha irmã Danielle, pela minha esposa Ana Paula, por mim, que hoje à tarde estarei realizando um cateterismo, e por todos aqueles que estão diante de uma dificuldade: financeira, doença, pela perda de um ente querido, pessoal, sentimental ou espiritual, e que Deus possa nos fortalecer a todos nós, para que sejamos vitoriosos diante às nossas dificuldades. Amém!

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 05/09/18

LITURGIA DIÁRIA 05/09/18


A SOGRA DE PEDRO

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Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 3, 1-9)
A verdadeira função dos pregadores
(áudio 1) – (áudio 2)

1 Irmãos, não pude falar-vos como a pessoas espirituais. Tive que vos falar como a pessoas carnais, como a crianças na vida em Cristo. 2 Pude oferecer-vos somente leite, não alimento sólido, pois ainda não éreis capazes de tomá-lo. E nem atualmente sois capazes de receber alimento sólido, 3 visto que ainda sois carnais. As rivalidades e rixas que existem aí, no meio de vós, acaso não mostram que sois carnais e que procedeis de acordo com os impulsos naturais? 4 Quando um declara: “Eu sou de Paulo”, e outro: “Eu sou de Apolo”, não estais procedendo como pessoas simplesmente naturais? 5 Pois, o que é Apolo? O que é Paulo? – Não passam de servidores, pelos quais chegastes à fé. E cada um deles exerce seu serviço segundo o dom recebido de Deus. 6 Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é que fazia crescer. 7 De modo que nem o que planta, nem o que rega são, propriamente, importantes. Quem é importante é aquele que faz crescer: Deus. 8 Aquele que planta e aquele que rega formam uma unidade, mas cada um receberá o seu próprio salário, proporcional ao seu trabalho. 9 Com efeito, nós somos cooperadores de Deus, e vós sois lavoura de Deus, construção de Deus.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 32(33), 12-13. 14-15. 20-21 (R. 12b)
Hino à Providência
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 12b Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

12 Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, / e a nação que escolheu por sua herança! / 13 Dos altos céus o Senhor olha e observa; / ele se inclina para olhar todos os homens.
14 Ele contempla do lugar onde reside / e vê a todos os que habitam sobre a terra. / 15 Ele formou o coração de cada um / e por todos os seus atos se interessa.
20 No Senhor nós esperamos confiantes, / porque ele é nosso auxílio e proteção! / 21 Por isso o nosso coração se alegra nele, / seu santo nome é nossa única esperança.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Lc 4, 38-44)
Cura da Sogra de Simão (38-39)
Diversas curas (40-41)
Jesus deixa secretamente Cafarnaum e percorre a Judeia (42-44)
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 38 Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39 Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40 Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus colocava as mãos em cada um deles e os curava. 41 De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus.” Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias. 42 Ao raiar do dia, Jesus saiu, e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo que os deixasse. 43 Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado.” 44 E pregava nas sinagogas da Judeia.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

JESUS PODE NOS CURAR E TIRAR TODOS OS NOSSOS DEMÔNIOS, MAS PRECISAMOS ACEITÁ-LO, E NOS COLOCAR A SERVIR À ELE E AO PRÓXIMO!
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 05/09/18. Quarta-feira da 22ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Lucas 4, 38-44, Salmo 32, Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 3, 1-9.

Meus irmãos e irmãs, Deus Pai nos enviou o seu Filho, Jesus, para nos salvar, pois Ele em seu amor e misericórdia, sabe que nos encontramos no sofrimento, com dificuldades diante do mundo, diante das coisas do mundo, onde damos mais importância à doença do que aos doentes. Onde damos mais importância aos nossos sentimentos do que aquilo que os doentes possam estar sentindo.

— Quantas vezes nós pedimos que Deus tire uma doença de um ente querido, de um amigo ou de nós mesmos?
— Mas, sinceramente, quantas vezes pedimos a Deus que nos dê a força para vencermos esta doença?
— Mais sinceramente ainda, se for possível, quantas vezes “reclamamos” de Deus, quando, apesar de pedirmos a sua ajuda, alguém próximo de nós, sucumbe a esta doença?

Mas posso fazer uma pergunta, que de um primeiro momento pode parecer fria e até mesmo cruel, mas que na maioria das vezes não temos um verdadeiro discernimento da ação de Deus em nossas vidas:

— Se eu, você, ou aquele ente querido que vier a sucumbir à doença, será que não foi Deus que ouviu as nossas preces?
— Não fomos nós que pedimos a ajuda de Deus para nos livrar de tal doença?
— Se nós viermos a sucumbir à doença, nós não estamos livres da dor e estaremos felizes diante do Pai?
— Apesar, de ser uma palavra dura, o que é mais importante, o nosso sentimento da perda ou a graça da vida eterna para aquele que foi e está diante do Pai?

E são em momentos como estes, na dor, que colocamos verdadeiramente diante de Deus a Fé que temos por Ele. São em momentos de dificuldades que exercitamos completamente em corpo, alma e espírito tudo aquilo que da nossa “boca” sai, pois, falar é fácil, o difícil são as nossas ações diante do mundo.

Mas esse não foi o caso da sogra de Pedro, pois, ela não sucumbiu à doença. Pelo contrário, Jesus a curou, como também, muitos de nós somos curados de diversas enfermidades físicas, psicológicas e espirituais pela mão de Jesus, nosso Salvador. Mas aí, é que vem a nós, o “X” da questão:

— Nós, diante de nossa cura, conseguimos nos libertar das amarras do mundo e nos colocamos em pé e começamos a agir em nome de Deus?
— Nós, nos colocamos diante do mundo a levar a Boa Nova de Jesus após a nossa cura?
— Ou será que somos conforme aqueles 10 que foram curados, e fazemos parte dos nove que não voltaram para agradecer?
— Será que temos consciência de que não estamos sendo àquele, o único que voltou?
— Que talvez, não estejamos sendo a sogra de Pedro, que diante da cura, se colocou prontamente em pé para servir àqueles que precisavam?

Nós desejamos a cura de nossas diversas enfermidades: câncer, aids, H1N1, glaucoma, artrite, esclerose, alcoolismo, fumo, droga, ambição, traição, corrupção, egoísmo, hipocrisia, pornografia, violência, e tantas outras doenças ou males ou pecados que nos acomete diariamente, sempre tentando nos retirar do caminho de Deus e de nossa Salvação.

— Mas, será que não somos como aqueles que estavam atrás de Jesus, sempre querendo mais, como diz o ditado popular, “querendo receber tudo de mão beijada”?

É muito bom receber as graças da cura, mas a nossa forma de agradecer a Deus é levarmos a sua Palavra às outras pessoas. Isso o próprio Cristo nos fala neste texto:

“Eu devo anunciar a boa-nova do reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”.

É por isso, que tanto a sogra de Pedro como nós mesmos, quando somos curados de nossas enfermidades, devemos também, nos levantar e levar a Boa-Nova do Senhor. A sogra de Pedro nos dá um verdadeiro exemplo de que, a qualquer momento e ou circunstância de nossa vida, nós podemos e devemos servir a Deus e à Igreja.

Nós devemos sim, diante de nossas enfermidades, pedir a Deus que nos cure, a nós e a nossos entes queridos, pois, com certeza, podemos ser o instrumento para que essa graça seja realizada. Em nossos corações não pode haver espaço para a dúvida daquilo que Jesus possa fazer em nós e por nós. Não pode haver a dúvida de Ele pode nos curar de nossas enfermidades e nos libertar de todo o mal.

E tomando Jesus como exemplo, não podemos nos esquecer, de que devemos orar ao Senhor. O deserto de nosso coração é o local mais íntimo e profundo de que podemos encontrar a Deus, mas como Jesus, devemos ir ao encontro dos outros. Jesus ia à outras cidades e nós temos a nossa comunidade para levarmos a Sua Boa Nova.

Por isso lhe peço, ó Senhor Jesus, que o Senhor possa nos curar de nossas enfermidades, perdoar os nossos pecados e nos fortalecer para que possamos, com humildade e perseverança, aumentando a nossa fé na ressurreição em Vós, levantarmos de nossas “camas”, e sermos instrumentos de Vosso Espírito em nossa Família e Comunidade.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 04/09/18

LITURGIA DIÁRIA 04/09/18


POSSESSO NA SINAGOGA

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Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 2, 10b-16)
Sabedoria do mundo e sabedoria cristã
(áudio 1) – (áudio 2)

Irmãos, 10 a nós Deus revelou esse mistério através do Espírito. Pois o Espírito esquadrinha tudo, mesmo as profundezas de Deus. 11 Quem dentre os homens conhece o que se passa no homem senão o espírito do homem que está nele? Assim também, ninguém conhece o que existe em Deus, a não ser o Espírito de Deus. 12 Nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu. 13 Desses dons também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com a sabedoria aprendida do Espírito: assim, ajustamos uma linguagem espiritual às realidades espirituais. 14 O homem psíquico – o que fica no nível de suas capacidades naturais – não aceita o que é do Espírito de Deus: pois isso lhe parece uma insensatez. Ele não é capaz de conhecer o que vem do Espírito, porque tudo isso só pode ser julgado com a ajuda do mesmo Espírito. 15 Ao contrário, o homem espiritual – enriquecido com o dom do Espírito – julga tudo, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. 16 Com efeito, quem conheceu o pensamento do Senhor, de maneira a poder aconselhá-lo? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 144(145), 8-9. 10-11. 12-13ab. 13cd-14 (R. 17a)
Louvor ao Rei Iahweh
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 17a É justo o Senhor em seus caminhos.

8 Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão. / 9 O Senhor é muito bom para com todos, / sua ternura abraça toda criatura.
10 Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, / e os vossos santos com louvores vos bendigam! / 11 Narrem a glória e o esplendor do vosso reino / e saibam proclamar vosso poder!
12 Para espalhar vossos prodígios entre os homens / e o fulgor de vosso reino esplendoroso. / 13a O vosso reino é um reino para sempre, / 13b vosso poder, de geração em geração.
13c O Senhor é amor fiel em sua palavra, / 13d é santidade em toda obra que ele faz. / 14 Ele sustenta todo aquele que vacila / e levanta todo aquele que tombou.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Lc 4, 31-37)
Jesus ensina em Cafarnaum e cura um endemoninhado
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 31 Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava-os aos sábados. 32 As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33 Na sinagoga, havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: 34 “O que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!” 35 Jesus o ameaçou, dizendo: “Cala-te, e sai dele!” Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele, e não lhe fez mal nenhum. 36 O espanto se apossou de todos e eles comentavam entre si: “Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem.” 37 E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

DOIS PROJETOS INCOMPATÍVEIS: VIVER NA SINAGOGA, E ESTAR POSSUÍDO PELO ESPÍRITO MAU, OU VIVER NA SINAGOGA, E ESTAR POSSUÍDO PELO ESPÍRITO SANTO. QUEM SERÁ QUE NÓS ESTAMOS SENDO?
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 04/09/18. Terça-feira da 22ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Lucas 4, 31-37, Salmo 144, Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 2, 10b-16.

Meus irmãos e irmãs, antes de refletir sobre esta passagem, gostaria que pudéssemos lembrar da explicação de Jesus sobre a parábola do semeador em Mateus 13, 18-23 – Bíblia de Jerusalém:

“Ouvi, portanto, a parábola do semeador. Alguém ouve a Palavra do Reino e não a entende; vem o MALIGNO e arrebata o que foi semeado no seu coração. Esse é o que foi semeado à beira do caminho. O que foi semeado em lugares pedregosos, é aquele que ouve a Palavra e a recebe imediatamente com alegria, mas não tem raiz em si mesmo, é de momento; quando surge uma TRIBULAÇÃO ou uma PERSEGUIÇÃO por causa da Palavra, logo sucumbe. O que foi semeado entre os espinhos é aquele que ouve a Palavra, mas os CUIDADOS DO MUNDO e a SEDUÇÃO DA RIQUEZA sufocam a Palavra e ela se torna infrutífera. O que foi semeado em terra boa é aquele que ouve a Palavra e a entende. Esse dá fruto, produzindo à razão de cem, de sessenta e de trinta.”

Pois bem, tendo essa explicação vinda do próprio Jesus e não sendo minha, voltemos à nossa reflexão.

Se olharmos para o texto do evangelho que somos convidados a refletirmos, é a continuação do evangelho de ontem, não é mesmo? Jesus saiu de sua terra, e “desceu” para Cafarnaum, na Galileia, onde que lá, Ele dará continuidade em sua missão de levar a Boa Nova a todos.

“Todos maravilhavam-se da sua doutrina, porque ele ensinava com autoridade.”

O evangelista Lucas, então, começará a descrever as obras de Jesus, nos mostrando de uma forma correta, a verdadeira salvação. Podemos ver, que no início de sua missão, de imediato, todo povo se impressionou com a autoridade com que Jesus falava sobre as coisas de Deus, pois, em todo o seu ensinamento, a fonte que Ele utilizava estava dentro Dele mesmo, e não em algo externo, como o Livro da Lei, e muito menos, sobre a interpretação que era feita pelos sacerdotes daquela época, onde que muitos foram corrompidos, mas pelo contrário, a palavra de Jesus é repleta de eficácia e uma tremenda força contra o poder maligno que escraviza um endemoninhado. E quantos são escravizados nos dias de hoje, não é mesmo?

Mas algo chama a atenção: quem poderia imaginar que o demônio se manifestaria dentro de uma sinagoga, num lugar sagrado, um lugar onde temos a escuta e a explicação da Palavra de Deus, um lugar de catequese e oração.

Prestemos bem a atenção e reflitamos um pouco mais: Jesus ensinava em um sábado na sinagoga – antes da ressurreição de Jesus, o sábado era o dia do Senhor, e após a sua ressurreição é o domingo; e podemos dizer que as sinagogas são nossas Igrejas e comunidades nos dias de hoje. Mas vamos falar sobre isso em outro momento.

Aí eu pergunto:

— Quem Jesus encontrou no Sábado (dia do Senhor – domingo) na Sinagoga (Igreja e comunidades)?

Aí alguém poderia me perguntar:

— Mas Flávio, o que você está querendo dizer? Quem dentro de nossas Igrejas os “demônios” estão presentes? Mesmo com o Corpo e o Sangue de Cristo à nossa frente?

É isso mesmo! E o pior é que, talvez EU, NÓS, é que estamos sendo este demônio dentro da nossa Igreja. Talvez EU, NÓS, estejamos sendo o anátema que está infectando a nossa comunidade com as coisas do mundo. Temos que ter a inspiração do Espírito Santo em discernirmos qual está sendo a nossa atitude.

Será que EU, NÓS, já fizemos algo parecido como:

— Durante a Santa Missa, não ficamos calados e sempre puxamos conversa com quem está do nosso lado?!
— Durante a Santa Missa, ficamos reclamando da homilia do presidente ou do coral desafinado?!
— Durante a Santa Missa, nos distraímos com qualquer coisa e nos esquecemos que na Liturgia estamos revivendo a vida, morte e ressurreição de Cristo, centralizando no ápice de nossa fé, que é a Eucaristia?!
— Durante algum encontro ou palestra de aprofundamento, estudo ou espiritualidade, não conseguimos ficar quieto, sempre nos levantando ou atrapalhando com outras ações e ou pequenos comentários que nada tem a ver com o momento?!
— Durante um Terço ou uma Adoração, sempre fazemos ou falamos coisas que tiram o cerne ou âmago daqueles que nos cercam?!
— Durante a nossa caminhada nas pastorais, somos sempre aqueles que reclamam, mas nunca fazemos nada quando somos chamados?!
— Durante os trabalhos comunitários, somos aqueles que não ajudamos a comunidade porque não gostamos desta ou daquela pessoa?!
— Durante nossa vida de cristão, em comunidade, somos sempre aqueles que criticam os que nos cercam, mas não conseguimos ter humildade em reconhecer que nós também estamos errados?!

O que mais podemos inserir nas nossas ações que nos transformam “neste homem possuído por um demônio” na nossa Igreja hoje? Na nossa comunidade? Na nossa família?

— Usamos do dinheiro da Igreja em prol de nós mesmo?
— Não pagamos o que comemos e nem os ingressos das atividades paroquiais, usando do nosso privilégio de irmos e virmos dentro de nossa comunidade?
— Como coordenadores ou integrantes dos diversos conselhos e pastorais, será que não utilizamos da nossa posição para fazer as coisas acontecerem da nossa maneira ou do jeito que nós queremos, sem pensarmos se a pastoral ou a comunidade irá aceitar ou se realmente é o correto a ser feito?

Agora, vocês poderão entender, o porquê coloquei no início desta reflexão, a explicação da parábola do semeador pela boca do próprio Jesus. Observem que tudo que EU, NÓS, estamos fazendo de errado como “um demônio em minha comunidade”, se resume da forma que acolhemos, entendemos e transformamos em ação a Palavra de Deus.

Temos que ter a consciência, que as nossas ações devem ser pautadas nos ENSINAMENTOS DE JESUS, e não nas do “maligno”. Que diante das “tribulações” e “perseguições”, devemos nos manter firmes na FÉ. Que diante dos “cuidados do mundo” e da “sedução das riquezas”, devemos nos manter HUMILDES e SERVIDORES DO PRÓXIMO.

Por isso, diante do Espírito Santo, nos prostrando ao chão, como Jesus mesmo fez por várias vezes diante do perigo e das dificuldades, que possa EU, NÓS, possamos assumir a nossa fragilidade e pequenez diante do mundo e as tentações do demônio, abrindo o nosso coração a Jesus e pedir-lhe, que como naquele momento na sinagoga, fale também ao demônio que está em nós: “CALA-TE E SAI DELE!”

Senhor Jesus, por mim e por todos nós, pedimos humildemente, que nos ajude a tirar o demônio que está em nós e que nós possamos, dentro das nossas possibilidades, produzirmos em nossa vida os frutos de sua Palavra, talvez em cem, sessenta ou trinta, mas que sejam frutos de glórias ao Senhor.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 03/09/18

LITURGIA DIÁRIA 03/09/18


JESUS DIZ: HOJE SE CUMPRIU A PROFESSIA

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Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 2, 1-5)
Sabedoria do mundo e sabedoria cristã

1 Irmãos, quando fui à vossa cidade anunciar-vos o mistério de Deus, não recorri a uma linguagem elevada ou ao prestígio da sabedoria humana. 2 Pois, entre vós, não julguei saber coisa alguma, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. 3 Aliás, eu estive junto de vós, com fraqueza e receio, e muito tremor. 4 Também a minha palavra e a minha pregação não tinham nada dos discursos persuasivos da sabedoria, mas eram uma demonstração do poder do Espírito, 5 para que a vossa fé se baseasse no poder de Deus e não na sabedoria dos homens.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 118(119), 97. 98. 99. 100. 101. 102 (R. 97a)
Elogio da lei divina

R. 97a Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei!

97 Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei! / Permaneço o dia inteiro a meditá-la.
98 Vossa lei me faz mais sábio que os rivais, / porque ela me acompanha eternamente.
99 Fiquei mais sábio do que todos os meus mestres, / porque medito sem cessar vossa Aliança.
100 Sou mais prudente que os próprios anciãos, / porque cumpro, ó Senhor, vossos preceitos.
101 De todo mau caminho afasto os passos, / para que eu siga fielmente as vossas ordens.
102 De vossos julgamentos não me afasto, / porque vós mesmo me ensinastes vossas leis.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Mc 4, 16-30)
Jesus em Nazaré

Naquele tempo, 16 veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. 17 Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18 “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19 e para proclamar um ano da graça do Senhor.” 20 Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21 Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.” 22 Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?” 23 Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum.” 24 E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25 De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26 No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27 E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio.” 28 Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29 Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30 Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

NENHUM PROFETA É BEM RECEBIDO EM SUA PÁTRIA, IMAGINA, NÓS QUE NÃO SOMOS PROFETAS!

Bom dia. Liturgia Diária 03/09/18. Segunda-feira da 22ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Lucas 4, 16-30, Salmo 118, Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 2, 1-5.

Meus irmãos e irmãs, a reflexão que estou enviando a vocês, é da Evangelizadora Olívia Coutinho.

O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, vem confirmar, que o caminho do profeta, é um caminho marcado pela perseguição, pela rejeição…

Jesus, o profeta maior de todos os tempos, passou por esta experiência, Ele foi perseguido e rejeitado até mesmo pelos os seus conterrâneos, pessoas, que deveriam ser os primeiros a acolhê-lo!

Dificuldades, sempre estarão presentes no caminho do profeta, pois são muitos, os que tentarão calar a sua voz, o que será impossível, pois nem mesmo a morte, consegue calar a voz de um profeta! Podem tirar-lhe a vida, mas não conseguem tirar a força de suas palavras, que continuam mais forte ainda, após sua morte.

O texto fala do retorno de Jesus à sua cidade de origem: Nazaré. Em Nazaré, Jesus experimentou no corpo e na alma, a dor da rejeição.

De início, o povo ficou encantado com as palavras de Jesus, mas este encantamento caiu por terra, quando a identidade do Messias, começou a se revelar na sua pessoa.

Para o povo de Nazaré, era inadmissível acreditar, que o filho de um carpinteiro pudesse ser o enviado de Deus: O Messias! Eles agarraram, na origem de Jesus, na sua condição social, não quiseram aprofundar, isto é: não quiseram enxergar no seu rosto, o rosto humano do Pai!

Os habitantes de Nazaré esperavam por um Messias, mas por um Messias extraordinário, milagreiro, que lhes fosse favorável em tudo, por isto não aceitaram um Messias de origem simples, que tinha o olhar voltado para os pequenos, os pobres os marginalizados.

Os compatriotas de Jesus, tiveram nas mãos, a chave da felicidade, mas não se deram conta de tamanha preciosidade, desperdiçando assim, a graça de Deus! Ali, Jesus não pode realizar milagres, fez apenas algumas curas, não, por repreensão, mas pela a falta de fé daquele povo.

Será que nós também, não temos atitudes semelhantes ao do povo de Nazaré? Será que estamos aceitando, o recado de Deus, que chega até a nós através das pessoas simples?

Temos a tendência de acreditar somente nas palavras das pessoas de nível intelectual elevado, com isso, deixamos escapar as mensagens que Deus quer nos passar através dos “pequenos”, os simples, esquecendo de que Jesus, o Mestre de todos os mestres, o profeta Maior de todos os tempos, serviu-se de meios humanos bem simples para anunciar o reino de Deus!

A rejeição à Jesus, não interrompeu o anúncio do Reino, anuncio, que continua através dos incansáveis profetas de hoje: homens e mulheres que se embrenham pelo caminho da cruz, dispostos a dar a vida se preciso for, pela causa do Reino.”

Pela minha parte, eu deixaria o seguinte, às vezes, não fazemos sucesso onde desejaríamos que isso acontecesse, por isso, que o Espírito Santo nos conduz, nos arrasta para ajudar a alguém que está longe de nós e a que nem imaginamos, a fim de que, por nosso meio, possa obter cura e libertação.

Por isso deixo as seguintes perguntas:

— A quem nós nos sentimos chamados a evangelizar?
— Para nós, o que realmente significa evangelizar?
— O que nós temos feito para atrairmos os nossos para uma vida melhor?
— Nós temos visto algum progresso na nossa família por causa do nosso testemunho de vida?
— Nós continuamos insistindo?
— Nós sentimos o poder do Espírito Santo quando falamos no nome de Jesus Cristo?
— Ou será, que só falamos as coisas de Deus, mas, não temos Ele em nosso coração?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 02/09/18

LITURGIA DIÁRIA 02/09/18


APENAS DA BOCA PARA FORA

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Leitura do Livro do Deuteronômio (Dt 4, 1-2.6-8)
A infidelidade de Fegor e a verdadeira sabedoria
(áudio 1) – (áudio 2)

1 Moisés falou ao povo, dizendo: “Agora, Israel, ouve as leis e os decretos que eu vos ensino a cumprir, para que, fazendo-o, vivais e entreis na posse da terra prometida pelo Senhor Deus de vossos pais. 2 Nada acrescenteis, nada tireis, à palavra que vos digo, mas guardai os mandamentos do Senhor vosso Deus que vos prescrevo. 6 Vós os guardareis, pois, e os poreis em prática, porque neles está vossa sabedoria e inteligência perante os povos, para que, ouvindo todas estas leis, digam: ‘Na verdade, é sábia e inteligente esta grande nação! 7 Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos como o Senhor nosso Deus, sempre que o invocamos? 8 E que nação haverá tão grande que tenha leis e decretos tão justos, como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos?'”
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 14(15), 2-3ab.3cd-4ab.5 (R. 1a)
O hóspede de Iahweh
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 1a Senhor, quem morará em vossa casa / e no vosso monte santo, habitará?

2 É aquele que caminha sem pecado / e pratica a justiça fielmente; / 3a que pensa a verdade no seu íntimo / 3b e não solta em calúnias sua língua.
3c Que em nada prejudica o seu irmão, / 3d nem cobre de insultos seu vizinho; / 4a que não dá valor algum ao homem ímpio, / 4b mas honra os que respeitam o Senhor.
5 Não empresta o seu dinheiro com usura, / nem se deixa subornar contra o inocente. / Jamais vacilará quem vive assim!

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Leitura da Carta de São Tiago (Tg 1, 17-18.21b-22.27)
Receber a Palavra e pô-la em prática
(áudio 1) – (áudio 2)

Irmãos bem-amados: 17 Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto; descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem sombra de variação. 18 De livre vontade ele nos gerou, pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas. 21b Recebei com humildade a Palavra que em vós foi implantada, e que é capaz de salvar as vossas almas. 22 Todavia, sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. 27 Com efeito, a religião pura e sem mancha diante de Deus Pai, é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (Mc 7, 1-8.14-15.21-23)
Parábola dos talentos
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 1 os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. 2 Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. 3 Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. 4 Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. 5 Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram então a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?” 6 Jesus respondeu: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7 De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. 8 Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”. 14 Em seguida, Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Escutai todos e compreendei: 15 o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. 21 Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, 22 adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. 23 Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

ALGUNS FALAM MUITO, OUTROS ATÉ BONITO FALAM, MAS, APENAS AQUILO QUE ESTÁ VERDADEIRAMENTE EM NOSSO CORAÇÃO, É BEM VISTO AOS OLHOS DE DEUS.
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 02/09/18. Domingo da 22ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Marcos 7, 1-8.14-15.21-23, Carta de São Tiago 1, 17-18.21b-22.27, Salmo 14, Livro do Deuteronômio 4, 1-2.6-8.

Meus irmãos e irmãs, vamos ser sinceros, sem rodeios mesmo: nós temos a mania, o costume e a tendência de sempre observar o outro, mas infelizmente, esse nosso olhar sempre é direcionado para os pontos negativos ou fracos das pessoas, e quando buscamos em nosso olhar apenas o negativo, não conseguimos enxergar o que ele tem de bom no seu interior!

Com essa nossa postura de “caçadores de erros” ou de “acusadores dos pecados”, vamos perdendo a capacidade de enxergar além das aparências, de ter uma percepção profunda dos fatos, das pessoas, porque nos falta um olhar de contemplação, um olhar que não somente vê, mas que enxerga além do que os olhos físicos alcançam!

Todas as vezes que olhamos aquele irmão, que, por pensar diferente de nós, começamos a procurar apenas os seus erros, esta atitude está demonstrando que nós é que estamos errados diante da situação, somos nós que estamos precisando de conversão.

O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, diz, que os fariseus e alguns mestres da lei, se reuniram em torno de Jesus, não para escutar as suas palavras, mas para observá-lo.

Estes fariseus e mestres da lei, haviam vindo de Jerusalém com um único objetivo: descobrir que tipo de ensinamento Jesus estava passando para os seus discípulos, eles queriam saber se Jesus estava incitando o povo a não observância das Leis, pois, pelo o que havia chegado ao conhecimento deles, os ensinamentos de Jesus não se enquadravam com os padrões religiosos estabelecidos por eles.

Para eles, religião, era observar as tradições antigas, era cumprir preceitos, normas, rituais que nada acrescentam ao ser humano, como lavar as mãos antes de comer, quando chegar da rua não comer sem tomar banho, a maneira correta de lavar copos, jarras, vasilhas…

Eles observavam rigorosamente estes preceitos, mas deixavam de lado o principal; o cuidado para com a vida. Os fariseus e mestres da lei, não viviam o amor, não agiam com misericórdia, suas atitudes eram totalmente contrárias a vida, atrás de uma aparente pureza, eles escondiam a dureza de seus corações!

O texto chama a nossa atenção sobre o perigo de nos tornarmos parecidos com esses fariseus, quando ficamos no superficial da fé, nos submetendo a normas, a rituais vazios que nada acrescentam em nossas vidas, que não nos levam a Deus!

Quando ficamos preso na observância exagerada de normas, não conseguimos captar a mensagem principal de Jesus, que é um convite a vivermos no amor! Enquanto estamos presos em pormenores, não tomamos posse da nossa vida, vida, que pertence a Deus, mas que por assim ser, deve ser cuidada como um bem precioso.

Não adianta fazermos inúmeras reuniões em nossas pastorais, se nem ao menos conseguimos nos ajuntar para orarmos; não adianta nada ficarmos de joelhos no momento da Consagração, se estamos com olhos nos folhetos e o nosso coração está longe de Cristo transubstanciado à nossa frente; não adianta criticarmos os coordenadores de pastorais e quando somos chamados a ajudar, nós dizemos que não podemos; não adianta pregarmos a Palavra de Deus, mas traio o meu cônjuge e os meus filhos; não adianta eu dizer e julgar as pessoas que não querem ajudar nos trabalhos da Igreja, se eu não aceito a opinião dos outros onde que só a minha opinião é que tem valor; e nesta época de política, não adianta só falar das coisas erradas do candidato do outro, mas olhar para os erros do seu também.

É importante termos em mente: podemos enganar aos homens, mas a Deus ninguém engana, Deus conhece o nosso interior, sabe quais são as nossas intenções.

Deixemo-nos inundar pelo o amor de Jesus, o amor que liberta, que inclui, que nos torna sinal vivo da sua presença na vida do outro. De nada adianta os nossos atos externos se eles não retratam o que na verdade somos interiormente! Aos olhos de Deus, a prática exterior, só tem sentido, quando ela é expressão do que realmente se crê e do que realmente se vive, do contrário, não passam de práticas vazias que nada significam, pois mostram o que na verdade não se é, e não se vive!

Perguntemos a nós mesmos:

— Estamos presos em pormenores, em coisas que não aceitamos em mudar por estarmos errados ou porque não reconhecemos, ou estamos vivendo de fato a nossa fé?
— Existe coerência entre o que falamos e o que vivemos, entre o que falamos de bem e o que falamos de mal, entre o perdoar e o julgar?
— Ou será que só sabemos perdoar a quem queremos e julgamos a quem não gostamos?
— Será que realmente existe coerência?

Meus queridos amigos e amigas, na passagem do evangelho de hoje, Jesus está nos chamando a sermos honestos com nós mesmos, onde que, temos que ter no mínimo uma coerência de vida, naquilo que falamos e naquilo que fazemos. Não adianta sermos uma coisa na frente e sermos outra atrás, pois, nos esquecemos que sempre estamos diante de Deus, e Dele, não conseguimos esconder nada. Por isso que, com autoridade, Jesus chamava à realidade os fariseus e os mestres da lei, pois como Jesus conhecia os seus corações, Ele tinha autoridade para lhes chamar à verdade de seus atos.

Nós também precisamos ser verdadeiros quando se trata das coisas de Deus. Muitos de nós, estamos à frente de pastorais, muitos de nós estamos à frente de nossas famílias, mas, todos nós estamos de frente com Jesus. Seguir as normas e leis da Igreja, os ritos litúrgicos, as regras e o respeito familiar, a ética e a honestidade social, tudo isso tem um valor enorme em nossas vidas, mas desde que, haja a coerência e a igualdade na fala e nos gestos, no que se diz e no que se faz. Os preceitos feito apenas como preceitos, são vagos e infrutíferos em nossa vida; já os preceitos realizados de forma que venham as nos melhorar, nos elevar, nos alicerçar para uma vida melhor no mundo e em Cristo, isso sim, faz a diferença.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 01/09/18

LITURGIA DIÁRIA 01/09/18


OS TALENTOS

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Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 1, 26-31)
A mensagem da Cruz: Sabedoria do mundo e sabedoria cristã
(áudio 1) – (áudio 2)

26 Irmãos, considerai vós mesmos, como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. 27 Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; 28 Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, 29 para que ninguém possa gloriar-se diante dele. 30 É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação, 31 para que, como está escrito, ‘quem se gloria, glorie-se no Senhor’.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 32(33), 12-13. 18-19. 20-21 (R. Cf. 12b)
Hino à providência
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 12b Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

12 Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, / e a nação que escolheu por sua herança! / 13 Dos altos céus o Senhor olha e observa; / ele se inclina para olhar todos os homens.
18 Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, / e que confiam esperando em seu amor, / 19 para da morte libertar as suas vidas / e alimentá-los quando é tempo de penúria.
20 No Senhor nós esperamos confiantes, / porque ele é nosso auxílio e proteção! / 21 Por isso o nosso coração se alegra nele,/ seu santo nome é nossa única esperança.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 25, 14-30)
Parábola dos talentos
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 14 “Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 15 A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. 16 O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. 17 Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18 Mas aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão. 19 Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 20 O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. 21 O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 22 Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23 O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 24 Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 25 Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26 O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? 27 Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence.’ 28 Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 29 Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30 Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!’”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

OS TALENTOS DEVEM SER USADOS CONFORME O NOSSO CARISMA
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 01/09/18. Sábado da 21ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 25, 14-30, Salmo 32, Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 1, 26-31.

Meus amados amigos, e amadas amigas, a palavra que refletimos hoje no evangelho nos mostra uma parábola tão forte para o nosso crescimento, mas em contrapartida, para quem normalmente olha apenas superficialmente para as coisas de Deus, poderá ter uma má interpretação se realmente não nos aprofundarmos nesta palavra, pois, o que estamos refletindo, não significa apenas um acerto de contas entre um patrão e seus empregados, mas sim, uma ação muito mais séria que estará dando sentido à toda nossa vida.

E sendo assim, poderíamos nos perguntar como se hoje fosse o último dia de nossa vida, refletindo no que está presente em nossa mente, em nossa fala, em nosso coração e principalmente em nossa ação:

— Verdadeiramente, em que ou em quem, nós investimos até hoje, para refletirmos em nossa existência?
— E tem realmente valido a pena todo esse nosso esforço?

Para aqueles que trabalham com administração, controle de estoque, compra e vendas, na área de contábil, ou até mesmo em nossas casas, sempre quando chega ao final de um período, semestre ou ano, é necessário que façamos um quadro, um balanço demonstrativo de todo àquele período, do que investimos, o ganho e a perda, contas a pagar e a receber, se ganhamos ou perdemos dinheiro. Não é isso mesmo?

Vamos refletir, se vale a pena mantermos as nossas aplicações e investimentos, ou se vamos focar em outras áreas ou até mesmo mudar o rumo de nossos negócios, ou a forma de controlarmos o nosso orçamento familiar. Não são estas as atitudes que temos quando temos um pouco de conhecimento da necessidade de controlarmos o dinheiro que possuímos? Isso quando temos não é mesmo?

Sendo assim, já que muitos desejam sempre refletir o humano e não o divino, poderíamos observar que Deus investiu tudo o que Ele tem em nós, é verdade, que cada um com o seu carisma, com o seu dom, mas Ele investiu tudo, tanto, que o Seu Filho, Jesus, teve que pagar um preço muito alto por todo esse investimento, pois, Ele viu que seria muito bom continuar a investir em nós. Esse investimento vale muito mais do que todo o ouro e prata, mais do que todo o tesouro que há no mundo, desta forma, não seria do direito de Deus, querer saber quando chegasse o fim de nossas vidas, o que realmente fizemos com o que Ele nos deu, por sua graça, a vida que tivemos e temos?

Deus, pela sua obra de salvação, é extremamente bondoso e amoroso com todos nós, onde que nunca nos cobra nada, pois, o seu amor é gratuito e incondicional. Entretanto, nós nos sentimos em obrigação em dar um retorno, uma reposta de grande alegria, como foi os dois primeiros empregados deste evangelho, que de tanto reconhecerem o valor e a confiança que o seu mestre lhes davam, que pegaram os seus talentos e os duplicaram, conforme o seus dons que lhes foram confiados. Eles não se preocuparam em justificar onde e em que aplicaram o dom recebido, pois, independente do rigor e exigência que o patrão possuía, eles se sentiram no dever em corresponder e retornar a confiança que neles foram depositadas.

Caríssimos, Deus em sua infinita sabedoria, sabe reconhecer todas as nossas limitações e fragilidades, Ele sabe que nem todos de nós poderão viver bem, onde que poderemos descobrir sim, o sentido da vida, a essência do amor, sendo assim, que diante Dele, é válido qualquer e todo o esforço que pudermos ter para vivermos segundo as suas leis e sua Santa Palavra. Quem sabe, poderíamos até dizer, que o talento nos dado, seria a nossa própria existência que é sempre visível aos nossos olhos, e que os talentos que durante a nossa vida adquirimos como sendo um bom investimento, são as graças que recebemos de Deus e que nos antecipam em nossa vida e em nossa caminhar, a vida advinda de Cristo Jesus, que Ele nos presenteou com a sua Vida, Morte e Ressurreição.

No momento certo, as nossas vidas, não nos serão tiradas, arrancadas, mas sim, serão enriquecidas e fortalecidas com todos os talentos que adquirimos, onde que entenderemos que a nossa vida é muito mais do que aquilo que apenas podemos ver. E Paulo, tem uma explicação maravilhosa sobre isso: FÉ.

Entretanto, porém, todos nós que nos apegamos apenas em nossa existência terrena, sempre nos limitando a vivermos nesta visão de mundo, nos alimentando com a esperança daquilo que a vida na terra pode nos dar ou que podemos ver e pegar, estaremos nós, nos transformando no servo mau e preguiçoso do evangelho, que sempre pouco investiu em sua vida, e que diante de Deus, no momento de nosso balancete final, ficaremos horrorizados, pois em nada alcançamos, e aquilo que pensávamos ser um grande ganho, ou um grande lucro, será na verdade uma terrível perda, e que iremos terminar o nosso balanço mensal, semestral ou anual, com um saldo vermelho, negativo mesmo, e estaremos devendo algo a Deus por tudo aquilo que Ele acreditou e nos concedeu.

Meus queridos amigos e amigas, precisamos descobrir pela nossa Fé, que o viver, não se restringe apenas ao limite de nossos corpos, pois, como filhos de Deus, trazemos em nós mesmos, a semente da eternidade, de uma vida que se for renovada na Palavra e convertida na Boa Nova de Cristo Jesus, vale a pena sim, que à busquemos e a mantenhamos a cada dia de nossa vida, pois, a nossa visão não consegue vislumbrar todos os horizontes vistos e desejados pelo Pai, que irá mudar toda a nossa vida, e isso só ocorrerá se tivermos presentes em nossas vidas, a Fé.

Se realmente chegarmos a fazer o nosso balanço e vermos que ele não foi bom, devemos pegar como exemplo, o que o evangelho nos convida a fazermos, que seria o nosso exame de consciência humilde diante de Deus, onde que pela inspiração do Espírito Santo, nos será dado o sentido de sabermos com sinceridade e com clareza, o que é que estamos fazendo realmente de nossa vida, quais os talentos que o Pai nos confiou, onde que veremos que há todo tempo é tempo de nossa conversão, de corrigirmos as nossas contas que estão no vermelho, e realizarmos novos investimentos naquilo que nos trará juros rentáveis para a nossa vida: caridade, amor, solidariedade, humildade, perseverança, perdão, e tudo isso será conferido pelo próprio Deus, pela sua Palavra e Eucaristia viva em nosso coração.

Caríssimos, o que nos torna diferentes na fé e em um balanço empresarial e familiar, é que Deus, nosso pai, não é egoísta, não é avarento, não é ambicioso, pois, para Ele, Deus, o pouco que nós conseguirmos dar de lucro com a nossa prática de cristão, será o suficiente para que possamos ouvir do próprio Senhor aquilo que o nossa alma e coração deseja e anseia:

“Porque foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!”

Alegria esta, que já experimentamos ou ainda experimentaremos ainda nesta vida, quando colocarmos todos os nossos talentos para servir os nossos irmãos, ajuntando um tesouro no céu, pois, tudo o que recebemos de Deus vem na medida certa, de acordo com a nossa capacidade, nem mais nem menos do que poderíamos receber.

E para finalizarmos, poderia perguntar:

— Será que nós já paramos para pensar na grandeza que é a nossa simples vida?
— Será que nós apreciamos a nossa vida ou achamos que a vida do outro é melhor que a nossa?
— O que será que nós temos feito com os nossos dons?
— Será que nós nos achamos muito sem expressão, incapazes de realizar alguma coisa?
— Será que nós não temos é medo, pois, a nossa Fé é pequena?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 31/08/18

LITURGIA DIÁRIA 31/08/18


AS 10 MOÇAS: 5 PREVIDENTES E 5 NÃO

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Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 1, 17-25)
Sabedoria do mundo e sabedoria cristã
(áudio 1) – (áudio 2)

Irmãos, 17 de fato, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar a boa nova da salvação, sem me valer dos recursos da oratória, para não privar a cruz de Cristo da sua força própria. 18 A pregação a respeito da cruz é uma insensatez para os que se perdem, mas para os que se salvam, para nós, ela é poder de Deus. 19 Com efeito, está escrito: “Destruirei a sabedoria dos sábios e frustrarei a perspicácia dos inteligentes”. 20 Onde está o sábio? Onde o mestre da Lei? Onde o questionador deste mundo? Acaso Deus não mostrou a insensatez da sabedoria do mundo? 21 De fato, na manifestação da sabedoria de Deus, o mundo não chegou a conhecer Deus por meio da sabedoria; por isso, Deus houve por bem salvar os que creem por meio da insensatez da pregação. 22 Os judeus pedem sinais milagrosos, os gregos procuram sabedoria; 23 nós, porém, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos. 24 Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, esse Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus. 25 Pois o que é dito insensatez de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é dito fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 32(33), 1-2. 4-5. 10ab.11 (R. 5b)
Hino à providência
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 5b Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!

1 Ó justos, alegrai-vos no Senhor! / aos retos fica bem glorificá-lo. / 2 Dai graças ao Senhor ao som da harpa, / na lira de dez cordas celebrai-o!
4 Pois reta é a palavra do Senhor, / e tudo o que ele faz merece fé. / 5 Deus ama o direito e a justiça, / transborda em toda a terra a sua graça.
10a O Senhor desfaz os planos das nações / 10b e os projetos que os povos se propõem. / 11 Mas os desígnios do Senhor são para sempre, / e os pensamentos que ele traz no coração, / de geração em geração, vão perdurar.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 25, 1-13)
Parábola das 10 virgens
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, disse Jesus, a seus discípulos, esta parábola: 1 “O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2 Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3 As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4 As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5 O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6 No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7 Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8 As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando.’ 9 As previdentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10 Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11 Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12 Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ 13 Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

O SER PRUDENTE EM ESPERAR, E O SER IMPRUDENTE, COM CERTEZA, NOS MOSTRARÁ QUAL A RESPOSTA QUE IREMOS RECEBER: UMA PALAVRA MANSA E DE ACOLHIMENTO OU UMA PALAVRA DURA DE OUVIR: NÃO TE CONHEÇO!
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 31/08/18. Sexta-feira da 21ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 25, 1-13, Salmo 32, Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 1, 17-25.

Meus queridos irmãos e irmãs, para nós que somos verdadeiros discípulos de Jesus, não nos importa a hora de Sua chegada, mas sim, estarmos prontos para recebe-lo, isso, quando Ele chegar. E essa Sua chegada, pelo se tornar tarde, nos apresenta diversos tipos de comportamentos de nossa parte, e dois destes tipos de comportamento podemos ver nesta parábola que o Evangelho nos apresenta hoje: a parábola das dez jovens.

Podemos observar, que as cinco jovens prudentes, estão representando a todos nós, discípulos de Jesus, que não ficamos esperando o Senhor de braços cruzados, pelo contrário, essa espera não paralisa e nem se abstém de nossas responsabilidades, pois, precisamos diante do mundo, corresponder com os anseios e desejos do Senhor Deus.

Essas cinco jovens somos todos nós que estamos constantemente engajados na luta pela verdade, pela justiça, na defesa dos menos favorecidos, em uma busca que sejamos um verdadeiro e autêntico testemunho de Fé, neste mundo tão marcado pelas injustiças, violências, corrupções, impunidades. Somos todos nós que continuamos a lutar incessantemente pelos valores da família cristã, por ajudar em nossas comunidades nos diversos serviços à que ela necessita, em ajudar àquele que mais precisa de nossa mão estendida em sua direção. Eis o porquê, nós mantemos as nossas lâmpadas acesas, pois, não esperamos que as coisas aconteçam por si só, mas diante a verdade, nós não nos calamos alicerçados pela Palavra de Deus, em atos e ações concretas.

Agora, as cincos jovens imprudentes, somos todos nós que ficamos esperando Jesus como, numa contemplação ou adoração inativa, parada, improdutiva, onde que, nos preocupamos em fazermos o que agrada a Deus, mas, excluímos o nosso próximo, aquele que precisa de nós na missão e fica longe de nossos interesses pessoais. Podemos ver, que desta forma, a oração não nos motiva mais, a fazermos algo de concreto e em benefício das outras pessoas, onde que só sabemos reclamar, julgar e apontar os dedos para os pecados dos outros, mas, o perdão que deveria ser realizado por toda a nossa vida, só fica no exterior, mas, na prática, quando vai ser realizado, é como a lâmpada que deveria ficar acesa, mas ela se apaga, pois não tem mais óleo.

Nós somos as cinco jovens imprudentes, pois, o nosso amor que dizemos ter por Deus, não expressa de forma concreta pelo amor ao nosso próximo, e essa atitude realizada por nós, à médio e longo prazo, se mostrará ineficiente e insuficiente para manter as nossas lâmpadas acesas, e onde que, será mais fácil reclamar e julgar os outros, que permaneceram em permanente providência. Nós iremos até culpa-los por não quererem nos emprestar um pouco de óleo, mas como estamos tão envolvidos em nossos erros, nós não seremos capazes de refletir, que quem foi prudente, não poderá emprestar um pouco do que tem, pois, senão, ficará também sem, e assim, não apenas nós, mas todos, iremos ser deixados de fora, porque o Senhor não nos conhecerá.

Caríssimos e caríssimas, a nossa vida é representada pela lâmpada, e o óleo representa a nossa oração e fé, combustível que abastece a nossa vida. Já a ação de mantermos sempre acesas as nossas velas, representam as nossas ações alicerçadas na Palavra de Deus, transformando-nos em luz que nos direciona e nos impulsiona a vivermos em uma total harmonia e entrega ao Senhor, em qualquer situação que venha a nós, tanto de alegrias como de tristeza.

Quando estamos em sintonia com Deus, a nossa Fé se tornará alimento para a nossa alma e nos preparará para que possamos enfrentar todos os momentos de dificuldade, de dúvida, medos e incertezas, pois, não estaremos de braços cruzados. A Fé, é um dom e uma graça de Deus, que quando regada pela nossa humilde oração, irá nos fazer sentir a alegria da vida entrega a Deus, e o consolo em sentir o Espírito Santo em nós, e por isso, precisamos ser prudentes e sempre cultivá-la.

— Olhem, quantos de nós não somos como as cinco jovens imprudentes, que gostamos de levar uma vida despreocupada com as coisas de Deus, onde vivemos apenas em função de nosso “mundinho”, sem nos preocupar com as pessoas que nos cercam; que na hora da necessidade, acreditamos que sempre alguém irá providenciar aquilo que precisamos e nos ajudará, e por isso mesmo, não notamos que o óleo em nossas lâmpadas está se acabando?

Este texto do Evangelho vem nos ensinar, que teremos a Luz de Deus a iluminar o nosso caminho, se cultivarmos a nossa Fé, e vivermos em oração na intimidade com o noivo, que é Jesus, por isso, se nos mantivermos sempre prudentes e à Sua espera, nós iremos conhecer os Seus e passos, e assim, percebermos quando Ele se aproxima. Sendo assim, que possamos permanecermos com as nossas lâmpadas acesas e com o óleo sempre pronto e à disposição, para que não sejamos surpreendidos, e ficarmos de fora, pois, o Senhor não nos reconhecerá.

Meus queridos amigos e amigas, precisamos constante e permanentemente, nos basear no exemplos das cinco jovens prudentes, e ficarmos em alerta, pois, Jesus, poderá chegar a qualquer momento, como também, qualquer tribulação e dificuldade, uma doença, um acidente, uma discussão ou até mesmo a morte, e somente, se estivermos sempre na presença de Deus, é que estaremos preparados para suportarmos esses problemas inesperados e imprevisíveis, onde que o nosso coração estará repleto de Fé, confiante e seguro no amor e em paz, e com absoluta certeza, não iremos nos desesperar e darmos um contratestemunho de Deus em nossas vidas.

É na intimidade com a Palavra de Deus que vigiamos à espera do noivo que virá um dia nos levar para a morada que Ele mesmo nos preparou, pois, quem se ocupa muito com as atividades do mundo esquece de abastecer a sua lâmpada com o óleo de Deus. Encontrar-se desprevenidos, é estarmos por fora da luz de Deus, é gastarmos o tempo somente com as coisas materiais e esquecermos de que a vida aqui na terra é breve e que caminhamos para a eternidade onde o noivo, que é Jesus, nos espera.

Por isso, deixo estas perguntas para podermos refletir um pouco mais:

— Onde e aonde, é que nós estamos buscando o óleo para conservar a nossa lâmpada acesa?
— Humildemente, qual é o óleo que está faltando para que nós estejamos com a nossa lâmpada acesa?
— Será que estamos realmente vivendo em fraternidade com as pessoas?
— Como é que nós estamos tratando as pessoas em nossa casa?
— O que nós fazemos quando não simpatizamos com alguém?
— Qual a nossa atitude quando precisamos falar a verdade: nos calamos e vamos viver a nossa vida, ou, falamos o que é necessário, pois estamos em íntima união com Deus?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 30/08/18

LITURGIA DIÁRIA 30/08/18


A VOLTA DO SENHOR

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Início da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 1, 1-9)
Endereço e Saudação. Ação de Graças
(áudio 1) – (áudio 2)

1 Paulo, chamado a ser apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, 2 à Igreja de Deus que está em Corinto: aos que foram santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos junto com todos que, em qualquer lugar, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. 3 Para vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 4 Dou graças a Deus sempre a vosso respeito, por causa da graça que Deus vos concedeu em Cristo Jesus: 5 Nele fostes enriquecidos em tudo, em toda a palavra e em todo o conhecimento, 6 à medida que o testemunho sobre Cristo se confirmou entre vós. 7 Assim, não tendes falta de nenhum dom, vós que aguardais a revelação do Senhor nosso, Jesus Cristo. 8 É ele também que vos dará perseverança em vosso procedimento irrepreensível, até ao fim, até ao dia de nosso Senhor, Jesus Cristo. 9 Deus é fiel; por ele fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 144(145), 2-3. 4-5. 6-7. (R. Cf. 1b)
Louvor ao Rei Iahweh
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 1b Bendirei o vosso nome, pelos séculos, Senhor!

2 Todos os dias haverei de bendizer-vos, / hei de louvar o vosso nome para sempre. / 3 Grande é o Senhor e muito digno de louvores, / e ninguém pode medir sua grandeza.
4 Uma idade conta à outra vossas obras / e publica os vossos feitos poderosos; / 5 proclamam todos o esplendor de vossa glória / e divulgam vossas obras portentosas!
6 Narram todos vossas obras poderosas, / e de vossa imensidade todos falam. / 7 Eles recordam vosso amor tão grandioso / e exaltam, ó Senhor, vossa justiça.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 24, 42-51)
Vigiar para não ser surpreendido (42-44); Parábola do Mordomo (45-51)
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 42 “Ficai atentos! porque não sabeis em que dia virá o Senhor. 43 Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. 44 Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá. 45 Qual é o empregado fiel e prudente, que o senhor colocou como responsável pelos demais empregados, para lhes dar alimento na hora certa? 46 Feliz o empregado, cujo senhor o encontrar agindo assim, quando voltar. 47 Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. 48 Mas, se o empregado mau pensar: ‘Meu senhor está demorando’, 49 e começar a bater nos companheiros, a comer e a beber com os bêbados; 50 então o senhor desse empregado virá no dia em que ele não espera, e na hora que ele não sabe. 51 Ele o partirá ao meio e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

VIGIAIS PERMANENTEMENTE, POIS, O DIA DE AMANHÃ, A DEUS PERTENCE.
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 30/08/18. Quinta-feira da 21ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 24, 42-51, Salmo 144, Início da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 1, 1-9.

Meus amigos e amigas, no Evangelho de hoje, Jesus nos alerta para que estejamos sempre preparados, atentos, vigilantes, pois a nossa vida é “breve”, e não sabemos quando seremos julgados. Temos que ter o discernimento do real valor do tempo que nos é dado, do que podemos, e daquilo que temos que fazer com esta dádiva.

Pode ser que para alguns que não se dedicam ao estudo, à meditação da palavra e à oração, podem vir a pensar que Jesus dizia uma coisa uma hora e depois dizia outra, onde que podemos perguntar:

— Não foi Jesus que nos disse para não nos preocuparmos com dia de amanhã, mas, agora nos diz para estarmos preparados pois, não sabemos o que dia e nem a hora que poderemos morrer?

Meus amados, quando Jesus nos diz para que não nos preocupemos com o amanhã, com o futuro, Ele está nos dizendo literalmente o verbo preocupar: “ocupar fortemente o espírito, prender a atenção de, causar cuidados a; inquietar, sentir preocupação, deixar-se absorver por; impressionar-se, afligir-se”, ou simplesmente, ficarmos inquietos antes do que é necessário, sofrer antecipadamente, onde que estaremos ocupando a nossa mente e o nosso emocional, com algo de ruim que imaginamos que poderá nos acontecer.

Por exemplo: imaginem uma pessoa que precisa realizar um procedimento cirúrgico, mas, mesmo antes de acontecer, fica sofrendo com receio e medo, e, fica tão desesperado, que não faz esta cirurgia, mesmo sabendo que se não fizer, o problema pode se agravar.

Estes são os sentimentos de preocupação, medo e desespero, sentimentos que resultam na falta de nossa fé, pois nos falta confiança na proteção de Deus. Sentir medo é do humano, mas enfrentar o medo, é colocar a fé em Deus na frente e perseverar em nossa caminhada, apesar das dificuldades.

Sendo assim meus irmãos e irmãs, nós não devemos cruzar os braços com medo do que possa acontecer ou ficarmos esperando que tudo caia do céu, mas devemos sim, vivermos como o amanhã fosse o nosso último dia.

Poderíamos resumir este Evangelho em algumas perguntas pontuais para a nossa reflexão:

— Se Jesus viesse hoje, ou melhor, agora, neste momento para nos julgar, quais seriam as nossas respostas a este chamado?
— Será que teremos coragem para dizer a verdade à Ele, mesmo sabendo que Ele nos conhece?
— Será que teremos coragem em dizer os nossos erros que hoje estamos cometendo ou aqueles que cometemos e ainda não nos redimimos? Que ainda não conseguimos nos livrar deles? Que ainda atormentam o nosso coração?

Será que poderemos diante do Senhor, responder a ele que nós não somos dignos de estar em sua presença, pois:

— Traímos o nosso cônjuge e a nossa família?
— Somos violentos fisicamente e verbalmente com as pessoas que nos cercam?
— Não participamos da Santa Missa porque não gostamos do sacerdote e nos esquecemos que o mais importante é o Cristo Ressuscitado?
— Não aceitamos o convite em participarmos de algo em nossa comunidade por que tal pessoa estará lá e nos esquecemos que a humildade é o primeiro passo na nossa conversão?
— Utilizamos dos meios do nosso local de trabalho de forma ilegal, causando gastos errôneos em prol de “amigos” ou de nós mesmo?
— Deixamos de ajudar alguém que necessita de nossa ajuda, apenas porque não gostamos dela?
— Sempre julgamos as pessoas por seus atos e não nos julgamos diante de outros?
— Quais outras perguntas que poderemos fazer a nós mesmos, para refletirmos se estamos prontos para sermos julgados hoje?

Infelizmente, tanto eu como muitos de nós, estamos nestas situações temerárias diante do Senhor. Estamos assim, pois temos nossos corações duros ao ensinamento de Cristo, e por falta de humildade, não sabemos nos reconhecer errados em várias situações, e sempre colocamos a culpa nos outros, e para ser sincero, é sempre mais fácil julgar e culpar os outros do que julgar e me colocar como culpado em várias situações em nossas vidas. É neste sentido que Jesus nos alerta para que estejamos sempre vigilantes.

Talvez ontem:

— Nós conseguimos nos converter um pouco mais, pois criamos “coragem” e pedimos perdão a um irmão a quem magoamos, ou perdoamos a quem nos feriu;
— Nós engolimos o nosso orgulho e fomos trabalhar com aquela pessoa de quem não “gostamos” e acabamos descobrindo que o nosso sentimento por ela era apenas por algo que imaginávamos e não por algo que era concreto;
— Nós aceitamos a trabalhar em algo que a nossa comunidade nos pediu para ajudar, mas que sempre dávamos a desculpa de que não tínhamos tempo, mas que na verdade, o nosso tempo era só para diversão;
— Nós resolvemos parar de fumar ou de beber excessivamente, dando mais atenção e valor a nossa saúde e sermos exemplos positivos para a nossa família e amigos;
— Nós resolvemos aceitar que Cristo deve ser o nosso CAMINHO, a nossa VERDADE, a nossa VIDA!

Mas, isso foi ontem!

E se nos perguntarmos no dia hoje:

— Será que estamos mantendo ou perseverando em nossa conversão?
— Estamos tentando fazer o que é correto hoje, daquilo que não conseguimos fazer ontem?
— Será que hoje, podemos dizer que esta frase é verdadeira?

“Feliz o empregado, cujo senhor o encontrar agindo assim, quando voltar”.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 29/08/18

LITURGIA DIÁRIA 29/08/18


A MORTE DE JOÃO BATISTA

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias (Jr 1, 17-19)
Vocação de Jeremias
(áudio 1) – (áudio 2)

Naqueles dias a Palavra do Senhor foi-me dirigida: 17 “Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão, eu te farei tremer na presença deles. 18 Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 19 eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 70(71), 1-2. 3-4a. 5-6ab. 15ab.17 (R. 15a)
Súplica de um ancião
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 15a Minha boca anunciará vossa justiça.

1 Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: / que eu não seja envergonhado para sempre! / 2 Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! / Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
3 Sede uma rocha protetora para mim, / um abrigo bem seguro que me salve! / Porque sois a minha força e meu amparo, / o meu refúgio, proteção e segurança! / 4a Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
5 Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, / em vós confio desde a minha juventude! / 6a Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, / 6b desde o seio maternal, o meu amparo.
15a Minha boca anunciará todos os dias / 15b vossa justiça e vossas graças incontáveis. / 17 Vós me ensinastes desde a minha juventude, / e até hoje canto as vossas maravilhas.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (Mc 6, 17-29)
Execução de João Batista.
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 17 Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18 João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19 Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20 Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava. 21 Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galiléia. 22 A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 23 E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”. 24 Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25 E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26 O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27 Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28 trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29 Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

A CABEÇA DE JOÃO BATISTA, SIGNIFICA A VERDADE DITA PELOS PECADOS COMETIDOS
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 29/08/18. Quarta-feira da 21ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Marcos 6, 17-29, Salmo 70, Livro do Profeta Jeremias 1, 17-19.

Meus irmãos e irmãs, me desculpem a extensão da reflexão, mas, hoje, o Evangelho nos narra o martírio de João Batista, uma visão que nos parece dura demais para vermos, mas, ao mesmo tempo, nos traz um ensinamento mais duro ainda para levarmos para nossa vida de cristãos.

João Batista foi puramente morto, por assim dizer, por causa da verdade, pois, ele mesmo diante da dificuldade e até mesmo com a possibilidade de ser preso e morto, como o foi, ele não se calou diante o erro, o pecado daquele que estava diante dele, que neste caso era o rei Herodes.

E esse episódio narrado a nós hoje, nos faz observar várias situações que vivemos em nossa vida, tanto dentro de nossas famílias, dentro de nossa comunidade paroquial, nos nossos serviços e principalmente na sociedade em geral. Eu vou tentar exemplificar bem rapidamente todas as nuances que podemos tirar para o nosso crescimento.

Herodes representa a todos nós que somos: chefe de família; bispos, padres e pastores, diáconos e coordenadores de pastorais; chefe em alguma área empresarial ou de seções públicas; empresários, juízes e políticos de uma forma geral. Nós somos Herodes, porque fazemos e desfazemos conforme a nossa vontade, mesmo que estejamos errados, mas, como nós buscamos apenas o poder, o controle, o estar sempre no comando, realizamos ações que sempre nos levam ao pecado: na luxúria, na corrupção, na traição, nas mortes de inocentes, o não aceitar a correção, não enxergar o erro cometido, e ainda tentar desmoralizar ou ridicularizar àquele que está querendo mostrar a verdade.

— Não é assim que fazemos em nossas famílias quando eu, esposo ou esposa, cometo algum erro ou pecado, e para nos tentar justificar e ainda sermos respeitados dentro de nossa casa, nós nos calamos ou tentamos jogar a culpa em cima do outro?
— Não é assim que fazemos em nossa Igreja quando, um bispo, um padre ou pastor, um diácono ou um coordenador de pastoral comete algum erro ou pecado, e para tentarem justificar-se, utilizam de seu poder para calar os demais ou até mesmo desmoralizá-lo diante dos outros?
— Não é assim que fazemos em nossas empresas e funções públicas, quando nós cometemos um erro ou pecado, e para tentarem justificar-nos ou até mesmo calar os nossos subordinados, utilizamos de nosso poder para calar a voz dos demais que não compactuam com aquilo?
— Não é assim que fazemos por sermos empresários, juízes e políticos vistos por todos, mas diante do nosso erro ou pecado, tentamos burlar toda a sociedade para que se calem ou aceitem os nossos erros ou até mesmo se solidarizem por pensarem que aquilo é para bem de todos?
— Já compreenderam onde estou tentando levar vocês a refletirem os erros e pecados que cometemos?

Mas até agora, foi só Herodes, pois, ainda falta muita coisa para refletirmos.

Caríssimos, Herodíades representa a todos nós que somos chefes e integrantes de nossa família; bispos, padres e pastores, diáconos, coordenadores e agentes de pastorais; chefe e ou funcionários em alguma área empresarial ou de seções públicas; empresários, juízes, políticos e assessores de uma forma geral. Nós somos Herodíades porque cometemos juntos o pecado ou o erro que o nosso “chefe de família” ou “superior” está cometendo, onde que nós, vamos fazer de tudo para ajuda-lo a se manter no poder ou esconder o seu erro dos olhos e dos ouvidos dos outros, para que não haja a cobrança, julgamento, questionamento por parte daqueles que desejam a verdade.

Amadas, Samolé representa a todos nós que somos chefes e integrantes de nossa família; bispos, padres e pastores, diáconos, coordenadores e agentes de pastorais; chefe e ou funcionários em alguma área empresarial ou de seções públicas; empresários, juízes, políticos e assessores de uma forma geral. Nós somos Salomé por não termos um discernimento do que é a verdade, e por isso, nos deixamos sermos manipulados e começamos a praticar os mesmos erros e pecados, considerando que aquilo é correto ou é a verdade. Nós não fazemos uma autoavaliação do que concerne ser toda aquela ação e reação, mas, como nos deixamos manipular, somos marionetes nas mãos dos pecadores.

Amigos e amigas, o povo ali reunido naquele salão, representa a todos nós que somos chefes e integrantes de nossa família e infelizmente nossos “amigos”.

O povo ali reunido naquele salão, representa a todos nós que somos bispos, padres e pastores, diáconos, coordenadores e agentes de pastorais, e infelizmente, “a maioria da assembleia reunida”.

O povo ali reunido naquele salão, representa a todos nós que somos chefes e ou funcionários em alguma área empresarial ou de seções públicas, e infelizmente, aqueles que precisam daquele determinado serviço.

O povo ali reunido naquele salão, representa a todos nós que somos empresários, juízes, políticos e assessores, e infelizmente, nós que somos toda a sociedade.

Nós somos as pessoas reunidas naquele salão, pois, diante de todos os mandos e desmandos, todos os erros e pecados cometidos, aceitamos coniventemente calados à todas as atrocidades que existem ao nosso redor, onde fechamos os nossos olhos, nossos ouvidos e nossa boca e já, que como tudo está bom para nós, deixamos que a vida nos leve, que o barco se aflore para dentro do mar mesmo vazando água, pois, estamos todos nós satisfeitos, mas deixamos de ver o que de verdadeiramente está acontecendo ao nosso redor.

— É ou não é assim que nós somos?
— Ou será que estou só falando asneiras?
— Será que estou aquém da realidade que nós vivemos?

Agora, meus irmãos e irmãs, muitos poucos de nós somos João Batista.

Eu poderia perguntar a todos nós, repito, a todos nós: pais, mães, filhos, bispos, padres e pastores, diáconos, coordenadores e agentes de pastorais, funcionários públicos ou privados, empresários, juízes, políticos, assessores e quem mais quiser entrar “na roda”:

— Quem de nós não se cala diante à verdade? Será que estamos sendo João Batista?
— Quem de nós dentro de nossa família, não se cala diante um erro ou um pecado cometido? Será que estamos sendo João Batista e nos preocupando mais com a nossa família e tentando que os problemas sejam resolvidos, que o perdão seja graça e que o amor renasça no nosso meio, ou, continuamos a esconder os nossos erros?
— Quem de nós dentro de nossas comunidades religiosas, não se cala diante um erro ou pecado cometido? Será que estamos sendo João Batista e nos preocupando mais com a comum=unidade, buscando sempre o crescimento espiritual e pessoal, edificando os valores de Deus em nossas vidas, ou, nos preocupamos mais em termos o poder e realizar apenas os nossos desejos sem se importar com o próximo?
— Quem de nós dentro de nossos serviços, não se cala diante um erro ou pecado cometido? Será que estamos sendo João Batista e nos preocupando com a estabilidade de nossa empresa e ajudar àquele que nos pede ajuda, ou, nos preocupamos apenas em manter o nosso meio de vida e nos entregar aos pecados dos outros?
— Quem de nós em toda a sociedade, não se cala diante um erro ou pecado cometido? Será que estamos sendo João Batista e nos preocupando com a vida daqueles que procuram um hospital, uma educação de qualidade, segurança nas ruas, responsabilidade e ética, moral e amparo, ou, estamos usando e abusando de todo o povo para mantermos o nosso poder econômico, judicial, empresarial a todo custo, e já que estamos recheando os nossos bolsos de dinheiro e favores, e os males da sociedade não nos aflige, continuamos o oprimir os abaixo de nós e nos preocupamos apenas com os nossos interesses?
— Será que estamos sendo João Batista dizendo apenas a verdade, doa a quem doer, e prometendo apenas o que é justo, e principalmente aquilo que está ao nosso alcance, ou, estamos permanecendo em nossos erros, prometemos aquilo que não somos capazes de cumprir e fechamos os nossos olhos diante à realidade?

Meus queridos amigos e amigas, é grande a leviandade de ficarmos prometendo o que não podemos cumprir, como também, ficar falando que é para o melhor, onde que a realidade nos mostra que não é. Em todo esse episódio nos mostrado no evangelho de hoje, somos chamados a sermos verdadeiros em todas as nossas situações.

Mas, olhem, não devemos ser hipócritas e falar que isso é fácil e começarmos a julgar a todos que se calam, apenas porque não é de sua responsabilidade ou capacidade, não é mesmo?

Devemos ser coerentes com os nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações, e não sermos inconsequentes como o rei Herodes, onde que muitos perdem a cabeça, pois, as condições de nossas vidas diante à verdade, nos deixam embaraçados por falarmos uma coisa, mas, na verdade fazemos outras.

Não sejamos hipócritas, como o evangelho nos mostrou nestes últimos dois dias que refletimos o evangelho de Mateus com as falas de Jesus para os Mestres da Lei e Fariseus. Nestes últimos dias, Jesus falou abertamente àqueles que possuem a responsabilidade de mostrar espiritualidade e direcionar o povo ao reino de Deus, mas diante às suas hipocrisias, Jesus foi claro e duro diante à sua Palavra, mostrando apenas a verdade, e hoje, Marcos direciona a nossa reflexão não apenas aos sacerdotes e anciãos, mas, a todos nós, pois, precisamos trazer a nossa reflexão para a nossa vida conjugal, familiar, empresarial, e principalmente política e comunitária, onde que devemos tomar como exemplo, a pessoa de João Batista.

— Sejamos sinceros, estamos ou não estamos cansados de tanta hipocrisia, de tanta demagogia, de tanta conversa fiada com palavras bonitas, te tantas promessas que não dão em nada? De tentas coisas ditas que irão nos levar para um bem comum, mas, explicitamente em nossa frente, apenas desilusões e mentiras estão sendo plantadas e colhidas?

João Batista perdeu a cabeça, não pelos mandos e desmandos de Herodes, pelo pecado de adultério dele com Herodíades, por ter sido deixada manipular como Salomé, pelo consentir e calar do povo ali presente, não, João Batista perdeu a cabeça porque ele foi fiel ao projeto de Deus por toda a sua vida, por ter denunciado os abusos e pecados dos poderosos, e com isso, ocasionou um ódio daqueles que não concordavam nem um pouco com as suas ideias e suas duras palavras, sendo os principais agentes dos pecados, ou por aqueles que eram coniventes.

Sabe o que vejo meus amados e amadas, e não se enganem e nem se iludam, eu me coloco no mesmo balaio, a voz da nossa carne, do orgulho, da vaidade e da soberba é poderosa quando nos afastamos dos caminhos de Deus. Por isso, podemos perceber que quando somos escravos do pecado, apesar de invejados, os homens corretos ou que possuem a coragem de mostrar a verdade, se tornam para nós um empecilho à realização dos nossos planos e projetos.

Não gostamos de escutar deles as palavras que apontam as nossas transgressões e abrem os nossos olhos para enxergar o erro, a despeito de que, no íntimo, reconheçamos que não estamos no caminho certo. Querendo ou não, só gostamos de escutar o que nos agrada. Quando a Palavra de Deus vem de encontro à nossa mentalidade, nós a matamos e a deixamos de lado ou simplesmente a ignoramos. Vale tudo também quando nós queremos ganhar um jogo de conquista de poder e de prazer, até entregar a cabeça de gente inocente como prêmio. A consequência disso é que nunca conseguiremos ter paz.

Por isso, deixo estas perguntas:

— Do que nós precisamos para que, como João Batista sermos fiéis à Lei de Deus?
— Sinceramente, o que nós teríamos feito no lugar de Herodes, que queria agradar à filha da sua amante?
— Qual é a nossa reação quando alguém nos adverte e mostra o nosso pecado?
— Será que nós acolhemos de coração toda a mensagem da Palavra de Deus, mesmo quando vem de encontro ao nosso modo de enxergar as coisas e que não nos agrada?

Que Deus nos ajude a sermos prudentes, honestos e sinceros.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

Post Destacado

Liturgia Diária 28/08/18

LITURGIA DIÁRIA 28/08/18


AI DE VÓS FARISEUS E MESTRES DA LEI. HIPÓCRITAS.

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Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses (2 Ts 2, 1-3a.14-17)
A vinda do Senhor e o que a precederá (1-3a);
Exortação à perseverança (14-17)
(áudio 1) – (áudio 2)

1 No que se refere à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa união com ele, nós vos pedimos, irmãos: 2 não deixeis tão facilmente transtornar a vossa cabeça, nem vos alarmeis por causa de alguma revelação, ou carta atribuída a nós, afirmando que o Dia do Senhor está próximo. 3a Que ninguém vos engane de modo algum. 14 Deus vos chamou para que, por meio do nosso evangelho, alcanceis a glória de nosso senhor Jesus Cristo. 15 Assim, portanto, irmãos, ficai firmes e conservai firmemente as tradições que vos ensinamos, de viva voz ou por carta. 16 Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou em sua graça e nos proporcionou uma consolação eterna e feliz esperança, 17 animem os vossos corações e vos confirmem em toda a boa ação e palavra.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 95(96), 10. 11-12a. 12b-13 (R. 13b)
Iahweh, rei e juiz
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 13b O Senhor vem julgar nossa terra.

10 Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” / Ele firmou o universo inabalável, / e os povos ele julga com justiça.
11 O céu se rejubile e exulte a terra, / aplauda o mar com o que vive em suas águas; / 12a os campos com seus frutos rejubilem.
12b E exultem as florestas e as matas / 13 na presença do Senhor, pois ele vem, / porque vem para julgar a terra inteira. / Governará o mundo todo com justiça, / e os povos julgará com lealdade.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 23, 23-26)
Maldições contra os Mestres da Lei e os fariseus.
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, disse Jesus: 23 “Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vós deveríeis praticar isto, sem contudo deixar aquilo. 24 Guias cegos! Vós filtrais o mosquito, mas engolis o camelo. 25 Aí de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós limpais o copo e o prato por fora, mas, por dentro, estais cheios de roubo e cobiça. 26 Fariseu cego! Limpa primeiro o copo por dentro, para que também por fora fique limpo.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

AI DE VÓS HIPÓCRITAS
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 28/08/18. Terça-feira da 21ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 23, 23-26, Salmo 95, Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 2, 1-3a.14-17.

Meus queridos irmãos e irmãs, sendo coerente comigo mesmo e com vocês, a reflexão de hoje também não será minha, pois, diante do texto do evangelho que complementa em parte o de ontem, eu ainda não me sinto capacitado de fazê-la coerentemente, ainda mais, que a fala de Jesus é ainda mais contundente e direcionada principalmente aos sumos sacerdotes e anciãos, e quem sou eu para refletir àqueles que tem a missão de levar a Palavra de Deus com o seu exemplo e coerência, amor e carinho, misericórdia e perdão. Que os senhores bispos, padres e pastores, diáconos e leigos que somos, possam me compreender e respeitarem novamente a minha escolha, deste humilde leigo e pecador que sabe reconhecer o seu espaço, e desde já agradeço o apoio, a ajuda, a crítica, a sugestão de tudo isso que estamos realizando juntos em prol do Reino de Deus.

Diante disso, a reflexão que estarei levando até vocês é a da Olívia Coutinho.

“Muitos de nós, perdemos a oportunidade de termos uma vida leve, alegre, por nos ocuparmos com coisas insignificantes que não nos deixam viver o belo da vida! Enquanto estamos ocupados com tantos pormenores, deixamos de viver o principal, o que é fundamental para o nosso bem viver, que é uma relação amorosa e íntima com Deus!

No evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, Jesus faz duras críticas aos mestres da lei e fariseus, esses, mesmo tendo o conhecimento da Sagrada Escritura, viviam um contraste do que eles ensinavam ao povo.

Fariseus e mestres da lei haviam vindo de Jerusalém, com um único objetivo: confrontar Jesus, descobrir que tipo de ensinamento Ele estava passando para os seus discípulos. Chegara ao conhecimento deles, que Jesus estava incitando o povo à não observância das Leis. E ao certificarem de que os ensinamentos de Jesus, não enquadravam com os padrões religiosos já estabelecidos por eles, esses adversários do projeto de Deus, começaram a tramar contra Jesus, armando ciladas com o objetivo de incriminá-lo diante o povo.

Ao contrário de Jesus, esses “líderes” não tinham compromisso com a vida, eles obrigavam o povo a cumprir preceitos, normas, rituais, que aos olhos de Deus, não acrescentavam nada.

Atrás de uma aparente pureza, fariseus e mestres da lei, escondiam a dureza dos seus corações. Fechados numa mentalidade egoística, eles eram incapazes de cultivar o amor e a misericórdia em seus corações.

Para impressionar o povo, eles pagavam o dízimo da hortelã, da erva- doce, do cominho, ervas que os judeus cultivavam como aromatizantes e condimentos, que nem entravam no preceito mosaico do pagamento do dízimo. Eles pagavam o dízimo sobre essas ervas, com a finalidade de demonstrar um acatamento rigoroso das leis. O que era uma grande falsidade, pois a lei principal, eles não cumpriam, que é a lei do amor! O principal, eles deixavam de lado, como a misericórdia e a justiça…

A hipocrisia tão criticada por Jesus, é um mal antigo, que ainda atinge muitas das nossas comunidades cristãs. São muitos, os que estão dentro da Igreja e que aparentemente vivem numa adoração constante a Deus. Esses, vivem uma farsa, uma adoração que não traduz em atos concretos, em compromisso com a vida.

O texto nos leva a um questionamento a respeito da nossa fé e da nossa vivencia: existe coerência entre o que falamos e o que vivemos?

Precisamos retirar a trave dos nossos olhos, para reconhecer as nossas imperfeições e corrigi-las antes que Jesus nos repreenda dizendo-nos: “ai de ti…”

Deus não nos olha externamente, para Ele, não importa a nossa cor, a nossa posição social e nem mesmo a nossa religião, para Deus, o que importa é o que somos interiormente, o que cultivamos de bom no nosso interior.

De nada adianta nossos atos externos, se eles não retratam o que na verdade somos interiormente. Aos olhos de Deus, a prática exterior, só tem sentido, quando é uma expressão do que realmente se crê e se vive, do contrário, não passam de práticas vazias que nada significam, pois mostram o que na verdade não se é e não se vive.

Deixemos que o nosso coração se encha do amor de Deus, um amor que liberta que nos torna sinal vivo da presença de Jesus no mundo.”

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 27/0818

LITURGIA DIÁRIA 27/08/18


AI DE VÓS FARISEUS E MESTRES DA LEI. HIPÓCRITAS.

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Início da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses (2 Ts 1, 1-5.11b-12)
Endereço (1-2);
Ação de graças e encorajamento. A última retribuição (3-5.11b-12)
(áudio 1) – (áudio 2)

1 Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses reunida em Deus nosso Pai e no Senhor Jesus Cristo: 2 a vós, graça e paz da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. 3 Devemos agradecer sempre por vós, irmãos, com toda justiça, porque progredis sempre mais na fé e porque aumenta a caridade que tendes uns para com os outros. 4 Assim, nos gloriamos nas igrejas de Deus por causa da vossa perseverança e da vossa fé em todas as perseguições e sofrimentos que suportais. 5 Estes constituem um sinal do justo juízo de Deus, pois servem para serdes julgados dignos do reino de Deus, pelo qual também estais sofrendo. 11b Que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação. Que ele, por seu poder, realize todo o bem que desejais e torne ativa a vossa fé. 12 Assim o nome de nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós nele, em virtude da graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 95(96),1-2a. 2b-3. 4-5 (R. 3)
Iahweh, rei e juiz
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 3 Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações!!

1 Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! / 2a Cantai e bendizei seu santo nome!
2b Dia após dia anunciai sua salvação, / 3 manifestai a sua glória entre as nações, / e entre os povos do universo seus prodígios!
4 Pois Deus é grande e muito digno de louvor, / é mais terrível e maior que os outros deuses, / 5 porque um nada são os deuses dos pagãos. / Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 23, 13-22)
Maldições contra os Mestres da Lei e os fariseus.
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, disse Jesus: 13 “Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o Reino dos Céus aos homens. Vós porém não entrais, nem deixais entrar aqueles que o desejam. 14 15 Aí de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes pior do que vós. 16 Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo Templo, não vale; mas, se alguém jura pelo ouro do Templo, então vale!’ 17 Insensatos e cegos! O que vale mais: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? 18 Vós dizeis também: ‘Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferta que está sobre o altar, então vale!’ 19 Cegos! O que vale mais: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? 20 Com efeito, quem jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele. 21 E quem jura pelo Templo, jura por ele e por Deus que habita no Templo. 22 E quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

AI DE VÓS HIPÓCRITAS
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 27/08/18. Segunda-feira da 21ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 23, 13-22, Salmo 95, Início da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 1, 1-5.11b-12.

Meus queridos irmãos e irmãs, a reflexão de hoje não será minha, pois, diante do texto do evangelho, eu não me sinto capacitado de fazê-la coerentemente, ainda mais, que a maioria da fala de Jesus é direcionada principalmente aos sumos sacerdotes e anciãos, e quem sou eu para refletir àqueles que tem a missão de levar a Palavra de Deus com o seu exemplo e coerência, amor e carinho, misericórdia e perdão. Que os senhores bispos, padres e pastores, diáconos e leigos que somos, possam me compreender e respeitarem a minha escolha, deste humilde leigo e pecador que sabe reconhecer o seu espaço, e desde já agradeço o apoio, a ajuda, a crítica, a sugestão de tudo isso que estamos realizando juntos em prol do Reino de Deus.

Diante disso, a reflexão que estarei levando até vocês é a do José Salviano.

“Neste Evangelho nós vemos Jesus batendo de frente com os escribas e fariseus hipócritas!

…Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações…

Jesus homem e Deus, sabia de tudo o que todos faziam às escondidas. Por isso Ele desmascarou os hipócritas fingidos de santos.

MÁSCARA – a hipocrisia é uma máscara que colocamos em nosso rosto, semelhante aos teatrólogos dos tempos antigos, para representar um papel diante da sociedade. Hipocrisia é fingir ser o que na realidade não o somos. Portanto, ser um hipócrita, é ser um teatral, um mentiroso, um falso, um fingido.

Deus não suporta a hipocrisia. Principalmente a hipocrisia daqueles que fingem ser santos, quando na verdade, nas horas vagas, às escondidas como os fariseus, são outras pessoas completamente diferentes. Isso porque Deus vê tudo, até os nossos pensamentos, sentimentos e emoções, os nossos planos diabólicos, e tudo mais o que acontece no nosso cérebro.

O processo mental negativo denominado de hipocrisia, pode ser hereditário e ou adquirido, copiado no convívio com outras pessoas que sofrem dessa “doença mental e moral”.

Tomemos como exemplo, um sujeito honesto, justo e correto, que passa a conviver com um grupo de hipócritas, que falam muito bem, fazendo discursos impactantes, com palavras bonitas e bem pronunciadas, que impressionam os ingênuos, fingindo estar do lado dos pobres, mas no fundo o que eles realmente querem é sugar o sangue, tirar o dinheiro deles.

Esse tipo de hipocrisia tem cura. E essa cura pode acontecer com a retirada do “doente” daquele meio social podre, seguido de uma verdadeira conversão.

Já a hipocrisia hereditária é uma “doença” sem cura. Ele ou ela herdou do pai, do avô, da mãe, o modo de ser fingido. Isso, infelizmente vai lhe acompanhar até o resto de sua vida. Isso pode ser amenizado com terapia, orações, e com a graça de Deus.

Ser santo como o Pai é Santo, não é nada fácil, porém, pelo menos não sejamos falsos, fingidos. Pois o hipócrita não é um sujeito CONFIÁVEL.

Freud inventou o processo psicológico denominado de PROJEÇÃO, que resulta no fato de projetarmos nos outros os nossos próprios defeitos. Na hipocrisia, o indivíduo oculta a sua realidade através de uma máscara, ao mesmo tempo em que mostra, aponta os defeitos dos outros. Ou seja, ele gosta de falar mal dos outros, e faz isso para aparentar ser uma pessoa digna, e justa. Desse modo, o hipócrita vive fazendo projeção dos seus defeitos nos demais. Ele vive apontando os defeitos dos outros, defeitos esses que também fazem parte da sua personalidade e do seu caráter. Sejamos verdadeiros, justos e imitadores de Jesus.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo..

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Liturgia Diária 26/08/18

LITURGIA DIÁRIA 26/08/18


QUEREIS VÓS TAMBÉM RETIRAR-VOS?

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Leitura do Livro de Josué (Js 24, 1-2a.15-17.18b)
Israel escolhe Iahweh
(áudio 1) – (áudio 2)

Naqueles dias, 1 Josué reuniu em Siquém todas as tribos de Israel e convocou os anciãos, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus. 2a Então Josué falou a todo o povo: 15 “Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses a quem vossos pais serviram na Mesopotâmia, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor”. 16 E o povo respondeu, dizendo: “Longe de nós abandonarmos o Senhor, para servir a deuses estranhos. 17 Porque o Senhor, nosso Deus, ele mesmo, é quem nos tirou, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da escravidão. Foi ele quem realizou esses grandes prodígios diante de nossos olhos, e nos guardou por todos os caminhos por onde peregrinamos, e no meio de todos os povos pelos quais passamos. 18b Portanto, nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 33(34), 2-3. 16-17. 18-19. 20-21. 22-23 (R.9a)
Louvor à justiça divina
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 9a Provai e vede quão suave é o Senhor!

— 2 Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / 3 Minha alma se gloria no Senhor; / que ouçam os humildes e se alegrem!
16 O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, / e seu ouvido está atento ao seu chamado; / 17 mas ele volta a sua face contra os maus, / para da terra apagar sua lembrança.
18 Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta / e de todas as angústias os liberta. / 19 Do coração atribulado ele está perto / e conforta os de espírito abatido.
20 Muitos males se abatem sobre os justos, / mas o Senhor de todos eles os liberta. / 21 Mesmo os seus ossos ele os guarda e os protege, / e nenhum deles haverá de se quebrar.
22 A malícia do iníquo leva à morte, / e quem odeia o justo é castigado. / 23 Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, / e castigado não será quem nele espera.

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Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios (Ef 5, 21-32)
Moral doméstica
(áudio 1) – (áudio 2)

Irmãos, 21 vós que temeis a Cristo, sede solícitos uns para com os outros. 22 As mulheres sejam submissas aos seus maridos como ao Senhor. 23 Pois o marido é a cabeça da mulher, do mesmo modo que Cristo é a cabeça da Igreja, ele, o Salvador do seu Corpo. 24 Mas como a Igreja é solícita por Cristo, sejam as mulheres solícitas em tudo pelos seus maridos. 25 Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. 26 Ele quis assim torná-la santa, purificando-a com o banho da água unida à Palavra. 27 Ele quis apresentá-la a si mesmo esplêndida, sem mancha nem ruga, nem defeito algum, mas santa e irrepreensível. 28 Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo. Aquele que ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 29 Ninguém jamais odiou a sua própria carne. Ao contrário, alimenta-a e cerca-a de cuidados, como o Cristo faz com a sua Igreja; 30 e nós somos membros do seu corpo! 31 Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. 32 Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (Jo 6, 60-69)
É dura a sua Palavra
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 60 muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61 Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62 E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63 O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64 Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. 65 E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66 A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67 Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” 68 Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69 Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

A PALAVRA DE DEUS QUE VIROU UM DITADO POPULAR TÃO PRESENTE EM NOSSA VIDA. INFELIZMENTE! MAS, CUIDADO AO JULGARMOS.
(áudio 1) – (áudio 2)

Boa noite. Liturgia Diária 26/08/18. Domingo da 21ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de João 6, 60-69, Carta de São Paulo aos Efésios 5, 21-32, Salmo 33, Livro de Josué 24, 1-2a.15-17.18b.

Meus queridos irmãos e irmãs, é necessário que tenhamos a lembrança do que primeiramente se trata esta Palavra tão dura de Jesus. Podemos lembrar, que, a simples menção de que todos que aceitassem seguir Jesus, teriam que comer a sua carne e beber o seu sangue, escandalizava a muito discípulos, justamente, porque eles procuravam entender e compreender esta palavra apenas com a sua mente, e não, com a sabedoria e entendimento, que, apenas poderia ser feito diante do Espírito Santo. Eis, um dos grandes motivos do porquê Jesus foi duro diante este questionamento sobre “comer o seu corpo e beber o seu sangue”.

Tantos os discípulos, e muito de nós hoje, nos escandalizamos com os mistérios de Deus em nossa vida e na de outras pessoas, pois, a nossa fé é pequena, ela necessita do ver e compreender, mas a palavra de Jesus não é algo palpável, mas sim, espírito e verdade. Por isso, que tentar entender com a razão e lógica humana, é impossível acontecer essas ações como Jesus afirma, comer e beber, o seu corpo e o seu sangue, porém, esse entendimento somente vem através do Espírito, que é que dá a vida, e a palavra de Jesus são espírito e vida.

E o Espírito Santo, sempre nos é dado em abundância para quem de nós reconhecermos que só Cristo Jesus tem a palavra de vida eterna. Assim, Jesus nos fala e nos ensina a não tornar tudo racional sobre as coisas sobrenaturais.

Depois do início de sua caminhada, Jesus era admirado por muitos, e por isso, onde Ele ia, muitos o seguiam, além daqueles chamados pelo próprio Jesus, os 12 discípulos. Poderíamos dizer que dentre esses seguidores, seriam alguns admiradores, ou quem sabe, aqueles se sentiram encantados pelos prodígios de Jesus, e por assim dizer, começaram a segui-lo. É claro, que todas aquelas pessoas ficaram entusiasmadas: quantos milagres viram, o pão que os alimentou durante as multiplicações, quantas belas palavras foram ditas, quanta esperança foi plantada em seus corações, e os discípulos, permaneciam com eles.

Mas, conforme crescia a caminhada, aumentava a Palavra de verdade, a Palavra dura de seguir, onde que, àqueles seguidores que só desejavam o receber e possuíam uma pequena fé, pouco a pouco foram dando um passo atrás, e como se viram incapazes de permanecer no caminho, fizeram com nós mesmos fazemos, quando nos aparece uma dificuldade em nossa vida: começaram a reclamar, dizendo que aquelas palavras eram duram demais ou muito difíceis de se seguir.

“Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?”

— Queridos amigos e amigas, e não é assim que nós somos?
— Quantos de nós, seguimos e buscamos Jesus para que os nossos problemas sejam resolvidos?
— Quantos de nós, gostamos de ouvir sua Palavra de conforto, de amor e bondade, de perdão e misericórdia?
— Entretanto, quantos de nós, quando Jesus nos fala de forma mais dura e exigente, nós damos meia volta e não mais no seguimos?
— Quantos de nós, não aceitamos que devemos amar e rezar pelos nossos inimigos?
— Quantos de nós, não aceitamos que devemos negar a nós mesmos, os nossos desejos, o nosso egoísmo para seguir a Jesus?

E sabem por que isso acontece? Por que como aquele povo que seguia Jesus naquela época, muitos de nós hoje, só queremos que Ele satisfaça os nossos interesses, os nossos sonhos, os nossos objetivos de vida, o nosso egoísmo em apenas ter.

Me repreendam se eu estiver errado:

— Eu vou seguir a Deus, desde que eu possa ter uma esposa e uma amante, mas, se alguém me falar a verdade, eu caio fora, ou ainda digo, que é mentira, e que a culpa do outro.
— Eu vou seguir a Deus, desde que eu possa perseguir, caluniar, difamar, fofocar a quem nós não simpatizamos, mas, se alguém me falar a verdade, eu caio fora, ou ainda digo, que é mentira, e que a culpa do outro.
— Eu vou seguir a Deus, desde que eu possa eliminar o meu concorrente utilizando de qualquer forma para que eu seja privilegiado, mas, se alguém me falar a verdade, eu caio fora, ou ainda digo, que é mentira, e que a culpa do outro.
— Eu vou seguir a Deus, desde que todos sejam bonzinhos comigo, que sempre me dê razão, que eu possa cometer alguns “pecadinhos” ali e acolá, mas, se alguém me falar a verdade, eu caio fora, ou ainda digo, que é mentira, e que a culpa é do outro, por ele está me perseguindo.

Além destes exemplos, se quiserem, eu posso colocar situações que acontecem em nossa família, em nossa Igreja, em nossas pastorais, em nossos serviços, e conosco mesmo. Eu creio que não há necessidade de mais exemplos, pois, é só humildemente, refletirmos sobre as nossas atitudes do porque seguimos e ou deixamos de seguir Jesus.

“Esta Palavra é dura. Quem consegue escutá-la?”

É caríssimos e caríssimas, não é fácil mesmo seguir Jesus, pois, para nós, é impossível sermos perfeitos como o Pai é perfeito, e sendo assim, não é fácil termos a nossa vida sempre na presença de Deus. Agora, apesar de todas as dificuldades, nós não devemos nos desanimar e nem nos sentirmos derrotados ao ponto, de nos entregar ao pecado e nos afastar de Deus, não por causa disso. Olhem, Deus em toda a sua sabedoria, tem o conhecimento do quanto é difícil para todos nós, fazermos sempre o bem e sempre evitarmos o mal, pois, Ele nos conhece a cada um de nós, melhor que nós mesmos, conhece a nossa fraqueza, a nossa natureza, as nossas tentações e desejos. Portanto, em nosso viver, Deus leva em conta a nossa conduta, o nosso esforço em sermos corretos e justos, em sermos coerentes, com os nossos sentimentos, pensamentos, falas e ações.

Para nós, é fácil nos tornar cegos diante o pecado de quem amamos, mas, numa intensidade maior, é muito mais fácil julgar e criticar a quem não gostamos, mesmo que o pecado deste for menor daquele a quem amamos.

Por isso, que a nossa batalha, deve ser contra o nosso egoísmo, o nosso senso de julgar sem amar, a nossa tendência de sermos malvados, de sermos um anátema em nossa família e em nossa comunidade, é a necessidade diária em lutarmos contras as forças adversas do mundo e daquelas existentes em nosso coração, e se fizermos isso, estaremos a cada dia mais, perto da perfeição desejada por Deus para todos nós, pois apenas Ele é que pode nos dá-la.

Depois das palavras duras e da desistência de muitos, Jesus se voltou apenas para os 12 e lhes perguntou:

“Vós também vos quereis ir embora?”

Onde que Pedro, sempre ele, respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”.

Eu posso me perguntar e perguntar a vocês também? A quem iremos?

— Se algum governante não faz o que se deve, nós vamos desistir?
— Se o nosso esposo, esposa, filho, não faz o que se deve, nós vamos desistir?
— Se o coordenador de nossa pastoral não faz o que se deve, nós vamos desistir?
— Se o Bispo, ou o Padre, ou o Diácono não faz o que se deve, nós vamos desistir de nossa comunidade?
— E se eu ou você, é que não estivermos fazendo o que tem que ser feito, nós vamos desistir ou vamos reconhecer que erramos? Pois, falar dos outros é fácil, mas falarmos de nós mesmos, é bem mais difícil, não é mesmo?

Meus amados irmãos e irmãs, independente de quantas vezes caímos, desde que reconheçamos os nossos pecados e estejamos dispostos a nos converter, devemos ir e recorrermos à única fonte de água pura, de água vida, a única Palavra que nos dá a vida eterna, que é Cristo Jesus.

Agora, eu não sei vocês, mas eu não vejo muitas pessoas reclamarem ou até mesmo criticarem as palavras duras de Jesus, não é verdade? Nem mesmo nós, reclamamos ou criticamos, mas, sabem o que isso significa? É que existem pessoas que dizem que seguem a Jesus, mas, na verdade, elas não seguem a sua Palavra, porque, infelizmente, muitos de nós, nos afastamos sim, por causa da dureza da Palavra.

Isso, acontece, porque não queremos ter consciência de nossos deveres, rigor dos preceitos, claro, sem fanatismo, sem excesso, o que queremos mesmo, é uma vida tranquila, como dizem o pessoal fitness, uma vida light.

Entretanto, acontece que Deus sempre fala firme, o segui-lo nos impõem exigências, coisas que para nós nos parecem impossíveis de se fazer: “Amar o seu inimigo”, “Não desejar a mulher do próximo”, “Convidar os pobres para o banquete”, “Não pecar contra a castidade”, “Não se deixar corromper pela soberba e pelo poder”, “Não fofocar”, ou vocês querem me dizer, que essas palavras não são duras?!

Elas são realmente palavras duras, mas para quem tem uma fé perene, pequena, morna e com as suas atitudes desejam apenas ser um “meio-cristão”, ou como podemos dizer hoje em dia, apenas um “cristão social”.

Sendo assim, creio que Jesus está nos perguntando:

E aí, vocês também querem ir embora, ou querem verdadeiramente me seguir?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

Post Destacado

Liturgia Diária 25/08/18

LITURGIA DIÁRIA 25/08/18


NÃO SEJAIS HIPÓCRITAS COMO OS DOUTORES DA LEI E O FARISEUS

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Leitura da Profecia de Ezequiel (Ez 43, 1-7a)
A volta de Iahweh
(áudio 1) – (áudio 2)

1 O homem conduziu-me até a porta da casa do Senhor que dá para o nascente, 2 e eu vi a glória do Deus de Israel, vinda do oriente; um ruído a acompanhava, semelhante ao ruído de águas caudalosas, e a terra brilhava com a sua glória. 3 A visão era idêntica à visão que tive quando ele veio destruir a cidade, bem como à visão que tive junto ao rio Cobar; e eu caí com o rosto no chão. 4 A glória do Senhor entrou no Templo pela porta que dá para o nascente. 5 Então o espírito raptou-me e me levou para dentro do pátio interno e eu vi que o Templo ficou cheio da glória do Senhor. 6 Ouvi alguém falando-me de dentro do Templo, enquanto o homem esteve de pé junto a mim. 7a Ele me disse: “Filho do homem, este é o lugar do meu trono, é o lugar em que coloco a planta dos meus pés, o lugar onde habitarei para sempre no meio dos israelitas.”
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 84(85), 9ab-10. 11-12. 13-14 (R. Cf 10b)
Oração pela paz e pela justiça
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 10b A glória do Senhor habitará em nossa terra.

— 9a Quero ouvir o que o Senhor irá falar: / 9b é a paz que ele vai anunciar; / 10 Está perto a salvação dos que o temem, / e a glória habitará em nossa terra.
11 A verdade e o amor se encontrarão, / a justiça e a paz se abraçarão; / 12 da terra brotará a fidelidade, / e a justiça olhará dos altos céus.
13 
O Senhor nos dará tudo o que é bom / e a nossa terra nos dará suas colheitas; / 14a justiça andará na sua frente / e a salvação há de seguir os passos seus.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 23, 1-12)
Hipocrisia e vaidade dos escribas e dos fariseus
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 1 Jesus falou às multidões e a seus discípulos: 2 “Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3 Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4 Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo. 5 Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas. 6 Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas; 7 gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre. 8 Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. 9 Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10 Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso Guia, Cristo. 11 Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12 Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

A PALAVRA DE DEUS QUE VIROU UM DITADO POPULAR TÃO PRESENTE EM NOSSA VIDA. INFELIZMENTE! MAS, CUIDADO AO JULGARMOS.
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 25/08/18. Sábado da 20ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 23, 1-1, Salmo 84, Profecia de Ezequiel 43,1-7a.

Meus queridos irmãos e irmãs, vocês conhecem este ditado popular:

“FAÇA O QUE EU FALO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO”?

Pois bem, acredito eu, que agora sabemos de onde surgiu este ditado.

Possivelmente quem o criou teve contato com a Palavra de Deus. E existe uma palavra que resume muito bem este ditado: HIPOCRISIA = ato de fingir que se tenha qualidades, ideias, sentimentos, crenças e virtudes, e que na realidade, não se possui.

Jesus nos orienta de uma forma linda, dura, é verdade, mas bem esclarecedora sobre esta situação, onde que Ele já “pega pesado” desde o início. Ele não desvia ou pega atalhos em suas palavras. Ele como exemplo, já pega o mais alto grau naquela época, os mestres da lei e os fariseus.

Neste “tapa com luva de pelica” (outro ditado popular), Jesus cita alguns contratestemunho dos mestres da Lei e dos fariseus, cujo procedimento era bem diferente do que diziam e da “santidade” que mostravam. Também nós, frequentemente nos apresentamos como justos, bons cidadãos e bons cristãos, sendo que, às escondidas, não somos nada disso: enganamos, mentimos, e tantas outras coisas que contrariam o nosso testemunho, não é mesmo?

Eles, os doutores da Lei e os fariseus, gostavam de serem chamados com títulos de honra e de ocupar lugares de honra nas festas e até na sinagoga. Entretanto, “Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes” (Pr 3, 34; Tg 4, 6). Se queremos receber as graças de Deus, precisamos ser humildes.

Então, diante de tudo isso, vamos por partes, para que não sejamos nós os hipócritas, e apenas fiquemos apontando o dedo para um ou para outro, mas que possamos sermos justos diante de todos.

Se fosse nos dias de hoje, Jesus iria nos dizer que, quando o sacerdote, não apenas o sacerdote, vamos ampliar um pouco o contexto para não sermos injustos; se fosse nos dias de hoje, Jesus iria nos dizer que, quando o bispo, o padre, o diácono, estiverem paramentados, presidindo a Santa Missa, ouça o que ele está falando, pois naquele momento ele irá nos falar o que realmente as leituras e o Evangelho deseja nos transmitir, como ponto de crescimento e orientação, espiritualidade e conversão. Naquele momento ele não deve e nem irá falar – creio eu – de coisas pessoais para atingir algo ou a alguém, pois o importante ali é a Palavra de Deus e o Cristo vivo na Eucaristia.

Jesus também continuaria nos dizendo, que logo após o sacerdote sair da Santa Missa e voltar para o mundo, não façamos aquilo que ele faz, pois, diz uma coisa no presbitério e faz outra “nas ruas”.

Mas alguém pode me questionar, como já questionaram:

— Flávio, já que temos que ser sinceros e não hipócritas, existem sim, Bispos, Padres, Diáconos que utilizam o presbitério como forma de falarem de algo pessoal; e já que estamos na época, de transformarem o presbitério em palanque político onde manipulam os fiéis para um ou outro candidato e não num contexto geral para que se avalie a todos igualmente; de atacarem uma pessoa para que todos tenham conhecimento, como diz um outro ditado popular, “lavar a roupa suja”; e tantas outras atrocidades, sendo religiosas, de caráter, de ética, situações comunitárias e pessoais, que conseguimos ver e vivenciar em nossas comunidades. E aí, o que você me diz sobre isso?

Bem, eu não vou ser hipócrita, e dizer que isso não acontece, pois, infelizmente acontece, mas, eu também, não irei usar desta minha reflexão para fazer aquilo que tanto criticamos, vocês não concordam. Por isso, tentarei fazer como o próprio Jesus nos pede, que tenhamos coerência entre o que falamos e ensinamos, e o nosso próprio procedimento. Devemos dar testemunho da verdade e da justiça, não só pelas nossas palavras, mas também pela nossa vida.

Mas, ainda muito de vocês poderão continuar a criticar e a querer julgar os nossos Bispos, Padres e Diáconos, só que devemos ter calma, pois, nem todos são assim, mas na verdade, muitos de nós é que somos. Tomemos cuidado ao julgar as atitudes deles nestas questões, não é que não devemos, não é isto, se algo estiver errado, as coisas devem ser faladas, discutidas, refletidas e que a verdade prevaleça, mas, me incluo nesta citação, pois, nós somos tão ou mais hipócritas do que eles.

Não acreditam? Acharam ruim? Ou vocês acham que Jesus falou o que está no Evangelho hoje só para os Doutores da Lei e Fariseus? Não, Ele está falando para todos nós.

Por várias vezes nós que somos coordenadores de pastorais, equipes administrativas, catequistas e dirigentes em nossas comunidades, colocamos objetivos ou funções, desejos e limitações em certas pessoas ou grupos, acima daquilo que eles podem ou tem condições de assumirem, mas, nós mesmos não fazemos, pois não damos um exemplo de humildade e perseverança!

Também nas Comunidades cristãs, quantas vezes falta humildade! Por exemplo, o líder de uma pastoral sofre uma humilhação, ou é vítima de uma fofoca. Pronto, é motivo para desanimar e querer largar tudo. Imagine se Jesus tivesse feito assim! Logo no início de sua vida pública já teria desistido? E nós, receberíamos esta Vida Nova em que vivemos pelo batismo como?

“Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um considere os outros como superiores a si e não cuide somente do que é seu, mas também do que é dos outros” (Fl 2, 3-4).

E ainda, existe o outro lado.

Muitas vezes cobramos atitudes destes mesmos coordenadores tentando leva-los a agir à luz do Espírito Santo, só que quando pedem a nossa ajuda ou a nossa presença, somos os primeiros a não aceitarem, ou pior, dizer que ajudaremos e nem aparecemos! Essas nossas atitudes são hipocrisia pura.

Nós que gostamos de criticar o Bispo, o Padre, o Diácono, os Coordenadores das Pastorais, por falarem algo e fazerem outra coisa, mas, quantas vezes dentro de nossas famílias, brigamos e impomos aos nossos filhos, esposo, esposa, familiares, certas coisas que falamos, cobramos, mas não fazemos?

— Falamos com nossos filhos para não fumarem, mas não largamos o cigarro.
— Falamos com nossos filhos para não beberem, mas não conseguimos nos divertir sem ter a bebida ou que ela seja em pouca quantidade.
— Falamos para nossos filhos serem educados ao conversarem com as outras pessoas, mas dentro de casa com eles só sabemos ser violentos fisicamente e verbalmente.
— Falamos que amamos a nossa esposa, o nosso esposo, mas, não sabemos fazer um elogio, mas apenas criticar.
— Por vezes em nossos matrimônios posamos de bom esposo ou esposa, que temos vários anos juntos de uma feliz união, só que às costas um do outro, me entrego na pornografia, na saideira com amigos em lugares não condizentes com pais de família, ou até mesmo mantenho uma ou várias traições!

Ah, esperem, ainda falta a nossa hipocrisia social.

— Por vezes julgamos e criticamos os nossos políticos por tanta corrupção que assola o nosso país, os nossos estados e municípios, só que somos os primeiros a dar uma “gorjeta” ao policial para não nos multar; atravessamos o sinal vermelho, estacionamos em local proibido, furamos as filas, não devolvemos o troco errado, instalamos antenas e pontos piratas de tv em nossas casas, cobramos preços abusivos em nossos comércios, pagamos propina para conseguir algo na frente de outros.

Por isso que eu disse que devemos tomar cuidado a quem nós julgamos, pois, por inúmeras vezes, somos mais hipócritas do que os outros.

Que possamos deixar este ditado de lado e começarmos a utilizar este: “As palavras movem e os exemplos arrastam!”

É assim que Jesus nos ensina, pois Ele nos fala o que devemos fazer e nos dá ainda o exemplo que vem Dele. Ele tem a coerência da palavra e da ação. Ele tem o verdadeiro exemplo a seguir, pois Ele fala e faz.

Para seguirmos a Cristo e levar a Sua Boa Nova ao mundo, precisamos “comer” a Palavra de Deus e digeri-La no nosso coração, a fim de que Ela seja vida na nossa vida. Para que tenhamos a certeza de que o conhecimento da Palavra que estamos vivendo é o verdadeiro caminho. É termos o discernimento à luz do Espírito Santo em reconhecer que nossas ações nos levam a viver da mesma maneira como Jesus viveu, assimilando as Suas virtudes, e gradativamente, nos conformando e convertendo à Sua pessoa.

Por inúmeras vezes, podemos errar ao transmitir a Palavra de Deus, sem ter nenhum compromisso com Ela na hora de agir. Caso isso ocorra, estaremos nós também, amarrando pesados fardos e os colocando nos ombros daqueles que nos cercam, onde estaremos exigindo algo que nós mesmos não conseguimos fazer. As nossas ações e atitudes ao pregarmos o Evangelho, devem acompanhar as palavras de Jesus, do contrário, haverá uma grande incoerência.

Jesus nos deixa bem claro para a nossa reflexão, e é nesse ponto, que devemos ser sinceros conosco, com os outros e com Deus:

— O que nós fazemos, é para sermos vistos pelos outros?
— O que nós cobramos dos outros, nós conseguimos fazer?
— As nossas atitudes, são para chamar a atenção para nós mesmos?
— Sempre desejamos estarmos em lugares de honra e nos primeiros lugares nas igrejas, na família ou na sociedade?
— Desejamos ser cumprimentados nas praças públicas e de sermos chamados de “mestre”?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor. Confie em Deus!
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 24/08/18

LITURGIA DIÁRIA 24/08/18


FILIPE E NATANAEL (BARTOLOMEU)

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Leitura do Livro do Apocalipse de São João (Ap 21, 9b-14)
A Jerusalém messiânica
(áudio 1) – (áudio 2)

9b Um anjo falou comigo e disse: “Vem! Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro”. 10 Então me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11 brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. 12 Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13 Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente. 14 A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 144(145), 10-11. 12-13ab. 17-18 (R. cf. 12a)
Louvor ao Rei Iahweh
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 12a Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso!

— 10 Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, / e os vossos santos com louvores vos bendigam! / 11 Narrem a glória e o esplendor do vosso reino / e saibam proclamar vosso poder!
12 Para espalhar vossos prodígios entre os homens / e o fulgor de vosso reino esplendoroso. / 13a O vosso reino é um reino para sempre, / 13b vosso poder, de geração em geração.

17 É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. / 18 Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente.

— — — — — — — — — — — — — — — — — — — —

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
(Jo 1, 45-51)
Os primeiros discípulos
(áudio 1) – (áudio 2)

45 Filipe encontrou-se com Natanael e lhe disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José”46 Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Vem ver!” 47 Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”48 Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”49 Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”50 Jesus disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” 51 E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

JESUS NOS CONHECE, E NÃO ADIANTA QUERER LHE ESCONDER O QUE QUER QUEIRA, POIS PARA ELE, NADA É IMPOSSÍVEL DE SER VISTO
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 24/08/18. Sexta-feira da 20ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de João 1, 45-51, Salmo 144, Livro do Apocalipse de São João 21, 9b-14.

Meus queridos amigos e amigas, quando realizamos o nosso encontro com Cristo Jesus, ele é transformador, pois, nos muda por completo, onde que nos torna mais amáveis, flexíveis e tolerantes, ao ponto, de que as pessoas do nosso meio, seja na família, na comunidade, no serviço ou na sociedade, rapidamente percebem a nossa transformação. Quanto mais vamos valorizando essa conversão, mais intensificamos os nossos encontros pessoais e comunitários com Jesus, seja através da Palavra, através da Meditação, através da Oração, da vivência em comunidade, da Eucaristia…

Quando abrimos o nosso coração para acolher Jesus, Ele vai entrando lentamente na nossa vida, realizando grandes maravilhas em nós e quando nos damos conta, já estamos totalmente entregues a Ele, Jesus já tomou conta de todo o nosso ser, já não nos é mais possível viver sem Ele!

Quanto mais próximos de Jesus ficamos, mais impregnados pelo seu amor estaremos, e de pouco a pouco ficamos parecidos com Ele na gratuidade, nas ações concretas de misericórdia e de amor, na maneira simples de viver.

Que possamos dizer da alegria que sentimos de quem já fez em sua vida, uma pequena experiência de encontrar Jesus, pois é uma alegria transbordante, que fica estampada em nosso ser, como dizemos popularmente, “ficamos com um brilho no olhar”.

Amados, como verdadeiros discípulos, que encontramos em Jesus o verdadeiro sentido em nossa vida, não devemos nunca nos esquecer de que o nosso compromisso é com Deus, é com a vida. Nós não seremos verdadeiros, quando que, em um momento dizemos que amamos a Jesus, entretanto, em um outro momento, não cuidamos daquilo que é mais precioso para Ele, a vida humana, a nossa própria vida, e o Evangelho que estamos refletindo hoje, vai nos narrar o encontro de Natanael com Jesus recebendo um convite de Filipe.

“Jesus viu Natanael que vinha ao seu encontro e declarou a respeito dele: ‘Este é um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade’! Natanael disse a Jesus: ‘De onde me conheces?’ Jesus respondeu: ‘Antes que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi’.”

Lembram o que Natanael disse sobre Jesus antes de seu encontro com ele?

“De Nazaré pode sair coisa boa?”

Mas a partir do seu encontro pessoal com Jesus, ele não teve mais dúvida e proclama veemente:

“Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!”

Este episódio relata e chama a nossa atenção, na importância do nosso encontro pessoal com Jesus, pois, é a partir deste encontro que haverão mudanças radicais em nossa vida, pois, veremos o próximo como não o víamos antes, iremos partilhar a nossa vida que sempre pensávamos que fosse somente nossa, vamos olhar mais dentro de nós em vez de julgarmos sempre os outros…

— Será que conseguimos lembrar, quando foi que em nossa vida, que alguém nos falou de Jesus como Natanael foi convidado por Filipe a conhece-lo?
Lembra qual foi a nossa primeira resposta?
Qual foi a nossa primeira ação ou reação?

Somente quando realizarmos a nossa conversão e fazermos o nosso encontro pessoal com Jesus, é que teremos a certeza absoluta: Jesus é o nosso tudo!

Nós precisamos ser verdadeiros cristãos, sem falsidade, sem hipocrisia, sem parcialidade, como Natanael, pois, meus irmãos e irmãs, a Jesus ninguém engana, pois Ele nos conhece no âmago do nosso ser, muito antes do nosso primeiro encontro com Ele.

Nós até podemos dizer, que Natanael está representando a todos nós, a todas as pessoas, pois, sempre somos desconfiados e preconceituosos com aquilo que não conhecemos, não acreditamos, não entendemos, e por isso, temos a dificuldade em acreditar nas evidências de Deus.

— Quantas vezes nós não acreditamos quando um amigo vem nos falar das coisas que Deus realizou em sua vida, ou falar da beleza que é tê-lo perto de nós?
Quantas vezes nós não acreditamos no outro, e só vamos acreditar quando experienciamos, experimentamos, comprovamos e vivenciamos Deus em nossa vida?

Hoje Jesus também nos faz o convite através de pessoas que estão ao nosso redor, pessoas simples e despretensiosas, humildes em seu coração, e que nos dizem: “Vem ver! Vem ver Jesus”.

— Quantas vezes em nossa vida, perdemos um tempo precioso, onde que buscamos a solução de vários problemas em pessoas que não fizeram esse encontro com Jesus, mesmo elas sendo “especiais” para nós, nos falando apenas coisas que desejamos, mas que não é a verdade que precisamos ouvir?
Será que desta forma, nós não estamos negando o encontro pessoal com Jesus, que Ele próprio nos convida, apenas porque o que nós ouvimos, é mais sereno do que a própria verdade?

Entretanto, Jesus, com o seu amor e misericórdia por todos nós, tem calma e paciência, e fez, faz e fará de tudo para que possamos ser atraídos ao seu Reino. Ele, mais do que nós, conhece a nossa verdadeira história e sabe onde estávamos sentados, recostamos a nossa cabeça, o que os nossos olhos viram, o que a nossa boca falou, o que nós pensamos, e principalmente, o que o nosso coração sentiu, e saberá usar a Sua Palavra para que possamos acolher o Seu apelo, o Seu convite.

Meus amigos e minhas amigas, se tivermos uma pequena compreensão e realmente acreditarmos que Jesus está vivo e atuante em nossa vida, onde desejamos dar mais sabor, luz, alegria à nossa existência, tenham certeza, nós não resistiríamos em atender o Seu chamado.

Olhem, quando Jesus nos vê debaixo das “figueiras”, é quando Ele nos vê em nossas diversas situações nas quais nós nos encontramos ou passamos, sendo boas ou ruins, sendo em graça ou em pecado, ou em nossos pedidos de ajuda ou em nosso afastar de Deus, é quando Ele vê em nossos corações os nossos anseios e desejos, em nossas doenças e curas, é quando também somos aqueles três macaquinhos:

— Se nós não vimos com os nossos próprios OLHOS, nem ouvimos com os nossos próprios OUVIDOS, não devemos deixar que a nossa mente invente coisas para a nossa BOCA espalhar. Essas ações, são as dos macaquinhos com sabedoria salutar, mas diante à verdade, devemos ser como Jesus, não nos acovardar;
— Agora, se vimos com os nossos próprios OLHOS e eles continuam fechados, ouvimos com os nossos próprios OUVIDOS e eles continuam tapados, e a nossa BOCA se cala diante das verdades, é porque estamos sendo os macaquinhos ignorantes e coniventes com os pecados dos outros, e de longe estamos sendo verdadeiros como próprio Cristo nos ensina.

Como Jesus nos mostra neste Evangelho, já que Ele nos conhece intimamente, devemos nós também, ser claros e nítidos diante de todos, e não apenas diante de um ou de outro, ou na frente de Jesus se faz e fala algo, mas longe Dele, fazemos outra coisa. Quando nós apenas ouvimos falar de Jesus, normalmente nós nos desviamos ou desconfiamos, entretanto, somente a partir do momento em que tivermos uma experiência pessoal com Senhor, é que nos também poderemos falar como Natanael: “Tu és o Filho de Deus, tu és rei na minha vida!”

Se confiarmos em Jesus e no seu chamado para segui-Lo, muitas maravilhas também haveremos de presenciar: o céu aberto e os anjos subindo e descendo.

E para terminarmos, poderia deixar as seguintes perguntas:

— Nós somos como Natanael foi, ou será que já podemos dizer que realmente Jesus é o Senhor de nossa vida?
— Nós sabemos e temos a consciência de que Jesus conhece tudo sobre nós e que Ele nos vê desde que estávamos embaixo de nossa figueira em todas as situações de nossas vidas?

Meus digníssimos irmãos e irmãs, em Jesus, o céu se abre e o rosto do Pai se faz visível! Jesus é a única ligação entre o céu e a terra, e Nele está Deus de forma humana e o humano de forma divina! Proporcionemos ao outro, a alegria de conhecer Jesus, como Filipe proporcionou a Natanael: “Vem ver!”

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

Post Destacado

Liturgia Diária 23/08/18

LITURGIA DIÁRIA 23/08/18


PARÁBOLAS DO TESOURO E DA PÉROLA

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Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios (2 Cor 10, 17—11, 2)
Paulo constrangido em fazer seu próprio elogio
(áudio 1) – (áudio 2)

Irmãos, 10,17 quem se gloria, glorie-se no Senhor. 18 Pois é aprovado só aquele que o Senhor recomenda e não aquele que se recomenda a si mesmo. 11,1 Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez, da minha parte. Na verdade, vós me suportais. 2 Sinto por vós um amor ciumento semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cristo como virgem pura.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 148, 1-2. 11-13a. 13c-14 (cf. 12a.13a)
Louvor cósmico
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 12a Vós jovens, vós moças e rapazes, 13a louvai todos o nome do Senhor!
ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— 1 Louvai o Senhor Deus nos altos céus, / louvai-o no excelso firmamento! / 2 Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, / louvai-o, legiões celestiais!
11 Reis da terra, povos todos, bendizei-o, / e vós, príncipes e todos os juízes; / 12 e vós, jovens, e vós, moças e rapazes,  / anciãos e criancinhas, bendizei-o! / 13a Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos.

13c A majestade e esplendor de sua glória / ultrapassam em grandeza o céu e a terra. / 14 Ele exaltou seu povo eleito em poderio / ele é o motivo de louvor para os seus santos. / É um hino para os filhos de Israel, / este povo que ele ama e lhe pertence.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 13, 44-46)
Parábolas do tesouro e da pérola
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44 “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45 O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46 Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

O MAIOR TESOURO, É AQUELE PLANTADO EM NOSSO CORAÇÃO E QUE NOS LIGA À DEUS E REFLETE AO PRÓXIMO
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 23/08/18. Quinta-feira da 20ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 13, 44-46, Salmo 148, Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 10, 17—11, 2.

Meus queridos amigos e amigas, ninguém, nenhum de nós vivemos sem ter um ideal, uma meta, um objetivo. Há muitas metas que permeiam o nosso pensar o nosso desejo, mas que, não preencherão o nosso coração sedento de felicidade.

Nós somos ou não somos seres que procuramos nossa felicidade a todo momento, a todo instante de nossa vida?

É claro que sim! Todos nós vivemos à procura de tesouros e pérolas de felicidade, que nos darão a sensação de bem-estar, de uma verdadeira realização em nossa vida. Agora, nos resta tomarmos consciência deste tesouro, desta pérola que está escondida em nossa propriedade, em nosso coração, em nossa família. Se ainda continuamos tristes, é necessário que urgentemente, possamos rever a nossa vida, e redescobrir o verdadeiro tesouro que possuímos em nosso coração.

Da mesma forma, é o Reino de Deus, pois ele é, a pérola mais preciosa, é o maior tesouro que podemos encontrar, pois essa sim, deve ser a nossa maior ambição que existe e permeia o nosso coração.

E Jesus no texto do Evangelho de hoje, nos chama e nos convida a refletirmos essa ambição, onde que Ele nos apresenta o verdadeiro valor do Reino de Deus, ao qual cabe a nós, a sacrificarmos todos os outros valores em detrimento de possuirmos esse tesouro, pois, “O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo”, e esse campo é a nossa vida, é onde o nosso coração está plantado, é onde reside o verdadeiro amor, paz, perdão, misericórdia, compaixão, ajuda, fé.

Em apenas três versículos, Jesus nos conta duas parábolas que contêm um ensinamento essencial em nossa caminhada rumo ao Reino, que é o nosso verdadeiro e total compromisso com Deus, mas, que deve ser levado pela alegria de termos descobertos que este valor é incomparável e que infelizmente não sabíamos que sempre esteve presente em nosso coração.

O homem da parábola veio a descobrir aquele tesouro, mas que não procurava, enquanto que o homem que procurava pérolas, encontrou aquilo que nem imaginava. Nós não podemos entrar no Reino de Deus apenas pelos nossos próprios méritos, pois, para a nós, é impossível, mas para Deus, nada é impossível. Entrarmos no Reino de Deus é um dom que nos é oferecido, mas que também, nos pede uma resposta, que é a nossa verdadeira conversão.

E não é isso que estas parábolas nos mostram?

Quando reconhecemos o tesouro que é Deus em nossa vida, nós não nos convertemos para que permaneça sempre em nosso coração o Seu amor e a Sua misericórdia?

Àqueles abençoados que acharam seu tesouro, são colocados diante deles, o trabalho de toda a sua vida, onde que irão condicionando tudo, “vendendo os seus bens” – como disse Jesus – por causa do Reino, e não por causa apenas de si. Entretanto, o Reino de Deus irá se transformar no único e absoluto tesouro para aquele que o descobriu, pois, essa, é maior riqueza para quem segue à Jesus.

Caríssimos, caríssimas, a atitude do verdadeiro discípulo diante do Reino de Deus não pode ser outra a não ser a de sua conversão, a mudança de orientação da sua própria vida, e que deve acontecer num clima de alegria, arrependimento, amor, humildade, perdão e entrega.

O tesouro escondido e a pérola preciosa que tanto procuramos, e que achamos que sempre está tão distante de nós, não está, pois ela encontra-se dentro de nosso coração duro às coisas de Deus. Ele está como um presente esquecido em nosso armário de cabeceira, totalmente embrulhado, presente este que nos foi dado por Deus, e que simplesmente nos basta abri-lo, para que possamos encontrar Jesus de braços abertos a nos acolher. Quem de nós conseguirmos abrir este presente, passará a fazer parte do Reino de Deus, onde que, estaremos vivendo na realidade do mundo, é verdade, mas, com as alegrias advindas do céu, pois, o que Jesus quer nos dizer, é que, só encontra o Reino de Deus quem o procura.

O Reino de Deus é uma oferta que o Pai dá a toda a humanidade, para quem fizer parte deste Reino, poderá usufruir dos bens celestes já aqui na terra, pois, estaremos presentes neste mundo, mas não nos deixaremos nos escravizar por ele.

Quem de nós conseguirmos encontrar este tesouro, encontrará uma felicidade sempre presente, persistente, consistente, mas entendam, que isso não irá significar uma vida fácil, pelo contrário, quem encontrar este tesouro irá trocar a sua comodidade por uma missão permanente, por uma paz inquietante, que irá nos tirar no nosso comodismo, de olhar apenas para nós mesmos, e nos colocará sempre em movimento

Se algum de nós encontrar este tesouro de valor incalculável, encontraremos Jesus, e assim, devemos humildemente, com amor e misericórdia, sabermos compartilhar com o outro, a pérola preciosa que não pode mais ficar escondida.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

Post Destacado

Liturgia Diária 22/08/18

LITURGIA DIÁRIA 22/08/18


ANUNCIAÇÃO

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Leitura do Livro do Profeta Isaías
(Is 9, 1-6)
A libertação
(áudio 1) – (áudio 2)

1 O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. 2 Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. 3 Pois o jugo que oprimia o povo, – a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais – tu os abateste como na jornada de Madiã. 4 Botas de tropa de assalto, trajes manchados de sangue, tudo será queimado e devorado pelas chamas. 5 Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da Paz. 6 Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos exércitos há de realizar estas coisas.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

— — — — — — — — — — — — — — — — — — — —

Salmo – 112(113), 1-2. 3-4. 5-6. 7-8 (R. 2, ou Aleluia)
Ao Deus de glória e amor
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 2 Bendito seja o nome do Senhor, / agora e por toda a eternidade!
ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— 1 Louvai, louvai, ó servos do Senhor, / louvai, louvai o nome do Senhor! / 2 Bendito seja o nome do Senhor, / agora e por toda a eternidade!
3 Do nascer do sol até o seu ocaso, / louvado seja o nome do Senhor! / 4 O Senhor está acima das nações, / sua glória vai além dos altos céus.

5 Quem pode comparar-se ao nosso Deus, 
 / ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono / 6 e se inclina para olhar o céu e a terra?
7 Levanta da poeira o indigente / e do lixo ele retira o pobrezinho, / 8 para fazê-lo assentar-se com os nobres, / assentar-se com os nobres do seu povo.

— — — — — — — — — — — — — — — — — — — —

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
(Lc 1, 26-38)
A anunciação
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 26 o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria. 28 O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29 Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30 O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32 Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33 Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. 34 Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35 O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36 Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37 porque para Deus nada é impossível”. 38 Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

A ANUNCIAÇÃO À MARIA, É A MISSÃO DADA POR DEUS DIANTE A SUA GRAÇA. E PARA NÓS, ACEITAMOS A MISSÃO QUE DEUS NOS PEDE?
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 22/08/18. Quarta-feira da 20ª Semana do Tempo Comum. Evangelho Lucas 1, 26-38, Salmo 112, Livro do Profeta Isaías 9, 1-6.

Hoje, respeitando a todos que compartilham esta reflexão diariamente e que não são católicos, peço-lhes licença, mas terei que esclarecer, ou quem sabe, dar um pequeno incentivo para os que se dizem católicos, e quem até mesmos para alguns de vocês que não sejam, em procurar um pouco mais o porquê de tantas denominações para Maria, Esposa de José, e Mãe de Jesus.

Só que antes de falar de Maria, gostaria de falar um pouco de mim. Isso mesmo, falar do Flávio. Quando eu nasci, me chamavam de “filhinho” ou “bebezinho”; cresci e me chamavam de “elefantinho da CICA” (será porquê, não é mesmo); “meu irmão, primo, vizinho, Flavinho”, cresci e me chamavam de “pateta” na natação (época do Floriano e Aguimar no ATC); de “ferradura” (pois estava com aparelho); de “dançarino” (por causa do break dance); de “Beto Barbosa” (por causa da lambada); de “corredor”, de “saltador”; de “máquina”; de “soldado”; de “cabo”; de “sargento”; de “exemplo”; de “mestre de Duke Nuken”; de “estrategista de Age Of Empires”; de “meu lateral esquerdo”; de “o meia do meu time”; o “de raça”; o “meu namorado”; o “meu noivo”; o “meu esposo”; o “meu genro”; o “pai do meu filho”; o “papai”; o “casal 20”; o “Casal Pós-Encontro”; o “Casal Ligação”; o “Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão”, o “Tio Flávio”; e por último, como diz o meu grande amigo e irmão José Eustáquio da Lúcia, “Flávio, o chato” (é só perguntar para ele o porquê kkk). Tem mais, quem sabe se colocar as roupas que usava, os cortes de cabelo, o meu bronzeado, e por aí vai, mas, acredito que só esses “adjetivos”, já vai servir.

Pois bem, desde que nasci, gerado no ventre de minha mãe com a concepção matrimonial com o meu pai, eu me chamo “FLÁVIO EDUARDO”, e apesar de ter tantos outros “nomes” que recebi durante toda a minha vida, eu ainda, continuo sendo e me chamando “FLÁVIO EDUARDO”. Cada nome que recebi, apelido, carinhoso ou não, foi por causa da minha vivência no meio de outras pessoas, que naquele momento da vida deles e da minha, decidiram me “rotular”, para melhor se lembrarem de mim ou explicarem a outros quem eu era, o que fazia, como me comportava, o que de bom ou ruim que me fez entrar em suas vidas.

Caríssimos, com Maria, não foi diferente. Meus irmãos e irmãs, Maria em vida, não fez milagre algum, mas ela foi o “milagre” nas mãos de Deus. Gerou e concebeu sem conhecer homem; cresceu em fé e amor, criou, ajudou, orou, não reclamou, persistiu, sofreu, chorou, sorriu, não pecou, e como disse o próprio Anjo Gabriel: “encontraste graça diante do Senhor”.

E é exatamente por essas e tantas outras razões, que Maria, possui tantas denominações, pois, em diversas circunstâncias das vidas das pessoas, ela esteve presente em “graça”, pois, o “Senhor está com ela” e sendo “bendita entre as mulheres”, se tornou exemplo a ser seguido. Exemplo de como verdadeiramente devemos ser servas e servos do Senhor.

Vejamos, em qual circunstâncias da vida das pessoas, Maria foi importante ou nos lembramos de suas ações:

— Nossa Senhora da Ajuda (Relembra Maria junto à cruz, também implorando a Deus pelo gênero humano);
— Nossa Senhora do Alívio (Relembra o pedido dos fiéis a Maria para aliviar as dores);
— Nossa Senhora do Amparo (Relembra Jesus crucificado, entregando Maria como Mãe de todos os homens);
— Nossa Senhora dos Anjos (Relembra Maria, como rainha das cortes celestes);
— Nossa Senhora da Anunciação (Visita do Anjo Gabriel a Maria);
— Nossa Senhora Aparecida, ou da Conceição Aparecida (Imagem encontrada no Vale do Paraíba (São Paulo)”;
— Nossa Senhora da Apresentação (Apresentação da Virgem no Templo de Jerusalém);
— Nossa Senhora do Belém (Relembra a maternidade de Maria, na cidade de Belém);

E tantas outras denominações existem.

Por isso, posso perguntar:

— Se eu Flávio Eduardo, posso ter durante toda a minha vida “variados” nomes, o porquê Maria, a “bendita entre as mulheres”, a “serva perfeita”, a “imaculada”, a “Mãe de Jesus, o Filho de Deus” não pode?

Tudo bem, que muitos não aceitem o título de “Mãe de Deus”, pois isso, só para quem acredita na Santíssima Trindade, onde que DEUS se faz PAI e FILHO e ESPÍRITO SANTO podem compreender este mistério; ou o título de “Santa”. Para nós católicos, apesar de crermos em Maria, não podemos deixar de reverenciar quem ela foi, e com os seus títulos, devemos procurar sim, um pouco mais sobre a história do título a ela reverenciado. Aos que não são católicos e não acreditam na “Santa Maria”, devemos respeitar, pois em nada Cristo nos disse que devemos impor ou obrigar, mas, humildemente, apenas pedimos, olhem Maria com carinho e afeto, como mulher, como mãe, como fiel a Deus.

Que possamos olhar Maria com os olhos da fé e exemplos humanos a seguir e a nos espelhar, com desejo de aprendermos com os seus ensinamentos, com as suas ações e orações, a sermos ou procurarmos encontrar graça diante do Senhor. Maria não foi apenas a mãe de Jesus, mas sim, a serva perfeita diante do Senhor, e que, seguindo o exemplo de Maria, possamos, apesar das dificuldades de nossa caminhada, que no silêncio de nosso coração crescermos na fé e não desistir, apesar de todas as dores a trilhar o caminho da Boa Nova de Jesus.

Podemos ver no relato de Lucas, o Anjo Gabriel fazendo a Anunciação a Virgem Maria, a escolhida para ser a Mãe de Jesus. Mas meus irmãos e irmãs, nós também, podemos nos considerar como eleitos e escolhidos para concebermos Jesus em nosso coração e leva-lo ao mundo inteiro. E se observarmos a recomendação primária que anjo faz, é que nos alegremos, que larguemos e saiamos da tristeza, da falta de esperança, da murmuração, da desculpa, pois, o Senhor está conosco! Por isso que precisamos hoje, aceitar o convite para que possamos abrir os nossos corações e acolhermos o mistério da Encarnação de Jesus pelo poder do Espírito Santo de Deus, como Maria acolheu o convite pelas palavras proferidas pelo Anjo Gabriel.

O Anjo Gabriel recomendou e encorajou a Maria, como também faz a nós hoje: “que não tenhamos medo, pois encontramos graça diante de Deus”. E sabem porque encontramos essa graça? Pois, somos os filhos amados por Deus e que o Seu poder de amor e misericórdia que nos cobre, realizará em nós a transformação em todo o nosso ser, e que se tornará no sinal da presença de Cristo Jesus em nós. Contudo, repetindo o que venho dizendo há vários dias, isso só pode realmente acontecer a partir do nosso sim, da nossa conversão e adesão ao projeto de Deus, pois, Ele (Deus), não nos força, não invade, não obriga e não faz nada sem que nos permitamos.

Já notaram, que o Senhor sempre, sempre mesmo, nos chama, nos atrai, nos propõe, nos convida, mas, somente diante do nosso SIM, é que realizaremos a Sua obra em nós?

O Espírito Santo de Deus, permanentemente, vive nos chamando, com a esperança, com a expectativa de que possamos abrir a porta de nosso coração, do nosso ser, de nossa casa, à espera do nosso sim.

Em nossa vida, devemos ter como modelo a ser seguido por cada um de nós, a atitude de Maria, que, embora estivesse assustada com a anunciação, pela manifestação de Deus através do Anjo Gabriel, aquilo que chamamos de Teofania, ela, Maria, soube parar para escutar, soube meditar as palavras que lhe foram proferidas, e por fim, como uma oração direcionada a Deus, disse o seu sim, pois compreendeu e acolheu a vontade de Deus, confiando nas Suas promessas sem questionar, e assim, assumiu humildemente a condição de ser Mãe de Jesus, o Messias, o Salvador do mundo.

Que possamos também como Maria, responder ao anjo do Senhor dizendo: “Eis aqui a serva e o servo do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 21/08/18

LITURGIA DIÁRIA 21/08/18

O RICO, O CAMELO E A AGULHA

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Leitura da Profecia de Ezequiel
(Ez 28, 1-10)
Contra o rei de Tiro
(áudio 1) – (áudio 2)

1 A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2 “Filho do homem, dize ao príncipe da cidade de Tiro: Assim fala o Senhor Deus: Porque o teu coração se tornou orgulhoso, tu disseste: ‘Eu sou um deus e ocupo o trono divino no coração dos mares’. Tu, porém, és um homem e não um deus, mas pensaste ter a mente igual à de um deus. 3 Sim, tu és mais sábio do que Daniel! Segredo algum te é obscuro. 4 Com talento e habilidade adquiriste uma fortuna, acumulaste ouro e prata em teus tesouros. 5 Com grande tino comercial aumentaste tua fortuna, e com ela teu coração se tornou soberbo. 6 Por isso, assim diz o Senhor Deus: Por teres igualado tua mente à de um deus, 7 vou trazer contra ti os povos mais violentos dos estrangeiros. Eles puxarão suas espadas contra a tua bela sabedoria e profanarão o teu esplendor. 8 Eles te farão baixar à cova, e morrerás de morte violenta no coração dos mares. 9 Porventura, ousarás dizer: ‘Sou um deus!’ na presença de teus algozes, tu que és um homem e não deus, nas mãos dos que te apunhalam? 10 Morrerás da morte dos incircuncisos, pela mão de estrangeiros, pois fui eu que falei – oráculo do Senhor Deus”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Dt 32, 26-27ab. 27cd-28. 30. 35cd-36ab (R. 39c)
Cântico de Moisés
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 39c Sou eu que tiro a vida, / sou eu quem faz viver!

— 26 Pensei: “Vou espalhá-los pela terra, / farei cessar sua memória inteiramente”. / 27a Mas receava a reação dos inimigos, 27b a má interpretação dos adversários.
27c Eles diriam: Nossa mão prevaleceu, / 27d não foi o Senhor Deus que isto fez. / 28 Porque meu povo é gente sem juízo, / é gente que não tem discernimento.

30 Como pode um homem só perseguir mil, / como dois podem fazer fugir dez mil? / Não é porque sua Rocha os vendeu, / não é porque o Senhor os entregou?
35c Já vem o dia em que serão arruinados / 35d e o seu destino se apressa em chegar. / 36a Porque o Senhor fará justiça ao seu povo / 36b e salvará todos aqueles que o servem.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 19, 23-30)
O perigo da riqueza (23-26)
Recompensa prometida ao desprendimento (27-30)
(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 23 Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. 24 E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.” 25 Ouvindo isso, os discípulos ficaram muito espantados, e perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 26 Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível.” 27 Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. O que haveremos de receber?” 28 Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. 29 E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. 30 Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

SER RICO NÃO É PROBLEMA, MAS O QUE FAZEMOS COM A NOSSA RIQUEZA, DEFINE QUEM SOMOS DIANTE DE DEUS.
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 21/08/18. Terça-feira da 20ª Semana do Tempo Comum. Evangelho Mateus 19, 23-30, Salmo retirado do Deuteronômio 32, 26-27ab. 27cd-28. 30. 35cd-36ab, Profecia de Ezequiel 28, 1-10.

Meus queridos amigos e amigas, por várias vezes, certas atitudes e palavras ditas por Jesus podem nos chocar se não tivermos em nossa reflexão uma verdadeira Fé e inspiração advinda pelo Espírito Santo a nos guiar, pois sempre, quando começamos a ouvir e refletir, primeiro, usamos apenas o nosso lado humano e muitas das vezes, aquilo que vivenciamos em nossas vidas e não aquilo que Deus deseja para nós. Até em pequenas coisas, nós sempre nos colocamos em primeiro lugar, não é mesmo?

E no evangelho de hoje, complementando o que refletimos no dia de ontem, é um desses momentos, pois, principalmente para quem tem muitos “bens”, é difícil ouvir do próprio Jesus, que um “rico”, dificilmente, entrará no Reino dos Céus. E logo Ele, filho de Deus, que sempre prega o amor, o perdão e a misericórdia, será que até Ele, teria um pré-conceito contra todos aqueles que são “ricos” e assim, lhe seriam fechadas as portas do Céu?

Como disse ontem em minha reflexão, o rico pode ser, de bens materiais, de conhecimento, de desprendimento, de força física, pois a cada um foi dado o seu carisma, e é no “rico orgulhoso de si mesmo”, que Jesus está falando, é aquele que diante de sua riqueza à coloca em primeiro plano, se esquecendo do próximo e principalmente de Deus. Jesus fala daquele “rico” que tudo que tem, transforma apenas no seu ter, sem se preocupar com o seu ser, e assim, fecha o seu coração para Deus e aos seus irmãos.

— Será que conhecemos alguém, que ama mais as suas propriedades sobre todas as coisas?
— Será que conhecemos alguém, que para fazer aumentar ou multiplicar os seus bens, sejam eles pessoais, comunitários e sociais, utilizam de todos os meios e não hesitam de usar todos os artifícios, mesmo que eles sejam imorais, sem ética, ilegais, desonestos e injustos?
— Será que conhecemos alguém, que não se sensibiliza ou até mesmo nega a necessidade daquele que está ao seu lado, pensando apenas em si e nos seus prazeres?
— Será que conhecemos alguém, que tem disponibilidade, capacidade, conhecimento em pelo menos, dar um abraço, levar uma palavra de conforto, um sorriso a quem está em dificuldade, mas como se fecha apenas em si, em sua riqueza pessoal, não dá espaço para que a graça de Deus use e atue em seu coração?

Caríssimos, nestas e em tantas outras situações, poderíamos observar ao nosso redor, e quem sabe, em nós mesmos, ações que tornam impossível que Deus se aproxime de nós, e, por conseguinte, estaremos compreendendo aquilo que Jesus quis nos falar neste Evangelho, pois, longe de nosso coração estará a Sua graça.

Por isso, podemos nos perguntar:

— Se assim formos, será que poderemos ao Reino de Deus entrar, ou será que isso só acontecerá ao moço rico narrado no evangelho?

Observem, e não se espantem com as palavras e ações de Jesus, pois, não é Deus que fecha as portas do céu para àquele que é “rico”, mas sim, é ele mesmo que faz recusa ao aceitar o Reino em sua vida. Poderemos nós realizar apelos em nome de Deus, mas, a maioria de nós persistirá em sua idolatria pessoal, e nunca o amor de Jesus irá tocar o seu coração, a não ser, como venho dizendo nas últimas semanas, que somente diante da nossa verdadeira conversão é que conseguiremos vislumbrar as graças de Deus em nossa vida, e é por isso a alusão que Jesus usou neste texto, que é mais fácil um camelo atravessar o buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus.

Que fique centrado em nosso entendimento, as coisas que possuímos, os bens que adquirimos, o conhecimento obtido não devem se tornar obstáculos e transformar-se em dificuldades para que sigamos no caminho de Jesus e que possamos viver os seus ensinamentos, pois, todas as nossas conquistas, os nossos empreendimentos, os nossos estudos, se tornam oportunidades que Deus Pai está nos oferecendo para que tenhamos a possibilidade de darmos sentido em nossa realização, aqui e agora, para que no futuro de nossa existência tenhamos a vida eterna.

Como Jesus nos mostra, não devemos ser aquele que coloca a sua confiança e toda a sua vida apenas em seus bens, sejam eles espirituais, materiais e ou intelectuais, não devemos ser convencidos em nós mesmos, autossuficientes, cheios de ideias e de muita espiritualidade, mas que põe todo esse tesouro apenas em si mesmo, e que não fazemos questão alguma de ouvir e refletir o que Deus tem a nos dizer

Apesar de já ter tentado explicar, que não somente os “ricos financeiramente” estão ficando distantes de Deus, muitos de nós, mesmo não tendo dinheiro, temos um coração de rico, isto é, apegado ao pouco que possuímos, às nossas opiniões, à maneira de pensar, nossas convicções etc., no entanto, mesmo assim, o próprio Jesus nos afirma que “para Deus tudo é possível”!

Precisamos no dia-a-dia, confiar na graça de Deus, mesmo que ainda sejamos “ricos”, pois poderemos nos despregar da nossa “riqueza retida em nosso coração”, dando ao seu devido lugar, o amor e a misericórdia do Senhor, pois, quando nos entregamos em Seus braços e a Ele oferecemos tudo que possuímos e somos, a nossas vida se transforma e adquire um significado de justiça e felicidade.

Para seguirmos a Jesus, só precisamos de um coração aberto e confiante de que Ele tudo providenciará para a nossa caminhada, pois ao nosso lado Ele estará. Como diz o ditado, “a nossa recompensa é certa, poderá até tardar, mas ela não nos faltará”, e mesmo que hoje, estejamos caídos e entregues ao desânimo e ao pecado, nos sentindo no fundo do poço por causa de nossas faltas, podemos ter a certeza que Deus está ao nosso lado, estendendo as suas mãos, esperando a nossa conversão, e assim juntos, Ele abrirá as portas do céu para que possamos estar junto na vida eterna.

O mundo deve e será renovado pelo Amor de Deus, e Jesus, Seu Filho e nosso irmão, nos chama e nos convida para que sejamos protagonistas dessa renovação, porém, em nossa caminhada, a vida eterna deve ser o nosso objetivo final, pois, se como o jovem rico, se estivermos apenas buscando as coisas temporais deste mundo, seremos cada vez mais, pessoas frustradas, vazias e sempre carentes, onde que teremos a mesma atitude do moço, tristes e de cabeça baixa, viraremos as nossas costas e seguiremos em caminhos distantes de Deus.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 20/08/18

LITURGIA DIÁRIA 20/08/18


O JOVEM RICO

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Leitura da Profecia de Ezequiel
(Ez 24, 15-24)
Provações do Profeta
(áudio 1) – (áudio 2)

15 A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 16Filho do homem, vou tirar de ti, por um mal súbito, o encanto de teus olhos. Mas não deverás lamentar-te nem chorar ou derramar lágrimas. 17 Geme em silêncio, sem fazer o luto dos mortos. Põe o turbante na cabeça, calça as sandálias nos pés, sem encobrir a barba, nem comer o pão dos enlutados.” 18 Eu tinha falado ao povo pela manhã, e à tarde minha esposa morreu. Na manhã seguinte, fiz como me foi ordenado. 19 Então o povo perguntou-me: “Não nos vais explicar o que têm a ver conosco as coisas que tu fazes?” 20 Eu respondi-lhes: “A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 21 Fala à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Vou profanar o meu santuário, o objeto do vosso orgulho, o encanto de vossos olhos, o alento de vossas vidas. Os filhos e as filhas que lá deixastes, tombarão pela espada. 22 E fareis assim como eu fiz: Não cobrireis a barba, nem comereis o pão dos enlutados, 23 levareis o turbante na cabeça, as sandálias nos pés, sem vos lamentar nem chorar. Definhareis por causa de vossas próprias culpas, gemendo uns para os outros. 24 Ezequiel servirá para vós como sinal: Fareis exatamente o que ele fez; quando isso acontecer, sabereis que eu sou o Senhor Deus”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Dt 32,18-19. 20. 21 (R. Cf. 18a)
Cântico de Moisés
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 18a Esqueceram o Deus que os gerou.

— 18 Da Rocha que te deu à luz, te esqueceste, / do Deus que te gerou, não te lembraste. / 19 Vendo isto, o Senhor os desprezou, / aborrecido com seus filhos e suas filhas.
20 E disse: Esconderei deles meu rosto / e verei, então, o fim que eles terão, / pois, tornaram-se um povo pervertido, / são filhos que não têm fidelidade.

21 Com deuses falsos provocaram minha ira, / com ídolos vazios me irritaram; / vou provocá-los por aqueles que nem povo são, / através de gente louca hei de irritá-los.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 19, 16-22)
O moço rico
(áudio 1) – (áudio 2)

16 Alguém aproximou-se de Jesus e disse: “Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?” 17 Jesus respondeu: “Por que tu me perguntas sobre o que é bom? Um só é o Bom. Se tu queres entrar na vida, observa os mandamentos.” 18 O homem perguntou: “Quais mandamentos?” Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19 honra teu pai e tua mãe, e ama teu próximo como a ti mesmo.” 20 O jovem disse a Jesus: “Tenho observado todas essas coisas. O que ainda me falta?” 21 Jesus respondeu: “Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.” 22 Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

SER RICO NOS AFASTA DE DEUS, SE NOS APEGAR MAIS ÀS POSSES DO QUE A DEUS! A QUEM VOCÊ SE APEGA?
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 20/08/18. Segunda-feira da 20ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 19, 16-22, Salmo retirado de Deuteronômio 32, 18-21, Profecia de Ezequiel 24, 15-24.

Meus queridos irmãos e irmãs, o nosso apego exagerado aos bens materiais e aos bens que este mundo nos oferece, é um grande e terrível empecilho para podermos seguir a Jesus, pois, a estrutura e a dinâmica que utilizamos neste seguimento, vai nos exigindo grandes rompimentos e sempre mais radicais em nossa forma de sentir, pensar, falar e agir. Exatamente por isso, que quem de nós não estivermos livres para fazê-las, ou no mínimo, se não estivermos dispostos a dar um passo a mais em nossa conversão, tenhamos certeza, muitos de nós ficarão pelo caminho.

Por isso que sempre irei repetir a mim e a todos vocês, é necessário sim, buscarmos à ovelha perdida, mas, como ela, todos nós precisamos estarmos dispostos a nos converter, pois senão, como o verdadeiro discípulo de Jesus não descansa, se faz necessário que tiramos a poeira de nossos pés, e procuremos por aqueles nossos irmãos que estão desejosos de conversão e de estar um pouco mais próximo de Deus.

Temos o conhecimento, que na cultura da piedade judaica tradicional, o cumprimento dos mandamentos da Lei de Moisés era o primeiro passo a ser dado pelo fiel, onde que muitos se contentavam apenas com isso.

Já existiam outros, como era o caso dos fariseus, eles reduziam este cumprimento dos 10 Mandamentos apenas para que os outros pudessem ver.

Os mestres da Lei, por sua vez, eram detalhistas e criteriosos para interpretar o Decálogo, complicando ainda mais a observância do povo, onde que, praticamente tudo, era pecado.

Nestes três casos, será que conseguimos visualizar aquilo que nos cerca nos dias de hoje, tanto fora como dentro das Igrejas Domésticas e Comunitárias?

Caríssimos, o simples cumprimento dos 10 Mandamentos, não são suficientes para tornar alguém um verdadeiro discípulo de Cristo Jesus e herdeiro no Reino dos Céus, pois, a inércia do vivenciar os mandamentos não deve parar apenas no não fazer, mas no continuar a viver; a superficialidade do cumprimento dos mandamentos não demonstram o que de verdade está em nossos corações; a cobrança exacerbada detalhando ponto por ponto, nos prende e nos transforma prisioneiros de algo que deveria nos dar a liberdade. Precisamos discernir bem mais, como vivenciamos os mandamentos de Deus em nossas vidas.

Diante o diálogo do moço com Jesus, podemos ver algumas situações que por várias vezes acontece conosco em nossa caminhada, em nossa vida familiar e comunitária:

— A primeira, é fazermos uma pergunta daquilo que já temos a resposta, foi o caso do moço;
— A segunda, é quando Jesus responde o que é correto;
— A terceira, é quando o moço prepara o “bote” desejando ser elogiado, tanto por Jesus e por aqueles que estão ali por perto para ouvi-lo;
— A quarta, é quando Jesus sábio e mestre, conhecedor do que está em nossos corações, diz ao moço que se para ele, apenas seguir os mandamentos não seria problema, Jesus lhe diz então que fosse ele “perfeito” e tirasse o que de maior tinha em sua vida, as suas posses;
— A quinta, é para nós a lição de hoje, pois o errado não é ter bens (material, conhecimento, espiritual, física, …), o importante que possamos conciliar todos os bens que temos, pois é graça de Deus, junto aos mandamentos de Deus, e aí sim, podermos nos converter e caminhar verdadeiramente nos caminhos que Deus ilumina em nossas vidas, sendo exemplo e levando a Boa Nova de Jesus a todo mundo. Este desafio que Jesus fez ao moço, Ele nos faz hoje também.

Se observarmos com os olhos da Fé, poderemos ver nitidamente que estamos vivendo em um mundo onde que tudo gira em torno das coisas materiais, e queiramos ou não, nos causa um vazio existencial tão grande, que muitas pessoas que se apegam demais, acabam se afastando e distanciando de Deus, onde que nós perdemos o senso do amor, a beleza da misericórdia, a humildade do perdão, o valor da fé.

Meus queridos amigos e amigas, se nós, olhem bem, todos nós, se não ficarmos atentos, orando e vigiando a todos os dias, em todos os momentos em nossas escolhas, tenhamos certeza, que corremos um grande risco de nos deixarmos contaminar pela mentalidade do mundo e nos distanciando cada vez mais de Deus! E hoje, com o exemplo de Jesus, diante da realidade vivida pelo moço, Ele está nos convidando a vermos e darmos um novo sentido a nossa vida, à nossa existência, e abrirmos mão dos apegos do mundo para que possamos adquirir o verdadeiro tesouro no céu, a Vida Eterna.

Sabemos que essa adesão, essa conversão à postura que Cristo nos mostra para termos em nossa vida, não nos tirará qualquer tipo de problema e que nunca mais teremos dificuldades, não é isso, mas com essa mudança, com essa escolha, ganharemos um novo sentido, onde que horizontes irão se abrir diante de nós e que não nos deixarão que sejamos corrompidos pelas amarguras do mundo!

Olhem, é no hoje, é agora, é aqui neste momento, que devemos construir a nossa morada no céu, pois, esta obra chega como um grande desafio em nossa vida, porque implica renúncias, desapegos, onde que iremos caminhar na contramão daquilo que o mundo nos mostra hoje. E olhem quantas barbáries vivenciamos em todos os lugares hoje em dia?

— Fazer o bem é ser chamado de otário, e fazer o mal é considerado normal.
— Quem fala a verdade é criticado; mas, é enaltecido aquele que se cala diante do pecador para não o constranger.
— Se busca o direito da vida apenas para o assassino, mas, não se grita pela morte do inocente e nem pela sua família.

É na essência deste Evangelho que somos convidados a refletirmos sobre os perigos da riqueza, mas aquela riqueza que não é utilizada para ajudar à quem precisa; é a riqueza que nos dopa diante da verdade exigida pela Boa Nova do Senhor; é a riqueza que nos afasta de Deus e daqueles que estão ao nosso redor; é a riqueza que nos faz termos apenas em nosso exterior a caricatura de cristão, mas que me nosso coração só está preenchido com as mazelas do mundo.

“Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.”

Mas não devemos ter a soberba e sermos orgulhosos como esse moço, pois, se assim o fizermos, como ele, nos encheremos de tristeza pois não seremos “completos” e nos afastaremos de Jesus, como ele também o fez.

A nossa tristeza, é que nenhum de nós seremos capazes de alcançar o Reino dos Céus sozinhos, mas a nossa alegria e esperança, é acreditarmos no que o próprio Cristo nos disse: “para Deus, nada é impossível”.

E apenas tranquilizando àqueles que possuem muitos bens, podemos observar, que Cristo não condena a riqueza por si só, não, podemos observar que Ele condena é o apego excessivo aos bens materiais, é a posse que nos coloca em grande abismo que separa Deus do homem, o humano do Divino. Abrir mão dos nossos apegos, é uma condição para que possamos conquistar um tesouro no céu, e quando fazemos isso, junto com as atitudes enraizadas nos mandamentos de Deus, aí sim, podemos humildemente afirmar, que apesar de longo e estreito, estamos no caminho certo.

Quando conseguimos discernir a nossa vivência na palavra de Deus, sabemos conciliar a nossa riqueza no mundo e a nossa riqueza no céu, pois, temos em nossos corações a certeza que a nossa verdadeira riqueza é Jesus, pois, Ele é o nosso verdadeiro tesouro, Aquele que pagou por todos os nossos pecados com a sua própria vida pelo preço de nossa liberdade.

Agora, para que possamos conservar esta liberdade nos ofertada e conquista por Ele, é necessário que reconheçamos a imensidão e beleza do seu Amor por nós, e, cabe a nós darmos uma reposta de amor a Ele, com a nossa conversão.

“Quem não se apega aos bens terrenos, investe nos bens celestes, este, é um rico que preserva o coração pobre!”

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 19/08/18

LITURGIA DIÁRIA 19/08/18


VISITA DE MARIA A ISABEL

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Leitura do Livro do Apocalipse de São João
(Ap 11, 19a; 12,1-6a.10ab)
Visão da Mulher e do Dragão
(áudio 1) – (áudio 2)

11,19a Abriu-se o Templo de Deus que está no céu e apareceu no Templo a arca da Aliança. 12,1 Então apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. 2 Estava grávida e gritava em dores de parto, atormentada para dar à luz. 3 Então apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete coroas. 4 Com a cauda, varria a terça parte das estrelas do céu, atirando-as sobre a terra. O Dragão parou diante da Mulher que estava para dar à luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse. 5 E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 6a A mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar. 10ab Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 44(45), 10bc. 11.12ab. 16 (R. 10b)
Epitalâmio real
(áudio 1) – (áudio 2)

R. 10b À vossa direita se encontra a rainha, / com veste esplendente de ouro de Ofir.

— 10b As filhas de reis vêm ao vosso encontro, / 10c e à vossa direita se encontra a rainha / com veste esplendente de ouro de Ofir.
11 Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: / “Esquecei vosso povo e a casa paterna! / 12a Que o Rei se encante com vossa beleza! / 12b Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!

16 Entre cantos de festa e com grande alegria, / ingressam, então, no palácio real”.

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Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios
(1 Cor 15, 20-26.28)
O fato da ressurreição
(áudio 1) – (áudio 2)

Irmãos, 20 na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21 Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. 22 Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23 Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. 24 A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. 25 Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. 26 O último inimigo a ser destruído é a morte. 28 E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
(Lc 1, 39-56)
A visitação (39-45)
O cântico de Maria (46-56)
(áudio 1) – (áudio 2)

39 Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. 40 Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43 Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44 Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45 Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”. 46 Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47 e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, 48 pois, ele viu a pequenez de sua serva, eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita. 49 O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome! 50 Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam. 51 Demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhosos. 52 Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. 53 De bens saciou os famintos, despediu, sem nada, os ricos. 54 Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, 55 como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre”56 Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

AH, SE FÔSSEMOS APENAS UM REFLEXO DE MARIA… COMO MULHER, MÃE E SERVIDORA DE DEUS… APENAS ISSO, E NADA MAIS.
(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 19/08/18. Domingo da 20ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Lucas 1, 39-56, Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 15, 20-26.28, Salmo 44, Livro do Apocalipse de São João 11, 19a; 12,1-6a.10ab.

Infelizmente, muitas pessoas cristãs, e não digo isso, somente aos irmãos cristãos que não são católicos viu, mas também aos que se dizem católicos, pois muitos, confundem a verdadeira essência e importância de Maria na história de nossa Salvação: uns deturpam e à colocam até mesmo acima de Deus; outros não acreditam em sua importância; já outros compreendem e vislumbram a pessoa de Maria como a verdadeira serva, o verdadeiro modelo, o puro sacrário da Santíssima Trindade, nos exemplificando a verdadeira dimensão que ela deve ocupar em nossas vidas, e tê-la como exemplo e referência de como deveríamos viver a nossa fé em Deus e caminharmos rumo à direção do Reino definitivo.

Aos que não são católicos, aceito a sua forma de pensar e de agir, pois uma das primeiras ações que aprendi com a própria pessoa de Jesus, é o respeito, por isso, em nenhum momento irei impor ou julgar a sua devoção ou admiração pela pessoa de Maria, mas fica uma pergunta apenas:

— Será que você já procurou olhar a pessoa, a mulher, a mãe, a humilde serva do Senhor com os olhos da fé? Quem sabe você possa fazer essa experiência comigo agora, mas repito, não estou impondo, mas apenas, convidando…

Já aos que se dizem católicos:

— Será que conseguimos compreender a grandeza de Maria como pessoa humana, como nós, diante do Senhor?

Vejamos com carinho o seguinte: a “Santíssima Trindade” é composta por: “Deus Pai”, “Deus Filho”, “Deus Espírito Santo”, não é isso? Observemos então, que:

— “Deus Pai”, estava presente em Maria, pois nela, Deus encontrou a graça;
— “Deus Espírito Santo”, estava presente em Maria, pois nela, plantou a semente que gerou Jesus, o Salvador;
— “Deus Filho”, o próprio Salvador, estava presente em Maria, pois, foi ela foi o verdadeiro sacrário do Filho de Deus, onde que com a sua vida, o gerou, criou, educou, cresceu, sofreu, e permaneceu forte nos desígnios de Deus.

Se João Batista, foi o maior de todos os homens nascido de mulher do Antigo Testamento (como disse o próprio Jesus); e se Jesus veio para salvar-nos de todos os pecados desde Adão até a parusia; Maria, como ser humano, é o modelo de mulher que não entrou o pecado como fora com Eva, se tornando o modelo de todo ser humano a ser seguido. Quem dera se verdadeiramente tivéssemos os moldes de Maria em nossa vida.

— Maria, jovem, sem nada a oferecer, se vivia em Nazaré não era de uma família de posses, mas a sua fé era permanentemente dedicada ao Senhor Deus, pois, senão, o porquê diria o anjo: “encontraste graça diante de Deus!” Nós, muitas das vezes, achamos que por não termos dinheiro, não termos estudo, não termos posses, nos sentimos inferiorizados àqueles que tudo têm, mas diante de Deus, não é isso que tem o verdadeiro valor, mas aquilo que está em nossos corações e se completam com as nossas ações alicerçadas na Palavra de Deus.

— Maria, virgem, sem conhecimento ou entendimento, mas forte na Fé, e diante do chamado de Deus, apenas acreditou e se colocou por inteira disposição daquilo que Deus projetara por amor aos seus filhos, que somos nós, a salvação eterna. Nós, muitas vezes, quando somos chamados para nos aventurar nos trabalhos, tanto da Igreja Doméstica sendo bons filhos, bons pais, bons esposos e esposas; ou na Igreja Comunitária, nas pastorais e serviço, colocamos diversas desculpas e não aceitamos o chamado de Deus. Pior ainda, com as nossas recusas, podemos até não estar acreditando que Deus possa fazer maravilhas também em mim e por mim, em nós e por nós.

— Maria, mulher e mãe, diante das dificuldades impostas a sua vida e principalmente a seu Filho Jesus, permaneceu firme na Fé, e acreditando firmemente que Deus sempre estaria lhe amparando como também a seu Filho. Não deixou de acompanhar, não deixou de trabalhar, não deixou de ajudar, e no caminho do Senhor aumentou em graça, amor e fé. Nós, muitas das vezes, quando as dificuldades impostas pelo mundo nos afligem, a primeira ação que temos, é a de recuar ou até mesmo de entregar o que estávamos fazendo. Sendo assim, me corrijam se eu estiver errado:

— É mais fácil sentar e tentar resolver os problemas de nosso matrimônio como um e não dois, ou, terminar o nosso casamento? Qual a atitude que o mundo nos mostra que é mais cômodo? E qual é a ação que nós estamos realizando hoje em nossa vida?
— É mais fácil passarmos mais tempo com nossos filhos, dando-lhes atenção, dando-lhes correção, conversando e brincando, ou, entrega-los ao mundo e termos mais tempo com os amigos no bar, no futebol, no salão, nas compras? Qual a atitude que o mundo nos mostra que é mais cômodo? E qual é a ação que nós estamos realizando hoje em nossa vida?
— É mais fácil permanecermos em nossos trabalhos nas pastorais, em nossas comunidades e ajudarmos da melhor maneira possível, tendo uma verdadeira consciência que o mais importante não sou apenas eu, e sim a comunidade que vivo, ou, é mais fácil deixar de trabalhar nas pastorais porquê não gosto de alguém, ou porquê o serviço é muito, ou porquê não tenho uma posição de chefia, ou porquê na função que estou não estou sendo visto ou lembrado? Qual a atitude que o mundo nos mostra que é mais cômodo? E qual é a ação que nós estamos realizando hoje em nossa vida?

Será que conseguimos refletir? Mas, abrindo verdadeiramente o nosso coração na presença do Espírito Santo, como Maria o fez? É sério mesmo?

— Maria, humilde, serva, sempre presente, perseverante na fé, apesar de ter tido todas as possibilidades de querer se enaltecer ou engrandecer, mas não fez, mesmo ela sendo a Mãe do Filho de Deus, aquele que seria e é o Salvador de todos nós. Mas, nós, na maioria das vezes, quando fazemos qualquer coisa, queremos é nos mostrar, ser reconhecidos, sermos lembrados e enaltecidos por aquilo que fizemos. Temos ainda a arrogância e prepotência de querer enumerar tudo o que fizemos, como se fosse um currículo de emprego para engrandecer ainda mais tudo o que já fiz. Eu fiz isso, fiz aquilo, e se não fosse eu, nada seria feito, nada teria acontecido.

Mas feliz é aquele, que como Maria, continua trabalhando e permanece em silêncio, onde que os seus trabalhos vão ser reconhecidos pela sua entrega e humildade, pela qualidade do que faz e não pela quantidade; pelo respeito aos irmãos e não pelas imposições e julgamentos que fazemos; pelas coordenações e não pelas ordens; pelo respeito e não pelo medo; pela humildade e não pela grandeza.

Que possamos neste e em todos os próximos dias de nossas vidas, termos Maria como exemplo, e fazer com que as nossas vidas sejam um pouco mais comprometidas com as coisas de Deus, que sejamos perseverantes nos trabalhos, humildes nas ações, singelo e sinceros na fala, fortes na oração e na fé. Apenas se abrirmos os nossos corações às coisas de Deus, é que poderá o Espírito Santo fazer morada e nos dar os carismas que poderão como Maria, engrandecer o Senhor, e não a nós mesmos.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 18/08/18

LITURGIA DIÁRIA 18/08/18


JESUS E AS CRIANÇAS

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Leitura da Profecia de Ezequiel
(Ez 
18, 1-10.13b.30-32)
Responsabilidade pessoal

(áudio 1) – (áudio 2)

1 A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2 “Que provérbio é esse que andais repetindo em Israel: ‘Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos ficaram embotados?’ 3 Juro por minha vida – oráculo do Senhor Deus – já não haverá quem repita esse provérbio em Israel. 4 Todas as vidas me pertencem. Tanto a vida do pai como a vida do filho são minhas. Aquele que pecar, é que deve morrer. 5 Se um homem é justo e pratica o direito e a justiça, 6 não participa de refeições rituais sobre os montes, não levanta os olhos para os ídolos da casa de Israel, não desonra a mulher do próximo, nem se aproxima da mulher menstruada; 7 se não oprime ninguém, devolve o penhor devido, não pratica roubos, dá alimento ao faminto e cobre de vestes o que está nu; 8 se não empresta com usura, nem cobra juros, afasta sua mão da injustiça, e julga imparcialmente entre homem e mulher; 9 se vive conforme as minhas leis e guarda os meus preceitos, praticando-os fielmente, tal homem é justo e, com certeza, viverá – oráculo do Senhor Deus. 10 Mas, se tiver um filho violento e assassino, que pratica uma dessas ações, 11 embora o pai não as tenha praticado, e participa de refeições rituais sobre os montes, desonra a mulher do próximo, 12 oprime o pobre e o necessitado, pratica a rapina, não devolve o penhor, levanta os olhos para os ídolos, faz coisas abomináveis, 13b tal filho de modo algum viverá. Porque fez todas essas coisas abomináveis, com certeza, morrerá; ele é responsável pela sua própria morte. 30 Pois bem, vou julgar cada um de vós, ó casa de Israel, segundo a sua conduta – oráculo do Senhor Deus. Arrependei-vos, convertei-vos de todas as vossas transgressões, a fim de não terdes ocasião de cair em pecado. 31 Afastai-vos de todos os pecados que praticais. Criai para vós um coração novo e um espírito novo. Por que haveis de morrer, ó casa de Israel? 32 Pois eu não sinto prazer na morte de ninguém – oráculo do Senhor Deus. Convertei-vos e vivereis!”
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 50(51), 12-13. 14-15. 18-19 (R. 12a)
Miserere

(áudio 1) – (áudio 2)

R. 12a Ó Senhor, criai em mim, / um coração que seja puro!

— 12 Criai em mim um coração que seja puro, / dai-me de novo um espírito decidido. / 13 Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, / nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
14 Dai-me de novo a alegria de ser salvo / e confirmai-me com espírito generoso! / 15 Ensinarei vosso caminho aos pecadores, / e para vós se voltarão os transviados.

18 Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, / e, se oferto um holocausto, o rejeitais. / 19 Meu sacrifício é minha alma penitente, / não desprezeis um coração arrependido!

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 19, 13-15)
Jesus e as crianças

(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 13 levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreendiam. 14 Então Jesus disse: “Deixai as crianças, e não as proibais de virem a mim, porque delas é o Reino dos Céus.” 15 E depois de impôr as mãos sobre elas, Jesus partiu dali.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

VEM A MIM AS CRIANCINHAS.

(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 18/08/18. Sábado da 19ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 19, 13-15, Salmo 50, Profecia de Ezequiel 18, 1-10.13b.30-32.

Meus irmãos e irmãs em Cristo Jesus, por que será, que em várias oportunidades, podemos ver que os discípulos sempre tentavam afastar as crianças e as mulheres que estavam querendo se aproximar de Jesus?

Isso é bem claro, pois naquela época, as crianças, assim como as mulheres, os escravos e estrangeiros, os pobres, os doentes, principalmente os leprosos, como podemos dizer, eram consideradas pessoas de pouco valor, de pouca importância, ou até pior, não tinham valor diante da sociedade. Mas podemos ver também, que as leituras do Evangelho durante toda essa nossa semana, nos evidencia a forma diferente de Jesus conduzir estas questões controversas.

Ontem por exemplo, Jesus valorizou a mulher dentro da sociedade, pois, por qualquer motivo, apenas pelo desejo do marido, ele podia despedi-la, mas Jesus mostrou-nos que a coisa não é assim “tão fácil”, não é apenas pelo “bel-prazer” do homem que o divórcio deve ser realizado. A mulher como o homem, o esposo como a esposa, tem a sua importância dentro do matrimônio, pois, foram diante a Deus que prometeram a sua fidelidade, as suas tristezas e alegrias, juntos, e não apenas o homem.

Podemos ver também, a necessidade do perdão, onde que, para o povo daquela época, quem conseguia perdoar o seu inimigo por sete vezes, era considerado aquele que conseguiu a sua plenitude diante de Deus. Mas Jesus, deixa bem claro, que não é apenas perdoar sete vezes que irá ser pleno diante de Deus, mas sim, a permanência do perdão durante toda a nossa vida, em todas as situações, em todos os momentos.

Refletimos a necessidade de como semente de trigo, devemos também morrer para o mundo para nascer para Deus, com a nossa conversão.

Será que observamos que Jesus nunca fez distinção de pessoas, pois, todos, inclusive nós, todos somos filhos de Deus e amados por Ele?

Mas, mesmo assim, sabedores que Deus nos ama, alguns de nós, infelizmente, nos desviamos desse imenso e eterno Amor e nos tornamos pessoas indignas de sua graça, porém, Ele nunca irá parar de nos atrair de todas as formas e diariamente para que haja a nossa conversão.

Este Evangelho nos mostra mais um aspecto maravilhoso da vida de Jesus, que é o seu afeto especial pelas crianças. Já os discípulos agem conforme a cultura deles naquele tempo, ou seja, eles não permitiram que as crianças se aproximassem do Mestre. Jesus, em contrapartida, reage, e quebra um paradigma, e solicita que ninguém impeça as crianças de se aproximarem Dele, e que elas sejam tocadas também.

E Ele disse mais, afirmando que na vida eterna só entra pessoas “como as crianças”, puras e inocentes, sem pecados graves, e sabem porque qual motivo, é que as crianças são desprovidas de preconceitos, e por isso elas são acolhedoras e verdadeiras. Elas só iram mudar, se, nós a influenciarmos.

Caríssimas, e caríssimos, essas qualidades de pureza devem estar presentes em todos nós, pois, quem não for como uma criança, não demonstra ser seguidor de Jesus, e não entrará no Céu. Sendo assim, que tomemos cuidado.

Agora, se faz necessário que compreendamos aquilo que deve ser o ápice de nossa “CONVERSÃO”, que é nos transformar novamente e vivermos como uma criança, que está disposta a aprender e se entregar àquele que lhe dá um bom exemplo, pois ela, a criança, se entrega com coragem àquele a quem ela acredita, tomando-O como um verdadeiro exemplo de amor.

Mas aí, podemos começar a refletir, como naquela época, as crianças e as mulheres não tinham o seu valor na comunidade, principalmente diante daqueles que eram os doutores da Lei e os fariseus. Só que hoje, somos nós que estamos dentro da “igreja” ajudando, estudando, orando, participando, cantando e refletindo, só que infelizmente, por mantermos o nosso coração duro diante das coisas de Deus, também somos nós, que julgamos se aquela pessoa pode ou não pode participar daquela pastoral, daquele movimento, daquele trabalho. Somos nós que temos um pré-julgamento diante das pessoas, colocando um “rótulo” de que aquela pessoa “não é digna de estar ali”.

Jesus está querendo nos mostrar que, primeiramente, a “CONVERSÃO” deve acontecer conosco. Somos nós que devemos compreender em sua totalidade como fazer de nossas atitudes e nossos sentimentos, transformar toda a nossa vida no mesmo amor que Jesus tem por nós. Se naquela época, Jesus pede por aqueles que eram discriminados, afastados e esquecidos da sociedade, até por aqueles que tinham a responsabilidade de levarem o povo para mais perto de Deus, é o mesmo que Ele hoje nos pede para fazermos.

Talvez a característica mais importante da criança que Jesus falava, é a de estar sempre pronta para aprender o que lhe é ensinado. Como um livro aberto, sem preconceitos… Talvez seja assim que Jesus quer que sejamos… como crianças que confiam plenamente no que o Pai lhe ensina, e que se jogam nos braços do Pai com 100% de certeza de que Ele não nos deixará cair no chão.

O Senhor quer que tenhamos um coração simples, que, não julga porque espera, que ora e suplica porque confia. Isto é ser criança! Isto é viver o reino dos céus, aqui! O mundo chama de tolos os que vivem assim, porém o que é tolice para o mundo é sabedoria para Deus.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 17/08/18

LITURGIA DIÁRIA 17/08/18


O QUE DEUS UNIU O HOMEM NÃO SEPARE

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Leitura da Profecia de Ezequiel
(Ez 
16, 1-15.60.63)
História simbólica de Jerusalém

(áudio 1) – (áudio 2)

1 A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2 “Filho do homem, mostra a Jerusalém suas abominações. 3 Dirás: Assim fala o Senhor Deus a Jerusalém: Por tua origem e nascimento és do país de Canaã. Teu pai era um amorreu e tua mãe uma hitita. 4 E como foi o teu nascimento? Quando nasceste, não te cortaram o cordão umbilical, não foste banhada em água, nem esfregada com salmoura nem envolvida em faixas. 5 Ninguém teve dó de ti, nem te prestou algum desses serviços por compaixão. Ao contrário, no dia em que nasceste, eles te deixaram exposta em campo aberto, porque desprezavam a tua vida. 6 Então, eu passei junto de ti e vi que te debatias no próprio sangue. E enquanto estavas em teu sangue, eu te disse: ‘Vive!’ 7 Eu te fiz crescer exuberante como planta silvestre. Tu cresceste e te desenvolveste, e chegaste à puberdade. Teus seios se firmaram e os pelos cresceram; mas estavas inteiramente nua. 8 Passando junto de ti, percebi que tinhas chegado à idade do amor. Estendi meu manto sobre ti para cobrir tua nudez. Fiz um juramento, estabelecendo uma aliança contigo – oráculo do Senhor – e tu foste minha. 9 Banhei-te na água, limpei-te do sangue e ungi-te com perfume. 10 Eu te revesti de roupas bordadas, calcei-te com sandálias de fino couro, cingi-te de linho e te cobri de seda. 11 Eu te enfeitei de jóias, coloquei braceletes em teu braços e um colar no pescoço. 12 Eu te pus um anel no nariz, brincos nas orelhas e uma coroa magnífica na cabeça. 13 Estavas enfeitada de ouro e prata, tuas vestimentas eram de linho finíssimo, de seda e de bordados. Eu te nutria com flor de farinha, mel e óleo. Ficaste cada vez mais bela e chegaste à realeza. 14 Tua fama se espalhou entre as nações por causa de tua beleza perfeita, devido ao esplendor com que te cobri – oráculo do Senhor. 15 Mas puseste tua confiança na beleza e te prostituíste graças à tua fama. E sem pudor te oferecias a qualquer passante. 60 Eu, porém, me lembrarei de minha aliança contigo, quando ainda eras jovem, e vou estabelecer contigo uma aliança eterna. 63 É para que te recordes e te envergonhes, e na tua confusão não abras mais a boca, quando eu te houver perdoado tudo o que fizeste, – oráculo do Senhor Deus”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Is 12, 2-3. 4. 5-6 (R. 1c)
Salmo

(áudio 1) – (áudio 2)

R. 1c Acalmou-se a vossa ira e enfim me consolastes.

— 2 Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo; / o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. / 3 Com alegria bebereis no manancial da salvação.
4 e direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor, / invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, / entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime.

5 Louvai cantando ao nosso Deus, 
† / que fez prodígios e portentos, / publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! / 6 Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, / porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!”

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 19, 3-12)
Perguntas sobre o divórcio

(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 3 alguns fariseus aproximaram-se de Jesus, e perguntaram, para o tentar: “É permitido ao homem despedir sua esposa por qualquer motivo?” 4 Jesus respondeu: “Nunca lestes que o Criador, desde o início os fez homem e mulher? 5 E disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? 6 De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe.” 7 Os fariseus perguntaram: “Então, como é que Moisés mandou dar certidão de divórcio e despedir a mulher?” 8 Jesus respondeu: “Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração. Mas não foi assim desde o início. 9 Por isso, eu vos digo: quem despedir a sua mulher – a não ser em caso de união ilegítima – e se casar com outra, comete adultério.” 10 Os discípulos disseram a Jesus: “Se a situação do homem com a mulher é assim, não vale a pena casar-se.” 11 Jesus respondeu: “Nem todos são capazes de entender isso, a não ser aqueles a quem é concedido. 12 Com efeito, existem homens incapazes para o casamento, porque nasceram assim; outros, porque os homens assim os fizeram; outros, ainda, se fizeram incapazes disso por causa do Reino dos Céus. Quem puder entender, entenda.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

NEM TODOS NASCERAM PARA O MATRIMÔNIO.

(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 17/08/18. Sexta-feira da 19ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 19, 3-12, Salmo retirado de Isaías 12, 2-3. 4. 5-6, Profecia de Ezequiel 16, 1-15.60.63.

Primeiro, gostaria de deixar bem claro, principalmente aos meus amigos e amigas que não são Cristãos Católicos pois, vocês não aceitam o celibato do Padre, e por isso, não desejo com a minha reflexão, afrontar os seus dogmas, mas apenas, refletir sobre o que o Evangelho me faz discernir sobre os nossos dogmas católicos.

Segundo, gostaria de explicar, que o texto de hoje do Evangelho é de uma complexidade enorme, já era naquela época de Jesus, imagina então, nos dias de hoje. Por isso, eu gostaria de deixar bem claro, primeiro a tantos amigos e amigas que tiveram em suas vidas, o desgaste e a tristeza de uma separação familiar, pois, em nenhum momento estarei julgando-os, mas apenas refletindo à Palavra de Deus.

Por isso, que não tenhamos o coração duro, como na época de Moisés, e que não sejamos nós, a julgar ou criticar àqueles que já se separaram, pois, de juiz, nenhum de nós o somos.

Meus queridos amigos e amigas, as discussões que eram realizadas sobre o divórcio, acreditem, são mais antigas do que o próprio Evangelho, e podemos dizer, tão antigas quanto o homem. E para ficar um pouco mais claro para nós o que aconteceu neste episódio com Jesus, foi o seguinte: a questão do divórcio era concentrado em duas escolas, dois seguimentos:

— a primeira escola ou seguimento, eram denominados como OS TOLERANTES, era aquela que seguia o rabino Hillel, e de parecer que, o homem que encontrasse ou se interessasse por uma mulher mais atraente do que a sua esposa, e tivesse problemas por causa disso, por exemplo, não sabia fazer massagem nos pés, tinha o direito de repudiar a mulher e assim, poderia casar com a outra;

— a segunda escola ou seguimento, eram denominados como OS RIGORISTAS, era aquela que seguia o rabino Shammai, e de parecer que, a excepção ou a regra do Deuteronômio se referia unicamente em caso de adultério.

Será que agora, nós começamos a entender que, os fariseus desejam é colocar Jesus em uma cilada, querendo obriga-lo a tomar uma posição ou escolher uma destas duas escolas. Mas como sempre digo, Jesus é Jesus, e Ele se esquiva declarando ser totalmente contrário ao divórcio, onde que, justifica o seu posicionamento pelo texto em Gênesis 1, 27 e Gênesis 2, 24, onde que, Deus deseja que marido e mulher permaneçam unidos em uma só carne, conforme em Mateus 19, 5. E complementando, Jesus diz no versículo 6, que, não se separe o homem o que Deus uniu, mesmo que seja Moisés que havia dito que se podia.

É verdade, que o matrimônio é um contrato entre duas pessoas, mas, contrato esse, que também implica na vontade de Deus gravada no complementar dos sexos. E para que o divórcio aconteça, é porque não tem em conta, ou não tem a presença de uma das partes mais importantes do matrimônio, o próprio Deus.

Caríssimos, Jesus nos dá um ensinamento sobre a aliança que o homem e a mulher fazem diante de Deus no Sacramento do Matrimônio, matrimônio este que se constitui na expressão do amor de Deus por nós e é a repetição da Aliança entre Deus e o homem. Por isso, o Amor de Deus é o vínculo da perfeição do matrimônio. Só o Amor de Deus no coração do homem e da mulher poderá fazer concretizarem-se as palavras que Jesus enfatiza neste Evangelho: “O que Deus uniu o homem não separe”!

O homem e a mulher tornam-se uma só carne quando são unidos com o amor que vem do coração de Deus e, assim, ninguém poderá quebrar essa aliança, porque ela é eterna. O amor que une os dois é o motivo pelo qual o Senhor os abençoa e é este amor quem os faz ser uma só carne. Sem amor não existe matrimônio, é falso, é união ilegítima. Só Deus e cada um dos cônjuges poderão mensurar a autenticidade da união entre seus corações e Deus só confirma a união quando há sinceridade, lisura e boa-fé. Consequentemente, homem nenhum poderá desfazer a união que é confirmada por Deus.

Agora, na segunda parte do Evangelho, quando os discípulos estão a sós com Jesus, manifestam dificuldade e uma extrema perplexidade em assumir tão graves e pesadas responsabilidades do matrimônio. Mas Jesus afirma que só a responsabilidade pela difusão do Reino dos céus torna louvável a renúncia ao matrimônio. Nem todos compreenderão as palavras de Jesus. Compreenderão, “a não ser aqueles a quem é concedido”. Trata-se de uma inspiração interior dada aos apóstolos e àqueles que acreditam.

Jesus exalta a castidade voluntária, que se fizeram tais, livremente “por causa do Reino dos Céus”, tal como Ele também Se fizera.

“Pelo voto de celibato consagrado, dom de Deus para quem o compreende, comprometemo-nos diante de Deus a viver a castidade perfeita no celibato pelo Reino e a seguir a Cristo no seu amor a Deus e aos irmãos e em seu modo de estar presente no meio dos homens” (Cst 41), oração e afirmação de um sacerdote.

É difícil compreender o que significa casar ou viver no celibato, sobretudo neste tempo em que somos bombardeados com tantos projetos e atacados por tantos “intelectuais”, se assim podemos chamá-los, que pretendem ter a última palavra sobre os temas do matrimônio e do celibato.

A Palavra de Deus, hoje, nos faz compreender que tudo está sob o sinal da graça do Pai, e que precisamos da luz do Espírito Santo, para que tenhamos um amor generoso, de unidade e de fidelidade. Precisamos do Espírito Santo de Deus para nos iluminar e purificar os nossos corações, os nossos sentimentos, as nossas mentes, as nossas fantasias, os nossos pequenos e grandes projetos, pois, Ele, o Espírito, é que nos dá força para arriscar, para confiar, para realizar aquele projeto que é de Deus, antes de ser nosso.

Meus amigos e amigas, diante do argumento dos discípulos de que: “Se a situação do homem com a mulher é assim, não vale a pena casar-se,” Jesus nos dá o entendimento de que nem todos os homens e mulheres são chamados nem preparados para viver o matrimônio. Alguns não nasceram com o chamado para essa vocação, outros, pelas circunstâncias da vida também não estão aptos para vivenciar esse estado e há, também, os que se fazem incapazes e se sacrificam em função do reino dos céus. Somente estão preparados aqueles que se comprometem com os encargos e responsabilidades que o matrimônio requer. Portanto, somente quando o homem e a mulher puderem “deixar pai e mãe”, isto é assumir as exigências pertinentes a cada um, é que poderão unir-se em matrimônio e assim ser “uma só carne”.

O amor esponsal exige responsabilidade e compromisso de vida, por isso mesmo, nunca poderá ser banalizado. Portanto, que cada um tenha bastante consciência quando quiser assumir o sacramento do matrimônio.

Por isso, gostaria de deixar para vocês algo a mais: Jesus nos deixa claro, que em referência ao Matrimônio existem quatro tipos de pessoas:

  • Aquela que nasceu para o Matrimônio.
  • Aquela que não nasceu para o Matrimônio.
  • Aquela que o mundo a transformou e não é mais para o Matrimônio.
  • Aquela que por causa do Reino dos Céus, não será para o Matrimônio.

E nos deixa mais claro ainda, que nem todos poderão entender, a não ser a quem for concedido.

Eu, pessoalmente, ainda não tenho este entendimento, mas isso não me impede que eu posso refletir sobre o que mais afeta as nossas famílias nos dias de hoje. Sendo assim, eu não vou perguntar sobre o número 1) Quem nasceu para o Matrimônio, 2) Quem não nasceu para o Matrimônio e 4) Quem por causa do Reino, não será para o Matrimônio, mas vou deixar algo sobre o número 3) Aquele que o mundo transformou e não é mais para o Matrimônio, e gostaria que cada um pudesse realmente refletir:

— Em que, que o mundo está transformando a nós, que nascemos para o Matrimônio, em algo totalmente contrário?
— Onde que estamos deixando que o mundo nos mude?
— O que está nos seduzindo tanto assim?

Reflitam, sejamos sinceros com nós mesmos.

Ah, apenas para não nos esquecer: Não julgue àqueles que se separaram e não critique aqueles que permanecem juntos em Matrimônio, não julgue aquele que se fez celibatário pelo Reino de Deus e não critique aquele que não possui essa conduta, pois, será realmente que somos capazes e aptos de julgar a alguém?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 16/08/18

LITURGIA DIÁRIA 16/08/18


QUANTAS VEZES DEVO PERDOAR

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Leitura da Profecia de Ezequiel
(Ez 12, 1-12
)
A mímica do imigrante

(áudio 1) – (áudio 2)

1 A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2 “Filho do homem, estás morando no meio de um povo rebelde. Eles têm olhos para ver e não vêem, ouvidos para ouvir e não ouvem, pois são um povo rebelde. 3 Quanto a ti, Filho do homem, prepara para ti uma bagagem de exilado, em pleno dia, à vista deles. Emigrarás do lugar onde estás, à vista deles, para outro lugar. Talvez percebam que são um povo rebelde. 4 Deverás tirar a bagagem em pleno dia, à vista deles, como se fosse a bagagem de um exilado. Mas deverás sair à tarde, à vista deles, como quem vai para o exílio. 5 À vista deles deverás cavar para ti um buraco no muro, pelo qual sairás; 6 deverás carregar a bagagem nas costas e retirá-la no escuro. Deverás cobrir a face para não ver o país, pois eu fiz de ti um sinal para a casa de Israel”. 7 Eu fiz assim como me foi ordenado. Tirei a bagagem durante o dia, como se fosse a bagagem de exilado; à tarde, abri com a mão um buraco no muro. Saí ao escuro, carregando a bagagem às costas, diante deles. 8 De manhã, a palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 9 “Filho do homem, não te perguntaram os da casa de Israel, essa gente rebelde, o que estavas fazendo? 10 Dize-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Este oráculo refere-se ao príncipe de Jerusalém e a toda a casa de Israel que está na cidade. 11 Dize: Eu sou um sinal para vós. Assim como eu fiz, assim será feito com eles: irão cativos para o exílio. 12 O príncipe que está no meio deles levará a bagagem às costas e sairá ao escuro. Farão no muro um buraco para sair por ele. O príncipe cobrirá o rosto para não ver com seus olhos o país”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 77(78), 56-57. 58-59. 61-62 (R. Cf.7c)
As lições da história de Israel

(áudio 1) – (áudio 2)

R. 7c Das obras do Senhor não se esqueçam.

— 56 Mesmo assim, eles tentaram o Altíssimo, / recusando-se a guardar os seus preceitos. / 57 Como seus pais, se transviaram, e o traíram / como um arco enganador que volta atrás;
58 irritaram-no com seus lugares altos, / provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos. / 59 Deus ouviu e enfureceu-se contra eles, / e repeliu com violência a Israel.

61 Entregou a sua arca ao cativeiro, / e às mãos do inimigo a sua glória; / 62 fez perecer seu povo eleito pela espada, / e contra a sua herança enfureceu-se.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 18, 21 — 19, 1)
Perdão das ofensas (18,21-22)
Parábola do devedor implacável (23-35)

(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 18,21 Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22 Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24 Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25 Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26 O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’. 27 Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28 Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29 O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. 30 Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31 Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32 Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33 Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34 O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35 É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.” 19,1 Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

O PERDÃO DEVE SER DE CORAÇÃO, NÃO QUE IREMOS ESQUECER O PECADO, MAS NÃO SENTIREMOS MAIS A SUA DOR.

(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 16/08/18. Quinta-feira da 19ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 18, 21 — 19, 1, Salmo 77, Profecia de Ezequiel 12, 1-12.

Como é difícil pedir perdão. Como é difícil perdoar. Eu sei, por experiências vividas!

Mas, olhe, vou ser sincero com vocês meus amigos e amigas, o meu maior problema não foi pedir perdão ou perdoar. O meu maior desafio foi aprender como fazê-lo, para que realmente o meu coração pudesse ficar novamente “livre, leve e solto” para continuar amando aos outros, a Deus e a mim mesmo. Esse foi o meu maior desafio.

Depois que, iluminado pelo Espírito Santo, pedir ou dar um VERDADEIRO perdão, é tão gratificante e prazeroso, que apenas com a sua experiência, você vai poder definir e entender o que senti. Não que eu seja um poço de bondade ou, que alguém tente me ver como um bom exemplo, não façam isso, pois, erros eu tenho e muitos, que me digam meus parentes e amigos mais próximos, mas já que reflexão da Palavra de Deus deve ser inserida na minha vida pessoal para que eu possa caminhar cada vez mais alicerçado na graça do Senhor, me sinto tocado em falar com vocês sobre como o perdão fez diferença em minha vida.

O primeiro e verdadeiro perdão “fora de casa” que tive a graça de concretizar à luz de Deus, foi diante de uma pessoa próxima a mim e a minha família, que por muito pouco, por causa de sua ação, quase terminou com o meu matrimônio. Com a graça de Deus, todas as verdades apareceram e tudo foi resolvido, mas em meu coração a dor era grande, pois, eu não conseguia tirar a raiva de meus pensamentos, do ódio do que tinha feito comigo. E cada vez mais, a angústia foi aumentando, pois, em vez de me alegrar com a verdade, o que mais se mantinha comigo era o rancor, e onde eu ia, ele estava comigo, como o título de um filme eu “dormia com o inimigo”, e isso não me fazia bem nenhum.

À Luz do Espírito Santo, encontrei forças não sei de onde, pois, eu é que fui pedir perdão àquela pessoa, não pelo que ela me fez, mas, pelo que eu estava sentindo dela, pois naquele momento, com tanto sentimento ruim dentro de mim, eu não era mais o inocente, eu estava me tornando o culpado. Este foi o verdadeiro primeiro perdão de minha vida, pois além de pedir perdão pelo meu erro consegui também perdoar aquela pessoa, que hoje continua fazendo parte da nossa vida, continuamos amigos e sempre solícitos um com o outro, como verdadeiros cristãos que devemos ser.

— Mas Flávio, seja sincero, você esqueceu mesmo?
— Não, não esqueci, pois, esquecer você nunca esquece, mas aquele sentimento “ruim” não existe, o “ódio e o rancor” não existem. Hoje o que existe, é o ensinamento que o perdão fez em mim e naqueles que me cercam. Em vez de sempre me lembrar do lado negativo da ação, eu sempre me lembro do lado positivo do perdão.

Uma outra graça que consegui com o perdão, foi quando, diante de uma atitude de um sacerdote para comigo e outras pequenas atitudes que não concordava de sua pessoa. Este sentimento da discórdia diante dele me trazia avidamente sensações que não gostaria de sentir e, pela luz do Espírito, me veio o perdão novamente acender em meu coração, ainda mais, eu não podia deixar que aquilo viesse a prejudicar o nosso convívio comunitário, pois, além de ser um dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, tinha uma responsabilidade ainda diante dos jovens do EJC da paróquia. Não podia deixar que estes fatos “pessoais” envolvesse estes dois expoentes de nossa comunidade com o meu sentimento.

Por uma segunda vez, e creio que até foi mais fácil, pois, como dizemos em um ditado popular, “matei dois coelhos com uma cajadada só”. Foi pelo Sacramento da Confissão, que diante deste mesmo sacerdote, pedi perdão pelos maus sentimentos que nutria por ele, e pude expor a ele, quais foram as ações que me levaram aquilo. Diante dele e diante de Deus, pedi perdão e perdoei-o.

— Mas Flávio, você perdoou ele, mas as atitudes do sacerdote mudaram? E ele, te perdoou?
— O fato que tenho que me preocupar não é com a da outra pessoa, mas comigo mesmo. Tanto, que entre nós, por ele já ter uma referência do que eu pensava e como agia, ficou até mais fácil de “conversar” e ou “discutir” certas ações ou falas, tanto de um lado como do outro. Agora, eu pedir verdadeiramente o perdão e verdadeiramente perdoar a ele, é uma ação minha, que cabe apenas a mim realizar. Se ele ou você vai pedir perdão ou perdoar, é uma ação que cabe apenas a ele ou a você.

Já a terceira vez, foi com um casal amigo nosso, que os consideramos, como posso dizer, como irmãos mais velhos que Deus colocou em nossas vidas para nos ajudar e orientar, com seus exemplos e palavras.

Ficamos sabendo que por algo que eu havia dito, eu os havia magoado muito, só que, sinceramente, eu não sabia o que tinha dito. Mas só que agora, não adiantava tentar explicar o que se achava certo ou não, o mais importante era diante de Deus, que a nossa amizade continuasse forte, sincera e saudável no amor e na Palavra. Era o momento de se reconhecer errado, e com o coração sedento de amor e os olhos cheios de lágrimas, pedir perdão àqueles amigos e irmãos a quem eu havia magoado. E desta vez, não fui sozinho, pois a Ana Paula estava comigo, pois, se foi como casal que errei, como casal também o perdão nos iríamos fazer.

— Flávio, e o casal, perdoou vocês?
— Sinceramente não sei, mas que continuamos até hoje a nos ajudar mutuamente nos trabalhos da igreja, nos aniversários familiares e nas confraternizações da “de sextas-feiras”, com certeza estamos juntos. O que vocês acham, eles nos perdoaram?

Agora, o maior perdão que eu já pedi e ou tive que dar, é aquele que estou fazendo a mais de 31 anos. É o perdão que tenho de fazer com àquela que escolhi que caminhasse comigo, por toda a minha vida. Se no seio de uma família houver um perdão permanente, um pouco mais próximo da compreensão e do amor de Deus por nós, estaremos. Os erros todos nós cometemos; a correção nem todos nós conseguiremos; mas o perdão, somente com o Espírito Santo de Deus a nos iluminar é conseguiremos discernir a sua verdadeira dimensão.

Por isso, faço este convite a você: faça a experiência do perdão.

— Ou será que você gosta de ter este sentimento “ruim” em seu coração?!

Meus irmãos e irmãs, não tenhamos vergonha, pois, vergonha mesmo não é pedir perdão, mas é não se reconhecer errado. Lembre-se: setenta vezes sete. Vejamos, no Evangelho que estamos refletindo do dia de hoje, Jesus novamente conta uma parábola, e essa, é sobre um servo cruel e que vai abrir os nossos olhos para que possamos agir aqui na terra da mesma maneira que Deus Pai faz conosco.

Podemos observar, que, pegando a partir da indagação de Pedro de quantas vezes devemos perdoar, Jesus nos orienta a fazermos justiça com aquelas pessoas que pecam contra nós, isso, conforme a maneira de pensar de Deus. Desta forma, Jesus nos explica que o perdão existe para que possamos dá-lo infinitamente, independente do tamanho da falta de quem a cometeu.

Caríssimos, da mesma forma em que Deus perdoa as nossas dívidas, visto que elas são muito maiores do que a soma em dinheiro, também nós precisamos oferecer o perdão, tanto pelas pequenas como pelas grandes faltas que o nosso próximo comete contra nós. Sendo assim, não podemos nos limitar e nos prender em perdoar dívidas contraídas por bem material, mas sim, deletar o que ficou marcado por causas destas dívidas, sem ressentimentos, mágoas.

A ação de perdoar não demonstra dizer, que estamos apoiando o erro que o nosso irmão cometeu, mas, que podemos compreender as razões que o levaram a fazer aquilo e ainda dispensar o desgosto que ficaria marcado em nosso coração. Se tivermos o verdadeiro discernimento da dinâmica do perdão conforme Jesus nos apresenta, compreenderemos que, não se trata de quantas vezes iremos perdoar, pois, a medida do perdão é infinita, isso mesmo, não tem limite.

Independente de quantos serão os dias de nossa vida, pelo tempo que estaremos caminhando aqui na terra, nós necessitamos do perdão de Deus para todos os nossos erros, pelas nossas diversas culpas. Mas meus irmãos e irmãs, nós só nos sentiremos completamente perdoados, se, na mesma medida iremos aplicar como regra para com aqueles que nos têm ofendido. Jesus não nos deixa nenhuma dúvida, que, qual é o tipo de perdão que temos que ter com o nosso irmão: O PERDÃO DE CORAÇÃO, pois, quem perdoar naturalmente o seu irmão, também, assim, será perdoado.

— Será que temos exercitado esse dom, essa graça de perdoar?
— Será que pelo menos, em nosso coração, existe lá fundo, o desejo de perdoar alguém, ou, quem sabe, de pedir perdão?
— Sejamos sinceros: a quem estamos precisando perdoar para que possamos dormir tranquilos?
— Será que nos sentimos perdoados por Deus, da mesma forma e na mesma medida com que temos perdoado os nossos irmãos?

Muitos sempre me perguntam e até mesmo me questionam sobre eu conseguir perdoar as pessoas, pois, não é fácil esquecer. Eu sempre respondo que nós nunca vamos esquecer o pecado ou o erro cometido conosco, mas, não poderemos é ter constantemente a dor que isso nos causou, e por isso sempre coloco o seguinte exemplo para melhor exemplificar: Um dia na cozinha cortei minha mão gravemente e a dor era terrível (esse momento é quando alguém me fere); fui ai médico, deu vários pontos no ferimento, tive que tomar remédios e ficar em repouso para que o ferimento não se abrisse novamente (é quando estou refletindo e orando sobre o que aquela pessoa fez comigo); depois de um tempo, voltei ao médico para retirar os pontos e voltar para a minha vida normalmente (é quando dentro do nosso coração conseguimos perdoar o erro que a pessoa nos fez); hoje, eu olho para a cicatriz que ficou, lembro do corte, da dor, dos momentos de angústia, do tempo de recuperação, e tiro tudo como um aprendizado em como não devo mais proceder para não me cortar (esse momento, é a essência do perdão, é encontrar com quem te magoou, mas diante da pessoa, em nosso coração, só permanece a graça e o dom recebido de Deus, o PERDÃO).

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 15/08/18

LITURGIA DIÁRIA 15/08/18


CORREÇÃO FRATERNA

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Leitura da Profecia de Ezequiel-
(Ez 9, 1-7; 10, 18-22
)
O castigo (9, 1-7)
A glória de Iahweh deixa o Templo (10, 18-22)

(áudio 1) – (áudio 2)

9,1 O Senhor gritou a meus ouvidos, com voz forte: “Aproxima-se o castigo da cidade! Cada um tenha sua arma destruidora na mão!” 2 Então, eu vi seis homens vindo da porta superior, voltada para o norte, cada qual empunhando uma arma de destruição. Entre eles havia um homem vestido de linho, que levava um estojo de escriba na cintura. Eles foram colocar-se junto do altar de bronze. 3 Então a glória do Deus de Israel elevou-se de cima do querubim sobre o qual estava, em direção à soleira do Templo. E chamou o homem vestido de linho, que levava um estojo de escriba à cintura. 4 O Senhor disse-lhe: “Passa pelo meio da cidade, por Jerusalém, e marca com uma cruz na testa os homens que gemem e suspiram por causa de tantos horrores que nela se praticam”. 5 E escutei o que ele dizia aos outros: “Percorrei a cidade atrás dele e matai sem dó nem piedade. 6 Matai velhos, jovens e moças, mulheres e crianças, matai a todos, até ao extermínio. Mas não toqueis em nenhum homem sobre quem estiver a cruz. Começai pelo meu santuário”. E eles começaram pelos anciãos que estavam diante do Templo. 7 Ele disse-lhe: “Profanai o Templo, enchei os átrios de cadáveres. Ide.” E eles saíram para matar na cidade! 10,18 Então a glória do Senhor saiu da soleira do Templo e parou sobre os querubins. 19 Os querubins levantaram suas asas e elevaram-se da terra à minha vista, partindo juntamente com eles as rodas. Eles pararam à entrada da porta oriental do Templo do Senhor, e a glória do Deus de Israel estava em cima deles. 20 Eram estes os seres vivos que eu tinha visto debaixo do Deus de Israel, nas margens do rio Cobar, e compreendi que eram querubins. 21 Cada um tinha quatro faces e quatro asas, e debaixo das asas, uma forma de mão humana. 22 Suas faces eram semelhantes às faces que eu tinha visto junto ao rio Cobar. Cada um seguia em sua frente.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 112(113), 1-2. 3-4. 5-6 (R. 4b)
Ao Deus de glória e de amor

(áudio 1) – (áudio 2)

R. 4b A glória do Senhor vai além dos altos céus.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia

— 1 Louvai, louvai, ó servos do Senhor, / louvai, louvai o nome do Senhor! / 2 Bendito seja o nome do Senhor, / agora e por toda a eternidade!
3 Do nascer do sol até o seu ocaso, / louvado seja o nome do Senhor! / 4 O Senhor está acima das nações, / sua glória vai além dos altos céus.

5 Quem pode comparar-se ao nosso Deus, 
† / ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono / 6 e se inclina para olhar o céu e a terra?

— — — — — — — — — — — — — — — — — — — —

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 18, 15-20)
Correção fraterna (15-18)
Oração em comum (19-20)

(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 15 “Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, à sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão. 16 Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. 17 Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público. 18 Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. 19 De novo, eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isto vos será concedido por meu Pai que está nos céus. 20 Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estou ali, no meio deles”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

CORREÇÃO FRATERNA E JUSTIÇA SIM, ÓDIO E JULGAMENTO NÃO. MAS, DE QUALQUER FORMA, PRECISAMOS DE CONVERSÃO.

(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 15/08/18. Quarta-feira da 19ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 18, 15-20, Salmo 112, Livro do Profeta Ezequiel 9, 1-7; 10, 18-22.

Meus queridos irmãos e irmãs, como vocês podem ter notado, nestas últimas reflexões que temos realizados juntos, eu estou tocando em dois pontos cruciais na caminhada junto à Jesus: sempre procurar buscar e trazer o nosso irmão para junto de Deus, mas, é sempre necessário a sua adesão à este projeto, a sua conversão, ou no mínimo o reconhecer o erro cometido.

Não é isso mesmo que temos falado nestas últimas reflexões?

E hoje, neste Evangelho, é praticamente um complemento a tudo isso, como dizem as confeiteiras, é a cereja do bolo.

É de nosso conhecimento, exceto para o soberbo, que ninguém, nenhum de nós, estamos isentos do pecado, e quando alguém erra, não podemos puni-lo impiedosamente e o excluí-lo da comunidade, sem a devida análise, avaliação ou pensarmos excessivamente sobre o que verdadeiramente ocorreu.

Nós sabemos, que nas primeiras comunidades cristãs, havia uma certa dose de insensatez, uma tendência em querer resolver aqueles casos que existiam um desvio da fé, e os pequeninos (crianças, pobres, indigentes, …) eram as primeiras vítimas desta intransigência.

Mas com as falas de Jesus nos levando ao pleno conhecimento da Palavra de Deus, compreendemos que antes de podermos tomar qualquer decisão de afastar alguém que errou da comunidade, deve-se percorrer um longo caminho, e o primeiro passo para isso, se faz necessários que haja uma correção fraterna, a sós, por quem se sente ofendido.

Talvez essa atitude, seja suficiente para que a pessoa caia em si, reconheça o seu erro e refaça a sua conduta. Mas, sabemos por experiência própria, e me corrijam se eu estiver errado ou equivocado, mas normalmente, na maioria das vezes, essa correção fraterna não é bem aceita por nenhum de nós. Sejamos sinceros:

— Quem de nós gostamos de ser corrigidos ou que sejam mostrados para nós os erros que cometemos?
— Ou será que estou errado em minha observação?

Caso, algum de nós tenha a graça de ter um verdadeiro discernimento em reconhecer o erro, aceitar a correção fraterna, pedir perdão de coração e começar novamente a sua caminhada, que glórias possamos dar a Deus nosso Senhor, pois, eis aí alguém que decididamente está tentando se moldar à Boa Nova de Jesus. E que assim seja!

Agora, caso aconteça o mais corriqueiro, que é a não aceitação do erro, então, o nosso passo seguinte será o de chamar duas ou três testemunhas, e diante delas, admoestar ou repreender quem pecou, tentando agora, em conjunto, fazer com ele possa mudar a sua conduta, e talvez, quem sabe, se com a graça de Deus aceitar, acolher a sua má conduta. Existe uma possibilidade de que ele se deixe convencer, aceitar e converte-se novamente diante do perdão.

Mas caríssimos, esta iniciativa também pode se configurar em uma tentativa inútil, e no resta então, toda a comunidade, que deverá ser convocada para poder refletir e discernir com muita seriedade, justiça e responsabilidade, se verdadeiramente, a melhor solução seria afastar o nosso irmão pecador do nosso meio.

Por isso, que Jesus, tem o cuidado para que esta reunião da comunidade não se transforme em uma espécie de Tribunal Inquisidor, diferente disso, antes, que se busque descobrir o propósito, a intenção do Pai a respeito desta situação. Por isso, que a certeza da presença de Jesus, o Filho de Deus, nesta situação, visa garantir a verdadeira justiça.

Caríssimos e caríssimas, por isso, que nunca podemos confundir a correção fraterna, o momento de justiça, como atitudes de vingança ou de ódio, e isso tem que ficar bem claro em nossas atitudes e palavras.

Então agora, eu poderia perguntar:

— Existe alguém (parentes, amigos do serviço ou da comunidade, vizinho, …) que esteja prejudicando um dos seus familiares, ou quem sabe a você mesmo, que está tornando a vida dele ou dela, em um verdadeiro inferno?

Se isso está acontecendo, então meus amigos e amigas, algo tem que ser feito para que se ponha um fim nessa injustiça, nessa atitude de tormento, crueldade e de uma manifestação explícita ou não de muito egoísmo. Tristemente, a nossa sociedade nos dias de hoje, não que seja tão diferente do tempo de Jesus, está cheia de pessoas deste tipo, cruéis, insensíveis, que se divertem em prejudicar aos outros. Essas pessoas, que por causa das suas chantagens pessoais, comunitárias, sociais, de amizade, dificultam a nossa defesa, pois são pessoas “endiabradas”, “estelionatárias”, “corruptas”, “sem caráter”, “manipuladoras”, e por incrível que se possa parecer, são muito inteligentes, por isso, toda a nossa dificuldade de lidar com pessoas assim.

Meus queridos amigos e amadas amigas, Deus nos pôs aqui neste mundo para que sejamos colaboradores de sua obra, e por isso, nós temos certas obrigações conosco e com o nosso próximo, pois, todos nós somos criação de Deus, que necessitamos de salvação, de misericórdia e de compreensão. E com clareza, Jesus neste Evangelho, nos convida a ser e darmos testemunho de unidade com Deus e coerência com as nossas palavras, a partir de nossas orações em comum e que nos convoca a uma solidariedade mútua, tanto na hora de sabermos admoestar, a fim de que possamos ter nossos relacionamentos saudáveis e que nos faz bem.

Jesus com o seu ensinamento, faz um apelo a nós para que sejamos prudentes em nossos julgamentos, tendo em nossa consciência de que o céu é testemunha imutável de nossas ações aqui na terra, afirmando que seremos correspondidos e atendidos em nossas orações que se tornam comum, quando tivermos em unidade uns com os outros em nossas reinvindicações.

Lembremos, que no início do seu conselho, Ele nos pede para que não condenemos ninguém somente pelas aparências, sem que avaliemos os seus motivos e ainda nos ensina os passos para que possamos ajudar ao nosso irmão quando este erra, e porque não dizer, a nós mesmos, pois, talvez seja nós que erramos.

Muitos me olham de “rabo de olho” e até mesmo céticos diante da postura que assumo, tanto em minha família, amigos de serviço e irmãos de comunidade, mas, diante desta Palavra a nós dirigida hoje, nenhum de nós tem o direito de se omitir diante um problema, muito pelo contrário, todos nós, eu e vocês, somos convidados por Deus Pai a nos manifestar com amor e misericórdia a fim de esclarecer todas essas situações de pecado. Enquanto nós, que nos dizemos cristãos, não tivermos a consciência do que está ocorrendo com os nossos irmãos, não podemos desistir deles, mesmo que seja necessário pedir auxílio de outras pessoas e até mesmo da Igreja.

E por isso pergunto:

— E se for eu que estiver em pecado, por acaso, você irá desistir de mim?
— Irá deixar de me falar a verdade?
— Não irá realizar a correção fraterna para que eu volte para o caminho de Deus?
— E se o pecador for você, e eu não te ajudar, como é que você vai se sentir?

Olhem, Jesus nos dá o entendimento, e tenhamos a todos os momentos isso conosco, todas, digo todas as nossas ações aqui na terra se farão ressoar no céu, por isso, tudo aquilo que fizermos aqui na terra terá o seu efeito no céu, conforme a nossa ação. Assim, Jesus nos abre os olhos para que possamos enxergar que não vivemos somente para este mundo, no aqui e agora, mas que nós estamos construindo a nossa morada no céu.

A nossa prudência, paciência, justiça diante dos julgamentos, deve se aliar ao amor, ao zelo e a fraternidade, que dessa forma, faremos tudo pelo bem do outro que é também uma maneira de cultivarmos em unidade, em comum+unidade. É claro que podemos divergir e discordar em alguns pontos de nossas opiniões, mas naquilo que se refere às coisas de Deus devemos acertar o passo uns com os outros, e fazermos o máximo para entrarmos em sintonia com Cristo Jesus. Assim sendo, Ele nos motivará a nos reunir em Seu Nome unindo as nossas orações e súplicas pelo bem comum, com a certeza de que seremos atendidos em nossas pedidos, anseios e desejos.

Após tudo isso que refletimos, será que podermos responder à essas perguntas sinceramente como se estivéssemos diante do próprio Deus em nosso julgamento?

— Nós temos tido paciência diante os erros de nossos irmãos e irmãs?
— Qual tem sido a nossa primeira regra para os nossos relacionamentos pessoais, familiares, comunitários?
— Nós costumamos nos reunir com os nossos familiares e ou amigos, para pedirmos a Deus, em Nome de Jesus, alguma coisa que estamos de comum acordo?

E por último, gostaria que vocês refletissem apenas o versículo 15, que nos deixa novamente claro que, precisamos da conversão para que possamos entrar no reino de Deus:

“Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, à sós contigo! SE ELE TE OUVIR, TU GANHASTE O TEU IRMÃO.”, pois aí, ele está convertido diante do perdão.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 14/08/18

LITURGIA DIÁRIA 14/08/18


SEDES COMO ESTAS CRIANCINHAS

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Leitura da Profecia de Ezequiel
(Ez 2, 8 — 3, 4
)
Visão do Livro

(áudio 1) – (áudio 2)

Assim fala o Senhor: 2,8 “Quanto a ti, Filho do homem, escuta o que eu te digo: Não sejas rebelde como esse bando de rebeldes. Abre a boca e come o que eu te vou dar”. 9 Eu olhei e vi uma mão estendida para mim e, na mão, um livro enrolado. Desenrolou-o diante de mim; estava escrito na frente e no verso e nele havia cantos fúnebres, lamentações e ais. 3,1 Ele me disse: “Filho do homem, come o que tens diante de ti! Come este rolo e vai falar aos filhos de Israel”. 2 Eu abri a boca, e ele fez-me comer o rolo. 3 Depois disse-me: “Filho do homem, alimenta teu ventre e sacia as entranhas com este rolo que eu te dou”. Eu o comi, e era doce como mel em minha boca. 4 Ele disse-me então: “Filho do homem, vai! Dirige-te à casa de Israel e fala-lhes com as minhas palavras”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 118(119), 14. 24. 72. 103. 111. 131 (R.103a)
Elogio da lei divina

(áudio 1) – (áudio 2)

R. 103a Como é doce ao paladar vossa palavra, ó Senhor!

— 14 Seguindo vossa lei me rejubilo / muito mais do que em todas as riquezas.
24 Minha alegria é a vossa Aliança, / meus conselheiros são os vossos mandamentos.

72 A lei de vossa boca, para mim, / vale mais do que milhões em ouro e prata.
103 Como é doce ao paladar vossa palavra, / muito mais doce do que o mel na minha boca!
111 Vossa palavra é minha herança para sempre, / porque ela é que me alegra o coração!
131 Abro a boca e aspiro largamente, / pois estou ávido de vossos mandamentos.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 18, 1-5.10.12-14)
Quem é o maior (1,-5)
O escândalo (10)
A ovelha desgarrada (12-14)

(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 1 os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2 Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3 e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4 Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5 E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. 10 Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. 12 Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? 13 Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14 Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

PARA SERMOS PEQUENINOS E RESGATADOS, PRECISAMOS SER CONVERTIDOS

(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 14/08/18. Terça-feira da 19ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 18, 1-5.10.12-14, Salmo 118, Livro do Profeta Ezequiel 2, 8 — 3, 4.

Meus queridos amigos e amigas, quanto mais vamos conhecendo Jesus, nos tornando mais íntimos Dele, mais damos valor nas coisas simples, realmente aprendendo a viver na simplicidade de como Ele mesmo viveu.

Jesus nasceu em uma família pobre, e o seu olhar, primeiro, foi para os pobres, pastores, pescadores, doentes, indigentes, pessoas que eram excluídas pela sociedade e até mesmo pela religião, mas, que sob o olhar de Deus tornaram-se grandes, porque acolheram o seu Filho Jesus! Aquela forma simples que Ele falava, atraía cada vez mais multidões, e principalmente do povo humilde, que conseguiam entender de sua forma simples, o que estava dentro da sua realidade na mensagem que Jesus falava, pois, Ele, falava na sua linguagem.

Jesus em sua caminhada, foi itinerante, levando a sua Boa Nova a todos que precisavam, e principalmente, aos que estavam dispostos a se converterem. Ele, não tinha lugar algum para descansar, sempre se identificou com os mais necessitados e injustiçados pela sociedade. Quando em nossa vida, deixamos de viver de uma forma simples, humilde, singela aos olhos do Pai e do próximo, é sinal de que a soberba, o orgulho e a vaidade se instalaram em nossos corações, e assim, nos fechamos cada vez mais, apenas em nosso eu, e que fará com criemos uma falsa imagem de nós com a finalidade de impressionar o outro, pois assim, mesmo que estejamos errados, as pessoas irão nos ver como exemplos a serem seguidos, mas na verdade, estaremos bem longe do coração de Deus.

Quantas pessoas hoje, e quem sabe se não sou eu ou você, que por causa desta vaidade em querer ser mais importante, querer ser mais visto e lembrado, em querer ter mais poder e manipular as pessoas ao nosso redor, nos esquecemos de Deus, mesmo que falando sobre Ele, mas na verdade, nós só nos importamos apenas conosco mesmo?

Neste Evangelho que estamos refletindo hoje, nos dois primeiros versículos, possivelmente com esta vaidade aflorando em seus pensamentos, os discípulos perguntam a Jesus: “quem é o maior no Reino dos Céus?”

Jesus, conhecedor do que há em cada coração, censura esta vontade de grandeza entre os discípulos, que até aquele presente momento, não parecem ter entendido realmente o messianismo de Jesus, e ainda continuavam presos à mentalidade egoísta, orgulhosa e soberba do mundo.

Observem, que a preocupação dos discípulos, até aquele momento, não era com a promoção do povo, mas sim, com a sua própria promoção pessoal!

E será que hoje, em nossas famílias, em nossas comunidades, em nossa sociedade, não existem pessoas que desejam apenas serem observadas e lembradas, e que, por detrás de nossas vistas, estão se utilizando de tudo e de todos para se promoverem e cada vez mais terem poder?

E sabem o que é pior, é que muitos de nós, estão se fechando à verdadeira essência do amor de Deus, e aceitando esses deslizes e pecados realizados pelos outros, e ainda aceitando-os apenas porque fizeram algo de bom, mas na verdade, este algo de bom teve e tem um alto custo para aqueles que estão ao seu redor, queira que seja na nossa família, na nossa comunidade, no nosso serviço, na nossa sociedade.

Só que Jesus responde à este questionamento dos discípulos, ainda mais, sabedor dos sentimentos que adentram em seus corações, Jesus irá deixar um grande ensinamento, e que servirá como complemento para a reflexão dos últimos versículos deste Evangelho, por isso, guardem a resposta de Jesus, quando lhe perguntam “quem é o maior no Reino dos Céus?”:

“Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.”

Pois bem, observemos que, mesmo os discípulos terem deixado tudo para seguirem a Jesus, como nós, eles deram espaço para que a soberba, o orgulho e a vaidade crescessem dentro deles, e por isso, custaram a entender e entrar na dinâmica proposta por Jesus, e a princípio, na visão deles, fica bem claro que o, seguir Jesus, significava uma realização pessoal.

Tanto que isso aconteceu, que eles tomaram conhecimento que o destino de Jesus o levaria até a sua morte, e assim, eles se inquietaram e começaram a discutir entre si, para saber qual deles seria o maior, qual seria aquele que iria ocupar o lugar de Jesus.

E, será que isso não acontece conosco hoje?
Quem sabe em nossa família?
Em nossa comunidade paroquial?
Em nossa sociedade?

Mas aí, no fim deste Evangelho, Jesus nos recorda sobre a parábola da ovelha perdida, e mesmo que ela seja uma pequena parábola, ela vem nos despertar sobre a importância de irmos atrás daqueles que se perderam, e em contrapartida, essa parábola, de uma certa forma, nos tranquiliza, pois, quem sabe, se algum dia não seremos nós esta ovelha perdida!

Esta parábola, nos traz como ensinamento que não devemos desistir do outro, pois, o próprio Jesus no assegura de que o Pai, irá acolher com muita alegria todos aqueles que desejam voltar ao seu convívio!

Eis aqui, um ponto que é crucial na dinâmica de Jesus, no que se refere em buscar àqueles desgarrados. Devemos sim, irmos atrás daquele que está perdido, mas, desde que aconteça o que o próprio Jesus nos disse: “Em verdade vos digo, se não vos CONVERTERDES, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus.”

Caríssimos e caríssimas, se não houver a conversão, em nada do que fizermos, irá trazer aquele que está perdido para perto de Deus, nada mesmo. Podemos buscá-lo na montanha, podemos dar água a quem tem sede, podemos ajudar o estrangeiro, podemos vestir quem está nu, podemos visitar quem está na cadeia, mas se ele não se converter, ele não entrará no Reino dos Céus.

Observem o que Jesus disse aos discípulos em sua missão de levar a Boa Nova a todos: “Quando àqueles que não vos acolherem, ao sairdes da cidade sacudi a poeira de vossos pés em testemunho contra eles”.

Meus amigos e amigas, o gesto de “bater, sacudir a poeira dos pés”, é um gesto simbólico dos israelitas que, ao ingressar de novo no próprio país, depois de terem estado em território pagão, não queriam ter nada em comum com o modo de vida deles. Libertar-se da poeira que se grudou aos pés enquanto estavam em território pagão significava ruptura total com aquele sistema de vida. Fazendo isso, os discípulos transferem toda a responsabilidade pela rejeição da Palavra àqueles que os acolheram mal e rejeitaram o anúncio do Evangelho. E a paz oferecida não se perde, mas volta a quem oferece.

Nós temos consciência de que, como Deus é um Pai amoroso e misericordioso, Ele não irá excluir nenhum de seus filhos, pois, Ele sempre estará de braços abertos para recebe-los de volta! Mas é necessário a conversão, ou no mínimo, o reconhecer que errou.

Sabemos também, principalmente após este Evangelho, que, para Deus, ninguém está totalmente perdido, pois, caso alguém cometeu um vacilo e tenha se extraviado do caminho, com certeza poderá voltar! Mas repito, é necessário a conversão, ou no mínimo, como o filho pródigo, reconhecer que errou.

É necessário e importante termos em nossa mente: pequeninos, não são somente as crianças, os pobres em si, mas, pequeninos são todos nós que nos fazemos de pequenos, quando nos esvaziamos de nós mesmos para nos tornarem dependentes de Deus. E sabem porque isso, pois a todo instante Jesus nos chama a construirmos um mundo melhor, a fazermos a promoção da vida, onde nos esvaziamos para que o outro se eleve, como João Batista o fez diante o caminhar de Jesus.

Para que possamos atender o chamado de Cristo Jesus, é necessário, em primeiro lugar, nos despir de nossas vaidades, manias de grandeza, soberba e orgulho, e só assim, teremos com a graça de Deus um coração puro como o coração de uma criança.

Podemos ver que nos dias de hoje, infelizmente, são muitas ovelhas perdidas pelos caminhos tortos e esburacados da vida, caminhos esses, que levam para a ribanceira, à um buraco sem fundo, ao um deserto que não jorra água e totalmente solitário. Ao nosso redor, podemos ver ovelhas que se perderam porque se deixaram iludir com sugestões de más companhias, com a vaidade impensável, e com as atrocidades contra a família, contra o ético e até mesmo contra Deus que a mídia tem nos mostrado.

Perdido, encontrado, convertido, podemos colocar como o tema do Evangelho que hoje estamos refletindo, a humildade diante de Deus, como pequeninos que somos, como também a alegria daquele que foi encontrado, porque estava perdido.

Prezado irmão, prezada irmã, se nos encontramos perdidos nesta estrada da vida, se nos adentramos por caminhos tortuosos e aventuras perigosas e não estamos sabendo porque fizemos isso, nem mesmo nos lembramos quando começamos, deixo um pedido, para mim e para você, voltemos para a casa do Pai, pois lá, existem muitas moradas! Hoje conseguimos ver pelo Evangelho, que grande será a alegria na nossa família e principalmente no céu, tudo por causa de nossa volta, de nossa conversão.

E aí, vamos voltar?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 13/08/18

LITURGIA DIÁRIA 13/08/18


ISENÇÃO DE IMPOSTOS

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Leitura da Profecia de Ezequiel
(Ez 1, 2-5.24-28c
)
Visão do “carro de Iahweh”

(áudio 1) – (áudio 2)

2 No dia cinco do mês – esse era o quinto ano do exílio do rei Joaquim – 3 a palavra do Senhor foi dirigida a Ezequiel, filho do sacerdote Buzi, na terra dos caldeus, junto ao rio Cobar. Foi ali que a mão do Senhor esteve sobre ele. 4 Eu vi que um vento impetuoso vinha do norte, uma grande nuvem envolta em claridade e relâmpagos; no meio brilhava algo como se fosse ouro incandescente. 5 No centro aparecia a figura de quatro seres vivos. Este era o seu aspecto: cada um tinha a figura de homem. 24 E eu ouvi o rumor de suas asas: Era como um estrondo de muitas águas, como a voz do Poderoso. Quando se moviam, o seu ruído era como o barulho de um acampamento; quando paravam, eles deixavam pender as asas. 25 O ruído vinha de cima do firmamento, que estava sobre suas cabeças. 26 Acima do firmamento que estava sobre as cabeças, havia algo parecido com safira, uma espécie de trono, e sobre essa espécie de trono, bem no alto, uma figura com aparência humana. 27 E eu vi como que um brilho de ouro incandescente, envolvendo essa figura como se fosse fogo, acima daquilo que parecia ser a cintura; abaixo daquilo que parecia ser a cintura, vi algo como fogo e, em sua volta, um círculo luminoso. 28c Esse círculo luminoso tinha o mesmo aspecto do arco-íris, que se forma nas nuvens em dia de chuva. Tal era a aparência visível da glória do Senhor. Ao vê-la, caí com o rosto no chão.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 148, 1-2. 11-12ab. 12c-14a. 14bcd
Louvor cósmico

(áudio 1) – (áudio 2)

R. Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia!

— 1 Louvai o Senhor Deus nos altos céus, /  louvai-o no excelso firmamento! / 2 Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, / louvai-o, legiões celestiais!
11 Reis da terra, povos todos, bendizei-o, / e vós, príncipes e todos os juízes; / 12a e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, / 12b anciãos e criancinhas, bendizei-o!

12c Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos, / porque somente o seu nome é excelso! / A majestade e esplendor de sua glória / 14a ultrapassam em grandeza o céu e a terra.
14b Ele exaltou seu povo eleito em poderio / 14c ele é o motivo de louvor para os seus santos. / 14d É um hino para os filhos de Israel, / este povo que ele ama e lhe pertence.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 17, 22-27)
Segundo anúncio da Paixão (22-23)
O tributo para o Templo pago por Jesus e por Pedro (24-27)

(áudio 1) – (áudio 2)

Naquele tempo, 22 quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23 Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará.” E os discípulos ficaram muito tristes. 24 Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?” 25 Pedro respondeu: “Sim, paga.” Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26 Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27 Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

O DEVER DO CORRETO NÃO NOS DÁ O DIREITO DO ERRADO

(áudio 1) – (áudio 2)

Bom dia. Liturgia Diária 13/08/18. Segunda-feira da 19ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 17, 22-27, Salmo 148, Profecia de Ezequiel 1, 2-5.24-28c

Hoje, a leitura do evangelho nos oferece diferentes possibilidades para nossa reflexão, e entre estas, podemos nos ater em algo presente em todo texto: a forma do tratar familiar de Jesus com os discípulos.

Nos disse Mateus que Jesus “estava reunido com os discípulos na Galileia”. Então, nos parece evidente, que o fato de mencionar que estavam juntos, Jesus e os discípulos, demonstra a proximidade de Cristo junto a eles.

Depois, em inteira confiança, abre-lhes Seu coração para lhes falar do caminho de sua Paixão, Morte e Ressurreição, ou seja, algo que Ele tem no seu íntimo e, não quer que aqueles que ama tanto, ignorem-no.

Logo após Jesus se abrir com os seus discípulos, o relato do Evangelho fala sobre o episódio do pagamento dos impostos, e Mateus também nos dá uma amostra do trato de Jesus que, coloca-se ao mesmo nível de Pedro, contrapondo aos filhos (Jesus e Pedro) isentos de pagar os impostos e dos estranhos obrigados a pagá-los.

Jesus, afinal, mostra-lhe como conseguir o dinheiro necessário para pagar não só por Ele, mas, pelos dois e, evitar ser motivo de escândalo. Mas o ensinamento de Jesus é muito mais profundo do que apenas pagar ou não os impostos, devendo ou não.

Meus queridos irmãos e irmãs, a Palavra de Deus que estamos refletindo no dia de hoje, é direcionada a todos nós que nos achamos no direito de algo, e por isso, “burlamos” o que é ético, o que é certo.

Não vou ficar refletindo, tentando justificar os pensamentos, as orientações e os ensinamentos de Jesus referentes aos nossos direitos, mas, vou apenas fazer algumas perguntas para que, não apenas eu, e sim, todos nós, possamos refletir conforme a minha e a realidade de vocês, sobre as nossas atitudes diante dos nossos direitos e deveres, no que é lícito e o que ilícito.

— Por eu, Flávio, ser fiel e amar à minha esposa, a Ana Paula, por 31 anos, e ao meu filho Flávio Júnior, por 14 anos, me dá o direito de mim os trair ou violenta-los?
— Por eu, não concordar com os impostos cobrados pelo governo, me dá o direito de falsificar o meu Imposto de Renda?
— Por eu, estar em dificuldade financeira, me dá o direito de roubar ou, simplesmente não devolver o troco que veio errado em uma loja, supermercado ou padaria?
— Por eu, estar trabalhando em um evento, me dá o direito de passar alguém que não estava na lista de convidados?
— Por eu, estar trabalhando em uma atividade da Igreja, me dá o direito de não pagar o ingresso, comer ou beber de graça porque eu já estou trabalhando mais do que os outros?
— Por eu, estar no meu horário do almoço, me dá o direito de furar a fila do banco? Do supermercado? Do postinho de saúde, apenas para ganhar tempo sem se importar com as outras pessoas?
— Por eu, estar atrasado para algum compromisso, me dá o direito de furar o sinal? Estacionar em lugar proibido?
— Por eu, beber ou fumar, me dá o direito de pedir algo de diferente dos meus filhos, mesmo quando eu não estou dando um bom exemplo dentro da minha própria família?
— Por eu, não gostar do coordenador da minha pastoral, me dá o direito de abandonar a minha pastoral ou a minha comunidade?
— Por eu, estar em uma viagem longa, me dá o direito de andar acima do limite da velocidade e ainda colocar a minha família em perigo iminente de acidente, colocando a minha e as vidas deles em jogo?

Jesus mostrou a seus discípulos e a nós, que Ele é o Filho de Deus e por isso não precisaria “pagar” o imposto do Templo, mas, mesmo assim Ele pagava.

Ele quis mostrar a eles e a nós, que os nossos direitos, apesar de serem lícitos, não nos dá o “direito” de burlar os deveres; que as nossas boas ações não nos dão o direito de realizarmos as más ações; que o nosso amor não nos dá o direito de fazermos o mal, mesmo que este mal seja pequeno; mas não nos dá o direito.

— Será que podemos olhar ao nosso redor, em nossa casa, em nossa família, em nossa pastoral, em nossa comunidade, em nossa cidade, nas Igrejas, nos comércios, nas empresas, nas forças policiais, no meio político, pessoas que fazem o bem, mas que se sentem no direito de fazer coisas erradas?

Olhem, o cristão verdadeiro segue o modelo e o exemplo de Jesus e, para não escandalizar e ser um mal exemplo, paga e faz as suas obrigações daquilo do que lhe é cobrado para o bem-estar familiar, comunitário e social.

— Será que temos a consciência e o discernimento do que isso implica em nossa vida? Na forma que devemos viver? Agir? Falar?
— Será mesmo que temos essa consciência?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 12/08/18

LITURGIA DIÁRIA 12/08/18


SE O TRIGO CAI NO CHÃO

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Leitura do Primeiro Livro dos Reis
(1 Rs 19, 4-8
)
A caminho Horeb

Naqueles dias, 4 Elias entrou deserto adentro e caminhou o dia todo. Sentou-se finalmente debaixo de um junípero e pediu para si a morte, dizendo: “Agora basta, Senhor! Tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais”5 E, deitando-se no chão, adormeceu à sombra do junípero. De repente, um anjo tocou-o e disse: “Levanta-te e come!” 6 Ele abriu os olhos e viu junto à sua cabeça um pão assado debaixo da cinza e um jarro de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. 7 Mas o anjo do Senhor veio pela segunda vez, tocou-o e disse: “Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer”. 8 Elias levantou-se, comeu e bebeu, e, com a força desse alimento, andou quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao Horeb, o monte de Deus.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 33(34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 (R. 9a)
Louvor à justiça divina

R. 9a Provai e vede quão suave é o Senhor!

— 2 Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / 3 Minha alma se gloria no Senhor; / que ouçam os humildes e se alegrem!
4 Comigo engrandecei ao Senhor Deus, / exaltemos todos juntos o seu nome! / 5 Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, / e de todos os temores me livrou.

6 Contemplai a sua face e alegrai-vos, / e vosso rosto não se cubra de vergonha! / 7 Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, / e o Senhor o libertou de toda angústia.
8 O anjo do Senhor vem acampar / ao redor dos que o temem, e os salva. / 9 Provai e vede quão suave é o Senhor! / Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

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Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios
(Ef 4, 30 — 5, 2)
A vida nova em Cristo

Irmãos, 4,30 não contristeis o Espírito Santo com o qual Deus vos marcou como com um selo para o dia da libertação. 31 Toda a amargura, irritação, cólera, gritaria, injúrias, tudo isso deve desaparecer do meio de vós, como toda espécie de maldade. 32 Sede bons uns para com os outros, sede compassivos; perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo. 5,1 Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama. 2 Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
(Jo 6, 41-51)
Continuando o discurso na sinagoga de Cafarnaum

Naquele tempo, 41 os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”. 42 Eles comentavam: “Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?” Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. 44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus.’ Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. 46 Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47 Em verdade, em verdade vos digo, quem crê, possui a vida eterna. 48 Eu sou o pão da vida. 49 Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50 Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51 Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

O PÃO DESCIDO DO CÉU

Bom dia. Liturgia Diária 12/08/18. Domingo da 19ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de João 6, 41-51, Carta de São Paulo aos Efésios 4, 30 — 5, 2, Salmo 33, Primeiro Livro dos Reis 19, 4-8.

Queridos amigos e amigas, estarei hoje passando a vocês, não a minha reflexão pessoal, mas a do Padre Valdir Marques por motivos além das minhas forças.

“EU SOU O PÃO DESCIDO DO CÉU. QUEM COMER DESTE PÃO VIVERÁ ETERNAMENTE”. (Jo 6,51).

A Liturgia da Palavra deste domingo se abre com a passagem do Primeiro Livro dos Reis em que Elias passa por um momento crucial de sua vida.

Elias tinha afrontado e vencido os sacerdotes do falso deus Baal. Este falso deus era adorado pelo rei Acab do Reino do Norte, por insistência de sua mulher, a rainha Jezabel. Elias desafiou o rei a pedir a Baal que mandasse fogo do céu para o holocausto oferecido por seus quatrocentos sacerdotes.

Baal, divindade inexistente, nada podia, e, muito menos, mandar fogo do céu. Mas o Deus verdadeiro de Elias não só fez descer o fogo do céu como consumou totalmente a carne do novilho preparado. Deste modo o povo ficou sabendo que Baal não era deus. O Verdadeiro Deus era o de Elias. Os sacerdotes de Baal, falsários, foram mortos à espada.

A rainha Jezabel mandou a Elias um recado: ela o mandaria matar à espada assim como Elias matou os sacerdotes de Baal. Atemorizado, correndo risco de vida, Elias fugiu para o deserto. Não tinha escolha: ou fugia ou morria. Estava em questão sua própria vida. Foi neste momento que o Deus verdadeiro de Israel veio em seu socorro.

Em sua fuga Elias se deitou à sombra de um cedro e dormiu. Deus não queria a morte de Elias. Por isso lhe enviou um anjo com esta ordem: “Levanta-te e come”; Elias viu a seu lado um pão assado e um jarro de água. Comeu e voltou a dormir. Mas de novo o anjo mandou que se levantasse e comesse. E aqui acontece um milagre maior ainda: seguindo a ordem do anjo, alimentado com aquele pão caminhou quarenta dias e quarenta noites. Não sem rumo, mas na direção do lugar santo para todo o Israel: o Monte Horeb, onde Deus tinha dado a Lei a Moisés.

Notemos bem: aquele alimento foi dado a Elias para que ele fosse ao encontro de Deus. Diz o Livro dos Reis: “Com a força desse alimento, andou quarenta dias e quarenta noites até chegar ao Horeb, o monte de Deus” (1Rs 19,8).

O final desta estória é o que interessa neste relato. Era necessário que Elias, assim como Moisés, pudesse encontrar o Deus de Israel. E O encontrou, como o Livro dos Reis descreve em 19,12-13: “Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo, ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa. Ouvindo isso, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. Então lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? Elias tinha encontrado o seu Deus. E a pergunta: ‘… o que fazes aqui?’, teria como resposta: ‘Busco a garantia de minha vida porque Jezabel deseja minha morte’.”

É a este ponto que esta Primeira Leitura nos prepara para ouvirmos o Evangelho de hoje, porque nele Jesus oferece sua Carne como pão para a Vida Eterna, uma vez que a morte, preço do pecado, fora destruída pelo perdão dado na cruz.

No Evangelho, Jesus, depois de uma longa conversa com os judeus, termina por dizer: “Eu sou o pão descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, dada para a vida do mundo” (Jo 6,51).

Jesus teve que lhes dizer isto porque pouco antes os judeus tinham-se escandalizado quando Ele lhes falara: “Eu sou o pão que desceu do céu” (Jo 6,41).

E, explicando-se, mais adiante, Jesus disse: “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que Me enviou, não o atrai. E Eu o ressuscitarei no Último Dia” (Jo 6,44).

A Ressurreição no Último Dia é o encontro com Deus, da pessoa que o próprio Deus levou a Jesus. Jesus era o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6). Ele podia levar as pessoas a Deus Pai. E, ainda, como pão que alimenta para a Vida Eterna, Jesus fora representado naquele alimento dado por Deus a Elias no deserto: daquele pão Elias se alimentou para chegar ao Deus de Israel na montanha sagrada do Horeb.

Para os discípulos um dia Jesus explicou mais sobre o Pão da Vida.

E no dia da Última Ceia, entregou-lhes, no mistério da Eucaristia, Seu Corpo e Seu Sangue como alimentos para a Vida Eterna.

Nós nos alimentamos do Corpo e Sangue de Jesus.

Alimentados pela força deste Pão e deste Vinho, chegaremos à montanha sagrada onde reside Deus. Chegaremos ao céu, a morada divina, onde a morte não existe mais.

Ao longo de nossa vida, ainda nesta terra, nos é dado agradecer a Deus como nos instrui o Salmo Responsorial:

“Provai e vede quão suave é o Senhor!”
“Feliz o homem que tem nele o seu refúgio”.

Refugiados à sombra do poder protetor de Deus, vivemos nossa fé na presença eucarística de Jesus. Deus, em sua bondade imensa, nos concede este alimento todos os dias.

E, já nesta terra, vivemos os efeitos espirituais desta comunhão com o Pai e com o Filho.

São Paulo nos exorta, hoje também, como aos Efésios de seu tempo: “Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a Si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor” (Ef 5,2).

Como os primeiros cristãos de Éfeso, que de São Paulo tinha recebido os sacramentos do Batismo e da Eucaristia, sabemos que foi por amor que Jesus nos deu Seu Corpo e Seu Sangue. Foi pelo sacrifício de sua vida que nos garantiu a Vida Eterna.

Terminemos com este pensamento nossa meditação sobre esta Liturgia da Palavra:

A Comunhão do Corpo e do Sangue de Jesus é necessária e insubstituível.

A Igreja tem razão quando põe entre seus mandamentos o de comungar ao menos uma vez por ano pela Páscoa da Ressurreição.

Todos sabemos que a generosidade de Deus nos permite comungar todos os dias, nas devidas condições espirituais. E, quanto mais nos alimentamos do Corpo e Sangue de Jesus, mais nos aproximamos Dele e de Deus Pai.

Finalmente, na Vida Eterna, ressuscitados, nos saciaremos do amor de Deus para sempre.”

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.

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Liturgia Diária 11/08/18

LITURGIA DIÁRIA 11/08/18


O MENINO EPILÉTICO

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Leitura da Profecia de Habacuc
(Hab 1, 12—2, 4
)
Segunda lamentação do profeta: as extorsões do opressor (1, 12-17) / Segundo oráculo: o justo viverá por sua fidelidade (2, 1-4)

1,12 Acaso não existes desde o princípio, Senhor, meu Deus, meu Santo, que não haverás de morrer? Senhor, puseste essa gente como instrumento de tua justiça; criaste-a, ó meu rochedo, para exercer punição. 13 Teus olhos são puros para não veres o mal; não podes aceitar a visão da iniquidade. Por que, então, olhando para os malvados, e vendo-os devorar o justo, ficas calado? 14 Tratas os homens como os peixes do mar, como os répteis, que não têm dono. 15 O pescador pega tudo com o anzol, puxa os peixes com a rede varredoura e recolhe-os na outra rede; com isso, alegra-se e faz a festa. 16 Faz imolação por causa da sua malha, oferece incenso por causa da sua rede, porque com elas cresceu a captura de peixes e sua comida aumentou. 17 Será por isso que ele sempre desembainhará a espada, para matar os povos, sem dó nem piedade? 2,1 Vou ocupar meu posto de guarda e estarei de atalaia, atento ao que me será dito e ao que será respondido à minha denúncia. 2 Respondeu-me o Senhor, dizendo: “Escreve esta visão, estende seus dizeres sobre tábuas, para que possa ser lida com facilidade. 3 A visão refere-se a um prazo definido, mas tende para um desfecho, e não falhará; se demorar, espera, pois ela virá com certeza, e não tardará. 4 Quem não é correto, vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 9A/9, 8-9. 10-11. 12-13 (11b)
Deus abate os ímpios e salva os humildes

R. 11b Vós nunca abandonais quem vos procura, ó Senhor.

— 8 Mas Deus sentou-se para sempre no seu trono, / preparou o tribunal do julgamento; / 9 Julgará o mundo inteiro com justiça, / e as nações há de julgar com equidade.
10 O Senhor é o refúgio do oprimido, / seu abrigo nos momentos de aflição. / 11 Quem conhece o vosso nome, em vós espera, / porque nunca abandonais quem vos procura.

12 Cantai hinos ao Senhor Deus de Sião, / celebrai seus grandes feitos entre os povos! / 13 Pois não esquece o clamor dos infelizes, / deles se lembra e pede conta do seu sangue.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 17, 14-20)
O endemoniado epilético

14 Naquele tempo, chegando Jesus e seus discípulos junto da multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e disse: 15 “Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético, e sofre ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo ou na água. 16 Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!” 17 Jesus respondeu: “Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei? Trazei aqui o menino.” 18 Então Jesus o ameaçou e o demônio saiu dele. Na mesma hora o menino ficou curado. 19 Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: “Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?” 20 Jesus respondeu: “Porque a vossa fé é demasiado pequena. Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá e ela irá. E nada vos será impossível’.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

QUEM DERA SE TIVÉSSEMOS UMA FÉ TÃO GRANDE QUANTO À UM GRÃO DE MOSTARDA!

Bom dia. Liturgia Diária 11/08/16. Sábado da 18ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 17, 14-20, Salmo 9A/9, Livro da Profecia de Habacuc 1, 12 — 2, 4.

“… se tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda…”, nos disse Jesus. Quem dera, não é mesmo?

A cura do menino epilético feito por Jesus no texto do Evangelho, acontece para que, tanto os discípulos como nós hoje, possamos receber um verdadeiro e importante ensinamento, sobre como deve ser o nosso relacionamento com Deus e com Jesus Cristo, onde que essa intimidade que nos une, depende da em Deus e em seu Filho.

E podemos ver isso explicitamente, quando o pai do garoto epilético fala para Jesus que os seus discípulos, ou quem sabe nós, não puderam curar o seu filho, e quase que automaticamente, provocou que os discípulos perguntassem à Jesus, o porque eles não conseguiram curar aquele menino, o porque não conseguiram expulsar aquele demônio?

Jesus, até de certa forma decepcionado e ao mesmo tempo impacientemente, se não dissermos, nervoso mesmo, lhes disse que eles (nós) não tinham Fé suficiente para aquela cura, para aquele exorcismo, pois, a Fé deles era “pequena”.

E normalmente, quando nos mostram que fizemos algo de errado ou deixamos de fazer algo certo, qual é a nossa primeira atitude? Responder, contrariar, não aceitar o nosso erro, esbravejar, irar. Não é isso que acontece?

Só que Jesus, é Jesus não é mesmo, pois, antes mesmo que os discípulos soltassem o verbo com as suas desculpas esfarrapadas e perguntassem então qual deveria ser o tamanho da fé para que realizassem essa cura, esse exorcismo, Jesus responde que bastaria apenas que a Fé fosse do “tamanho” de uma semente de mostarda, isso quer dizer então que, para piorar, Jesus fala para eles e para nós hoje, que a nossa Fé é menor que a semente de mostarda.

E o que isto quer dizer? Mesmo Jesus dizendo que a nossa Fé deva ser do tamanho de uma semente de uma mostarda, que é a “menor de todas as sementes”, os discípulos, como nós também, não temos a fé exigida para aquele milagre, sendo assim, nos parece que uma Fé deste tamanho não é uma coisa assim, tão simples.

E então, o que faltava para o pai do menino e para os discípulos? Falta-lhes uma Fé que seja proporcional ao milagre pedido e desejado.

Mas aí, poderíamos perguntar: Mas, o que é Fé? Ela tem tamanho? Será que podemos falar que temos “pouca” ou “muita” Fé?

Estas formas que são usadas por Jesus, são para mostrar que nós precisamos acreditar e termos confiança Nele e em Deus para que recebamos a Salvação que somente ele traz. Se pegarmos a Bíblia, poderemos ver por inúmeras vezes que “Fé” pode se entender por várias coisas, como: crença, confiança, segurança, e várias outras. Já a Fé que estamos refletindo hoje neste Evangelho, é a crença no poder que Jesus tem de curar e salvar, e ao mesmo tempo, é a confiança que depositamos Nele, Jesus, àquele que deseja curar e lhe pede socorro.

Esta lição, portanto, fica bem clara para nós hoje, e a importância deste ensino, é que devemos questionar de que “tamanho” é essa nossa fé em Cristo Jesus!

— Será que a nossa Fé em Deus, é “pouca” ou é “muita”, “insuficiente” ou “suficiente”, para que Cristo Jesus nos salve?

A , nos dá a medida de nosso íntimo relacionamento com Jesus, a Oração nos dá a singela humildade de nós com Ele, e as nossas Ações, são referenciadas em nosso julgamento diante do Trono de Deus, por tudo aquilo que realizamos em nossas vidas. Não nos esqueçamos, porém, que sem amar a Deus e a seu Filho Jesus, não é possível termos . Não nos esqueçamos também, que, se amarmos a Deus e a seu Filho Jesus, e por isso, teremos Fé, a esperança da salvação na vida eterna ficará garantida. Portanto queridos irmãos e irmãs, a é importante para que tenhamos um íntimo relacionamento com Deus e que nos levará para a nossa salvação, pois ela, a , é tem em sua origem no Amor a Deus que existe em nosso coração, amor que quanto maior for, com certeza, maior é a que se vive em nós.

E sabem o que podemos vislumbrar com isso? Sabem o que podemos encontrar com isso? A concretização do Primeiro Mandamento dado a Moisés por Deus, para a nossa explicação e a medida da nossa : “Amar a Deus sobre todas as coisas”.

E hoje, será que poderíamos imaginar o que Jesus diria para nós acerca da nossa perversidade, visto que, não conseguimos ter sucesso em nossas orações que fazemos por nós ou quando intercedemos por alguém?

Infelizmente, com quase absoluta certeza, apesar de nossa total perplexidade, Jesus não hesitaria em nos dizer: “Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei”?

Olhem, podemos concluir, que todos nós temos , é verdade, só que, ela ainda se mantêm pequena diante ao Amor de Deus por nós, e por isso, não se manifesta em nossas ações. Mesmo apesar disso, Jesus nos afirma que, se tivermos uma , mesmo que seja pequenina, como uma semente de mostarda, poderemos fazer coisas impossíveis, e elas acontecerão.

Caríssimos, todos nós, somos instrumentos do Amor de Deus e da Salvação que Ele deseja para o mundo, mas, só poderemos realmente exercitar e cumprir esta missão que nos foi entregue, é se acreditarmos, confiarmos e formos dependentes do poder Deus Pai que se manifesta em nós por meio do Espírito Santo, pois é Ele, que nos motiva na Fé e sempre está agindo e nos transformando em pessoas mais fortes e confiantes no poder de Deus.

O Espírito Santo é aquele que rega a nossa Fé, e exatamente por essa razão, nós, em hipótese alguma, devemos duvidar da competência do Espírito quando estamos orando por alguém ou por nós mesmos. Entretanto, o que normalmente acontece é que quando fazemos uma oração por alguém, nós teimosamente colocamos no centro desta oração a nossa fraqueza humana, a nossa insegurança, o nosso medo, a nossa incredulidade e aí, não deixamos espaço para que força do amor e da misericórdia de Deus se manifeste por meio de nossas orações.

Nós precisamos orar com Fé forte e vivificadora, sem duvidar, pois, somos apenas portadores da graça de Deus, e por isso, precisamos demonstrar isso perante as outras pessoas, diante de nós mesmos, e principalmente diante do próprio Cristo. E para terminar, vou deixar algumas perguntas para podermos refletir um pouco mais:

— Por causa da nossa Fé, será que Jesus está conseguindo mover as montanhas de nossa vida que nos afastam do amor Dele?
— Será que acreditamos realmente no poder salvífico de Jesus quando realizamos uma oração por alguém?
— A oração que estamos realizando por nós ou por alguém, é baseada em Jesus ou na nossa fraqueza humana?
— Nós estamos tendo coragem de orar pedindo uma cura ou uma libertação para aqueles que estão próximos de nós?
— Sejamos sinceros: por quem nós precisamos orar hoje, neste momento atual?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 10/08/18

LITURGIA DIÁRIA 10/08/18


SE O TRIGO CAI NO CHÃO

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Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
(2 Cor 9, 6-10
)
Benefícios que resultarão da coleta

(áudio1) (áudio2)

Irmãos: 6 “Quem semeia pouco colherá também pouco e quem semeia com largueza colherá também com largueza”. 7 Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento; pois Deus ama quem dá com alegria”. 8 Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra para toda obra boa, 9 como está escrito: “Distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”10 Aquele que dá a semente ao semeador e lhe dará o pão como alimento, ele mesmo multiplicará as vossas sementes e aumentará os frutos da vossa justiça.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 111(112), 1-2. 5-6. 7-8. 9 (R. 5a)
Elogio do Justo

(áudio1) (áudio2)

R. 5a Feliz o homem caridoso e prestativo.

— 1 Feliz o homem que respeita o Senhor / e que ama com carinho a sua lei! / 2 Sua descendência será forte sobre a terra, / abençoada a geração dos homens retos!
5 Feliz o homem caridoso e prestativo, / que resolve seus negócios com justiça. / 6 Porque jamais vacilará o homem reto, / sua lembrança permanece eternamente!

7 Ele não teme receber notícias más: / confiando em Deus, seu coração está seguro. / 8 Seu coração está tranqüilo e nada teme, / e confusos há de ver seus inimigos.
9 Ele reparte com os pobres os seus bens, 
† / permanece para sempre o bem que fez, / e crescerão a sua glória e seu poder.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
(Jo 12, 24-26)
O grão de trigo que cai ao chão

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 24 Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto. 25 Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. 26 Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

O GRÃO DE TRIGO MORRE PARA PRODUZIR FRUTOS

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 10/08/18. Sexta-feira da 18ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de João 12, 24-26, Salmo 111, Segunda Carta de Paulo aos Coríntios 9, 6-10.

Meus irmãos e minhas irmãs, primeiramente, ao dizer estas palavras, Jesus estava fazendo referência a Ele mesmo, pois morreu por todos nós, por todos os nossos pecados, morreu por uma justificada causa: a salvação de toda humanidade. Só que, Jesus não parou por aí, pois Ele não permaneceu morto, pelo contrário, Ele ressuscitou ao terceiro dia.

Será que alguma vez, nós paramos e refletimos se, O Filho de Deus, Jesus, não tivesse morrido e nem ressuscitado, será que, nós tivéssemos o aceitado como o nosso Salvador?

Mas, assim, como a semente que quando no chão é plantada, morre para brotar, se torna uma nova planta e irá produzir frutos, Jesus também, como a semente, morreu para ressuscitar e mostrar que Ele era o próprio Deus que se entregou e deixou sacrificar, contudo, Ele venceu a morte para que creiamos Nele pelo seu poder infinito.

E para que nós possamos produzir bons frutos para o Reino de Deus, nós também precisamos morrer para nós mesmos, e esse morrer, deve ser para os nossos instintos mundanos, para o nosso desejo pelo ter material, pela busca incessante da ambição, para o orgulho, para a corrupção, a luxúria, para todo tipo de pecado.

Caríssimos, e todo esse nosso morrer, é necessário, pois, é impossível que sirvamos a dois “senhores”. Nós não devemos e nem podemos servir a Deus e aos nossos desejos desgovernados, aos nossos caprichos impensados.

Aos desgovernos, podemos entender a todo tipo de satisfação que pelos nossos desejos adentramos em caminhos distintos aos de nosso Senhor.

Aos nossos caprichos impensados, é tudo aquilo que realizamos com a mentalidade de obter o maior prazer possível sem ao menos tomarmos cuidado e termos um carinho fraterno com aqueles que nos cercam.

Podemos vislumbrar isso muito bem, em apenas um exemplo que acontece em nossas famílias, onde que, Deus criou o homem e a mulher, nos deixando o Sacramento do Matrimônio. Deus nos deixou esse sacramento, para que não vivamos por aí, de lado a lado, de cama em cama, apenas usando uns aos outros como objetos apenas para servir aos nossos desejos pessoais, sem haver qualquer tipo de preocupação com o sentimento presente no coração de cada um.

E por favor, me corrijam se eu estiver errado: todos aqueles que optam por caminhos como esses, conseguem uma felicidade efêmera, rápida, é verdade, como um fogo em palha, que se levanta uma alta labareda, mas, como da mesma forma foi rápido a sua queima, da mesma forma se apaga a chama, e em vez de atingir a “tal felicidade”, só arruma mais encrencas para ele, e principalmente para a sua família. Os filhos que desaprovam a atitude da mãe, pais que desaprovam a postura do filho, e os amigos, que por serem verdadeiros amigos, não terão reservas em falar a verdade àqueles que estão em pecado.

Será que falei alguma besteira? Algo incorreto?

Nós também, não podemos servir a Deus se o que nos move é a força de um maldizer, de uma mentira, de uma fofoca, o de falar mal daqueles que estão nas pastorais, dos nossos familiares, de ofender àqueles que pensem diferentes de nós, de discriminar os de classes inferiores ou superiores às nossas, o de excluir ou negar àqueles que possuem ideologias ou até mesmo religiões diferentes das nossas, de negar uma esmola ou uma ajuda àquele que precisa, ou fazer uma armação ou arapuca contra alguém de quem não gostamos.

Nós não podemos servir a Deus e ao dinheiro, pois, ou nós somos por Deus ou contra Deus, ou é sim ou é não. Mas olhem, nós podemos ter dinheiro sim, isso não é pecado e nem errado, o que não podemos é idolatrá-lo, colocando a sua busca acima de tudo que é bom aos olhos de Deus e dos nossos irmãos.

O que sempre atrapalha de seguirmos Deus para aqueles que possuem dinheiro como meta, é a nossa usura, a nossa ambição, a necessidade de lucro desenfreado, o de sempre querer mais, o que atrapalha é nos deixarmos ser corrompidos pelo dinheiro.

Meus queridos irmãos e irmãs, olhem, a culpa não recai apenas daquele que é adúltero, avarento, fofoqueiro, corrupto, mas recai também, quando nós, sabedores da verdade, não fazemos nada para que isso seja corrigido, ou por preguiça ou por medo de perdermos uma amizade, uma função, ou cargo. Mas o pior, é que, quando sabedores da verdade, fechamos os nossos olhos diante dos erros dos outros e a aceitamos como se “verdade” o fosse, onde que aquele ditado popular cairia bem em nossa reflexão: “o pior cego é aquele que não quer enxergar”.

Como os discípulos perguntaram, vocês também poderiam me perguntar: Então Flávio, quem poderá se salvar? O que podemos fazer, se na verdade, infelizmente, temos em nosso ser uma natureza corruptível, fracos e facilmente caímos nas armadilhas do “diabo”?

Para essa pergunta, eu vou dar a mesma que o próprio Cristo deu: “Para o homem, é impossível, mas, para Deus, nada é impossível!”

Trocando em palavras, isso significa mais ou menos isso: — Nós caímos? Sim! — Nós pecamos? Sim! Então, os primeiros passos é que sejamos humildes em reconhecer que pecamos, depois, pedir perdão àqueles a quem ofendemos. A seguir, pedir perdão à Deus por meio do Sacramento da Confissão, e por último, começarmos o nosso caminho do momento que novamente levantamos.

Nós somos frágeis e até podemos ter uma natureza decaída, mas se verdadeiramente nos convertermos, podemos sempre contar com a misericórdia de Deus, e podemos ainda, recorrer aos “dispositivos salvíficos” que Cristo Jesus deixou para nós: Fé e Oração.

Me corrijam novamente, se estou falando besteiras: hoje, quando vamos participar da Santa Missa, quantos comungam? Todos, ou, quase todos? Pois bem, quantos se confessam?

Jesus já nos disse: “Sem mim, nada podereis fazer”. Nós temos que nos purificar diante de Deus, nos cuidar diante de nós, nos vigiar diante dos outros, e orar para que não caiamos em tentação tão facilmente, e que assim, sejamos dignos de servirmos a Jesus e ao Reino de Deus Pai com a nossa consciência pura, nos prostrando diante de sua misericórdia.

Todos nós que nos fechamos em nós mesmos, como o centro de tudo, sem se importar com os outros e principalmente com Deus, mais cedo ou mais tarde, perderemos o gosto pela vida. Agora, se todos nós soubermos acolher de coração a verdade de que a semente que cai na terra de nosso coração, primeiramente precisa morrer como Cristo o fez, a nossa vida será muito mais plena, pois teremos constantemente o amor e a misericórdia de Deus presente em nossos corações.

Sendo assim, deixo algumas perguntas para que possamos refletir um pouquinho mais:

— Eu, você, nós, por acaso, ligamos às dificuldades das outras pessoas que precisam de ajuda?
— Eu, você, nós, por acaso, sofremos com aquilo que o nosso irmão está passando, ou, tudo está sempre girando em torno de nossos problemas?
— Eu, você, nós, por acaso, costumamos entender e compreender que a nossa vontade tem sempre que prevalecer, ou, deixamos que a opinião dos outros também possa ter razão?
— Eu, você, nós, por acaso, temos vivido mais a nossa vida: dentro da discórdia ou dentro da paz?
— Eu, você, nós, por acaso, podemos dizer sinceramente, com que interesse estamos trabalhando para Deus? Para a nossa Família? Para a nossa Comunidade?

Para que possamos fazer bem todos esses nossos trabalhos de evangelização, é preciso contarmos com a ajuda, com a iluminação, com a inspiração do Espírito Santo, e em íntimo contato com Deus e em Cristo.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 09/08/18

LITURGIA DIÁRIA 09/08/18


VAI PARA LONGE, SATANÁS

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 31, 31-34
)
A Nova Aliança

(áudio1) (áudio2)

31 “Eis que virão dias, diz o Senhor, em que concluirei com a casa de Israel e a casa de Judá uma nova aliança; 32 não como a aliança que fiz com seus pais, quando os tomei pela mão para retirá-los da terra do Egito, e que eles violaram, mas eu fiz valer a força sobre eles, diz o Senhor. 33 Esta será a aliança que concluirei com a casa de Israel, depois desses dias, diz o Senhor: imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo. 34 Não será mais necessário ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: ‘Conhece o Senhor!’; todos me reconhecerão, do menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade, e não mais lembrarei o seu pecado.”
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 50(51), 12-13. 14-15. 18-19 (R. 12a)
Miserere

(áudio1) (áudio2)

R. 12a Ó Senhor, criai em mim, um coração que seja puro!

— 12 Criai em mim um coração que seja puro, / dai-me de novo um espírito decidido. / 13 Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, / nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
14 Dai-me de novo a alegria de ser salvo / e confirmai-me com espírito generoso! / 15 Ensinarei vosso caminho aos pecadores, / e para vós se voltarão os transviados.

18 P
ois não são de vosso agrado os sacrifícios, / e, se oferto um holocausto, o rejeitais. / 19 Meu sacrifício é minha alma penitente, / não desprezeis um coração arrependido!

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 16, 13-23)
Profissão de fé e primado de Pedro (13-20)
Primeiro anúncio da Paixão (21-23)

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 13 Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14 Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas.” 15 Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16 Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.” 17 Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus.’ 20 Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21 Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir à Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22 Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!’ 23 Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus mas sim as coisas dos homens!”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

E PARA NÓS, QUEM É JESUS?

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 09/08/18. Quinta-feira da 18ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 16, 13-23, Salmo 50, Livro do Profeta Jeremias 31, 31-34.

O evangelho de hoje nos convida a refletir, e vem nos despertar sobre a importância de conhecermos bem Jesus, de nos tornarmos íntimos Dele! Se não nos aprofundarmos no conhecimento a Jesus, ficamos apenas na superficialidade da fé, não vamos entrar na dinâmica do Reino. E exatamente por isso, irei dividir a minha reflexão em duas partes: a primeira parte, a reflexão se refere mais em um tom pastoral, e a segunda parte, mais em um tom pessoal para a nossa reflexão.

PRIMEIRA PARTE: REFLEXÃO PASTORAL

O texto nos diz, que Jesus, no desejo de saber se o povo e os seus discípulos, já haviam entendido o seu messianismo, pergunta-lhes: “Quem dizem as pessoas ser o Filho do Homem?”

Para esta pergunta, surgiram várias respostas, afinal, é muito fácil responder em nome do outro, não compromete!

Já quando esta mesma pergunta, é voltada diretamente para os discípulos, vem o silêncio, pois, desta vez, a pergunta requer uma resposta pessoal, e uma resposta pessoal, exige comprometimento!

Pedro foi o único que respondeu esta pergunta de Jesus, e respondeu com total firmeza: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.”

A resposta de Pedro agradou a Jesus, pois Ele sabia que esta afirmação, não vinha de outros, era fruto da sua convivência com Ele e da inspiração de Deus.

Todos nós também, podemos dar testemunho de fé na Palavra de Jesus e afirmar que a nossa Igreja Católica foi edificada sobre o fundamento dos apóstolos e com o poder do Espírito Santo, por isso, “o poder do inferno nunca poderá vencê-la”.

Por esta profissão de fé, pelo poder do Espírito Santo que Pedro identificou Jesus como o Messias, o Filho de Deus vivo, recebeu então o poder e a autoridade para chefiar a Sua Igreja, como pastor do rebanho de Deus aqui na terra. Pedro é, portanto, a pedra sobre a qual Jesus edificou a Sua Igreja e lançou os Seus fundamentos. Sendo assim, podemos estar firmes de que o sucessor de Pedro age também com o poder do Espírito Santo e tem plena convicção diante de Deus e daquilo que lhe é inspirado.

Nós somos a Igreja, e o Espírito Santo é quem nos motiva, inspira e convence a continuarmos firmes na fé em Jesus Cristo e na assistência que Ele dá àqueles a quem convoca.

O Evangelho também nos esclarece que só o Espírito Santo pode nos revelar a verdadeira identidade de Jesus e a vontade do Pai para a nossa vida. Quando somos inspirados pelo Espírito Santo nós também nunca nos enganamos e temos sabedoria para discernir todos os desafios que nos são propostos pela Palavra de Deus.

A Palavra de Deus nos interpela, nos questiona e nos motiva também a compreender quem somos nós e qual o nosso papel na edificação do reino de Deus. Somos pedras vivas na construção desta Igreja, e através dela o Pai nos revela o Seu amor e nos orienta na caminhada aqui na terra.

Este episódio chama a nossa atenção para a responsabilidade de quem afirma conhecer Jesus! Saber quem é Jesus é muito mais do que saber que Ele é Deus, afirmar que conhece Jesus, implica em comprometimento com a sua causa!

Olhando a escolha de Pedro, como o alicerce da Igreja de Jesus, podemos perceber, que Jesus edificou a sua Igreja sobre a fragilidade humana! Jesus não edificou a sua igreja a partir de homens considerados grandes pelo o mundo, mas sobre Pedro, um homem frágil, sujeito a falhas, que hoje representa os homens de toda a história da Igreja: homens santos e pecadores!

Escolhendo Pedro para a liderança da sua Igreja, Jesus demonstra a sua compreensão para com a fragilidade humana! Pedro era de um temperamento extremamente forte, Jesus sabia que mais tarde, ele o negaria, mas, mesmo assim, confiou no seu dinamismo, na sua fidelidade!

A escolha de quem conduziria a barca de Jesus, não caíra sobre um homem especial, e sim, sobre um homem comum, dotado de virtudes e defeitos, como qualquer um de nós, o que nos mostra, quão é grande a diferença entre os critérios dos homens e os critérios de Deus; os homens escolhem pessoas capacitadas para os cargos de lideranças, enquanto que Deus capacita àquele que Ele escolhe.

Cada um de nós, portanto, tem uma missão muito especial aos olhos de Deus e é um instrumento Seu para a concretização do Seu Plano para a humanidade. Assim como conscientizou a Pedro da sua missão aqui na terra, Jesus quer nos direcionar para que sejamos fiéis ao Projeto do Pai através de nós e, também, nos dá a chave do Seu Amor que abre a porta dos corações a quem Ele quer conquistar por nosso intermédio.

Nosso Deus e nosso Pai, perdão, perdão por meus pecados e pelos pecados do mundo.

Obrigado Senhor, por tudo que sou, por tudo que tenho, pois é por vós Senhor, que sou e tenho!

Irmãos e irmãs, que possamos ser como Pedro, pecador, mas aberto à inspiração do Espírito Santo para nos iluminar e podermos caminhar alicerçados pela Palavra de Deus em nossas vidas.

(áudio1) (áudio2)

SEGUNDA PARTE: REFLEXÃO MAIS PESSOAL

E continuando com a minha reflexão, ela será sobre Pedro, não como chefe da Igreja, não! Ainda mais que nem todos acreditam e tenham isso como dogma, mas sim, Pedro, o mais “humano” dos discípulos.

Primeiramente, Jesus falava, explicava e incentivava àqueles que havia chamado para caminhar junto a Ele, a refletirem e abrirem seus corações à Palavra de Deus. Quando Jesus faz a pergunta de quem os outros falam que Ele é, e logo após pergunta a seus discípulos quem eles acham que Ele seria, é uma forma de saber se eles realmente estavam compreendendo ou se ainda estavam com os corações fechados ao seu amor e seu ensinamento.

Mas Pedro respondeu… e como respondeu, e como o próprio Jesus disse, quem havia lhe mostrado isso não fora nenhum homem e sim o Pai.

Todavia, podemos notar que, há algo de diferente em Pedro, pois, apenas a ele fora revelado esse “segredo”, esse “mistério”, tanto que Jesus pediu sigilo sobre essa informação a todos.

Alguém já parou para pensar, como se sentiu Pedro diante deste “elogio”, confirmando, que no meio de todos, apenas a ele, Deus revelou que Jesus é o Messias?

— Como é que nos sentimos quando somos elogiados ou agraciados com algo que por nós foi considerado inexplicável ou até mesmo insignificante, mas que para os outros fez uma diferença enorme?
— Como nos sentimos quando fazemos ou falamos algo em um encontro, em uma palestra, em uma conversa familiar ou casual, onde que o que nós fazemos ou falamos, sem sabermos de onde surgir aquilo, e que, para aquelas pessoas foi uma ajuda, uma luz em seu coração?

Comigo já aconteceu, e creio que com vocês também.

Quando acontece isso, nos sentimos felizes, inchados, emotivamente diferentes, como que: “estou sendo instrumento de Deus”, “já estou discernindo a Palavra”, “como é bom ser elogiado”, etc., e por aí vai.

Mas, normalmente, a nossa “felicidade” pode se transformar em “ego” ou sentimento de “poder mais do que os outros”, muitas das vezes nos sentimentos “superiores” e queremos fazer coisas que ainda não são de nossa capacidade. Podemos notar isso com as atitudes de Pedro.

Primeiro, ele se sentiu no direito de chamar Jesus à parte, quer dizer, separados dos outros discípulos.

— Essa atitude eu também não a tenho quando me considero mais importante do que os outros e vou falar com o meu padre, meu diácono, meu chefe, meu pai, com o coordenador da pastoral?
— Eu não tento usar este “poder” ou esta “proximidade” para falar ou fazer algo que só a mim interessa?
— Quantas vezes, eu chamo meu chefe, ou o meu padre, ou o meu pai ou minha mãe, por “apelidos” ou nomes “casuais” diante de outras pessoas ou de meus irmãos, apenas para mostrar a todos esta minha proximidade e poder?

Mas não foi isso que Pedro fez?

Depois, por se achar superior aos outros e bem mais “próximo” de Jesus, com uma grande intimidade, já que o Pai lhe havia revelado o “mistério”, Pedro se acha no direito de recriminar Jesus e dizer que nada daquilo iria acontecer, como se, apenas a ele se referisse, que apenas a ele dependesse que não deveria acontecer.

E neste momento, Jesus colocou Pedro no “seu lugar”.

— Olha, tudo bem que meu Pai te revelou quem eu sou, só que com esta atitude, você está sendo um Satanás em minha vida, tentando me levar para um caminho que não é o caminho de Deus. Por isso, Pedro, saia de perto de mim.

E é exatamente por esta atitude de Jesus, que eu gostaria sinceramente, e peço a todos vocês, meus amigos, verdadeiros amigos, que chegassem para mim e me dissessem:

“Flávio, vai para longe, Satanás!”, quando eu estiver sendo um instrumento do maligno.

E como havia dito antes, Pedro, o mais “humano” dos discípulos, é assim que o vejo. É com os exemplos dele como homem pecador, que me apego e coloco ainda mais nos caminhos do Senhor.

Pedro é o mais “humano”, por várias razões:

— Ele é curioso e sempre pergunta as coisas a Jesus! E nós não somos curiosos?
— Ele é corajoso, tanto que pede para andar sobre as águas! E nós não somos nos caminhos na messe do Senhor?
— Ele é medroso, tanto que começa a afundar quando os ventos lhe sopram! E nós não abandonamos os caminhos da messe do Senhor quando as dificuldades são muitas? Não achamos até no direito de abandonarmos a nossa família?
— Ele é violento para defender sua causa, até cortando a orelha do soldado romano! E nós não somos violentos, principalmente nas palavras quando queremos defender a nossa posição ou opinião?
— Ele é infiel a Deus, negando-o três vezes! E nós, quantas vezes somos infiéis a Deus e à nossa família, quando os negamos por causa da infidelidade ou do medo de defendermos a Cristo e o nosso lar?
— Ele é impetuoso, quando se despe e se joga ao mar para ir de encontro à Jesus! E nós não somos assim quando nos entregamos com humildade e simplicidade nos trabalhos do Senhor, sem nos preocupar com as dificuldades e perigos?
— Ele é o conciliador e o orientador das coisas de Deus, quando no concílio em Jerusalém, que, apenas após a sua intervenção e fala, se fez ouvir e prevaleceu o ensinamento que o próprio Cristo lhe havia dado, na questão dos pagãos e dos judeus, se tornando então, um exemplo de conversão! E nós, não temos também está missão de sermos uma voz de conciliação em nossa comunidade e em nossa família? Nós não temos a missão de orientar e sermos exemplos verdadeiros da Palavra de Deus em nosso meio?
— Ele é o mártir, o humilde, o servo, onde que com a sua vida se tornou um instrumento de Deus na vida de tantos, ensinando e evangelizando, até entregar a sua vida à morte, se desprendendo do mundo e se entregando aos braços de Deus, pois, na vida eterna ele acreditava! E nós, será que podemos nos entregar desta forma, primeiro em nossa família, depois em nossa comunidade e àqueles que nos cercam, sendo exemplos de entrega e humildade nos caminhos que o Senhor nos apresenta?

Pedro é o “mais humano” dos discípulos, pois podemos nos ver nele. Eu posso me ver nele.

Eu tenho todos e mais alguns dos defeitos de Pedro, mas ele também me mostra que, apesar das quedas e dos vacilos que cometo, já cometi e ainda cometerei, se realmente me entregar ao amor de Jesus, me convertendo, dia após dia, tentando e nunca desistindo, caindo e me levantando, um dia eu poderei me entregar com todo o meu ser à morte física, pois, com a certeza da Fé na ressurreição em Cristo, eu estarei, em sua glória e em seus braços, feliz por toda a eternidade.

Jesus mostrou isso a Pedro, e por isso, te rogo Senhor: alivia-nos nosso ser das durezas da vida nos dando a fortaleza para enfrenta-las; fortaleça o nosso coração com o seu amor para superarmos as tristezas impostas pela vida; em todo o nosso pensar e falar que com a sua sabedoria nós possamos levar a sua Palavra a todos que estão em nosso viver.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

Post Destacado

Liturgia Diária 08/08/18

LITURGIA DIÁRIA 08/08/18

A FÉ DA MULHER CANANEIA

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 31, 1-7)

A restauração prometida a Israel

(áudio1) (áudio2)

1 “Naquele tempo, diz o Senhor, serei Deus para todas as tribos de Israel, e elas serão meu povo”. 2 Isto diz o Senhor: “Encontrou perdão no deserto o povo que escapara à espada; Israel encaminha-se para o seu descanso.” 3 O Senhor apareceu-me de longe: “Amei-te com amor eterno e te atraí com a misericórdia. 4 De novo te edificarei, serás reedificada, ó jovem nação de Israel; de novo teus tambores ornarão as praças e sairás entre grupos de dançantes. 5 Hás de plantar vinhas nos montes de Samaria; os cultivadores hão de plantar e também colher. 6 Virá o dia em que gritarão os guardas no monte Efraim: ‘Levantai-vos, vamos a Sião, vamos ao Senhor, nosso Deus’. 7 Isto diz o Senhor: Exultai de alegria por Jacó, aclamai a primeira das nações; tocai, cantai e dizei: ‘Salva, Senhor, teu povo, o resto de Israel'”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Jr 31, 10. 11-12ab. 13 (R. Cf. 10d)
A restauração prometida a Israel

(áudio1) (áudio2)

R. 10d O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

— 10 Ouvi, nações, a palavra do Senhor / e anunciai-a nas ilhas mais distantes: / “Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, / e o guardará qual pastor a seu rebanho!”
11 Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó / e o libertou do poder do prepotente. / 12a Voltarão para o monte de Sião, † entre brados e cantos de alegria / 12b afluirão para as bênçãos do Senhor:

13 Então a virgem dançará alegremente, / também o jovem e o velho exultarão; / mudarei em alegria o seu luto, / serei consolo e conforto após a guerra.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 15, 21-28)
Cura da filha de uma mulher cananéia

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 21 Jesus foi para a região de Tiro e Sidônia. 22 Eis que uma mulher cananéia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” 23 Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós.” 24 Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel.” 25 Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” 26 Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos.” 27 A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” 28 Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E desde aquele momento sua filha ficou curada.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

O ENSINAMENTO APRENDIDO POR CAUSA DE UM MILAGRE

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 08/08/18. Quarta-feira da 18ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 15, 21-28, Salmo e leitura retirados do Livro do Profeta Jeremias.

Todas as vezes que ouço ou reflito esta passagem, automaticamente, sempre me vem na memória um encontro de formação e espiritualidade que participei em nossa comunidade com queridos irmãos e irmãs que se aventuraram com a coragem e fé nos trabalhos dos MESC (Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão), conforme devemos ser realmente chamados, como nos orienta a Instrução Redemptionis Sacramentum, em seus números 154, 155 e 156; e não como Ministros da Eucaristia, como comumente somos chamados erroneamente, mas isto é assunto para outra reflexão.

Como estava lembrando com muita alegria, todas as vezes que reflito esta passagem, eu sempre me deparo com Jesus, sendo MESTRE ou ALUNO, claro, isso depende de como refletimos à Luz do Espírito Santo, que nos dará o devido discernimento das coisas de Deus.

Talvez fique um pouco extensa a minha reflexão, pois, irei fazer versículo por versículo, mas, tenham um pouco de paciência comigo. Vamos lá?

“Naquele tempo Jesus foi para a região de Tiro e Sidônia”.

— Tiro e Sidônia são consideradas cidades pagãs, e não comunidades de judeus.

E a partir de agora, tentarei, sempre que possível, fazer as duas separações: JESUS APRENDE ou JESUS ENSINA, e eu espero, que cada um de vocês façam a sua própria reflexão.

“Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região”.

— Então, esta mulher era pagã e não judia.

“Pôs-se a gritar”.

— Ela gritava porque ninguém a ouvia e nem mesmo lhe dava atenção, pois, ela era pagã e não era judia.

“Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim”.

— Observem, que mesmo ela sendo pagã, ela reconhecia Jesus como: SENHOR = Deus, FILHO DE DAVI = o Messias.

“Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!”.

— Mesmo em terras distantes e pagãs, o demônio também atormentava às pessoas e não apenas os judeus, e isso irá entrar em conflito com a resposta que Jesus irá dar logo a seguir neste diálogo cheio de ensinamentos.

“Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma”.

E agora vamos começar:

— Jesus ficou em silêncio, por se fazer indiferente aos que não eram judeus,
ou
— Jesus ficou em silêncio para ver até onde a mulher iria chegar?

O que vocês acham? Vamos continuar?

“Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: ‘Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós’.”

— Já a posição dos discípulos é bem clara, eles desejam que Jesus acabe com aquela ação que está causando incômodo, ainda mais, por ser uma mulher pagã e não uma judia, além do que, naquela época, a mulher não era ouvida.

“Jesus respondeu: ‘Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel’.”

— Jesus diz que veio apenas aos judeus, e que não iria a ajudar, fazendo que a mulher desistisse,
ou
— Jesus diz que veio apenas aos judeus, e que não iria a ajudar, para ver qual a reação que a mulher teria?

“Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar: ‘Senhor, socorre-me!’”

— Já a mulher, mais uma vez, demonstra que realmente acredita que Jesus é o Messias, e novamente pede a sua ajuda.

“Jesus lhe disse: ‘Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos’.”

— Jesus novamente, demonstra que veio apenas para os judeus (filhos) e que não iria ajudar os cachorrinhos (pagãos),
ou
— Jesus novamente, demonstra que veio apenas para os judeus (filhos) e que não iria ajudar os cachorrinhos (pagãos), esperando a resposta e a reação da mulher? E será que Ele disse isso novamente para que os próprios discípulos pudessem ouvir esta conversa?

“A mulher insistiu: ‘É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!’”

— Nesta nova argumentação da mulher pagã, ela demonstra, que apesar de não ser judia, ela pode ser “convertida”, pois iria comer daquilo que o seu Senhor deixasse para ela. Ela demonstra assim, que seria capaz de aceitar a Boa Nova de Jesus em sua vida. Além do mais, ela está questionando se a bondade e o amor de Jesus não poderia ser dado a uma pagã infeliz, que neste caso seria a sua filha.

Conseguem observar as nuances desta fala?

“Diante disso, Jesus lhe disse: ‘Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!’”

— Jesus aprendeu com a fé da mulher pagã e reconheceu que a sua Palavra deve ir além do povo de Israel,
ou
— Jesus ensina aos discípulos que a Boa Nova deve ser levada a todos, e usa esta mulher e sua filha, como sendo um ensinamento, para demonstrar a todos eles, que até os pagãos podem e devem ser salvos?

“E desde aquele momento sua filha ficou curada.”

— Jesus realiza pela primeira vez, a cura de uma pessoa não judia, e completa mais uma parte do seu aprendizado como Salvador e como Homem, demonstrando toda a sua bondade e amor,
ou
— Jesus realiza pela primeira vez, a cura de uma pessoa não judia, e faz com que os discípulos tenham mais um ensinamento revelado pela sua bondade e amor pela fé também dos pagãos?

– E para nós, hoje, além destas duas formas de refletirmos esta passagem, o que podemos tirar para nós?
– Será que como Jesus, sendo nós hoje, comunidade cristã, não deveríamos deixar de sermos inflexíveis em relação aos pagãos convertidos à fé, abrindo para eles as portas de nossa comunidade?
– Ou será, que não estamos sendo os discípulos que desejam manter as pessoas não convertidas ou recém-convertidas o mais afastado possível de nós?
– Não seria melhor, refletirmos sobre as nossas próprias atitudes à luz deste evangelho?
– O que podemos, à luz do Espírito Santo, refletir, entender e discernir o que os discípulos, a mulher cananeia e principalmente Jesus tem a nos ensinar?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

Post Destacado

Liturgia Diária 07/08/18

LITURGIA DIÁRIA 07/08/18


PEDRO ANDA SOBRE ÀS ÁGUAS

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 30, 1-2.12-15.18-22
)
A restauração prometida a Israel

(áudio1) (áudio2)

1 Palavra que foi dirigida a Jeremias, da parte do Senhor: 2 “Isto diz o Senhor, Deus de Israel: Escreve para ti, num livro, todas as palavras que te falei. 12 Isto diz o Senhor: Incurável é tua ferida, maligna tua chaga; 13 não há quem conheça teu diagnóstico; uma úlcera tem remédio, mas em ti não se produz cicatrização. 14 Todos os teus amigos te esqueceram, não te procuram mais; eu te causei uma ferida, como se fosses inimigo, como um castigo cruel: por causa do grande número de maldades que te fez endurecer no pecado. 15 Por que gritas em teu sofrimento? É insanável a tua dor. Eu te tratei com rudeza por causa das tuas inúmeras maldades e por causa do teu endurecimento no pecado. 18 Isto diz o Senhor: Eis que eu mudarei a sorte das tendas de Jacó e terei compaixão de suas moradias, a cidade ressurgirá das suas ruínas e a fortaleza terá lugar para suas fundações; 19 de lá sairão cânticos de louvor e sons festivos. Hei de multiplicá-los, eles não diminuirão, hei de glorificá-los, eles não serão humilhados. 20 Teus filhos serão felizes como outrora, e sua comunidade, estável na minha presença; e agirei contra todos os que os molestarem. 21 Para chefe será escolhido um dos seus, e o soberano sairá do seu meio; eu o incitarei, e ele se aproximará de mim. Quem dará a vida em penhor da sua aproximação de mim? – diz o Senhor. 22 Sereis meu povo e eu serei vosso Deus.”
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 101(102), 16-18. 19-21. 29.22-23 (R. 20b)
Oração na infelicidade

(áudio1) (áudio2)

R. 20b O Senhor olhou a terra do alto céu.

— 16 As nações respeitarão o vosso nome, / e os reis de toda a terra, a vossa glória; / 17 quando o Senhor reconstruir Jerusalém / e aparecer com gloriosa majestade, / 18 ele ouvirá a oração dos oprimidos / e não desprezará a sua prece.
19 Para as futuras gerações se escreva isto, / e um povo novo a ser criado louve a Deus. / 20 Ele inclinou-se de seu templo nas alturas, / e o Senhor olhou a terra do alto céu, / 21 para os gemidos dos cativos escutar / e da morte libertar os condenados.

29 
Assim também a geração dos vossos servos † / terá casa e viverá em segurança, / e ante vós se firmará sua descendência. / 22 Para que cantem o seu nome em Sião / e louve ao Senhor Jerusalém, / 23 quando os povos e as nações se reunirem / e todos os impérios o servirem.

— — — — — — — — — — — — — — — — — — — —

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 14, 22-36)
Jesus caminha sobre as águas e Pedro com ele

(áudio1) (áudio2)

Depois que a multidão comera até saciar-se, 22 Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23 Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24 A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25 Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26 Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27 Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28 Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água.” 29 E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30 Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31 Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32 Assim que subiram no barco, o vento se acalmou. 33 Os que estavam no barco, prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” 34 Após a travessia desembarcaram em Genesaré. 35 Os habitantes daquele lugar, reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36 e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

ANDAR SOBRE ÀS ÁGUAS, TODOS NÓS ANDAMOS, MAS COMO PEDRO, NO PRIMEIRO VENTO DESISTIMOS DE NOSSA FÉ

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 07/08/18. Terça-feira da 18ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 14, 22-36, Salmo 101, Livro do Profeta Jeremias 30,1-2.12-15.18-22.

No evangelho que estamos refletindo hoje, poderemos tirar vários ensinamentos, tanto de uma forma mais formal, quanto de uma forma mais pessoal, usual mesmo. Por isso vou tentar fazer pelas duas formas, e que possamos juntar as duas e ver se podemos tirar algo para o nosso crescimento.

Neste texto de hoje, vários detalhes são meio que surreais, extraordinários mesmo:

— PRIMEIRO: aconteceu algo que jamais os discípulos de Jesus haviam visto, que Ele podia andar sobre às águas, e ainda mais, com as ondas revoltas e uma forte ventania. Isso só, era surpreendente.
— SEGUNDO: era surpreendente Jesus andar sobre às águas, o que se seguiu, também deve ter causado perplexidade, pois, pela reação de Pedro, que em vez, de apenas ficar de “boca aberta” com que via, pediu: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro caminhando sobre a água!” Mas que cara folgado, não é não? Atrevido mesmo?
— TERCEIRO: mas aí, vem outra surpresa, na resposta que Jesus deu à Pedro: “Vem!”
— QUARTO: Já que era uma noite de surpresas, Pedro que achava que aquilo era impossível, fez aquela experiência única e nada comum: “Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus”.

Mas, infelizmente, esta experiência teve pouca duração, pois, o vento frio que soprou sobre Pedro, deve tê-lo acordado como há um sonho, e ele começou a afundar. Só que imediatamente, mesmo perto de perecer sob às águas, ele consciente ou subconscientemente, sabia que apenas Jesus poderia lhe ajudar e impedir que se afogasse, e então gritou: “Senhor, salva-me!”

É claro, Jesus prontamente o socorreu, como também, quando estamos em nossos momentos de dificuldades nos socorre. Só que, mesmo sabendo de nossa pequenez na Fé, não deixou de repreendê-lo: “Homem fraco na fé. Por que duvidaste?”

E depois coisas extraordinárias que aconteceram, apenas para finalizar, o vento se acalmou.

Meus irmãos e irmãs, tudo o que aconteceu aos olhos dos outros discípulos, foi uma surpresa admirável, e mais do que isso, foi motivo para que eles tivessem uma compreensão nova de quem era Jesus, tanto, que eles expressaram dizendo: “Verdadeiramente tu és o Filho de Deus!”

Caríssimos, se pegarmos apenas esta última frase, teremos aos nossos olhos, o ápice da teologia que Mateus, que deseja que nós entendamos que a partir deste milagre, que Jesus: “Verdadeiramente, és o Filho de Deus!”

Mas, se ainda, não estivermos convictos desta afirmação, poderemos confirmar mais uma vez, pegando o fim deste Evangelho, confirmando ainda mais que Jesus, é verdadeiramente o Filho de Deus: “pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados”.

Por isso, sejamos solícitos e nos deixemos maravilhar pelo poder de Deus manifestado em Jesus através destes e de tantos outros fatos, e como Pedro, possamos dizer e acreditar, no meio de nossas dificuldades e sofrimentos: “Senhor, salva-nos!”. E quem sabe, cada vez mais alicerçados na Palavra de Deus, onde a nossa Fé seja a cada dia fortalecida e inspirada pelo Espírito Santo, possamos, como os outros discípulos, humildemente exclamarmos: “Verdadeiramente tu és o Filho de Deus!”.

Mas, como disse a vocês no início, não vamos parar por aqui, pois, este Evangelho é enormemente rico em ensinamentos para nós, e por isso, vamos nos aprofundar um pouco mais?

Nos aprofundar um pouco mais sim minhas queridas irmãs e irmãos, pois, eu, você, todos nós, precisamos fortalecer a nossa coragem, principalmente diante dos nossos sofrimentos, e reconhecermos que Jesus, o Filho de Deus, sempre estará ao nosso lado para nos ouvir, nos amparar e nos socorrer. Ele conhece e sabe tudo daquilo que necessitamos, mas, Deus que é Pai, quer que o peçamos, e diante deste pedido, não devemos ter medo.

O nosso medo, por muitas vezes nos trava, nos paralisa, faz com que nos acovardamos, e isso, é o mesmo que dizer que não temos Fé. Quando confiamos em Deus, não quer dizer que não tenhamos medo, não é isso, mas, quando confiamos Nele nós não nos apavoramos diante do perigo ou das dificuldades, e em vez disso, a primeira coisa que devemos fazer, é orar.

Esta não é e não será a última vez que falarei em que, todas as vezes que Jesus estava com alguma dificuldade pastoral ou espiritual, Ele, respectivamente, se afastava para uma montanha ou para um deserto, e dessa vez, não foi diferente. Meus queridos amigos e amigas, que sirva de lição e ensinamento para nós, Jesus é Deus, e por isso nem precisava orar, mas Ele passou várias horas na montanha em oração ao Pai, pois Ele sentia a necessidade de estar em íntima conexão com Deus. Temos que ter a consciência de que a oração é para a alma, como o alimento é para o corpo. Se deixarmos de comer, o nosso corpo irá morrer, e se não orarmos, a nossa fé irá enfraquecer, e aí, a nossa alma é correrá sérios perigos.

E nesta noite que lemos no Evangelho de hoje, os discípulos estavam em muitos apuros, pois no meio do mar, com os ventos contrários e fortes, possivelmente, as marolas ou ondas estariam praticamente começando a entrar no barco. E se pegarmos os dias atuais, onde esses ventos são normais no Mar da Galileia, deveria estar difícil a navegação, e uma possibilidade existia em não sobreviver àquela ventania.

E vamos refletir, agora, trazendo um pouco para a nossa realidade?

— Em nossa vida, nós também não enfrentamos muitas tormentas, muitos ventos contrários àquilo que desejamos?
— E diante destas adversidades, nós nos apavoramos, desanimamos, nos acovardamos, ou recorremos à Deus para que nos acompanhe dia e noite, para que tenhamos segurança e forças para superarmos esses obstáculos?

Olhem, Jesus estará sempre nos dizendo: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” Assim, se estivermos em oração, nós entraremos em contato com a Fortaleza e o Poder que vem do céu pelo Espírito Santo, e a oração irá nos restaurar e nos dar forças para enfrentarmos os sofrimentos causados pelas tempestades dessa nossa vida.

Já quando Jesus anda sobre às águas, Ele nos mostra que tem poder e que podemos confiar na sua força, a qual, sempre estará a nossa disposição para nos socorrer em nossas tempestades.

Já Pedro, sabem o que ele representa? Ele representa a todos nós que possuímos uma Fé pequena e que não conseguimos superar as dificuldades que o mundo nos apresenta, mesmo, que como ele (Pedro), tenhamos recorrido pelo socorro de Deus.

Mas observaram, como Pedro foi no início? Ele quis enfrentar a dificuldade, confiou em Jesus, tanto que começou a andar sobre as águas. E nós, não somos assim também, que, quando temos a experiência de estarmos na presença de Deus e ficamos desejosos de iniciarmos a nossa caminhada rumo ao Reino, nós de início, não falamos assim também?

Em nossas comunidades não são assim? Se fizemos o EJC, queremos que venha o próximo? Se fizemos o ECC, não buscamos mais famílias? Se nos tornamos Ministros, não desejamos levar o Corpo de Cristo aos enfermos? Ou quem sabe, porque participamos de uma formação, uma espiritualidade, um retiro, uma missa? Não pensamos assim também quando formamos uma família, e acreditamos que tudo será maravilhoso? É ou não é assim que acontece conosco? Ou será que estou falando besteiras?

Só que infelizmente, como em Pedro, logo que veio a dúvida do caminhar, a dificuldade nos passos, o vento contrário que lhe tira do equilíbrio, começa a povoar em nossa mente e em nosso coração que, talvez nós não mereçamos àquela graça, ou quem sabe, talvez nos lembramos que somos apenas mais um mortal, apenas mais uma pessoa?

Só que no caso de Pedro, as dúvidas e o medo foram os ventos contrários que lhe tocavam o corpo, e no nosso caso, quais são os nossos ventos contrários?

— O padre novo de nossa comunidade?
— Quem sabe, não é o Flávio que não está sendo um bom Coordenador dos Ministros Extraordinários, e por isso, vocês não querem participar mais?
— Ou será que é uma outra pessoa que vocês não suportam?
— Quem sabe, você que diz que uma pastoral não vai para a frente por causa de uma pessoa, ou, será que não é vocês que está sendo o vento contrário?
— Quem sabe, se é por causa daquele que faz as coisas erradas, e ninguém faz nada, e os erros continuam os mesmos?
— Ou será que o meu esposo continua tentando ter uma vida de solteiro após o seu matrimônio?
— Ou será que a minha esposa conversa mais com a vizinha do que comigo que me tornei dois em um pelo Sacramento do Matrimônio?
— Ou será que o vento contrário em nossa vida, seja o medo de dizermos a verdade ou de fazermos o que é correto, não por termos medo de afundarmos, mas, por termos medo de perder isso que chamamos de amizade?

Meus amados e amadas, sabem, é exatamente por isso e por tantas outras coisas pequenas, que nós não conseguimos vencer muitos de nossos obstáculos, pois, não conseguimos suportar as nossas tempestades e nem ajudar os outros nas deles; nós não conseguimos curar as pessoas quando impomos as nossas mãos sobre elas, pois não conseguimos curar a nós mesmos. Tudo isso, porque estamos sendo Pedro, acreditamos, mas não temos Fé o suficiente.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 06/08/18

LITURGIA DIÁRIA 06/08/18


TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS

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Leitura da Profecia de Daniel
(Dn 7, 9-10.13-14
)
Visão do Ancião e do Filho do Homem

(áudio1) (áudio2)

9 Eu continuava olhando até que foram colocados uns tronos, e um Ancião de muitos dias aí tomou lugar. Sua veste era branca como neve e os cabelos da cabeça, como ló pura; seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono, como fogo em brasa. 10 Derramava-se aí um rio de fogo que nascia diante dele; serviam-no milhares de milhares, e milhões de milhões assistiam-no ao trono; foi instalado o tribunal e os livros foram abertos. 13 Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. 14 Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 96(97),1-2. 5-6. 9 (R. 1a.9a)
Iahweh triunfante

(áudio1) (áudio2)

R. 1a Deus é Rei, 9a é o Altíssimo, muito acima do universo.

— 1 Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, / e as ilhas numerosas rejubilem! / 2 Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, / que se apóia na justiça e no direito.
5 As montanhas se derretem como cera / ante a face do Senhor de toda a terra; / 6 e assim proclama o céu sua justiça, / todos os povos podem ver a sua glória.

9 Porque vós sois o Altíssimo, Senhor, 
† muito acima do universo que criastes, / e de muito superais todos os deuses.

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Leitura da Segunda Carta de São Pedro
(2 Pd 1, 16-19
)
O testemunho apostólico

(áudio1) (áudio2)

Caríssimos, 16 não foi seguindo fábulas habilmente inventadas que vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, mas sim, por termos sido testemunhas oculares
da sua majestade. 17 Efetivamente, ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando do seio da esplêndida glória se fez ouvir aquela voz que dizia: “Este é o meu Filho bem-amado, no qual ponho o meu bem-querer”18 Esta voz, nós a ouvimos, vinda do céu, quando estávamos com ele no monte santo. 19 E assim se nos tornou ainda mais firme a palavra da profecia, que fazeis bem em ter diante dos olhos, como lâmpada que brilha em lugar escuro, até clarear o dia
e levantar-se a estrela da manhã em vossos corações.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos
(Mc 9, 2-10)
A transfiguração

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 2 Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3 Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4 Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5 Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.” 6 Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7 Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!’ 8 E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9 Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10 Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

A TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR NOS MOSTRA QUE NÃO DEVEMOS FICAR PARADOS, MAS SIM, DESCERMOS A MONTANHA

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 06/08/18. Segunda-feira da 18ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Marcos 9, 2-10, Profecia de Daniel 7, 9-10.13-14, Salmo 96, Segunda Carta de Pedro 1, 16-19.

Ó Pai, como seria bom, se diante dos problemas que aparecem na nossa vida, nós pudéssemos, realmente, agir como Jesus (feito homem), e não como Pedro, João e Tiago agiram.

Vou tentar explicar um pouco melhor, mas, antes de entrarmos de frente em nossa reflexão, devemos ter em nosso entendimento que, uma tônica em Jesus, é que Ele sempre, mas sempre mesmo, quando algo pode lhe tirar o rumo de sua missão, Ele, em sua humildade e fé no Pai, vai a um lugar esmo, afastado, normalmente um monte ou uma montanha, e ali, prostrando-se, abre o seu coração e despoja-se de todas as fraquezas, medos e dúvidas. Pois bem, …

ESTE É O PRIMEIRO PONTO.

Quem dera se quando nós nos víssemos sendo direcionados pelos outros ou nós mesmos nos inclinando para um caminho do pecado ou em dúvida sobre algo, em vez de enfrentarmos ou subestimarmos o problema, nós nos abríssemos primeiramente ao Senhor e pedíssemos uma luz e uma orientação.

Infelizmente, tanto eu como a maioria de nós, só procuramos Deus depois que o problema já foi criado, gerou raízes profundas e aí fica difícil de arrancá-lo de nossa vida. Jesus não agia assim, pois quando os problemas apareciam, Ele sempre procurava a orientação de seu Pai. Vejamos:

— Quando o elogiavam demais, Ele orava para que a soberba e o ego não tomassem conta de seu ser;
— Quando o medo era demais, Ele orava para que a covardia e a insegurança não fossem maiores.
— E quantos outros sentimentos Jesus teve, mas, sempre procurava a orientação do Pai?
— E nós, o que fazemos diante desses sentimentos e situações?
— A quem procuramos?
— Ou pior, nós nos escondemos?

O SEGUNDO PONTO.

Jesus chamou seus “melhores” amigos para acompanha-lo, como também no Getsêmani, na noite em que será traído. Por coincidência, ou não, nos dois episódios, os três não conseguiram ficar acordados e permanecerem juntos à Jesus durante as orações.

— E quantas vezes os nossos “amigos” não conseguem também ficar junto de nós quando precisamos?
— E quantas vezes, nós que somos “amigos”, não conseguimos estar ao lado daqueles que precisam?
— Será que podemos julgar a atitude dos discípulos e de nossos amigos, antes de refletir sobre a nossa própria atitude?

O TERCEIRO PONTO.

Mesmo com as falhas de seus amigos, Jesus não deixou de estar com eles. Por isso acredito, que os “verdadeiros amigos” são uma das dádivas de Deus em nossas vidas, pois, mais ausentes e ou imperfeitos que somos, a amizade é um dos primeiros passos em aceitar que precisamos uns dos outros para estarmos mais próximos de Deus. Eis um grande motivo pelo qual devemos saber e reconhecer quem são nossos “verdadeiros amigos”.

— Os nossos verdadeiros amigos, não são aqueles que nos protegem da verdade por doer demais, e nos falam apenas mentiras para amenizar a situação, mas, os verdadeiros amigos são aqueles que, apesar da dor que a verdade pode causar, mesmo correndo o risco de se afastarem de nós, não deixarão de ser nossos amigos e nos dirão a verdade que precisa ser dita.

O QUARTO PONTO.

Quando os amigos acordaram, viram Jesus conversando com Moisés e Elias. Nesta conversa, Moisés está representando toda a Lei de Deus, e Elias toda a profecia, e Jesus aquele que irá sintetizar e cumprir tudo aquilo que é da vontade de Deus. Cabe a mim e a todos nós, neste momento, termos nossa fé alicerçada e orientada em Jesus, pois com a sua transfiguração, foi mostrado verdadeiramente o que nos espera na vida eterna, algo de tanta beleza, que a simples luminosidade do nosso ser, verdadeiramente convertidos no amor de Deus, cegam àqueles que se encontram nas trevas.

— Mas será, que estamos sendo luz na vida de nossos irmãos?

O QUINTO PONTO.

Pedro diz a Jesus para que se faça três tendas:

— Uma para Moisés (a Lei),
— Uma para Elias (a Profecia),
— Uma para Jesus (o Messias),

mas como Pedro não sabia o que estava pedindo, tudo sumiu em uma nuvem, e de lá veio a voz de Deus dizendo, “que aquele que ali estava, era o Seu Filho, e que a Ele deveria ouvir”.

— Quantas vezes nós temos a mesma atitude de Pedro?

Aí algum de você podem me perguntar:

— Como assim Flávio, qual a atitude de Pedro que nós sempre temos?

Pois bem, reflitam comigo:

— Qual deve ter sido a sensação de Pedro, de Tiago e de João naquela montanha?
— O que eles devem ter sentido ao ver ali, na sua frente, Moisés, Elias e Jesus transfigurado em todo o seu esplendor?

Sinceramente? Se fosse eu que estivesse lá, com certeza, eu teria a mesma atitude de Pedro! Sabem por que? Eu queria é ficar na “boa”, diante da felicidade e do amor, na tranquilidade. Eu não quero mais ficar na “labuta” do dia-a-dia, eu quero é descanso.

— E não é esse o nosso desejo quando vencemos ou conquistamos algo?
— Seja sincero, não é assim que nós fazemos?

O SEXTO PONTO.

Depois, Jesus apareceu sozinho e os discípulos ficaram em silêncio, revelando este acontecimento apenas após a ressurreição de Cristo. Neste momento, Cristo nos mostra que após a nossa vitória ou a nossa conquista, depois do nosso sentimento de felicidade, o nosso trabalho e o nosso caminhar nas coisas de Deus não devem cessar. É nesse momento que devemos descer a montanha e colocar-nos novamente a caminho, sendo agora exemplo de como podemos chegar um pouco mais perto de Deus, mostrando com a nossa própria experiência, com o nosso próprio testemunho, sermos um pouco de luz àqueles que estão ao nosso redor. Temos a missão de revelar aos outros, que apesar da dificuldade da montanha que acabamos de subir, é possível ajudar aos outros a subirem também as suas. É necessário sermos humildes e pedir a ajuda dos nossos amigos e a orientação de Deus, em tudo o que acontece em nossa vida.

E pegando principalmente como exemplo os três trabalhos que mais realizo e gosto de fazer na minha comunidade, mas que também serve para as outras pastorais e serviços, gostaria que fôssemos sinceros, conosco mesmo:

— Após vivenciarmos o ECC, onde estamos vislumbrados com as coisas que Deus faz na vida dos outros e reconhecendo que faz na nossa também, qual a atitude que temos quando somos chamado para assumir uma coordenação ou a Equipe Dirigente, fico no alto da montanha apenas vislumbrando a bela vista ou desço a montanha e assumo a minha responsabilidade diante do convite de Jesus?
— Após vivenciarmos o EJC, onde que cheios de orações, sorriso e choro, espiritualidade e reflexão, somos chamados a levar esta alegria aos outros jovens e famílias, mas, sinceramente, estamos realizando isso de coração aberto, sendo luz na vida de nossa comunidade?
— Após vivenciarmos a formação dos MESC, onde acolhemos o chamado de Deus, para com simplicidade e humildade, sermos àqueles a levarem o próprio Cristo transubstanciado aos que mais necessitam de ajuda, como uma palavra, com um abraço, com apenas um sorriso, estamos nós, verdadeiramente, dispostos a nos entregar nos caminhos que nos levam aos nossos irmãos enfermos, doando o nosso tempo, o nosso amor, o nosso corpo e espírito, ou desejamos apenas ficar no alto da montanha sem queremos descer?
— E o que você pode dizer sobre a sua missão na Catequese, no Dízimo, no Apostolado, na Saúde, nos Vicentinos, no Batismo, na Familiar, no Canto, no Diálogo, Mãos à Obras, Carcerária, Sobriedade, Acolhida, Mãe Peregrina, Leitores, Acólitos e Coroinhas? E o que dizer de nossa Família? Quer ficar onde está ou onde Cristo quer te levar?

O SÉTIMO PONTO.

Fica apenas, mais estas perguntas:

— Estou tendo a perseverança de subir a montanha da minha vida, passar pelas pedras, e tentar alcançar o alto, ou já desisti?
— Estou conseguindo discernir tudo aquilo que já consegui de vitórias e aprendendo com as minhas derrotas na subida da montanha da minha vida?
— Estou disposto em deixar a minha comodidade e me colocar montanha abaixo e ajudar aquele que precisa?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 05/08/18

LITURGIA DIÁRIA 05/08/18


Eu sou o pão da vida

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Leitura do Livro do Êxodo
(Ex 16, 2-4.12-15
)
O maná e as cordonizes

(áudio1) (áudio2)

Naqueles dias, 2 a comunidade dos filhos de Israel pôs-se a murmurar contra Moisés e Aarão, no deserto, dizendo: 3 “Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito, quando nos sentávamos junto às panelas de carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trouxestes a este deserto para matar de fome a toda esta gente?” 4 O Senhor disse a Moisés: “Eis que farei chover para vós o pão do céu. O povo sairá diariamente e só recolherá a porção de cada dia a fim de que eu o ponha à prova, para ver se anda ou não na minha lei”. 12 “Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Dize-lhes, pois: ‘Ao anoitecer, comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão. Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus’.” 13 Com efeito, à tarde, veio um bando de codornizes e cobriu o acampamento; e, pela manhã, formou-se uma camada de orvalho ao redor do acampamento. 14 Quando se evaporou o orvalho que caíra, apareceu na superfície do deserto uma coisa miúda, em forma de grãos, fina como a geada sobre a terra. 15 Vendo aquilo, os filhos de Israel disseram entre si: “Que é isto?” Porque não sabiam o que era. Moisés respondeu-lhes: “Isto é o pão que o Senhor vos deu como alimento”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 77(78), 3-4bc. 23-24. 25.54 (R. 24b)
As lições da história de Israel

(áudio1) (áudio2)

R. 24b O Senhor deu a comer o pão do céu.

— 3 Tudo aquilo que ouvimos e aprendemos, / e transmitiram para nós os nossos pais, / 4b não haveremos de ocultar a nossos filhos, / mas à nova geração nós contaremos: / 4c As grandezas do Senhor e seu poder.
23 Ordenou, então, às nuvens lá dos céus, / e as comportas das alturas fez abrir; / 24 fez chover-lhes o maná e alimentou-os, / e lhes deu para comer o pão do céu.

25 
O homem se nutriu do pão dos anjos, / e mandou-lhes alimento em abundância; / 54 Conduziu-os para a Terra Prometida, / para o Monte que seu braço conquistou.

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Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios
(Ef 4, 17.20-24
)
A vida nova em Cristo

(áudio1) (áudio2)

Irmãos, 17 eis pois o que eu digo e atesto no Senhor: não continueis a viver como vivem os pagãos, cuja inteligência os leva para o nada. 20 Quanto a vós, não é assim que aprendestes de Cristo, 21 se ao menos foi bem ele que ouvistes falar, e se é ele que vos foi ensinado, em conformidade com a verdade que está em Jesus. 22 Renunciando à vossa existência passada, despojai-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, 23 e renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade. 24 Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
(Jo 6, 24-35)
Discurso na sinagoga de Cafarnaum

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 24 quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25 Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26 Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27 Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”28 Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29 Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”30 Eles perguntaram: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? 31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’.” 32 Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33 Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”34 Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”35 Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

O PÃO DO CÉU JÁ ESTÁ NO NOSSO MEIO

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 05/08/18. Domingo da 18ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de João 6, 24-35, Carta de Paulo aos Efésios 4, 17.20-24, Salmo 77, Livro do Êxodo 16, 2-4.12-15.

JESUS É O PÃO DO CÉU, QUE DÁ A VIDA ETERNA À NOVA HUMANIDADE!

Quando hoje fazemos a reflexão do Salmo 77, visualizamos o caminho que Jesus fez de volta à lembrança histórica de Israel no tempo da peregrinação de 40 anos pelo deserto sob os cuidados de Moisés. Veja o que lemos no versículo 24:

— “fez chover-lhes o maná e alimentou-os, e lhes deu para comer o pão do céu.”

No evangelho que refletimos hoje, Jesus vai trazer à memória daquelas pessoas que estavam ali na sua presença para ouvi-Lo, exatamente este episódio fundamental da história religiosa de Israel. Essa história é que podemos ler na Leitura do Êxodo 16 neste domingo. Naquele momento, o Povo Eleito teve fome e ficaram impacientes, pois, não queriam morrer no deserto. Então, queixaram-se a Moisés:

“Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito, quando nos sentávamos junto às panelas de carne e comíamos pão com fartura!”

Por mais dolorosa que fosse a experiência da morte pela fome, se fez necessário que o amor de Deus por todo o seu povo se manifestasse desta forma, pois, quem não passa pela fome, não sabe o que é o dom da Vida. Portanto, desta forma, era para que o Povo Escolhido, o Povo de Israel, soubessem que a Vida que lhe era dada e garantida somente por Deus, é que Deus teve que obrigar o seu Povo a ver de perto a fome e a morte no deserto.

Mas nós sabemos, porém, que nos planos de Deus haviam outros propósitos: o Seu Povo precisava saber e com isto ter certeza, de que Deus era a própria fonte da Vida, e como tal, deveria ser reconhecido:

“Assim sabereis que Eu Sou o Senhor vosso Deus”.

Para nós que somos bons leitores da Palavra de Deus, podemos ver que neste versículo do Livro do Êxodo, existe nele, a lembrança da revelação do Nome divino a Moisés no Monte Sinai:

“Eu sou aquele que sou” (Ex 3,14).

Por isso que, como Deus havia prometido à Moisés que enviaria o maná, o pão do céu, Ele cumpriu o que havia dito.

Desta forma, quando o povo vendo aqueles grãos no chão, perguntaram o que era aquilo, e prontamente, Moisés respondeu:

“Isto é o pão que o Senhor vos deu como alimento”.

Assim, o Povo, alimentando-se daquele pão celeste, se saciou, não somente da fome material, mas também, da fome espiritual, pois, ficaram sabendo que a Vida lhes tinha em seu Deus, a sua origem e fonte.

Todavia, existe um percurso de discernimento que haveriam de percorrer, que seria de compreenderem que o pão material era apenas a imagem do alimento divino que dá a Vida Eterna, e este caminho era difícil, onde que nem todos os judeus chegaram a percorrê-lo totalmente.

Na época de Jesus, muitos judeus não tinham ainda associado o maná coma Vida que somente Deus cria e conserva por meio de Sua bênção, e neste evangelho deste domingo, Jesus irá dar o verdadeiro significado espiritual do maná, o alimento que vem do céu, para dará Vida Eterna além da vida nesta terra:

“Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a Vida Eterna e que o Filho do Homem vos dará”.

Mas este alimento de Vida eterna que Jesus dará, será dado apenas por decisão do mesmo Deus de Israel, que é reconhecido como “Senhor”, como podemos ver na leitura hoje do Êxodo no versículo 12. E de fato, Jesus continua:

“É Meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá Vida ao mundo.

Jesus, portanto, identifica-se com o Pão do Céu enviado, agora, em seu tempo, ao Povo Eleito e para além dele … e dá Vida ao mundo.

Para que tudo fique perfeitamente claro, Jesus continuou:

“Eu sou o pão da Vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

Assim, para Israel, era possível entender que Seu Deus era a própria fonte da Vida, e aqui está, na pessoa de Jesus, o Filho de Deus, a mesma fonte de Vida Eterna.

Podemos observar neste evangelho, que fica claro o anúncio antecipado da eucaristia, onde que na Última Ceia Jesus a instituirá e deixará para toda a humanidade Seu Corpo e Sangue como alimento para a Vida Eterna.

Isto, porém, se faz necessário ser proclamado a toda a humanidade, e toda a humanidade precisa entender com clareza o que Jesus afirmou sobre Si mesmo como fonte de Vida Eterna, com maior convicção do que a dos judeus que pela primeira vez ouviram Dele este prenúncio.

O início da pregação apostólica na Igreja nascente incluía o anúncio da Eucaristia. As pessoas ficavam perplexas diante do fato de terem à sua disposição a própria Vida Divina por meio da Eucaristia. Isto foi motivo de grande trabalho por parte de São Paulo, e um exemplo disto está na Segunda Leitura deste domingo. Aqueles que eram convertidos deviam mudar sua própria auto compreensão perante a nova existência à qual eram introduzidos pela realidade da Eucaristia. Deviam mudar sua mente para esta compreensão, que a muitos parecia difícil. É neste sentido que São Paulo diz aos efésios no versículo 19:

“… não continueis a viver como vivem os pagãos, cuja inteligência os leva para o nada”.

E no versículo 24, ele continua:

“Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade”.

O “Homem Novo” para São Paulo era a humanidade inteira, composta por Israel e todas as demais nações sobre a face da terra. Os efésios delas faziam parte, e, deste modo, os efésios não são senão figura de todos os outros povos da humanidade que agora têm acesso à Vida Eterna por meio do Filho do Homem, Jesus, na Eucaristia.

Meu amigos e minhas amigas, vocês puderam observar, que toda esta Liturgia da Palavra se dirige diretamente a nós no dia de hoje, que, ao recebermos o Corpo e Sangue de Cristo, recebemos o Pão do Céu, no qual nos é dada a Vida que somente Deus tem, a Vida Eterna.

JESUS É O PÃO DO CÉU, QUE DÁ A VIDA ETERNA À NOVA HUMANIDADE!

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 04/08/18

LITURGIA DIÁRIA 04/08/18


A MORTE DE JOÃO BATISTA

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 
26, 11-16.24)
Prisão e julgamento de Jeremias (2)

(áudio1) (áudio2)

Naqueles dias, 11 os sacerdotes e profetas dirigiram-se aos chefes e a todo o povo, dizendo: “Este homem foi julgado réu de morte, porque profetizou contra esta cidade, como ouvistes com vossos ouvidos”. 12 Disse Jeremias aos dignitários e a todo o povo: “O Senhor incumbiu-me de profetizar para esta casa e para esta cidade através de todas as palavras que ouvistes. 13 Agora, portanto, tratai de emendar a vossa vida e as obras, ouvi a voz do Senhor, vosso Deus, que ele voltará atrás da decisão que tomou contra vós. 14 Eu estou aqui, em vossas mãos, fazei de mim o que vos parecer conveniente e justo, 15 mas ficai sabendo que, se me derdes a morte, tereis derramado sangue inocente contra vós mesmos e contra esta cidade e seus habitantes, pois em verdade o Senhor enviou-me a vós para falar tudo isso a vossos ouvidos.” 16 Os chefes e o povo em geral disseram aos sacerdotes e profetas: “Este homem não merece ser condenado à morte; ele falou-nos em nome do Senhor, nosso Deus.” 24 Jeremias passou a ter proteção de Aicam, filho de Safã, para não cair nas mãos do povo e evitar ser morto.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 68(69), 15-16. 30-31. 33-34 (R. Cf. 14)
Lamentação

(áudio1) (áudio2)

R. 14 No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!

— 15 Retirai-me deste lodo, pois me afundo! / Libertai-me, ó Senhor, dos que me odeiam, / e salvai-me destas águas tão profundas! / 16 Que as águas turbulentas não me arrastem, / não me devorem violentos turbilhões, / nem a cova feche a boca sobre mim!
30 Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! / Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus! / 31 Cantando eu louvarei o vosso nome / e agradecido exultarei de alegria!

33 Humildes, vede isto e alegrai-vos: / o vosso coração reviverá, / se procurardes o Senhor continuamente! / 34 Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, / e não despreza o clamor de seus cativos.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 14, 1-12)
Execução de João Batista

(áudio1) (áudio2)

1 Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. 2 Ele disse a seus servidores: “É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele.” 3 De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4 Pois João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido tê-la como esposa.” 5 Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. 6 Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes 7 que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 8 Instigada pela mãe, ela disse: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista.” 9 O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10 E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere. 11 Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça e esta a levou para a sua mãe. 12 Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

OS REFLEXOS DE JOÃO BATISTA, HERODES, HERODÍADES OU SALOMÉ, NOS MOSTRA VERDADEIRAMENTE QUEM NÓS ESTAMOS SENDO!

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 04/08/18. Sábado da 17ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 14, 1-12, Salmo 68, Livro do Profeta Jeremias 26, 11-16.24.

Se vocês fizeram a leitura ou ouviram o áudio do evangelho que hoje estamos refletindo, gostaria então, de começar perguntando a cada um de vocês, algumas coisas antes de começarmos a refletir realmente esta passagem.

— Nós já fomos, ou estamos sendo João Batista?
— Nós já fomos, ou estamos sendo Herodes?
— Nós já fomos, ou estamos sendo Herodíades?
— Nós já fomos, ou estamos sendo Salomé?
— E aí, posso perguntar novamente? Quem nós somos, ou melhor dizendo, quem nós estamos sendo hoje?

Eu gostaria que pudéssemos realmente refletir esta passagem nos libertando de tudo o que nos leva para a mentira, principalmente a mentira que nós contamos para nós mesmos e aquela que mostramos para os outros de algo que nós não somos ou não vivemos. E aí, posso continuar perguntando?

— Será que estamos sendo Salomé?

Já até perdi a conta, de quantas vezes eu e você fomos Salomé.

Nós somos Salomé, todas as vezes que nos deixamos levar, sem ter um conhecimento ou uma opinião própria do assunto; quando começamos a agir pela cabeça dos outros sem ter o discernimento de que aquilo que estamos fazendo é correto ou se fará mal a nós ou a alguém; todas as vezes que bebemos em excesso, fumamos ou nos entregamos aos “prazeres” da luxúria; quando falamos mal das pessoas por causa de uma fofoca; quando deixamos de ajudar alguém porque meu “amigo” ou “amiga” não gosta daquela pessoa; quando criamos uma discussão dentro de nossa casa com os nossos pais, com nossos filhos, com nosso esposo ou esposa por termos ouvido e não ter refletido aquela “dica” do “vizinho”.

Quantas vezes, por não termos um verdadeiro entendimento das coisas de Deus, nós nos tornamos Salomé e nos entregamos às coisas do mundo?

— Será que estamos sendo Herodíades?

Será que nós não somos mais Herodíades do que somos Salomé? Tenho as minhas dúvidas, e sabem por que?

Salomé, até certo ponto, não tem o discernimento ou a vontade de saber o que é correto e verdadeiro, já Herodíades, tem esse saber, mas a mentira está tão inclusa no seu ser, que ela torna a mentira em “verdade”, o mal em “bom”, o ódio em “amor”. Isso acontece, quando não conseguimos mais saber a diferença entre o que nos faz bem e o que nos faz mal.

Nós somos Herodíades, quando permanecemos no nosso erro; quando não conseguimos ver que a nossa atitude está causando um mal terrível a quem está perto de nós.

E o que é mais triste, é que, permanecendo no nosso erro, nós levamos junto conosco pessoas que acreditam em nós, nos reconhecem como sendo um bom exemplo de vida.

E quantas vezes nós damos um mal exemplo aos nossos filhos? Aos jovens da nossa comunidade? Aos nossos casais amigos? Ao nosso esposo ou esposa, achando, ou melhor dizendo, fazendo com eles se tornem algo de ruim ao nosso lar, à nossa família? Quantas vezes nos tornamos Herodíades, quando pegamos a Palavra de Deus e a transformamos em algo do mal, pois do mal, nosso coração está cheio?

— Será que estamos sendo Herodes?

Algumas vezes já deixamos de falar ou lutar pela verdade, apenas para não perdermos a amizade de alguém?

Já deixamos que alguém fosse julgado ou considerado culpado apenas para permanecermos no grupo “seleto” da nossa comunidade ou do nosso serviço?

Já deixamos de defender os nossos filhos, a nossa esposa ou esposo apenas para não parecermos “caretas” diante do mundo?

Será que alguma vez, nós mesmos, realizamos ou agimos em nome da “mentira” apenas para não entrarmos em conflito?

Será que deixamos a “mentira” se instalar em nossa casa, na nossa comunidade e ela se tornou tão “grande”, que o simples fato de se tocar na “ferida”, criaria uma confusão ainda maior, e por isso nos calamos?

Em tudo isso, estamos sendo Herodes, pois, permanecemos na mentira apenas para mantermos o nosso modo de vida, as nossas mordomias, as nossas “amizades”.

Estamos sendo Herodes quando nos entregamos às coisas ruins de nossa vida e permanecemos calados sem a força da Fé, o discernimento do Espírito e do amor de Deus, pois, estamos sendo coniventes com tudo de ruim que está ao nosso redor.

E aí, estamos ou não estamos sendo Herodes em nossa casa? Em nossa comunidade? Em nosso serviço?

— Quisera eu, e peço a Deus, será que conseguiremos ser João Batista?

João Batista dizia a verdade, não para julgar e se tornar maior do aquele que estava errado, mas ele dizia a verdade para que o erro se transformasse em certo, que o pecado se transformasse em perdão, que a consciência do erro nos desse o discernimento da verdade.

Jesus mesmo nos disse, “não existiu homem maior que João”.

João foi maior, pois ele se entregou ao caminho do Senhor falando a verdade e agindo em verdade.

João foi maior pois se reconheceu pequeno diante de Jesus, mas não desistiu de seu caminhar.

João foi maior, pois soube se diminuir sem inveja, egoísmo ou “dor de cotovelo” quando outro, que foi Jesus, o substitui à frente da messe do Senhor.

João foi maior, pois falou a verdade a Herodes sem ter medo da represália ou da perda de uma amizade.

João foi maior, pois apesar de ter sido preso e violentado, continuou dizendo a verdade e acreditando em Deus e em sua misericórdia.

João foi maior, pois com a sua vida, até mesmo em sua morte, ele nos faz um convite: Creia em Deus em todos os seus momentos, e permaneça na verdade, pois a verdade é Cristo Jesus.

Por isso, pergunto:

— Quem nós realmente estamos sendo?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 03/08/18

LITURGIA DIÁRIA 03/08/18


Não é ele o filho do carpinteiro?

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 26, 1-9
)
Prisão e julgamento de Jeremias

(áudio1) (áudio2)

1 No início do reinado de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, foi comunicada da parte do Senhor, esta palavra, que dizia: 2 “Assim fala o Senhor: Põe-te de pé no átrio da casa do Senhor e fala a todos os que vêm das cidades de Judá, para adorar o Senhor no templo, todas as palavras que eu te mandei dizer. Não retires uma só palavra, 3 talvez eles as ouçam e voltem do mau caminho, e eu me arrependa da decisão de castigá-los por suas más obras. 4 A eles então dirás: Isto diz o Senhor: Se não vos dispuserdes a viver segundo a lei que vos dei, 5 a escutar as palavras dos meus servos, os profetas, que eu vos tenho enviado com solicitude e para vossa orientação, e que vós não tendes escutado, 6 farei desta casa uma segunda Silo e farei desta uma cidade amaldiçoada por todos os povos da terra”. 7 Os sacerdotes e profetas, e todo o povo presente ouviram Jeremias dizer estas palavras na casa do Senhor. 8 Quando Jeremias acabou de dizer tudo e que o Senhor lhe ordenara falasse a todo o povo, prenderam-no os sacerdotes, os profetas e o povo, dizendo: “Este homem tem que morrer! 9 Por que dizes, em nome do Senhor, a profecia: – ‘Esta casa será como Silo, e esta cidade será devastada e vazia de habitantes?'” Todo o povo juntou-se contra Jeremias na casa do Senhor.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 68(69), 5. 8-10. 14 (R. 14c)
Lamentação

(áudio1) (áudio2)

R. 14c Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor.

— 5 Mais numerosos que os cabelos da cabeça, / são aqueles que me odeiam sem motivo; / meus inimigos são mais fortes do que eu; / contra mim eles se voltam com mentiras! / Por acaso poderei restituir / alguma coisa que de outros não roubei?
8 Por vossa causa é que sofri tantos insultos, / e o meu rosto se cobriu de confusão; / 9 eu me tornei como um estranho a meus irmãos, / como estrangeiro para os filhos de minha mãe. / 10 Pois meu zelo e meu amor por vossa casa / me devoram como fogo abrasador; / e os insultos de infiéis que vos ultrajam / recaíram todos eles sobre mim!

14 
Por isso elevo para vós minha oração, / neste tempo favorável, Senhor Deus! / Respondei-me pelo vosso imenso amor, / pela vossa salvação que nunca falha!

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 13, 54-58)
Visita a Nazaré

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 54 dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados.E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55 Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56 E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” 57 E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 58 E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

O PROFETA NÃO É BEM RECEBIDO EM SUA TERRA. E POR ACASO, EU SOU? E VOCÊ É? O QUE A MASSA DOMINANTE FALA? E AQUELES QUE SÃO MAIS HUMILDES? TEMOS CORAGEM DE PERGUNTAR?

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 03/08/18. Sexta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 13, 54-58, Salmo 68, Livro do Profeta Jeremias 26, 1-9.

No evangelho que estamos refletindo no dia de hoje, o povo estava admirado com a sabedoria de Jesus, pois, Ele não cursou nenhuma “faculdade”, e, no entanto, sabia tudo sobre tudo.

Neste episódio, Jesus faz uma visita a sua terra natal, a vila de Nazaré, onde passou sua infância, um vilarejo sem importância política nem econômica. Era realmente, um lugar humilde. Como de costume, Jesus vai a Sinagoga, faz a leitura das escrituras e em seguida faz um excelente comentário, uma excelente homilia ou como queira, um belo sermão. E todos ficaram de boca aberta, admirados com a sabedoria de Jesus, principalmente por Ele ser apenas o filho do carpinteiro, e, portanto, dentro da lógica humana, não teria condições de falar daquele jeito, demonstrando uma sabedoria excepcional.

Todos ali sabiam que Jesus não teria estudado as escrituras, muito menos ter feito nenhum curso aprofundado como os doutores da Lei. Mal sabiam eles que Jesus era o próprio Filho de Deus feito homem, e por isso, sabia de tudo. Muitos ficaram admirados com a sabedoria de Jesus, e não podiam se conformar com o que estavam presenciando. Naquele lugar, ninguém poderia saber mais do que os doutores de Lei! E dessa forma, Jesus estava incomodando muito, pois sendo o próprio Deus, Ele sabia tudo.

Jesus, apesar de não ser aceito e autorizado pelos líderes judaicos, os quais o consideravam um impostor, continuava a fazer o seu trabalho pelos ensinamentos da verdade. Ensinamentos estes, que não batiam com os ensinamentos dos mestres judaicos, e pelo contrário, volta e meia Jesus rebatia aquela prática injusta da Lei de Moisés, vivida pela elite religiosa. Muitos daquele lugar, por causa disso, já começavam a olhar Jesus com outros olhos, e foi aí que o Filho de Deus se proclamou Profeta, dizendo:

“Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”.

As pessoas ali presentes na Sinagoga não se conformavam. E perguntaram:

“Este homem não é o filho do carpinteiro, filho de Maria?”

Podemos até querer julgar a atitude do povo de Nazaré, ainda mais, por conhecer Jesus desde quando era criança, mas, devemos conter o nosso ímpeto de julgamento, pois, sejamos sinceros,

— No nosso meio, também não acontecem coisas parecidas?
— Quando um jovem bem-nascido, da classe média ou alta, se manifesta com um excelente desempenho, todos do seu nível e abaixo, não acham isso normal?
— Porém, se um “pobre financeiramente” esforçado, após muito tempo de estudo, fizer uma demonstração de competência, de sabedoria, uma proeza, todos nós também não vamos questionar?

E muitos de nós poderiam questionar esta pessoa:

— Ei, o que é isso, quem ele pensa que é?
— Ele não é apenas aquele rapaz que mora naquela casinha de fundo?
— Não é o filho daquele que só faz um bico aqui ou ali, porque nunca estudou e nunca se formou?
— No nosso meio também não acontece em nossas famílias, quando um de nós resolve se converter à Boa Nova de Jesus, arrepende-se de seus pecados, pede perdão e perdoa a quem o magoou, sempre tenta levar a Palavra de Deus a todos, e eles não aceitam ou não acreditam que essa pessoa possa ter mudado?
— Não é mais fácil ouvir o que o vizinho, o jornal, a internet tem a falar, do que dar ouvidos a esta pessoa?
— Nas nossas comunidades, quando aparece um fiel disposto a ajudar as pastorais, tentando dar uma dinâmica diferente, mas, por não possuir cursos e formações como tantos outros possuem, por não ser um dos “fundadores” da paróquia, diferente de tantos outros que já estão ali há muito tempo, esse “novo” fiel, não é aceito e nem lhe é dado a devida oportunidade?
— Quantas vezes as nossas palavras e as nossas ações não são aceitas pelos nossos familiares, amigos, pela pastoral que participamos, mas, inversamente proporcional, essas mesmas palavras e ações são observadas, refletidas e admiradas por pessoas de outras famílias, de outras pastorais, de outras comunidades?
— Quantas vezes é mais fácil falar de um sacerdote porque ele deseja ter mais espiritualidade em suas ações e levar a sua comunidade para mais perto da verdade e do amor de Deus, e você busca um outro sacerdote para ouvir apenas aquilo que é bonito aos seus ouvidos, mas, não é a verdadeira realidade de sua vida e de sua comunidade?

Meus irmãos e irmãs, não fiquemos tristes, nem desapontados quando tentarmos semear a palavra de Deus em nossa família ou comunidade e aí encontrar a maior resistência que se manifestará através de chacota, risos, e um ar de quem está pensando: “Olha só quem está falando isso”.

Em nossas famílias e em nossas comunidades, o mesmo pode ocorrer, e em vez de fazermos desabrochar novos valores paternais e responsáveis e ou, lideranças pastorais sadias, preocupadas verdadeiramente com o amor de Deus e preocupação em ajudar ao próximo física e espiritualmente, estejamos talvez, manifestando descrédito por aqueles que fazem alguma coisa, sufocando dons e carismas do próximo, que tem algo a oferecer…

Se isso, realmente acontecer, não ligue, persevere, e pense em Jesus, aquele que tem todo o poder no Céu e na Terra, mais que foi ignorado em sua cidadezinha natal, pelos amigos e familiares.

Infelizmente, isso é mais normal e corriqueiro do que imaginamos ou que gostaríamos, mas, que possamos fazer como Jesus, continuar e nunca desanimar de levar a sua Boa Nova de amor e misericórdia, e persistamos em ser um bom cristão em nossa família e em nossa comunidade, ou onde os caminhos do Senhor nos levar.

Caríssimos, Jesus neste episódio, estava no meio dos seus, naqueles que o conheciam mais profundamente e intimamente desde a sua infância, e mesmo assim foi muito questionado e interrogado. E exatamente por isso, não acreditavam em toda a sua sabedoria e na capacidade de realizar todos os prodígios visto por eles.

Olhem, isso acontece conosco hoje também, porque, tanto para Jesus como para aqueles que estão ao nosso lado, nós sempre olhamos para eles apenas de uma forma humana, pois, Jesus, eu e vocês, somos iguais a todos, e por isso, normalmente, nós não sabemos transpor o humano ou não sabemos olhar com os olhos da Fé.

Me respondam, o que é mais fácil:

— Aceitar o que uma pessoa de fora fala, ou aceitarmos algo daqueles que estão perto de nós?

É melhor não respondermos, pois, na maioria das vezes, ouvimos aqueles que não fazem parte de nossa realidade e desprezamos àqueles que vivem e convivem conosco, no dia-a-dia.

Posso dizer por muitos que conheço, que no meio da família que foram criados, na paróquia onde cresceram espiritualmente, não são bem aceitos e nem bem recebidos, pelo contrário, são muito questionados e interrogados, principalmente se não fazem parte da massa dominante.

Sabem minhas queridas amigas e amigos, nós, por muitas vezes, não sabemos distinguir as coisas, onde é mais fácil permanecermos nos erros e não dar ouvido àquela pequena voz que nos leva a verdadeira compreensão da nossa realidade. Como Jesus, Ele apenas quer nos dar a verdadeira compreensão da Palavra de Deus em nossas vidas, e no nosso meio, existem pessoas que possuem uma visão límpida daquilo que poderia ser feito em prol de nossas famílias e comunidades, mas que não são ouvidas por causa nosso preconceito ou porque poderemos perder o nosso poder, o nosso status.

Nós podemos ser muito próximos de nossos familiares, de nossos amigos, das pessoas da Igreja, isso não é problema, mas sim, virtude e graça. Agora, o problema, é quando diante dessa nossa vivência, temos apenas uma relação humanamente falando, e não buscamos a essência de Deus naquilo que em tudo fazemos.

Não podemos deixar que as nossas famílias sejam apenas reuniões para discussões; não podemos deixar as nossas pastorais se transformem unicamente em um grupo de encontro ou de confraternizações; não podemos deixar que as nossas relações familiares e comunitárias sejam apenas amistosas para convivência e ou coisas parecidas.

Nós precisamos nos permitir e àqueles que nos cercam, que o convívio de nossa família, que a vivência em nossas comunidades, sejam verdadeiros encontros com Deus e com a Sua graça. Também, não devemos nos achar melhores do que ninguém, mas, quando soubermos transpor as nossas diferenças, absorveremos o melhor que cada pessoa possui.

Que eu, você, nós, não percamos o olhar da Fé, mas, que sejamos movidos sempre por este olhar, para que a graça de Deus nos acompanhe por todos os dias de nossa vida!

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 02/08/18

LITURGIA DIÁRIA 02/08/18


Será pescado todo tipo de peixe

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 18, 1-6
)
Jeremias junto do oleiro

(áudio1) (áudio2)

1 Palavra dirigida a Jeremias, da parte do Senhor: 2 “Levanta-te e vai à casa do oleiro, e ali te farei ouvir minhas palavras”3 Fui à casa do oleiro, e eis que ele estava trabalhando ao torno; 4 quando o vaso que moldava com barro se avariava em suas mãos, ei-lo de novo a fazer com esse material um outro vaso, conforme melhor lhe parecesse aos olhos. 5 Fez-se em mim a palavra do Senhor: 6 “Acaso não posso fazer convosco como este oleiro, casa de Israel? diz o Senhor. Como é o barro na mão do oleiro, assim sois vós em minha mão, casa de Israel”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 145(146), 1-2. 3-4. 5-6 (R.5a)
Hino ao Deus que socorre

(áudio1) (áudio2)

R. 5a Feliz quem se apoia no Deus de Jacó!
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— 1 Bendize, minh’alma, ao Senhor! † 2 Bendirei ao Senhor toda a vida, / cantarei ao meu Deus sem cessar!
3 Não ponhais vossa fé nos que mandam, / não há homem que possa salvar. / 4 Ao faltar-lhe o respiro ele volta † para a terra de onde saiu; / nesse dia seus planos perecem.

5 
É feliz todo homem que busca † / seu auxílio no Deus de Jacó, / e que põe no Senhor a esperança. / 6 O Senhor fez o céu e a terra, / fez o mar e o que neles existe.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 13,47-53)
Parábola da rede e Conclusão

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 47O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. 48 Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. 49 Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, 50 e lançarão os maus na fornalha de fogo. E ai, haverá choro e ranger de dentes. 51 Compreendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”. 52 Então Jesus acrescentou: Assim, pois, todo mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.” 53 Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

COMPREENDESTES TUDO ISSO? OLHA, TEM CERTEZA?

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 02/08/18. Quinta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 13, 47-53, Salmo 145, Livro do Profeta Jeremias 18, 1-6.

Diante de tantas parábolas que Jesus apresentou sobre o Reino de Deus, os discípulos, como muitos de nós hoje também pensamos assim, pensaram que seria mais conveniente que houvesse uma separação o mais rápido possível de todas as pessoas em duas colunas.

Em uma coluna ficariam apenas as pessoas “boas”, que querem estar mais próximos do Reino de Deus e se converteram ou desejam se converter e assumir com fidelidade este caminho.

Na outra coluna, estariam as pessoas más, que foram ou são insensíveis aos chamados do Reino e preferiram a adesão à injustiça e toda a maldade.

Esta divisão, tanto para os discípulos como para nós, é de pensamento que pode nos dar mais segurança, pois assim, não haveria nenhuma dúvida de onde estariam aqueles que seriam do bem e do mal, e se houvesse esta mistura, acarretariam sérios problemas e dificuldades para os considerados bons.

Só que Jesus, ao contar esta parábola para os discípulos e para nós hoje, Ele se mostra totalmente contrário a esta mentalidade. Quando se puxa a rede, recolhe-se todas as espécies de peixes, e isso, também se passa com o Reino. Pessoas de todas as categorias, pensamentos, com as mais variadas intenções de atos e sentimentos, se fazem discípulas de Jesus, e neste momento não seria conveniente que estabelecêssemos uma separação como esta.

Vocês se lembram a reflexão que fizemos há dias atrás, sobre o joio e o trigo? Pois bem, a mensagem de Jesus é a mesma, e temos que ter a consciência e o discernimento, que a ninguém é dado este poder, a não ser ao próprio Deus, pois, somente a Ele cabe julgar as pessoas e assim sim, separá-las em duas colunas segundo o seu comportamento, quer dizer, segundo o nosso próprio comportamento. Mas fiquemos tranquilos, pois isto só será feito no fim do mundo, não é mesmo? Quem sabe será hoje?

Mas até que isso aconteça, nós que nos consideramos dentro da coluna dos “bons”, mas somos impacientes com àqueles que nos cercam, devemos provar a Deus e a nós mesmos que não somos. Uma forma de que podemos provar a nossa paciência com aquele que é fraco na Fé, humilhado diante dos poderosos, perseguidos por serem verdadeiros, é ajudar e caminhar junto deles para descobrimos o caminho à fidelidade a Jesus e ao Reino de Deus.

A nossa intransigência, a nossa austeridade, a nossa rigidez é ou poderá se tornar uma forma de maldade, que poderá se transformar em dano para o discípulo, que somos nós, quando nos defrontarmos com o Senhor.

Por isso, refaço a pergunta de Cristo, para mim e para vocês:

— COMPREENDESTES TUDO ISSO?

E sabem porque refaço esta pergunta, pois, apesar de sempre lermos e refletirmos esta Palavra, nós sempre de primeiro momento, respondemos como os discípulos: que nós também entendemos.

Mas, vamos ser sinceros?

A maioria de nós tem uma compreensão apenas superficial, digo isso, pois as nossas ações não refletem com o nosso “entendimento”.

Vejamos por assim dizer, parte por parte:

— “LANÇAR A REDE AO MAR”: É a Palavra de Deus que a nós é dirigida, e que devemos ouvi-la, compreendê-la e colocá-la em prática, no nosso dia-a-dia, em nossos trabalhos pastorais, na edificação da família, na ajuda ao próximo;

— “TODOS OS TIPOS DE PEIXE”: São todos nós: aqueles que ouvem a Palavra de Deus e são chamados a trabalharem na messe do Senhor, e aqueles que não aderem e continuam fazendo as coisas apenas do mundo.

— “QUANDO A REDE ESTÁ CHEIA, ELA É PUXADA PARA A PRAIA”: É o momento em que deveremos diante do Senhor apresentar o que fazemos com os nossos talentos que nos foi dado por Ele: os enterramos ou multiplicamos?

— “OS ANJOS SEPARARÃO OS MAUS DOS JUSTOS”: É o momento que fico pensando já desde agora, se realmente o que estou fazendo e vivenciando poderei me considerar um justo e se estou no caminho certo, ou, se serei jogado no fogo ardente.

— “TODO MESTRE DA LEI QUE SE TORNA MEU DISCÍPULO”: São todos nós, pessoas boas ou más. Mas, devemos ser aqueles que realmente se convertem na Palavra do Senhor. Então, que eu tenha cuidado, em não querer julgar esta ou aquela pessoa, pois eu mesmo, posso não ter me convertido.

— “TIRA DO TESOURO COISAS NOVAS E COISAS VELHAS”: As coisas velhas de nossa vida são tudo aquilo que conseguimos acumular em nosso tempo: bens, conhecimentos, sentimentos, amigos e inimigos, saúde ou vícios. As coisas novas é quando conseguimos transformar todas as coisas “velhas” em coisas agradáveis aos olhos de Deus. É quando conseguimos concretamente transformar o meu ódio em amor, a minha tristeza em alegria, o meu rancor em perdão, a minha preguiça em ação.

Mas só conseguimos fazer tudo isso, quando compreendemos que apenas com a ajuda de Deus é possível termos a nossa conversão. É quando refletimos o que foi dito à Jeremias: Deus pode nos transformar em uma nova pessoa, com uma nova vida, com uma nova forma de vivenciar as graças recebidas.

Quem dera se realmente conseguíssemos nos entregar totalmente ao amor de Deus, transformar as coisas velhas de nossos corações em amor novo para o meu irmão.

Quantas vezes já ouvi de pessoas, e até por várias vezes, de mim mesmo, que:

— Aquela pastoral não dá certo, acabou, já deu o que tinha que dar, não adianta tentar;
— A minha família só me traz problemas;
— Porque você persiste neste Encontro? Isso já deu o que tinha que dar. É chover no molhado;
— Esta pessoa não muda! Eu não mudo! Como diz o ditado: “Pau que nasce torto, morre torto”. Ou: “Filho de peixe, peixinho é”.

Eu sempre acredito que Deus, em minha vida, pode me transformar sempre em uma pessoa melhor.

Por isso, com todo respeito, humildemente eu lhe peço:

— Não me peça para deixar a pastoral ou o Encontro que faço parte, pois, o meu talento não é ver apenas o lado negativo e me entregar ao desânimo, mas perseverar nas coisas que são boas. Talvez não seja a pastoral ou o Encontro que esteja errado, mas, talvez seja eu o errado em me entregar diante das dificuldades.
— Não me peça para deixar ou trair meu esposo, minha esposa ou minha família, apenas porque os nossos pensamentos e desejos são diferentes, pois, o que eu desejo é fazer de nossos pensamentos e nossos desejos um bem melhor para todos nós, e não uma individualidade ou autossuficiência.
— Não me peça para deixar Deus de lado e me entregar aos prazeres do mundo que me trazem uma felicidade “passageira” e “enganosa”: sexo, pornografia, bebida, fumo, droga, violência, injustiça, corrupção, fofoca, injúrias, morte…, pois a minha felicidade em Deus é conseguida diante de muita luta, mas também de muito amor, pois o amor de Deus por mim, não e passageiro, não é efêmero, o amor de Deus por mim é eterno. Por isso repito o que o Salmo nos diz hoje e eu faço dele as minhas palavras:

“É feliz todo homem (eu) que busca seu auxílio no Deus de Jacó e que põe no Senhor a esperança”.

Essa é a minha felicidade, estar na presença de Deus, nos momentos ruins da minha família, da minha pastoral, da vida dos meus amigos e familiares, e essa felicidade se torna completa, quando ainda diante de Deus, conseguimos superar cada obstáculo, pois, aí, conseguimos vislumbrar e sentir o amor de Deus por nós, porque permanecemos perseverantes e conseguimos permanecermos unidos, eu, você, a minha família, a nossa pastoral, a nossa comunidade, e nada, deverá nos afastar deste caminho. Perseveremos com fé e oração no caminho de Deus com todos os nossos irmãos.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 01/08/18

LITURGIA DIÁRIA 01/08/18


PARÁBOLAS DO TESOURO E DA PÉROLA

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 
15, 10.16-21)
A vocação renovada

(áudio1) (áudio2)

10 Ai de mim, minha mãe, que me geraste um homem de controvérsia, um homem em discórdia com toda a gente! Não emprestei com usura nem ninguém me emprestou, e contudo todos me amaldiçoam. 16 Quando encontrei tuas palavras, alimentei-me, elas se tornaram para mim uma delícia e a alegria do coração, o modo como invocar teu nome sobre mim, Senhor Deus dos exércitos. 17 Não costumo frequentar a roda dos folgazões e gabo-me disso; fiquei a sós, sob o influxo de tua presença e cheio de indignação. 18 Por que se tornou eterna minha dor, por que não sara minha chaga maligna? Para mim te tornaste como miragem de um regato, como visão d’águas ilusórias. 19 Ainda assim, isto diz-me o Senhor: “Se te converteres, converterei teu coração, para te sustentares em minha presença; se souberes separar o precioso do vil, falarás por minha boca; os outros voltarão para ti, e tu não voltarás para eles. 20 Em favor deste povo, farei de ti uma muralha de bronze fortificada; combaterão contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para te salvar e te defender, diz o Senhor. 21 Eu te libertarei das mãos dos perversos e te salvarei dos prepotentes”.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 58(59), 2-3. 4-5a. 10-11. 17. 18 (R. 17d)
Contra os ímpios

(áudio1) (áudio2)

R. 17d Sois meu refúgio no dia da aflição.

— 2 Libertai-me do inimigo, ó meu Deus, / e protegei-me contra os meus perseguidores! / 3 Libertai-me dos obreiros da maldade, / defendei-me desses homens sanguinários!
4 Eis que ficam espreitando a minha vida, / poderosos armam tramas contra mim. / 5a Mas eu, Senhor, não cometi pecado ou crime.

10 Minha força, é a vós que me dirijo,
† / porque sois o meu refúgio e proteção, / 11 Deus clemente e compassivo, meu amor! / Deus virá com seu amor ao meu encontro, / e hei de ver meus inimigos humilhados.
17 Eu, então, hei de cantar vosso poder, / e de manhã celebrarei vossa bondade, / porque fostes para mim o meu abrigo, / o meu refúgio no dia da aflição.
18 Minha força, cantarei vossos louvores,† / porque sois o meu refúgio e proteção, / Deus clemente e compassivo, meu amor!

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 13, 44-46)
Parábolas do tesouro e da pérola

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44 O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45 O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46 Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

O Reino dos Céus … é um tesouro escondido no campo … é uma pérola de grande valor …

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 01/08/18. Quarta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 13, 44-46, Salmo 58, Livro do Profeta Jeremias 15, 10.16-21.

Podemos refletir em muito os três textos a nós apresentado hoje na liturgia. Eu gostaria de começar pelo fim, pelo texto do Evangelho, depois o Salmo e depois Jeremias. Penso assim, pois para iniciarmos uma caminhada junto à Jesus, primeiramente temos que ter a nossa conversão, ou no mínimo que seja, o desejo de nos converter. Sendo assim, posso resumir o texto do evangelho de Mateus, perguntando:

— O que nós consideramos como o “tesouro em nossa vida” hoje?
— O que estamos dispostos a fazer para termos a “pérola de grande valor” ao nosso lado?
— O que estamos propensos em mudar em palavras e ações para mantermos o “tesouro em nosso campo”?

Como eu, acredito que nós sempre achamos ou tornamos a nossa conversão em algo quase sempre impossível de se conseguir. Colocamos obstáculos e dificuldades enormes para nós mesmos quando desejamos realizar esta conversão, esta mudança em nossa vida. Mas para que possamos nos converter, primeiro devemos discernir aquilo que de verdade, é de grande valor. Temos que saber que na nossa vida, realmente vale a pena nos entregar totalmente a Deus para termos o que é valoroso para nós.

Hoje, podemos colocar como nossa “pérola”, a nossa esposa, o nosso esposo, os nossos filhos, o nossos pais e mães, as nossas sogras e sogros, nossos irmãos e cunhados, parentes, amigos, irmãos em Deus e nossa saúde física, intelectual e espiritual. Mas:

— Será que conseguimos valorizar esta nossa “pérola” aos olhos de Deus?
— Será que por meio de respeito, afeto, fidelidade e ajuda, nós valorizamos a nossa esposa ou o nosso esposo?
— Será que por meio de compreensão, amizade, bom exemplo, nós valorizamos os nossos filhos, as nossas filhas?
— Será que por meio de carinho, paciência e palavras, nós valorizamos os nossos pais, nossos irmãos e parentes?
— Será que por meio de perseverança, comprometimento e solicitude, nós valorizamos os nossos irmãos em Deus?
— Será que por cuidarmos do físico e comemos melhor, nós valorizamos a nossa saúde?

Essas são algumas perguntas que devemos fazer a nós mesmos quando nos sentimos fraco diante da disputa com o mundo, para que mantenhamos a nossa “pérola” perto de nós, guardada em nosso coração.

Mas aí, como no Salmo, devemos pedir a Deus que nos livre de nossos inimigos quando desejamos lutar e mantermos o nosso “tesouro” junto conosco. E o nosso “tesouro” hoje são a nossa família, a nossa comunidade, os nossos amigos.

Meus queridos amigos e amigas, existem aqueles que ficam espreitando a nossa vida para tentar nos derrubar ou no mínimo nos colocar em um atalho perigoso, são até certo ponto, muito mais persistentes do que nós mesmos. Quanto a nós, devemos nos mantermos em alerta e alicerçados na Palavra de Deus, para que nós não nos deixemos sermos levados para o “mau caminho”.

Sendo assim, eu poderia fazer as seguintes perguntas:

— Será que estamos valorizando a nossa “pérola” e o nosso “tesouro”, quando não saímos mais para barzinhos sem a nossa esposa ou nosso esposo?
— Será que estamos valorizando a nossa “pérola” e o nosso “tesouro”, quando acompanhamos e conversamos com os nossos filhos dando-lhes o alicerce sem entrega-los ao mundo?
— Será que estamos valorizando a nossa “pérola” e o nosso “tesouro”, quando deixamos de ver e ou procurarmos na internet, celular, TV e revistas “assuntos” que nos levam a ter pensamentos de traição pelos nossos cônjuges, pela nossa família?
— Será que estamos valorizando a nossa “pérola” e o nosso “tesouro”, quando deixamos de beber em excesso, de fumar, de nos drogar porque conseguimos ver que estas coisas nos levam para a morte?

São em momentos como este que devemos pedir a Deus que nos fortaleça, pois, a tentação aos nossos olhos, é sempre mais fácil.

Mas aí vem o texto de Jeremias e nos mostra que, quando verdadeiramente entramos no caminho da conversão, nós nos tornamos uma pessoa controversa, uma pessoa da discórdia, uma pessoa chata aos olhos do mundo, e é nesse momento, que devemos ainda mais perseverarmos para mantermos a nossa “pérola” e o nosso “tesouro” junto de nós.

Caríssimos, diante da nossa persistência em nos mantermos firmes na nossa mudança, na nossa conversão, o maligno não se dá por vencido, e já que o mundo não conseguiu nos desvirtuar, ele – como dizia o Padre Léo –, o “encardido” irá tentar utilizar daqueles que estão mais pertos de nós e de nossa família.

Como diz o texto de Jeremias, “não costumo frequentar a roda dos folgazões e gabo-me disse”. É exatamente neste momento, quando nós reconhecemos os nossos erros e os nossos pecados, que caímos em nós e desejamos nos converter e começamos a trilhar um caminho que nos levará mais perto da nossa “pérola” e do nosso “tesouro”, é que o “encardido” irá usar daqueles mais próximos de nós para nos “amaldiçoar” e levarmos para o caminho da perdição.

— Qual a atitude de nossos “parentes”, “amigos” e “amigas”, se assim podemos chamá-los, se nós não sairmos mais sem o nosso esposo e ou a nossa esposa para um barzinho ou uma noitada? O que eles fazem? Eles insistem? Eles chamam nós dois? Ou eles nos abandonam para que nós nos sintamos sozinhos e voltemos a procurá-los?
— Qual a atitude de nossos “parentes”, “amigos” e “amigas”, se assim podemos chamá-los, se não bebermos mais? Se não nos drogarmos mais? O que eles fazem? Eles insistem? Sempre quando estamos juntos, mesmo sabendo que não bebemos, não fumamos ou nos drogamos mais, eles ainda nos oferecem? Será que está é uma atitude de verdadeiros “amigos”?
— Qual a atitude de nossos “parentes”, “amigos” e “amigas”, se assim podemos chamá-los, se costumamos ir à Igreja, vivenciar encontros, espiritualidades? Eles nos dizem que isso é perda de tempo ou incentivam? Mesmo eles não vivenciando a mesma “coisa” que nós, eles criticam ou aceitam a nossa conversão?

Essa reflexão nós vamos ter que fazer para vermos, o que para nós, o que é a nossa “pérola” e o nosso “tesouro”. Vamos ter que decidir, nós mesmo, o que estamos dispostos a fazer para mantê-los junto a nós.

Para os mais intransigentes e céticos, Jesus nos deixa bem claro, esta conversão não é obrigatória e nem é forçada, é opcional, pois essa conversão requer uma mudança de vida, de atitude, de pensamento e ação. Por isso, se você não quiser, não é obrigado, mas pedimos, pelo menos, o seu respeito diante da nossa OPÇÃO.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 31/07/18

LITURGIA DIÁRIA 31/07/18


EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA DO JOIO

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 14, 17-22
)
Intercessão e Falso Profetas

(áudio1) (áudio2)

17 “Derramem lágrimas meus olhos, noite e dia, sem parar, porque um grande desastre feriu a cidade, a jovem filha de meu povo, um golpe terrível e violento. 18 Se eu sair ao campo, vejo cadáveres abatidos à espada; se entrar na cidade, deparo com gente consumida de fome; até os profetas e sacerdotes andam à toa pelo país.” 19 Acaso terás rejeitado Judá inteiramente, ou te desgostaste deveras de Sião? Por que, então, nos feriste tanto, que não há meio para nos curarmos? Esperávamos a paz, e não veio a felicidade; contávamos com o tempo de cura, e não nos restou senão consternação. 20 Reconhecemos, Senhor, a nossa impiedade, os pecados de nossos pais, porque todos pecamos contra ti. 21 Mas, por teu nome, não nos faças sofrer a vergonha suprema de levarmos a desonra ao trono de tua glória; lembra-te, não quebres a tua aliança conosco. 22 Acaso existem entre os ídolos dos povos os que podem fazer chover? Acaso podem os céus mandar-nos as águas? Não és tu o Senhor, nosso Deus, que estamos esperando? Tu realizas todas essas coisas.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 78(79), 8. 9. 11.13 (R. 9bc)
As lições da história de Israel (Poema. De Asaf.)

(áudio1) (áudio2)

R. 9bc Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!

— 8 Não lembreis as nossas culpas do passado, / mas venha logo sobre nós vossa bondade, / pois estamos humilhados em extremo.
9 Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador!
 / Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! / Por vosso nome, perdoai nossos pecados!
11 Até vós chegue o gemido dos cativos:
 / libertai com vosso braço poderoso / os que foram condenados a morrer! / 13 Quanto a nós, vosso rebanho e vosso povo, / celebraremos vosso nome para sempre, / de geração em geração vos louvaremos.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 13, 36-43)
Explicação da parábola do joio

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 36 Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” 37 Jesus respondeu: Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38 O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39 O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. 40 Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41 o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42 e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43 Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

QUEM ESTAMOS SENDO, JOIO OU TRIGO?

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 31/07/18. Terça-feira da 17ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 13, 36-43.

Como no Evangelho de ontem, temos a possibilidade de entendermos um pouco mais as parábolas que Jesus nos fala, e hoje, com a participação expressiva do próprio Cristo nos dando esta explicação.

E como ontem, refaço as perguntas:

— Seria realmente necessário está parábola?
— Será por que o nosso coração, mesmo após tantas parábolas, ainda continua fechada à Boa Nova do Senhor?
— Sinceramente? Para muitos de nós, a Palavra de Deus ainda permanece muito distante do nosso coração.

Uma das grandes dificuldades que temos para compreender a Palavra de Deus, é que sempre queremos entende-la à materializando em nosso “mundo humano”, e não diante à Fé e a inspiração do Espírito Santo. Queremos respostas rápidas, mas não temos a paciência de estuda-la, refleti-la, coloca-la dentro da nossa realidade, discernir aquilo que Deus deseja para a nossa vida, e por isso, sem termos a verdadeira compreensão.

Por isso hoje, não viu fazer a minha própria reflexão, mas vou passar a vocês duas reflexões distintas na sua forma de palavras, onde que uma possuem palavras mais didáticas e documental, e a outra, com palavras mais da nossa verbalização, da nossa conversação.

A primeira reflexão vou retirar do livro Novo Comentário de São Jerônimo – Novo Testamento, aconselho a todos adquirirem, apesar que o preço é um pouco salgado, mas é uma possibilidade de termos uma explicação mais sóbria e até mesmo de fácil entendimento.

A segunda reflexão vou humildemente transpor da evangelizadora Helena Serpa, que faz parte da Comunidade Católica Missionária Um Novo Caminho. Espero que possam tirar proveito, e é uma possibilidade de ouvir algo que não seja da minha cabeça, do meu corpo, do meu coração.

PRIMEIRA REFLEXÃO: Comentário de São Jerônimo

A interpretação da parábola do joio (13,36-43).

Mateus revela agora com plenos detalhes alegóricos o significado dos vv. 24-30. Nos vv. 37-39, ele oferece equivalentes escatológicos para sete elementos da parábola, de uma forma um tanto estática. Na segunda parte da explicação (vv. 40-43), ele traz uma apresentação dinâmica do juízo final e da consequente separação entre os “malfeitores” (lit., aqueles que praticam a iniquidade) e os “justos”.

vv 38. o campo é o mundo: O kosmos refere-se aqui ao mundo humano, à humanidade.

Maligno: O mal é personificado aqui, como em Mateus 5,37; 6,13; 13,19; mas é chamado de “o diabo” no versículo seguinte.

vv 41. seu Reino: Esta expressão foi usada no passado para fazer uma distinção entre o reino do Filho (a igreja atual) e o reino de Deus, mas esta distinção parece infundada. O reino de Deus é dado ao Filho do Homem, e ele o trará à terra em sua plenitude “no fim das eras” (vv. 39.40).

vv 42. fornalha ardente: Este é um elemento de qualidade, equivalente à “fornalha chamejante”. Mateus, aqui e em outros lugares (p.ex., 25,31-45), aplica pastoralmente a visão apocalíptica do inferno.

choro e ranger de dentes: Quase um clichê em Mateus (8,12; 13,50; 24,51; 25,30); cf. Lc 13,28.

vv 43. então os justos: Esta expressão de alegria reflete Dn 12,3, mas com diversas mudanças importantes: são os “justos”, em vez dos sábios, que brilharão; o lugar onde brilharão é “o reino”. Os detalhes não deveriam obscurecer o ponto principal da parábola: o reino é um corpo misto de santos e pecadores na terra, até a separação final pelos anjos de Deus. Consequentemente, a paciência, a tolerância e a longanimidade são necessárias. Ninguém deveria usurpar o julgamento divino. Esta concepção pode parecer comum, mas, na realidade, difere um tanto da concepção de Paulo de uma igreja de “santos”, uma concepção que levou alguns teólogos posteriores a falar da igreja verdadeira como oculta ou invisível, enquanto outros insistem em sua visibilidade. Os grupos puritanos que tentam excluir todos os pecadores terminam como comunidades pequenas ou efêmeras. Como um todo, a concepção de Mateus incita à preparação para o julgamento e protege a comunidade de acusações de hipocrisia. O problema com sua concepção é que pode ser interpretada de outra forma: nada pode ser feito a respeito do mal em nosso meio; a única resposta neste caso seria a indiferença passiva. Mas essa não pode ser a verdade toda. O joio pode sufocar o trigo (v. 7); assim, ele deve ser mantido sob controle, mesmo que não seja completamente eliminado. A igreja necessita de reforma constante e de ação positiva que inclua a busca de santidade, mas precisa evitar um purismo ou angelismo irrealista. Uma única parábola não pode dizer tudo. A parábola da rede (vv. 47-50) destaca o mesmo aspecto: o reino é um corpo misto; a paciência é necessária, e deve-se deixar a separação final para Deus.

SEGUNDA REFLEXÃO: HELENA SERPA

Com a parábola do joio e do trigo Jesus vem nos explicar direitinho o que acontece com o mundo em relação ao reino do céu e como o maligno pode interferir nos projetos de Deus. Jesus mesmo é o semeador que veio instaurar o reino do amor de Deus no coração dos homens. É Ele quem planta a boa semente da Sua palavra e dos Seus ensinamentos no coração de todos os que querem pertencer ao reino dos céus. O campo é o mundo onde coexistem os bons e os maus e a boa semente são os que aceitam os ensinamentos de Jesus para acolher o reino dos céus. O joio, são aqueles que, sugestionados pelo maligno, o espírito do mal, são impedidos de que o reino de Deus aconteça no interior dos seus corações e passam a ser instrumentos do mal. O joio e o trigo são plantas muito parecidas a ponto de confundir a visão de quem colhe. A semelhança entre essas duas plantas é tão grande, que em algumas regiões costuma-se denominar o joio como “falso trigo”. Dentro do nosso coração há trigo, mas também há o joio, por isso acontece dentro de nós uma luta constante entre o bem e o mal. Quando, porém, nos apossamos da semente da Palavra que Jesus nos deixou, nós saímos vitoriosos e o bem prevalece. E é a partir desta dinâmica que cada um de nós pode ser uma boa ou uma má semente no campo que é o mundo. Jesus nos dá entendimento da parábola do joio e do trigo, para que possamos ajuizar qual é o tipo de semente que tem sido jogada no terreno do nosso coração e se nós a estamos acolhendo. Quando acolhemos a Palavra do Senhor dentro da mentalidade que Ele prega nós podemos dizer que estamos sendo também no mundo uma semente boa. Todavia também podemos estar sendo confundidos pela ação do inimigo que tenta desvirtuar o sentido dos ensinamentos de Jesus fazendo com que tenhamos no mundo um comportamento duvidoso. Precisamos estar bem atentos enquanto estamos aqui na terra e temos vida e oportunidade. Jesus mesmo falou que no final os Seus anjos virão e retirarão do seu reino todos os que praticam o mal. Não podemos nos acomodar, precisamos fazer a nossa parte para edificar o reino de Deus aqui na terra.

Faça uma reflexão sobre tudo o que você tem percebido aqui na terra:

— Quem está vencendo, o bem ou o mal?
— O que você tem feito para difundir o reino de Deus?
— Você se considera trigo ou joio?
— Qual a influência que você está tendo para com a sua família, com os seus amigos, suas amigas: você tem sido instrumento do bem ou do mal?
— Para onde você os está levando?

Pois bem, estas foram as duas reflexões, e espero que tenham tirado algum proveito, como eu tirei, e da minha parte, eu deixo apenas o seguinte:

Se estamos sendo joio, estamos representando àquelas pessoas que são contra o Reino de Deus, e que fazem as outras pessoas pecarem e praticarem o mal, e conforme explícito nos versículos 41 e 42, o nosso destino será o fogo e o sofrimento sem fim, e nunca iremos brilhar no firmamento como o sol. Sabemos que Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, planeja o destino de glória para todos, mas, não para nós que somos joio, pois está graça nós a perderemos.

Se estamos perseverando para sermos trigo, estamos representando àquelas pessoas que permanecem no Reino de Deus, e o nosso destino será a participação na glória eterna de Deus, e o melhor, não seremos consumidos pelo fogo, e o nosso brilho será como o do sol no céu.

Mas tenhamos a consciência, que nada é definido por Deus, quanto ao destino de cada pessoa, pois, antes que chegue o fim dos temos, eu, você, todos nós, temos a opção de escolha: seguirmos a Deus ou sermos contra Ele. Acreditem, Deus por ser eterno amor e misericórdia, não condena ninguém que não tenha se condenado primeiro.

Meus irmãos e irmãs, enquanto estivermos neste mundo, é-nos dado escolher. Para que possamos escolher essa vontade de termos em nossas vidas, não depende apenas de nós, mas que confiemos em Seu amor e misericórdia e que possamos pedir ao seu Espírito Santo que nos ajude, e tenhamos aceso o desejo de ficarmos ao Seu lado para toda a eternidade.

— Quem estamos sendo, joio ou trigo?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

Post Destacado

Liturgia Diária 30/07/18

LITURGIA DIÁRIA 30/07/18


O REINO SE COMPARA À SEMENTE DE MOSTARDA E AO FERMENTO

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 13, 1-11
)
O cinto que de nada serve

(áudio1) (áudio2)

1 Isto disse-me o Senhor: “Vai comprar um cinto de linho e põe-no em torno da cintura, mas não o deixes molhar na água”2 Comprei o cinto, conforme a ordem do Senhor, e coloquei-o à cintura. 3 E a palavra do Senhor dirigiu-se a mim pela segunda vez, dizendo: 4 “Toma o cinto que compraste e tens à cintura, levanta-te e vai ao Eufrates, esconde-o lá na fenda de uma pedra.” 5 Fui e o escondi perto do Eufrates, conforme mandara o Senhor. 6 Ora, ao cabo de muitos dias, disse-me o Senhor: “Levanta-te, vai ao Eufrates, e retira de lá o cinto que te mandei esconder”7 Fui ao Eufrates, cavei e retirei o cinto do lugar, onde o tinha escondido; mas eis que o cinto tinha apodrecido tanto que não servia mais para nada. 8 E a palavra do Senhor dirigiu-se a mim, dizendo: 9 “Isto diz o Senhor: Assim farei apodrecer a grande soberba de Judá e de Jerusalém; 10 este povo perverso, que se recusa a ouvir minhas palavras, convive com a maldade no coração, e vai atrás de deuses estrangeiros, prestando-lhes culto e prostrando-se diante deles, será como este cinto que não serve mais para nada. 11 Pois assim como o cinto se une à cintura do homem, assim quis eu que toda a casa de Israel e toda a casa de Judá se unissem a mim, diz o Senhor, para ser meu povo, honra do meu nome, louvor e glória. Mas não ouviram.”
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Dt 32, 18-19. 20. 21 (R. 18a)
Cântico de Moisés

(áudio1) (áudio2)

R. 18a Esqueceram o Deus que os gerou.

— 18 Desprezastes o Rochedo que te gerou, / esquecestes o Deus que te criou. / 19 E o Senhor viu e se irritou, / aborrecido com seus filhos e filhas.
20 E disse: Esconderei deles meu rosto, / e verei qual será seu fim. / Pois são uma geração perversa, / filhos sem lealdade.

21 
Eles me provocaram com coisas, que não são deus, / irritaram-me com seus ídolos. / Também os provocarei com quem não é povo / e os irritarei com gente insensata.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 13,31-35)
Parábola do grão de mostarda

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 31 Jesus contou-lhes outra parábola: O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32 Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos.” 33 Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.” 34 Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, 35 para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

A SEMENTE SE TRANSFORMA EM ÁRVORE DA FÉ, O FERMENTO EM PERSEVERANÇA E PACIÊNCIA NA MESSE RUMO AO REINO

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 30/07/18. Segunda-feira da 17ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 13, 31-35.

Que tenhamos em nosso coração a humildade para compreender a riqueza de ensinamentos escondidas nas parábolas de Jesus, onde que, nunca desanimemos e continuemos sempre a semear a palavra de Deus, e confiando no seu poder. Um antigo ditado diz que a parábola é como o fino pavio de uma vela: aparentemente não tem nenhum valor, mas, por mais fraca que seja a sua luz, ela nos ajuda a descobrir um tesouro. E assim como a semente germina e o fermento que cresce, a palavra de Deus por mais difícil que nos possa parecer, irá crescer e produzir frutos naqueles que as ouvir.

O Evangelho de hoje nos mostra que, apesar de Jesus sempre falar por meio de parábolas para que o povo compreendesse melhor, será que hoje, agora, nós conseguimos entender realmente o que Ele quer nos falar?

Nestas duas parábolas que Jesus nos mostra, podemos fazer a nossa reflexão até mesmo seguindo os versículos, um a um, sem precisarmos ter um estudo, uma exegese ou uma hermenêutica tão avançada da Palavra. Mas, apesar destes textos serem de “fáceis” interpretações, mesmo assim, devemos ter o cuidado de não interpretarmos erroneamente olhando apenas com os olhos humanos, mas devemos ter o nosso coração aberto ao discernimento que o Espírito Santo nos dá. Se assim o fizermos, aí sim, poderemos compreender o que Jesus quer nos dizer.

Sendo assim, não se apeguem a minha reflexão, mas que cada um de nós possamos fazer esta reflexão de conversão, perseverança, amor e missão.

— Naquele tempo, Jesus contou-lhes outra parábola:

Esse “tempo” é hoje, e “contou-lhes”, significa que Ele está falando para nós;

— O Reino dos Céus é como:

Com essas palavras, Jesus quer façamos uma comparação do Reino de Deus que seja de fácil compreensão, pois, Ele, conhece o nosso coração, e mesmo após, Ele ter deixado bem claro como é a dinâmica para caminharmos no rumo da Salvação, Ele ainda quer nos deixar mais claro ainda, o que seria o Reino de Deus. E aí eu poderia perguntar:

Seria realmente necessário está outra parábola?
— Será que o nosso coração, mesmo após tantas parábolas, ainda continua fechada à Boa Nova do Senhor?
— Sinceramente? Para muitos de nós, a Palavra de Deus ainda permanece muito distante do nosso coração.

E Jesus continua:

— O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes:

A Palavra de Deus quando é semeada em nosso coração, ela é considerada como a menor das sementes, pois ela não deve ser aceita como obrigação, como imposição, não! A Palavra de Deus quando semeada em nosso coração, deve aceita por nós como graça, como água que refresca, como sombra que nos abriga, como o lar que nos acolhe. A Palavra de Deus é singela, pois ela não vai derrubar a porta de nossa casa, pelo contrário, ela bate mansamente e cabe a nós abrir a porta de nossa vida para que ela possa fazer morada em nosso coração. E continuando…

— Embora ela seja a menor de todas as sementes quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos.

Quando aceitamos nos converter ao Reino de Deus, diante da Palavra semeada em nosso coração, as graças e bênçãos alcançadas, nos dão a felicidade de ver que os nossos frutos, são direcionados principalmente para aqueles que mais precisam de ajuda, sendo esta ajuda material ou espiritual, pois, como os pássaros do céu que são os animais que mais são postos à prova pelo mundo, tanto pelo tempo que os castiga, como ser indefesos aos tratos humanos, nós também, temos a missão de sermos “a mostarda” crescida e acolher aos que mais necessitam, sendo em nossa comunidade e principalmente em nossa família.

— Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola:

“Contou-lhes”, significa que Ele está falando para nós, e “ainda uma outra parábola”, é a perseverança de Cristo em tentar sempre nos mostrar com palavras simples e de fácil compreensão o significado do Reino de Deus em nossas vidas.

— O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.

Nesta passagem, a mulher que mistura uma pitada de fermento à farinha, serve para que Cristo nos mostre um outro aspecto do Reino de Deus. Neste exemplo, o fermento nos mostra que o Reino atua no interior de nossos corações, de forma velada, de forma discreta e vai nos transformando. Jesus nos deixa bem claro que não é necessário que seja em grande quantidade, mas que, uma pequena porção Dele em nosso ser se faz presente e que podemos senti-Lo.

Da mesma forma, que Ele cresce em nossos corações, não se faz necessário que haja uma grande quantidade de discípulos para que leve a sua Boa Nova, mas discípulos que sejam preenchidos com o seu amor e que fermente a toda a humanidade, pois, embora, mantenham-se por vezes “escondidos” como o fermento, a sua presença se faz sentir àqueles que nos cercam.

— Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, 35 para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”.

Como Jesus fazia como o povo naquele tempo, nós também temos a oportunidade de ouvi-lo por meios das parábolas ainda hoje, diante da leitura da Sagrada Escritura, Documentos da Igreja e principalmente das nossas Santas Missas. Nós ainda, temos a possibilidade quando somos convidados a participar mais intensamente de uma pastoral, de um curso, de um ministério, de uma formação ou adoração.

Jesus nos alerta que a nossa aceitação e conversão a sua Boa Nova, deve ser feita diariamente, independente do que realizamos ontem, mas devemos fazer hoje tudo de novo, sem desistir, sempre perseverando, onde que lentamente, iremos com a ajuda do Espírito Santo crescer cada vez mais na graça do Senhor.

É neste ponto que muitos de nós caímos em tentação, pois, porque achamos que já estamos no caminho, desejamos que as coisas devam acontecer rapidamente, e pelo que vimos hoje nas parábolas ditas por Cristo, precisamos ter paciência e perseverança nas coisas de Deus, e nada, nada acontece como um passe de mágica.

— Quantos de nós, quando resolvemos aceitar a missão de Jesus e começamos a participar de uma pastoral, desejamos que os resultados sejam rápidos?
— Ou quando iniciamos uma família, diante do Sacramento do Matrimônio, desejamos que somente a felicidade exista?

Só que não é assim que as coisas de Deus acontecem. Por isso, aqueles que conseguem manter-se na oração e na fé, conseguem perseverar, pois, apesar de não saberem como acontece e como também, não estão preocupados com resultados rápidos, a graça de Deus vai começar a crescer em sua vida.

Meus irmãos e irmãs, Jesus nunca deixa de nos convidar a ouvir a sua Palavra, nunca deixa de nos chamar à conversão, nunca deixa de nos acompanhar em nossa missão, pois Ele deseja, que todos nós, eu e você, façamos parte desta linda história de amor, onde que temos a missão de nos converter e levar aos outros as graças recebidas por Deus.

Deve estar longe de nós querermos ser os melhores, longe de nós querermos ser os mais importantes, mas apenas que possamos ser, dia-a-dia, perseverantes em nossas orações, caindo e levantado diante aos nossos pecados, mas com o coração repleto do Espírito Santo, possamos ser humildes servos de nosso Senhor Jesus Cristo em sua messe de amor e misericórdia.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

Post Destacado

Liturgia Diária 29/07/18

LITURGIA DIÁRIA 29/07/18


A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

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Leitura do Segundo Livro dos Reis
(2 Rs 4, 42-44
)
A multiplicação dos pães

(áudio1) (áudio2)

Naqueles dias, 42 veio também um homem de Baal-Salisa, trazendo em seu alforje para Eliseu, o homem de Deus, pães dos primeiros frutos da terra: eram vinte pães de cevada e trigo novo. E Eliseu disse: “Dá ao povo para que coma”43 Mas o seu servo respondeu-lhe: “Como vou distribuir tão pouco para cem pessoas?” Eliseu disse outra vez: “Dá ao povo para que coma; pois assim diz o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará’.” 44 O homem distribuiu e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 144(145) 10-11.15-16.17-18 (R. 16)
Louvor ao Rei Iahweh

(áudio1) (áudio2)

R. 16 Saciai os vossos filhos, ó Senhor!

— 10 Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, / e os vossos santos com louvores vos bendigam! / 11 Narrem a glória e o esplendor do vosso reino / e saibam proclamar vosso poder!
15 Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam / e vós lhes dais no tempo certo o alimento; / 16 vós abris a vossa mão prodigamente / e saciais todo ser vivo com fartura.

17 
É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. / 18 Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente.

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Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios
(Ef 4, 1-6
)
Apelo à unidade do corpo

(áudio1) (áudio2)

Irmãos: 1 Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: 2 com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. 3 Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. 4 Há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. 5 Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, 6 um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João
(Jo 6, 1-15)
 A multiplicação dos pães: Dá de comer a cinco mil

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 1 Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2 Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3 Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. 4 Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5 Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6 Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7 Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”. 8 Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9 “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” 10 Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11 Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12 Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!” 13 Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14 Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”15 Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

NÃO DIMINUA O MILAGRE DE JESUS, SE NIVELANDO POR NÓS.

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Queridos amigos e amigas, eu gostaria de pedir-lhes um pouco de paciência, pois, este Evangelho me traz algo que sempre me preocupa, e se me permitirem, eu vou primeiro expor o meu MEDO, e depois, aquilo que acredito em referência ao MILAGRE realizado por Jesus, por isso, estarei dividindo a reflexão em duas partes.

1ª PARTE – MEU MEDO

Várias pessoas sempre perguntam se na multiplicação dos pães deste Evangelho de João 6,1-15, como em Mateus 14,13-21, em Marcos 6,31-44 e em Lucas 9,10-17, se houve de fato um MILAGRE ou apenas uma partilha motivada por Jesus.

Primeiramente, se existe a interpretação que houve apenas uma partilha, ela não corresponde às palavras escritas na Bíblia, como também não é aceita pelos principais exegetas.

Segundo, em nenhum momento Jesus fez seu discurso pedindo essa partilha ou algo parecido, mas apenas realizou o milagre.

Alguns estão tentando esvaziar esse MILAGRE de Jesus, e isso, se torna um estudo teórico vazio, perigoso, o qual não pode ser provado ou comprovado, em cima daquilo que está escrito na Bíblia. A multiplicação dos pães por si só, é um fato histórico extraordinário, onde foram descritas pelos quatro evangelistas como prefiguração da Eucaristia e a abundância que fora prometida pelos profetas para o Reino que o messias nos mostrará.

Agora, se apenas na Bíblia não serve como referência, que tal então, observarmos o que está descrito no nº 1335 do Catecismo da Igreja Católica: “O milagre da multiplicação dos pães, quando o Senhor proferiu a bênção, partiu e distribuiu os pães a seus discípulos para alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único pão de sua Eucaristia”.

Quando fazemos uma comparação do milagre da Eucaristia, e analisamos o texto, podemos observar algumas conotações:

— Quando Jesus tomou os pães, deu graças (olhou para o céu e abençoou), distribuiu-os (partiu e deu a seus discípulos), nãos são expressões que nos remetem a Última Ceia e posteriormente à Celebração Eucarística em que participamos nos dias atuais?
— Quando notamos a quantidade de pães e peixe diante do milagre de Jesus, não são expressões que nos relembram a fartura que fora prometida pelos profetas (Oséias 14,8; Isaías 49,10; Isaías 55,1, …) para os tempos messiânicos que haveriam de chegar?
— Quando se faz o ato de recolher os pedaços que sobraram, não é uma ação que nos remete à nossa Santa Missa, ao recolher às partículas para que sejam levadas ao sacrário?

Meus amigos, será que não conseguimos notar a importância deste fato na vida do povo e principalmente dos Apóstolos, onde que todos os quatro evangelistas narraram este milagre?

Como no evangelho de hoje, João e Lucas narraram uma vez (Jo 6,1-13; Lc 9,10-17), e Marcos e Mateus narraram duas vezes (Mc 6,30-40; 8,1-8; Mt 14,13-21; 15,29-39). E aí, posso perguntar:

— Em alguma vez, nestas seis vezes que foi narrada a multiplicação dos pães, houve que seja, uma mínima chance que Jesus falasse em partilha?

Se pegarmos o evangelho de hoje, podemos observar ainda o que João relatou:

“Vendo o sinal (milagre) que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”.

Se nos inteirarmos ainda, das inúmeras interpretações da Sagrada Tradição e do Sagrado Magistério, todas elas, confirmam que houve um milagre. Ninguém poderá dizer que encontrou em algum texto onde que um dos Santos, ou dos Papas ou até mesmo da Patrística, falando que este milagre é ou foi uma partilha.

Com todo respeito àqueles que acreditam em se tratar apenas de uma partilha, acredito então, que se careça de um fundamento textual, e por conseguinte, esta interpretação perigosamente se desfigura por si só, pois, nas referidas passagens bíblicas, os quatro evangelistas deixam bem claro que não havia o que comer:

Em Mateus 14,15, Marcos 6,35, Lucas 9,12, está descrito: “O lugar é deserto e a hora já está avançada. Despede as multidões para que vão aos povoados comprar alimento para si”.

Em Mateus 15,32 e Marcos 8,2, está descrito: “Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem o que comer”.

Em João 6,5 está descrito: “Onde arranjaremos pão para eles comerem?”

Se um resumo assim o fizermos, podemos ver que a multiplicação dos pães oferecidas por Jesus ao povo, é verdadeiramente o que precede a Ceia Eucarística nos dado pela sua morte e ressurreição, o verdadeiro Banquete Celeste, que se torna símbolo da definitiva bem-aventurança.

Caríssimas, se negarmos esse milagre de nosso senhor Jesus Cristo, é como tocarmos perigosamente nas provas da divindade de Jesus como Filho de Deus. E se retirarmos a Sua divindade, o que irá então restar?

Caríssimos, para falarmos da magnitude da distribuição dos pães realizada por Jesus, onde que a fome do povo foi saciada, nós não precisamos ocultar, esconder, e muito menos negar um dos Seus grandes milagres, e é bom lembrarmos o que nos disse João no capítulo 20, 30-31 de seu Evangelho:

“Jesus fez ainda, diante de seus discípulos, muitos outros sinais, que não se acham escritos neste livro. Esses, porém, foram escritos para crerdes que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”.

Sendo assim, é verdade, que estes são milagres realizados por Jesus e que demonstram a Sua divindade, e que não é passível de admissão, que seja transmitido ao povo uma interpretação tanto fantasiosa e muito perigosa sobre o milagre da multiplicação dos pães, tão amplamente confirmado pela Igreja, e que pelos textos bíblicos, não existe algo que possa conferir qualquer dúvida.

(áudio1) (áudio2)

2ª PARTE – O MILAGRE

E com milagres como esse descrito hoje neste Evangelho, Jesus deseja um mundo novo.

Sabemos, que entre os poderosos (fariseus, doutores da Lei, escribas, governantes), Jesus não era aceito, e sim rejeitado, mas, pelo povo, era acolhido e admirado. Todos aqueles que o seguiam, eram pessoas pobres, humildes, muitas vezes explorados, e que em Jesus, vislumbravam mudanças e tinham esperanças em tempos melhores.

Este povo ficava maravilhado pelos milagres realizados por Jesus, por isso que, onde Ele se encontrava, eles também estavam lá, pois, gostavam do seu acolhimento, da forma de falar, do seu jeito de agir e de pensar.

Pela leitura de hoje, temos o conhecimento que estava próxima a Páscoa dos judeus, onde eles celebravam a saída do Egito, a sua liberdade e os milagres que Deus havia feito em favor deles. E um dos milagres realizados por Deus no deserto por todo este povo, foi o Maná caído do céu, onde que os alimentou por 40 anos os conduzindo à Terra Prometida. E Jesus, hoje, no milagre da multiplicação dos pães, os fará lembrar deste momento.

Jesus é capaz de sentir e captar as necessidades daquele povo que o segue, mas, como alimentar uma quantidade tão grande de pessoas famintas que O acompanhava a tantos dias e que não desejavam voltar para casa e comer?

Olhem, nas bodas de Caná, faltava vinho, não é mesmo? Agora, o que Jesus quer, é que as pessoas percebam que, humanamente falando, é impossível arrumar alimento para todos, e somente pelo poder vindo de Deus, é que poderia se intervir e solucionar aquela situação, aquele problema. E é exatamente por isso, que mesmo sabendo o que deveria fazer, Jesus pergunta a Filipe:

“Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?”

Com essa pergunta, fica evidente que é um problema sem solução, e assim, no momento que Jesus agir, todos irão perceber o milagre, e que este só poderia vir de Deus.

E Filipe responde:

“Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”.

E mesmo que naquele momento alguém tivesse todo esse dinheiro, onde que poderiam encontrar tanta comida para toda aquela multidão?

Aí, aparece André: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes”.

Pois bem, vamos tentar compreender?

André significa “humano”;
— O menino significa “o menor, o pequeno, aquele que trabalha sem remuneração”;
— O pão de cevada, naquela época, “era o pão de baixa qualidade, o pão dos pobres”;
— O peixe, significa o próprio Cristo.

Será que conseguimos ver e compreender o ponto de interseção?

Aí, Jesus disse:

“Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.

Neste momento, Jesus irá saciar a fome daquela multidão, em um banquete sem mesa, pois, Ele irá se tornar a mesa em torno à qual o povo se reúne para celebrar a vida da Nova Aliança com Deus, aceitando a oferta daquele menino.

Sabemos que era costume dos judeus, que durante as refeições, o pai ou chefe de família, depois que todos estivessem sentados à mesa, ele pegava o pão, abençoava, partia e dava um pedaço para cada um, e agora, diante daquele povo, Jesus iria repetir esse mesmo gesto.

Como nós deveríamos fazer nos dias de hoje, Jesus pega o pão, agradece a Deus pela sua bondade infinita e que nos dá tantas coisas, como o nosso alimento de cada dia, e faz o mesmo com o peixe. Assim, Jesus se torna Ele mesmo o pão que alimenta, no banquete onde o pouco se distribui e nada se perde, onde todos comem à vontade até ficarem saciados plenamente.

E Jesus logo após, diz aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”

Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães.

A abundância de alimento, significa que agora é o tempo messiânico, aquele que todos esperavam e fora dito pelos profetas.

O número 12, indica plenitude, pois, Jesus se multiplicou em 12 apóstolos que foram alimentar multidões com o pão descido do céu. E esses 12 apóstolos, por sua vez, foram se multiplicando até chegar a você e eu.

Esta cena vista no milagre de Jesus, é contrária àquela que o povo viveu no deserto, onde que, só se podia colher o Maná que era necessário para aquele dia, mas com Jesus, todos podiam comer até ficarem saciados.

Em Caná, após o milagre de Jesus houve abundância de vinho, e agora abundância de pão.

Lá, a água se transformou em vinho delicioso; aqui o “pão dos pobres” se transformou em um pão tão saboroso, que no dia seguinte, o povo pedia um pouco mais.

E assim que tudo foi realizado, o povo disse:

Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”. Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

Diante deste milagre sendo realizado em sua presença, aquele povo tinha a nítida lembrança daquela passagem existente em Deuteronômio 18,15: “Iahweh teu Deus suscitará um profeta como eu (Moisés) no meio de ti, dentre teus irmãos, e vós o ouvireis”.

Por isso, que por muitos, Jesus é visto como um novo Moisés, e nesta esperança, é que o povo espera que Ele (Jesus) tome a iniciativa de novamente libertá-los da opressão, que agora, era o governo romano, e queriam proclamá-lo Rei.

Percebendo as intenções dos judeus, Jesus se retira para esfriar os ânimos de cunho político, pois, Ele sabia que, se aceitasse a liderança política contra os romanos, a sua obra espiritual, o “Reino que não é deste mundo”, o desejo de seu Pai não se cumpriria.

Já o povo ainda não compreendia o verdadeiro milagre de Jesus, pois, pensavam apenas no pão material e no terreno político, e não se aperceberam que o Reino de Deus já estava entre eles.

“Esse milagre da multiplicação dos pães era para preparar o povo para aceitar a Eucaristia. Se Jesus foi capaz de alimentar a multidão com cinco pães e dois peixes, seria capaz de transformar o pão em sua carne e o vinho em seu sangue. A grande multidão que vem até Jesus para comer, representa todos os homens que tem fome de um alimento espiritual, que procuram um alimento que é capaz de saciar sua fome de justiça, de amor e de paz, esses creem na força vivificante da Eucaristia.”

Jesus também nos ensina, aí sim, que como Ele pôde se doar por todos nós, no pão e no vinho, que se transformou no corpo e sangue, Ele nos ensina que somos capazes de alimentar a multidão quando somos capazes de partilhar o que temos, o pouco se torna muito, todos teriam o necessário e o suficiente e ainda sobraria muita coisa.

A partilha é um sinal de como deveria agir a comunidade dos que seguem Jesus. Esta é a verdadeira Eucaristia, dom de Deus, ligado ao esforço das pessoas que partilham, que vivem a fraternidade e a igualdade. Todos nós cristãos seguidores de Jesus precisamos ser sensíveis à necessidade material dos irmãos, precisamos fazer a diferença.

Nosso país tão grande, de terras férteis, de abundância de água, sem vulcões, terremotos, catástrofes, temos que admitir que o povo pode viver melhor, ter vida digna, que é possível sim, alimentar a todos, para isso temos que dar nossa contribuição. Meus irmãos, vocês sabem como!!!

Jesus fez o milagre partilhando a sua vida, em amor por nós, pois, isto, é o que Ele tinha.

E nós, podemos fazer o milagre, partilhando o que?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 28/07/18

LITURGIA DIÁRIA 28/07/18


A PARÁBOLA DO JOIO

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 7, 1-11
)
O culto verdadeiro: O ataque contra o templo

(áudio1) (áudio2)

1 Palavra comunicada a Jeremias, da parte do Senhor: 2 “Põe-te à porta da casa do Senhor e lá anuncia esta palavra, dizendo: Ouvi a palavra do Senhor, todos vós de Judá, que entrais por estas portas para adorar o Senhor. 3 Isto diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Melhorai vossa conduta e vossas obras, que eu vos farei habitar neste lugar. 4 Não ponhais vossa confiança em palavras mentirosas, dizendo: ‘É o templo do Senhor, o templo do Senhor, o templo do Senhor!’ 5 Mas, se melhorardes vossa conduta e vossas obras, se fizerdes valer a justiça, uns com os outros, 6 não cometerdes fraudes contra o estrangeiro, o órfão e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, e não andardes atrás de deuses estrangeiros, para vosso próprio mal, 7 então eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde sempre e para sempre. 8 Eis que confiais em palavras mentirosas, que para nada servem. 9 Como?! Roubar, matar, cometer adultério e perjúrio, queimar incenso a Baal, e andar atrás de deuses que nem sequer conheceis; 10 e depois, vindes à minha presença, nesta casa em que meu nome é invocado, e dizeis: ‘Nenhum mal nos foi infligido’, tendo embora cometido todas essas abominações. 11 Acaso, esta casa, em que meu nome é invocado, tornou-se a vossos olhos uma caverna de ladrões? Eis que também eu vi”, diz o Senhor.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – 83(84), 3. 4. 5-6a.8a. 11 (R. 2)
Canto de peregrinação

(áudio1) (áudio2)

R. 2 Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!

— 3 Minha alma desfalece de saudades / e anseia pelos átrios do Senhor! / Meu coração e minha carne rejubilam / e exultam de alegria no Deus vivo!
4 
Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, † e a andorinha ali prepara o seu ninho, / para nele seus filhotes colocar: / vossos altares, ó Senhor Deus do universo! / vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!
5 
Felizes os que habitam vossa casa; / para sempre haverão de vos louvar! / 6a Felizes os que em vós têm sua força, / 8a Caminharão com um ardor sempre crescente.
11 Na verdade, um só dia em vosso templo / vale mais do que milhares fora dele! / Prefiro estar no limiar de vossa casa, / a hospedar-me na mansão dos pecadores!

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 13, 24-30)
Parábola do joio

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 24 Jesus contou outra parábola à multidão: O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25 Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. 26 Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. 27 Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’ 28 O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ 29 O dono respondeu: ‘Não! pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. 30 Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

EM NOSSO CORAÇÃO É SEMEADO O TRIGO PELA PALAVRA DE DEUS. E O QUE OU QUEM ESTÁ SEMEANDO O JOIO? SABES DIZER?

(áudio1) (áudio2)

Boa noite. Como em nossa Paróquia de São Judas Tadeu, todo dia 28, são celebradas Missas a partir das 6hs da manhã, estou enviando então a Liturgia deste sábado, para podermos nos preparar para servimos e ou participarmos das diversas celebrações.

Liturgia Diária 28/07/18. Sábado da 16ª Semana do Tempo Comum. Mateus 13, 24-30.

Como sou grato a Deus que o dia do julgamento não seja hoje.

Quer dizer, será que … não é mesmo? Só Deus sabe!

Mas, de qualquer forma, agradeço imensamente a Ele que até agora não seja, pois, com quase absoluta certeza, eu seria arrancado e iria ser lançado ao fogo.

Eu possuo quase essa certeza, pois, tenho a consciência de que em minha vida existe muito joio, e o que me entristece, mas, ao mesmo tempo me dá a esperança de perseverar no caminho do Senhor, é que a maioria do joio que está em minha vida, foi eu mesmo, que plantei, que adubei, que molhei, e fiz com que ele crescesse dentro do meu coração e me acompanhasse por onde eu vou.

Jesus com mais esta parábola, nos mostra que no campo da conversão à sua Boa Nova, para que possamos produzir bons frutos, a Palavra de Deus nos é semeada, onde temos um bom ensinamento e bons exemplos de conversão, para que o nosso trilhar na messe do Senhor tenha sustento e alicerce no amor e na misericórdia, amparados pelos dons do Espírito Santo.

Só que por muitas vezes, nós “dormimos”, esquecemos de permanecer alerta àquilo que o mundo nos apresenta, deixamos de orar, de refletir, de ajudar, de amar e perdoar. E são em momentos como esse que, na maioria das vezes, nós deixamos que o joio seja semeado em nossa vida. São momentos que …:

— … em vez de sermos o “trigo da paciência” com quem errou conosco, nós lhe damos o “joio do cinismo”;
— … em vez de sermos o “trigo do amor” com quem precisa, nós lhe damos o “joio da ausência”;
— … em vez de sermos o “trigo do silêncio” com aquele que está alterado, nós lhe damos o “joio da revolta”;
— … em vez de sermos o “trigo do perdão” com aquele que está arrependido, nós lhe damos o “joio do julgamento”.
— E não é assim que nós agimos?
— Não são essas as nossas atitudes diante daquilo que nos contrariam ou que não concordamos?

Por isso que o “dono do campo” não quer que se arranque o joio no primeiro momento, pois ele tem a esperança que o “joio” não cresça, que a raiz do trigo seja forte o bastante para transformar a terra que lhe cerca e que o “joio” desapareça.

E isso é o que Jesus espera de nós, que apesar de nossos erros, de nossos deslizes, que a sua Palavra que a nós é apresentada, possa transformar a nossa vida em um terreno de esperança, de amor, de carinho, de ajuda, de compreensão.

É claro, que o “joio” também pode ser plantado em nossa vida por uma pessoa que não seja eu. E aí, o que fazer?

A mesma coisa que faço quando reconheço o “joio” que plantei em minha vida. Não tem diferença, pois, o que nos leva ao pecado, é o joio que me torno e não a pessoa que planta.

O que temos que fazer, é permanecer fortes no caminho do Senhor, lendo e ouvindo a Palavra de Deus; refletindo esta Palavra com a observância de como Jesus nos fala; abrir nosso coração e receber os dons do Espírito; e com a fé renovada e com o amor forte na humildade, agir em prol de mim, da minha família, do meu próximo.

A nossa missão, é manter fortes as raízes do “trigo”, não deixar que seja semeado o “joio” e caso seja, que nós tenhamos a perseverança e humildade em reconhecer que precisamos arrancá-lo da nossa vida.

Por isso, pergunto:

— Qual o joio que temos em nossa vida?
— Ou melhor, como ele se chama? Fulano? Ciclano? Beltrano?
— Ou será que somos nós mesmos?
— Será nós conseguimos separar este joio do trigo em nosso coração?
— Será, que eu, Flávio, ou você …, não estamos sendo o joio na vida de alguém?

Meus queridos irmãos e irmãs, esta parábola nos mostra que em nossa vida, devemos permanecer perseverantes na existência contínua do bem e do mal, pois, em nosso modo humano de ser, se torna impossível realizar uma clara separação entre os dois. A ação que realizamos no campo que semeamos a Palavra do Senhor com a boa semente do amor, infelizmente, também será inevitável, que seja semeado a erva daninha pelo nosso inimigo.

Jesus alertou os seus discípulos, como também nos alerta no dia de hoje, que teremos a tentação de querer tirar do nosso meio tudo aquilo que nos é prejudicial, e que cresça somente o que é bom. A tentativa é válida, mas ela se torna arriscada, pois, se queremos tirar tudo de ruim de nossa vida, existe a possibilidade de arrancarmos as coisas boas também. Com a nossa atitude se sermos super-corretos, os primeiros joios que crescerão, serão a soberba e o orgulho. Desta forma, o prejuízo desaconselha tal providência. Diante esta situação tão complicada em nossa vida, a nossa atitude consiste em termos paciência, misericórdia, esperança na graça de Deus e a Fé e Oração permanente em nosso viver.

E sabem por que paciência?
Porque no seguir o caminho de Cristo em nossa vida, com certeza, lá na frente, ficará clara a verdadeira identidade do bem e do mal, apesar que, em algum momento, eles até se parecerão, mas, ficará aberta a possibilidade de conversão deste ou daquele pecado em graça, pois a ação de Deus em nossos corações superará o nosso entendimento.

E sabem por que misericórdia?
Porque todos que são discípulos do Reino, são chamados à acolher a todos os pecadores com a mesma misericórdia e benevolência do Pai, sem que os excluamos dos benefícios do Reino de Deus. Esta luta, deve ser constante para libertá-los da escravidão à qual os pecados os reduziram, pois, sem a misericórdia, esta aproximação se torna inviável.

E sabem por que esperança?
Porque todo o pecado e todo o mal está fadado a serem derrotados, pela força de Deus, e o bem terá a última Palavra em nossa história.

E sabem por que Fé e Oração?
Porque é diante destas graças e ações realizadas por nós perseverantemente, é que estaremos mais próximos de Deus, e com sabedoria e discernimento, seremos iluminados pelo Espírito Santo e saberemos realmente, o momento de arrancarmos o joio de nossa vida, e colhermos o mais puro trigo, para ofertarmos a nossa vida à Deus, nosso Senhor.

Que assim seja. Amém!

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 27/07/18

LITURGIA DIÁRIA 27/07/18


OS QUATRO TIPOS DE SOLOS: A EXPLICAÇÃO

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 3, 14-17
)
O povo messiânico em Sião: Voltai filhos apóstatas

(áudio1) (áudio2)

14 Convertei-vos, filhos, que vos tendes afastado de mim, diz o Senhor, pois eu sou vosso Senhor; vou tomar-vos, um de uma cidade e dois de uma família, e vos reconduzirei a Sião; 15 eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentarão com clarividência e sabedoria. 16 Quando vos tiverdes multiplicado e crescerdes na terra, naqueles dias, diz o Senhor, não se falará mais da ‘arca da aliança do Senhor’; ela não virá à memória de ninguém, não se lembrarão dela, não a procurarão nem fabricarão outra. 17 Naquele tempo, chamarão Jerusalém Trono do Senhor, em torno dela se reunirão, em nome do Senhor, todos os povos; eles não se deixarão mais levar pelas inclinações de um coração mau.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Jr 31, 10.11-12ab.13 (R. 10d)
A restauração prometida

(áudio1) (áudio2)

R. Jr 31, 10d O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

— 10 Ouvi, nações, a palavra do Senhor / e anunciai-a nas ilhas mais distantes: / “Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, / e o guardará qual pastor a seu rebanho!”
11 
Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó / e o libertou do poder do prepotente. / 12a Voltarão para o monte de Sião, † / entre brados e cantos de alegria / 12b afluirão para as bênçãos do Senhor:
13 
Então a virgem dançará alegremente, / também o jovem e o velho exultarão; / mudarei em alegria o seu luto, / serei consolo e conforto após a guerra.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 13, 18-23)
Explicação da parábola do semeador 

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 18 “Ouvi a parábola do semeador: 19 Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. 20 A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; 21 mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento: quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo. 22 A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto. 23 A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

QUATRO SÃO OS TERRENOS QUE CAEM A PALAVRA DE DEUS? QUAL É O NOSSO?

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Jesus em sua dinâmica de nos trazer à compreensão da Palavra de Deus, ele fazia uso de parábolas, onde que com elas, todos teriam condições de refletirem o que Ele queria dizer. Mas alguém pode me dizer:

— Flávio, nem todos tinham condições de compreender o que Jesus falava, pois nem todos tinham conhecimento da Palavra.

Ok. Eu até concordo que nem todos tinham o conhecimento da Palavra, principalmente aquelas advindas pelas “explicações”, “ensinamentos” e pelas “ações” errôneas e manipuladas que eram realizadas pelos fariseus e doutores da Lei. Isso eu concordo com vocês. Agora, que o povo não compreendia a forma que Jesus falava, nisso, eu posso discordar, pois, se eles não entendessem as “explicações”, ou os “ensinamentos”, ou principalmente as “ações” de Jesus, eles não iriam ter com Ele até mesmo no deserto, nos mares, nas plantações, nas montanhas. Pensem. Reflitam. Lembram o que dizia o povo: “Ninguém jamais falou como este homem”. Além do que, Jesus não falava com palavras difíceis, pois Ele trazia à Palavra de Deus para o contexto de vida daqueles que O ouvia. Até mesmo os milagres que Ele realizava tinha em seu contexto, uma forma de explicação e elucidação do Amor de Deus para com aquele povo.

E essa é a forma que uma palestra e ou, principalmente a homilia que ouvimos em nossa Santa Missa deveria ser pronunciada, trazendo a Palavra de Deus para o nosso contexto, para que todos tenham condições de refletirem o que Deus no pede.

E exatamente por isso, como sempre digo, por ser uma reflexão pessoal, de longe, não quero realizar nenhuma heresia, mas, que tal se transportarmos para a nossa vida, hoje, o evangelho que estamos refletindo? Vamos tentar? Talvez a reflexão fique um pouco estendida, mas, eu creio que valerá a pena. E depois, gostaria de ouvir ou ver o seu comentário, crítica, sugestão. Pode ser? Então vamos lá.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos… Ah, me desculpem, pois temos que nos transportar para hoje, não é mesmo? Então, agora nós vamos.

No domingo, nós fomos participar de uma Santa Missa e ficamos maravilhados com a humildade dos coroinhas e ministros; o coral estava afinadíssimo; o salmo cantado numa melodia maravilhosa que nos remetia como se fosse o próprio Davi ali na nossa frente; a proclamação do Evangelho e aquela bela homilia proferida pelo nosso pároco. Mas que maravilhosa explicação do Evangelho de Mateus, no seu capítulo 13, versículos de 18 a 23, e com uma atualização singela, mas pontual, nos revelando e comparando com o nosso dia-a-dia.

Tudo isso se complementou com as diversas orações, com o receber o Corpo e o Sangue de Cristo em comunhão, culminando com o silêncio eucarístico que nos elevou como se estivéssemos na presença física de nosso Senhor Jesus Cristo, a caminho do seu Reino Eterno no céu.

Isso foi possível, porque conseguimos assimilar cada momento, cada canto, cada oração, cada frase, cada gesto e fomos nos identificando com todo aquele conteúdo presente em nossa vida. Acabou a Santa Missa, e voltamos para as nossas casas, e terminamos o domingo.

Na segunda-feira, com o caminhar do nosso dia, surgiram alguns problemas com as nossas esposas por causa de algumas contas inesperadas realizadas pelos nossos filhos, e que inesperadamente deveriam ser quitadas nesta mesma segunda. Por causa disso, houve algumas injustiças que nos tiraram do sério, e nos esquecemos da homilia do dia de ontem. Ficamos tão sem chão, que nem mesmo oramos antes de dormir, além que, nem conversamos com as nossas esposas.

Naquela homilia, foi semeada em nosso coração a Palavra de Deus, mas com a chegada das tribulações, àquele ardor saiu da nossa mente.

Passaram-se terça e quarta-feira, e para acrescentar, já que as coisas não foram resolvidas, por causa de uma tentação que fomos submetidos, não resistimos, e caímos…

— Diante dessa realidade tão visível em nossos lares, o que devemos fazer diante de tantas dificuldades que sempre nos impedem de viver a Palavra que nos é semeada em nossos corações?
— O que podemos fazer com essas dificuldades que nos fazem pecar, enfraquecer, que esfriam o nosso fervor e que paramos de orar?

E olhem, meus queridos irmãos e irmãs, normalmente, e eu espero que haja bastantes exceções, mas, normalmente, diante dessas dificuldades, a nossa tendência é não mais orarmos depois que pecamos. É isso ou, não é?

Agora, quando está tubem conosco, que estamos em estado de graça, orar é maravilhoso, irradiante, transformador.

— Quando estamos na graça, nós não oramos com o maior gosto de nos sintonizar com Deus?

Mas, quando, porém, infelizmente pecamos e caímos, é como se jogassem um balde de água fria em nosso corpo, logo após de sairmos de um banho bem quentinho! É um choque tremendo, não é mesmo?

Nós esfriamos, ficamos envergonhados de ficarmos na presença de Deus, e aí, é o momento que o “diabo” fica feliz demais da conta com a nossa atitude. Como diz a Ana Paula, é neste momento, que ficamos iguais àqueles desenhos do Pateta, onde ficam o “anjinho” e o “diabinho” soprando as coisas em nossos ouvidos. Agora, como estamos longe de Deus, o “diabinho” irá sempre ficar nos atentando e fará de tudo para nos mostrar que não adianta mais orar, pois, irá nos dizer que “deus” está de mal conosco, que não quer mais saber de nós, … e por aí vai.

Nós sabemos que isso não é verdade, pois Deus nos ama mesmo quando pecamos. Mesmo se cairmos em tentação e estivermos no fundo do posso. Lembra daquela parábola que o pastor foi buscar a ovelha perdida? Então, desde que estejamos prontos para nos levantar, pedir perdão, e nos converter novamente, seremos colocados no ombro do Bom Pastor e seremos conduzidos para um local seguro.

Mas olhem, nós precisamos estar dispostos a colaborarmos com a boa vontade de Deus quando nos encontrar, pois senão, como Cristo disse aos 72, mais ou menos assim: vá uma, duas, três vezes, se não os aceitarem, fiquem de costas, bata os pés e tirem a poeira, e vá à procura dos outros que estão desejosos do amor de Deus em suas vidas. Nós precisamos querer sermos encontrados… Temos que estar dispostos a reconhecer os nossos erros e nos levantar.

E para podermos vencer todas essas situações de dificuldades que nos apresentam, com toda essa rede diabólica que o mundo nos envolve, é necessário orarmos, principalmente quando estivermos em pecado, pois, desta forma, estaremos abertos que o amor, o perdão e a misericórdia de Deus renove os nossos corações, e seja refletido em nossas palavras e em nossas ações.

Caríssimos, lembrem o que foi que Jesus nos disse: “Vigiai e orai. Pois o espírito está preparado, mas a carne é fraca.”

Para que aconteça toda essa transformação em nosso modo de viver, é necessário que a nossa Fé esteja acompanhada com o imenso poder que se chama oração, onde que Jesus também nos orientou, que devemos orar em cessar.

Caríssimas, nenhum de nós, por mais inspirados que possamos ser, jamais podemos nos dar o luxo de pararmos de orar.

— Será que já notamos, quais são as duas principais situações que nos fazem parar de orar?
— Quando tudo está correndo bem em nossas vidas;
— Quando pecamos ou nos deixamos cair pelas dificuldades, e aí, ficamos desanimados.

Meus amigos e amigas, é necessário juntarmos a Fé com a Oração.

Mas não devemos nos iludir que se juntarmos fé e oração não teremos mais dificuldades, não é isso, mas a verdade é que venha qualquer tentação, qualquer mal tentando nos derrubar, estaremos firmes se unidos estivermos a Deus intimamente, e conseguiremos suportar a tudo.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 26/07/18

LITURGIA DIÁRIA 26/07/18


FELIZES SÃO VÓS QUE VEEM E OUVEM

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Leitura do Livro do Eclesiástico
(Eclo 44, 1.10-15
)
A história: Elogio dos Pais

(áudio1) (áudio2)

1 Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações. 10 Estes, são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos. 11 Eles permanecem com seus descendentes; seus próprios netos são a sua melhor herança. 12 A descendência deles mantém-se fiel às alianças, 13 e, graças a eles, também os seus filhos. Sua descendência permanece para sempre, e sua glória jamais se apagará. 14 Seus corpos serão sepultado na paz e seu nome dura através das gerações. 15 Os povos proclamarão a sua sabedoria, e a assembléia vai celebrar o seu louvor.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 131(132), 11. 13-14. 17-18 (R. Lc 1,32a)
Para o aniversário da transladação da Arca

(áudio1) (áudio2)

R. Lc 1,32a O Senhor vai dar-lhe o trono / de seu pai, o rei Davi.

— 11 O Senhor fez a Davi um juramento, / uma promessa que jamais renegará: / “Um herdeiro que é fruto do teu ventre / colocarei sobre o trono em teu lugar!
13 
Pois o Senhor quis para si Jerusalém / e a desejou para que fosse sua morada: / 14 “Eis o lugar do meu repouso para sempre, / eu fico aqui: este é o lugar que preferi!”
17 
“De Davi farei brotar um forte Herdeiro, / acenderei ao meu Ungido uma lâmpada. / 18 Cobrirei de confusão seus inimigos, / mas sobre ele brilhará minha coroa!”

— — — — — — — — — — — — — — — — — — — —

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 13, 16-17)
Porque Jesus fala em parábolas 

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16 “Felizes sois vós, porque vossos olhos vêem e vossos ouvidos ouvem. 17 Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

QUAL A NOSSA VERDADEIRA FELICIDADE?

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 26/07/18. Quinta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum. Mt 13, 16-17.

Queridas irmãs e irmãos, já paramos para ver, quantas coisas que fazemos que nos fazem felizes?

Por felicidade, será que podemos dizer que é: Uma festa? Futebol? Pescaria? Show? Cinema? Churrasco? Nadar? etc.?

E nós buscamos estas felicidades sempre e a todo momento, somente porque estamos vendo e ouvindo aquilo que desejamos, e por isso, achamos que representa para nós a felicidade.

Mas também dizemos que as coisas de Deus nos fazem felizes, pois, é ela que nos sustenta, nos fortalece, nos alimenta no amor e na misericórdia.

Não é isso também?

Mas aí, eu sempre pergunto a mim mesmo:

— Por que quando nos arrumamos para um casamento, nós nos preparamos por tanto tempo e mesmo assim chegamos antes do casamento começar, mas, para ficar na presença de Deus na Santa Missa, na maioria das vezes nós sempre chegamos atrasados?
— Por que quando vamos ver um jogo de futebol do nosso time, demoramos uma hora para chegar no estádio, uma hora de espera, duas horas de jogo, uma hora para sair e uma hora para chegar em casa, e mesmo se o nosso time perder, nós não reclamamos do tempo; mas não conseguimos ficar uma hora e meia na Missa ouvindo, refletindo e orando?
— Por que nós ficamos várias horas em uma canoa ou num barranco pescando ou em um salão de beleza totalmente paciente, mas não conseguimos ficar em silêncio dentro de uma celebração ou de uma palestra?
— Por que demoramos várias horas em preparar e receber nossos amigos para um churrasco, mas não conseguimos participar de um encontro ou de uma formação?
— Por que quando estamos em um hospital ou acamados em casa nós sempre respeitamos as ordem dos médicos e dos medicamentos para melhorar a nossa saúde, mas, quando são as coisas de Deus, nós sempre arrumamos uma desculpa ou nem mesmo ligamos?
— Por que quando vamos a um show, ficamos horas em pé, o som não é dos bons, o cantor ou cantora desafina um “bocado”, mas mesmo assim não reclamamos; bem diferente quando estamos na Missa, ou em uma palestra ou em uma formação, que algo sai errado – o coral desafinou, o palestrante gaguejou, o padre não fez uma homilia inspiradora –, e nós saímos sempre a reclamar?
— Por que gastamos R$ 50,00 a cada confraternização que fazemos com nossos amigos todas as semanas, ou até mesmo, vários dias desta mesma semana, mas, achamos muito quando vamos devolver o nosso dízimo?

Ah, já sei! É que dízimo, é aquilo que está de agradecimento em nosso coração, e por isso, felizes foram os discípulos que puderam ver e ouvir a Jesus. A nós cabe refletir e viver a felicidade por eles conseguida, passada de geração em geração de toda graça recebida por Deus.

Não é errado procurar ter ou fazer certas felicidades acontecerem em nossa vida. Ir em uma festa, em um jogo, na pescaria, num show e tantas outras coisas que podemos fazer para termos um pouco de “felicidade”; isso é muito bom.

Mas não podemos deixar, é que essas “felicidades” sejam o nosso maior objetivo em nossa vida. Não devemos procurar a “felicidade” de Deus em nossa vida apenas quando nós precisamos, procurando apenas realizar os nossos desejos pessoais e egoístas. A felicidade em Deus é bem maior que isso, e muito mais simples de se conseguir do que imaginamos.

Temos a péssima mania de querer “felicidades” inatingíveis, quase impossíveis humanamente falando que aconteçam. A verdadeira felicidade começa em nossa vida quando começamos a valorizar as pequenas coisas que Deus nos dá, que estão presentes bem diante de nossos olhos e não conseguimos ver ou tocar!

— Qual a sensação de ver o sorriso do nosso pai? De nossa mãe? Do nosso esposo? Da nossa esposa? Dos nossos filhos?
— Qual a sensação de vermos e ouvirmos a alegria de alguém apenas por um sincero “Bom dia”, “Boa tarde”, uma Boa noite”?
— Qual a sensação de ver nos olhos daquela pessoa quando você diz em palavras e ações que você a ama?
— Qual a sensação de sentir em nosso coração quando conseguimos perdoar alguém?
— Qual a sensação de alguém que precisava de nossa ajuda e a recebeu?

Que saibamos procurar e vivenciar a “felicidade” que nos leva cada vez mais próximo de Jesus, pois, é apenas quando formos felizes na graça do Senhor é que estaremos vivendo uma FELICIDADE completa de amor e paz.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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No dia de hoje, 26/07/18, é de Cor Litúrgica Branco, pois, hoje é dia de: SANTOS JOAQUIM E ANA PAIS DE MARIA

Ana e seu marido Joaquim já estavam com idade avançada e ainda não tinham filhos. O que, para os judeus de sua época, era quase um desgosto e uma vergonha também. Os motivos são óbvios, pois, os judeus esperavam a chegada do messias, como previam as sagradas profecias. Assim, toda esposa judia esperava que dela nascesse o Salvador e, para tanto, ela tinha de dispor das condições para servir de veículo aos desígnios de Deus, se assim ele o desejasse. Por isso a esterilidade causava sofrimento e vergonha e é nessa situação constrangedora que vamos encontrar o casal.

Mas Ana e Joaquim não desistiram. Rezaram por muito e muito tempo até que, quando já estavam quase perdendo a esperança, Ana engravidou.

Não se sabe muito sobre a vida deles, pois passaram a ser citados a partir do século II, mas pelos escritos apócrifos, que não são citados na Bíblia, porque se entende que não foram inspirados por Deus. E eles apenas revelam o nome dos pais da Virgem Maria, que seria a Mãe do Messias.

No Evangelho, Jesus disse: “Dos frutos conhecereis a planta”.

Assim, não foram precisos outros elementos para descrever-lhes a santidade, senão pelo exemplo de santidade da filha Maria. Afinal, Deus não escolheria filhos sem princípios ou dignidade para fazer deles o instrumento de sua ação.

Maria, ao nascer no dia 8 de setembro de um ano desconhecido, não só tirou dos ombros dos pais o peso de uma vida estéril, mas ainda recompensou-os pela fé, ao ser escolhida para, no futuro, ser a Mãe do Filho de Deus. A princípio, apenas santa Ana era comemorada e, mesmo assim, em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Em 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. A partir de 1584, também são Joaquim passou a ser cultuado, no dia 20 de março. Só em 1913 a Igreja determinou que os avós de Jesus Cristo deviam ser celebrados juntos, no dia 26 de julho.

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Liturgia Diária 25/07/18

LITURGIA DIÁRIA 25/07/18


E PODEIS BEBER O CÁLICE QUE EU BEBEREI?

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Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
(2 Cor 4, 7-15
)
Tribulações e Esperanças do Ministério: Confiança em Deus

(áudio1) (áudio2)

Irmãos, 7 trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. 8 Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9 perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10 por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos. 11 De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal. 12 Assim, a morte age em nós, enquanto a vida age em vós. 13 Mas, sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: “Eu creio e, por isso, falei”, nós também cremos e, por isso, falamos, 14 certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15 E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 125(126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6 (R. 5)
A volta do exílio

(áudio1) (áudio2)

R. 5 Os que lançam as sementes entre lágrimas, / ceifarão com alegria.

— 1 Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, / parecíamos sonhar; / 2a encheu-se de sorriso nossa boca, / 2b nossos lábios, de canções.
2c 
Entre os gentios se dizia: “Maravilhas / 2d fez com eles o Senhor!” / 3 Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, / exultemos de alegria!
4 
Mudai a nossa sorte, ó Senhor, / como torrentes no deserto. / 5 Os que lançam as sementes entre lágrimas, / ceifarão com alegria.
6 Chorando de tristeza sairão, / espalhando suas sementes; / cantando de alegria voltarão, / carregando os seus feixes!

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 20, 20-28)
Pedido da mãe dos filhos de Zebedeu: Contra a ambição, os chefes devem servir

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 20 a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21 Jesus perguntou: “O que tu queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. 22 Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. 23 Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”. 24 Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25 Jesus, porém, chamou-os, e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26 Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; 27 quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28 Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

A AMBIÇÃO DE MUITO EM NOSSAS COMUNIDADES

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 25/07/18. Quarta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 20, 20-28.

Meus queridos irmãos e irmãs, vamos ser sinceros?

A Palavra hoje é dura para muitos de nós ouvir, e nisso me incluo, mas queiramos ou não, ela deve ser ouvida e refletida.

Nós já perdemos a conta, de quantas vezes ouvimos alguém dizer ou afirmar que: “os piores estão dentro da igreja”.

De fato, estão e talvez também não estejam, depende do critério que adotamos. No entanto, independentemente do critério, em ambos os casos, temos os piores exemplos.

Sim! Temos os piores exemplos em ambas as pontas. Vejamos!

Os piores exemplos dos “de fora”, são:

— Aqueles que não estão na igreja e vê esse fato como vitória sobre quem tem um gosto diferente;
— Quem ofende ou trata alguém diferenciadamente porque tem uma postura ou valores cristãos;
— Quem caçoa ou ridiculariza o filho que quer ser coroinha, acólito ou seguir uma vocação religiosa;
— Quem incentiva a outros (namorados, amigos, parentes) a se afastarem da Igreja;
— Quem só procura a benção da igreja movida por medo, status ou visualização social, ou seja, aqueles que só vão a igreja em datas festivas ou de profunda tristeza (casamento, sétimo dia, formaturas, batizados) e ainda ficam olhando no relógio “doidos” para ir embora;
— Aqueles que usam a catequese como babá dos seus filhos para poder ficar em casa assistindo futebol; e por aí vai!

Já os piores exemplos dos “de dentro” são os narrados por Jesus no Evangelho de hoje:

— Aquele que “vira dono da igreja”;
— Que faz acordos para se eleger coordenador de um movimento ou pastoral;
— Que só participa visando criticar e acaba afastando as pessoas;
— Que implica por tudo e por coisas pequenas;
— Que cobra regras, mas não as segue;
— Que não vê seus próprios defeitos;
— Que fazem da palavra partilhada um desabafo;
— Que toca pensando que é show;
— Que fala ou quer ser mais do que o padre; (…).

E sabem o que é engraçado? Toda boa comunidade tem esses tipos “pitorescos”. Mas, será que são os piores?

Não, não são! Como também não são aqueles que são criticados por esses “santos”.

Apesar de estarem equivocados quanto à forma de conduzir sua vida em relação aos outros, são pessoas que ainda buscam ficar do lado certo. O “dono da igreja” me lembra o namorado que de tanto amor “morre” de ciúmes da namorada. Não quer que ninguém converse com ela. É estranho, mas, amor demais pode virar ciúme!

E a Palavra de Deus nos dirigida hoje, nos faz refletir sobre os nossos trabalhos pastorais em nossa comunidade, até mesmo em nossos trabalhos profissionais. Apesar do assunto poder ser amplo, vou tentar me restringir aos nossos trabalhos pastorais, pois os trabalhos profissionais nem todos conheço e não tenho a consciência daquilo que cada um vive em sua realidade. Já em nossos trabalhos pastorais em particular, – não que eu conheça a todos – deveríamos ter uma mesma “direção”, um mesmo “pensamento”, um mesmo “objetivo”, que é a Boa Nova de Jesus.

Posso afirmar, categoricamente, que essa disputa de “poder” em nossas comunidades, se não é o maior, é um dos maiores problemas que geram grandes dificuldades na messe do Senhor. Que nos digam os nossos pastores: os bispos, os padres os diáconos, das dificuldades que eles têm em contornar o jogo de “poder”, que nós leigos, teimamos em travar, pois, de longe, bem de longe, ouvimos, refletimos e vivenciamos o que Jesus nos pede.

Existe uma “linha tênue”, “singela”, “sensível”, que separa o trabalho de “servidor” em trabalho de “servidão”, em trabalho de “doar” em trabalho de “ditador” em nossas comunidades. Existe um ditado popular, oriundo do grande pensador MAQUIAVEL, que se diz assim: “Dê o poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é”. E infelizmente, isso se torna cada vez mais concreto pelo lado negativo e não pelo positivo, pois em vez de eu ser uma pessoa cada vez mais parecida com Jesus quando “estou no poder”, eu me torno cada vez mais parecido como “um chefe de nação que oprime o seu povo”.

Em nossas comunidades nós reclamamos que são as mesmas pessoas que sempre estão à frente das ações, que sempre aparecem, que sempre “mandam”. Mas quando sou chamado a assumir estas funções, qual é a resposta que eu dou?

Mas a questão não é esta. A questão, ou a pergunta seria outra:

— Uma má ação pode justificar uma boa ação?
Ou, uma boa ação pode justificar uma má ação?

Jesus nos mostra que não. Nós devemos anunciar a sua Boa Nova, devemos “beber o cálice” que Ele bebeu, devemos ser servos, mas não podemos ser “o governo que oprime”, não devemos ser o “mal gestor”, não devemos ser o “mal patrão”, o “mal coordenador”, o “mal dirigente”, o “mal chefe”, etc.

Jesus deixa bem claro aos seus discípulos, e principalmente a João e Tiago, que o poder maior não é o de comandar, mas o de servir, de estar pronto em ajudar, de sempre estar à disposição daquele que necessita de nossa ajuda, e em nossas comunidades de fé. Uma das principais formas de tornarmos este poder “de sermos servos”, são as nossas pastorais, são os nossos serviços, são os nossos ministérios.

Devemos assumir esta responsabilidade como os discípulos assumiram a responsabilidade de evangelizar aos judeus e aos pagãos, com a graça de Deus em suas vidas, mas também com a perseguição daqueles que são contrários ao amor, a misericórdia, ao perdão.

Não achemos que as dificuldades que passamos hoje seja diferente das que os discípulos passaram naquela época; ou os mártires de ontem e que os de hoje também passam. Não pensemos assim. As dificuldades são as mesmas, mas a maior diferença são as nossas atitudes diante das dificuldades.

Após o episódio do texto de hoje, temos a absoluta certeza, que apesar de todos os erros que os discípulos tiveram, eles realmente entenderam, compreenderam e agiram conforme a orientação de Jesus. Apenas para podermos ver, de todos os 12, apenas João não morreu em martírio. Todos “beberam do cálice de Jesus”, conforme a Bíblia, a Tradição e textos apócrifos nos dizem:

— JUDAS ISCARIOTES: Traiu Jesus por 30 moedas. Mateus conta que, depois da morte de Cristo, ele se enforcou, e posteriormente foi substituído por Matias.
— SIMÃO: Morreu, como conta a “tradição”, junto com Judas Tadeu, na Mesopotâmia.
— JUDAS TADEU: Escreveu uma carta, a última carta católica. Teria morrido mártir no ano 70, em Mesopotâmia.
— TIAGO MENOR: Autor de uma das cartas católicas que tem o seu nome. Não sabemos quase nada da sua morte, mas pode ter sido martirizado em 62 depois de Cristo.
— MATEUS: O cobrador de impostos e escritor de um evangelho teria morrido em Etiópia e o seu túmulo se encontra em Salermo, na Itália.
— TOMÁS OU TOMÉ: É o apóstolo que não acredita na ressurreição de Jesus, que pretende tocar o Cristo ressuscitado. Mas é também aquele que diz: “Vamos morrer com Ele”. Ele teria evangelizado na Síria e na Pérsia, mas sobretudo na Índia, onde teria sido martirizado.
— BARTOLOMEU: é o apóstolo, amigo de João, que pergunta: “Por acaso vem alguém que presta de Nazaré?” A tradição diz que foi um grande missionário e que teria chegado até na Índia. Quanto à sua morte, conta-se que foi martirizado, tendo sido tirada a sua pele, provavelmente na Síria.
— FILIPE: Atos dos Apóstolos afirma que ele se encarregou da evangelização da Samaria e de Cesaréia. Parece que era casado e tinha filhos (Atos 21). A respeito da sua morte sabemos pouco. Alguns dizem que morreu em Hierápolis, também crucificado.
— TIAGO: o irmão de João, como conta Atos 12,1-2, foi martirizado em Jerusalém, por causa da perseguição de Herodes Agripa, por volta do ano 40 depois de Cristo.
— ANDRÉ: A tradição do martírio desse apóstolo está ligada à “cruz de santo André”, em forma de “X”, presente na bandeira da Escócia. Portanto teria sido crucificado numa cruz em forma de “X”.
— PEDRO: João 21,18 sugere que Pedro morreu na cruz. Clemente de Roma, que morreu em 95 depois de Cristo, diz que a sua morte aconteceu no tempo de Nero, por volta do ano 64. A tradição posterior diz que os romanos crucificaram Pedro de cabeça para baixo, pois o apóstolo teria pedido de não ser comparado com Cristo. Uma outra tradição diz que no período em que devia ser crucificado, encontrou, às portas de Roma, Jesus que lhe perguntou: quo vadis? (aonde vai?). Isto aconteceu enquanto Pedro estava fugindo de Roma para evitar a morte; o encontro teria mudado a sua decisão e voltou para Roma.
— JOÃO: Conta-se que morreu com cerca de 100 anos. Foi preso, em Éfeso, no tempo do imperador Domiciano, em 89, e levado até Roma onde é condenado à morte. A pena, porém, foi mudada em exílio, em Patmos. Passou alguns anos naquela ilha e voltou para Éfeso, onde morreu na velhice.

Pois bem, será que podemos colocar abaixo, uma descrição de quem nós realmente somos?

— Somos um bom “servo” do Senhor ou um mal “governante” em minha comunidade?
— Seremos capazes de “beber o cálice de Jesus”, sempre perseverando no caminho do amor, da humildade e da misericórdia?

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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No dia de hoje, 25/07/18, é de Cor Litúrgica Vermelho, pois, hoje é dia de: SÃO TIAGO MAIOR, APÓSTOLO E EVANGELIZADOR

Tiago nasceu doze anos antes de Cristo, viveu mais anos do que ele e passou para a eternidade junto a seu Mestre. Tiago, o Maior, nasceu na Galileia e era filho de Zebedeu e Salomé, segundo as Sagradas Escrituras. Era, portanto, irmão de João Evangelista, os “Filhos do Trovão”, como os chamara Jesus. É sempre citado como um dos três primeiros apóstolos, além de figurar entre os prediletos de Jesus, juntamente com Pedro e André. É chamado de “maior” por causa do apóstolo homônimo, Tiago, filho de Alfeu, conhecido como “menor”.

Nas várias passagens bíblicas, podemos perceber que Jesus possuía apóstolos escolhidos para testemunharem acontecimentos especiais na vida do Redentor. Um era Tiago, o Maior, que constatamos ao seu lado na cura da sogra de Pedro, na ressurreição da filha de Jairo, na transfiguração do Senhor e na sua agonia no horto das Oliveiras.

Consta que, depois da ressurreição de Cristo, Tiago rumou para a Espanha, percorrendo-a de norte a sul, fazendo sua evangelização, sendo por isso declarado seu padroeiro. Mais tarde, voltou a Jerusalém, onde converteu centenas de pessoas, até mesmo dois mágicos que causavam confusão entre o povo com suas artes diabólicas. Até que um dia lhe prepararam uma cilada, fazendo explodir um motim como se fosse ele o culpado. Assim, foi preso e acusado de causar sublevação entre o povo. A pena para esse crime era a morte. O juiz foi o cruel rei Herodes Antipas, um terrível e incansável perseguidor dos cristãos. Ele lhe impôs logo a pena máxima, ordenando que fosse flagelado e depois decapitado. A sentença foi executada durante as festas pascais no ano 42. Assim, Tiago, o Maior, tornou-se o primeiro dos apóstolos a derramar seu sangue pela fé em Jesus Cristo.

No século VIII, quando a Palestina caiu em poder dos muçulmanos, um grupo de espanhóis trouxe o esquife onde repousavam os restos de são Tiago, o Maior, à cidade espanhola de Iria. Segundo uma antiga tradição da cidade, no século IX o bispo de lá teria visto uma grande estrela iluminando um campo, onde foi encontrado o túmulo contendo o esquife do apóstolo padroeiro. E a Espanha, que nesta ocasião lutava contra a invasão dos bárbaros muçulmanos, conseguiu vencê-los e expulsá-los com a sua ajuda invisível. Mais tarde, naquele local, o rei Afonso II mandou construir uma igreja e um mosteiro, dedicados a são Tiago, o Maior, com isso a cidade de Iria passou a chamar-se Santiago de Compostela, ou seja, do campo da estrela.

Desde aquele tempo até hoje, o santuário de Santiago de Compostela é um dos mais procurados pelos peregrinos do mundo inteiro, que fazem o trajeto a pé. Essa rota, conhecida como “caminho de Santiago de Compostela”, foi feita também pelo papa João Paulo II em 1989. Acompanhado por milhares de jovens do mundo inteiro, foi venerar as relíquias do apóstolo são Tiago, o Maior, depositadas na magnífica catedral das seis naves, concluída em 1122.

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Liturgia Diária 24/07/18

LITURGIA DIÁRIA 24/07/18


QUEM É MINHA MÃE? QUEM SÃO MEUS IRMÃOS E IRMÃS?

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Leitura da Profecia de Miquéias
(Mq 7, 14-15.18-20
)

Oração pela confusão das nações e apelo ao perdão divino

(áudio1) (áudio2)

14 Apascenta o teu povo com o cajado da autoridade, o rebanho de tua propriedade, os habitantes dispersos pela mata e pelos campos cultivados; que eles desfrutem a terra de Basã e Galaad, como nos velhos tempos. 15 E, como foi nos dias em que nos fizeste sair do Egito, faze-nos ver novos prodígios. 18 Qual Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esquece o pecado daqueles que são resto de tua propriedade? Ele não guarda rancor para sempre, o que ama é a misericórdia. 19 Voltará a compadecer-se de nós, esquecerá nossas iniquidades e lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados. 20 Tu manterás fidelidade a Jacó e terás compaixão de Abraão, como juraste a nossos pais, desde tempos remotos.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 84(85), 2-4.5-6.7-8 (R. 8a)
Oração pela Paz e pela Justiça

(áudio1) (áudio2)

R. 8a Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.

2 Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, / libertastes os cativos de Jacó. / 3 Perdoastes o pecado ao vosso povo, / encobristes toda a falta cometida; / 4 retirastes a ameaça que fizestes, / acalmastes o furor de vossa ira.
5 
Renovai-nos, nosso Deus e Salvador, / esquecei a vossa mágoa contra nós! / 6 Ficareis eternamente irritado? / Guardareis a vossa ira pelos séculos?
7 
Não vireis restituir a nossa vida, / para que em vós se rejubile o vosso povo? / 8 Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, / concedei-nos também vossa salvação!

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 12, 46-50)
Os verdadeiros parentes de Jesus

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 46 enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47 Alguém disse a Jesus: Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo.” 48 Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49 E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: Eis minha mãe e meus irmãos. 50 Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

NÓS ESTAMOS SENDO MÃE, IRMÃ E IRMÃO DE JESUS? TEM CERTEZA?

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Liturgia Diária 24/07/18. Terça-feira da 16ª Semana do Tempo Comum. Evangelho de Mateus 12, 46-50.

“Tua Mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”.

Coincidentemente, na segunda-feira da semana passada, dia 16, já havíamos refletidos sobre este mesmo Evangelho de Mateus, e como a nossa Fé e a nossa reflexão deve ser diária, e sempre procurando ver as realidades da nossa e da vida daqueles que nos cercam, tentarei refletir este mesmo Evangelho de uma nova perspectiva, de uma nova realidade, mas, sempre alicerçada nos ensinamentos de Deus e da Igreja.

E então, que tal se pegarmos a complexidade da Sagrada Família, José, Maria e Jesus, Pai, Mãe e Filho, na convivência e exemplos refletidos na espiritualidade dos três?

Na cronologia de vida, no momento deste trecho do Evangelho, José já não estava mais presente, pois já havia cumprido a sua Missão, mas não distante, ele também, José, tem a sua vida intrínseca neste momento pelos seus exemplos, como poderemos ver um pouco mais para frente, mas agora, vejamos a relação de Maria e Jesus.

Como disse, antes eu via este Evangelho como uma afronta de Jesus para com Maria, mas, diante à inspiração do Espírito Santo e o sempre querer andar nos caminhos do Senhor, o discernimento que a conclusão deste Evangelho nos apresenta, é bem diferente do que primeiramente possamos compreender, pois, em nenhum momento, Jesus exclui sua Mãe daqueles que fazem à vontade de Deus, e que, consequentemente, ela, Maria, como nós também, somos sua mãe, irmã e irmão.

Desta forma, Maria, mãe de Jesus deve ser para nós, em primeiro lugar, aquele exemplo, aquele modelo do que realmente é cumprir a vontade de Deus Pai, pois, na sua simplicidade de vida, segura na Fé em Deus, disponível às missões que lhe foram apresentadas, ela apenas disse: “Faça-se em mim, segundo a Tua Palavra”.

Meus irmãos e irmãs, e assim foi feito, com o agrado e bênção de Deus advinda pelo seu Espírito Santo, para que seu Filho, Jesus, se encarnasse no ventre de sua mãe, e se tornasse homem como nós, para que, um dia possa nos levar de volta à presença de Deus, onde que os nossos pecados serão perdoados.

Todos nós, somos filhos e filhas de nossos pais e mães, com defeitos e acertos, onde que pela vida iremos levar alguns rótulos que não poderão sair de nosso ser como uma tatuagem ou uma cicatriz. Por algum momento de nossa vida, dependendo do assunto e situações que nos aconteceram, alguém já pode ter falado assim:

— Olha como ela se parece com a mãe dela, sem paciência e fica nervosa à toa;
— Menina, como você está tão serena mesmo diante dos problemas. Desta forma consigo ver a sua mãe como se ela estivesse aqui no nosso meio;
— Tal pai, tal filho, que até parece um xerox;
— Não me olhe desse jeito menino! Até parece seu pai me olhando.

E por aí vai, não é mesmo? Em algum momento de nossa vida, isso já aconteceu.

Se para nós é assim, quem sabe agora, para aqueles que ainda possuem alguma dúvida se Jesus desprezou a sua mãe, imaginarmos naquela casa, em Nazaré, o que Jesus via em Maria e José por Ele mesmo, durante toda a sua vida: como criança, na adolescência, na sua fase adulta, até antes de sua missão de levar a Sua Boa Nova.

Temos o conhecimento que todas as crianças, de uma forma ou de outra, se espelham em seus pais e suas mães, quem sabe em seus irmãos, primos, tios, vizinhos. Desde pequeninos como todos nós fomos, é no seio de nosso lar, que aprendemos a caminhar, a falar, a responder, a reclamar, a acariciar, a fazer as nossas primeiras orações, não é isso mesmo? E com Jesus caríssimos, não foi diferente. José e Maria foram aqueles que lhe ensinou as primeiras orações em agradecimento e louvor a Deus.

Já na sua fase adulta, longe do seio da família, Jesus, como Filho de Deus, viveu perfeitamente a vontade de Deus Pai, e dela, fez o seu alimento: “O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”.

Será que ainda temos alguma dúvida, se Jesus quis desmoralizar a sua mãe diante dos discípulos? Será que Ele disse algo que a magoasse? Algo que a denegrisse? No meu humilde entendimento, não foi isso que vi e compreendi.

E se nos perguntássemos:

— O que podemos ver no íntimo de Jesus, de sua Mãe Maria, e até mesmo em José seu pai, como, comum aos três?

O que podemos ver claramente, é, o amor ao Pai e à Sua vontade, e verdadeira é a entrega à Sua missão.

Eis aqui meus queridos amigos e amigas, o ponto que podemos e devemos ter Jesus, Maria e José, como reflexos em nossas ações, e assim, seremos todos nós, familiares de Jesus, ao cumprirmos então a vontade de Deus Pai.

O amor e a vontade de Deus foi o que alimentou Jesus, Maria e José, e se torna também para nós, o alimento espiritual para que tenhamos uma vida sem fim, além desta vida na terra, uma Vida Eterna.

E sendo assim, eu poderia perguntar o seguinte:

— Nós aceitamos o amor e temos realizado a vontade de Deus?
— Nós sabemos perdoar, compreender e acolher àqueles que nos cercam?
— O que temos apreendido verdadeiramente com Jesus?
— Nós temos a consciência de que a vontade de Deus Pai, é que tenhamos Jesus como o Senhor de nossa vida?

O desejo de Deus que vive no céu, é que façamos de nossa vida, uma real e verdadeira experiência com Jesus, praticando os seus ensinamentos, agindo conforme os seus exemplos, acolhendo os nossos irmãos como Ele o fez sem julgá-los, perdoando e acreditando no verdadeiro arrependimento, admoestando, orando, curando, realizando e aceitando os milagres que se manifestam em nós como o jeito certo de se viver aqui na terra vislumbrando o Reino de Deus em nossas vidas.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

Post Destacado

Liturgia Diária 23/07/18

LITURGIA DIÁRIA 23/07/18


JESUS E OS FARISEUS: NOS DE UM SINAL

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Leitura da Profecia de Miquéias
(Mq 6, 1-4.6-8
)

Iahweh Processa o seu Povo, Chamando ao Julgamento:
Compensação Cultual

(áudio1) (áudio2)

1 Ouvi o que diz o Senhor: Levanta-te, convoca um julgamento perante os montes e faze que as colinas ouçam tua voz”. 2 Ouvi, montes, as razões do Senhor em juízo, escutai-o, fundamentos da terra; a pendência do Senhor é com seu povo, ele disputa em juízo contra Israel. 3 Povo meu, que é que te fiz? Em que te fui penoso? Responde-me. 4 Eu te retirei da terra do Egito e te libertei da casa de servidão, e pus à tua frente Moisés, Aarão e Maria”. 6 “Que oferta farei ao Senhor, digna dele, ao ajoelhar-me diante do Deus altíssimo? Acaso oferecerei holocaustos e novilhos de um ano? 7 Acaso agradam ao Senhor carneiros aos milhares, e torrentes de óleo? Porventura ofertaria eu o meu primogênito, por um crime meu, o fruto do meu sangue pelos pecados da minha vida?” 8 Foi-te revelado, ó homem, o que é o bem, e o que o Senhor exige de ti: principalmente praticar a justiça e amar a misericórdia, e caminhar solícito com teu Deus.”
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 49(50), 5-6.8-9.16bc-17.21.23 (R. 23b)
Para o Culto em Espírito

(áudio1) (áudio2)

R. 23b A todo homem que procede retamente, / eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

5Reuni à minha frente os meus eleitos, / que selaram a Aliança em sacrifícios!” / 6 Testemunha o próprio céu seu julgamento, / porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.
8 E
u não venho censurar teus sacrifícios, / pois sempre estão perante mim teus holocaustos; / 9 não preciso dos novilhos de tua casa / nem dos carneiros que estão nos teus rebanhos.
16bComo ousas repetir os meus preceitos / 16ctrazer minha Aliança em tua boca? / 17 Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos / e deste as costas às palavras dos meus lábios!
21 Diante disso que fizeste, eu calarei? / Acaso pensas que eu sou igual a ti? / É disso que te acuso e repreendo / e manifesto essas coisas aos teus olhos.
23 Quem me oferece um sacrifício de louvor, / este sim é que me honra de verdade. / A todo homem que procede retamente, / eu mostrarei a salvação que vem de Deus”.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
(Mt 12, 38-42)
O Sinal de Jonas

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 38 alguns mestres da Lei e fariseus disseram a Jesus: “Mestre, queremos ver um sinal realizado por ti.” 39 Jesus respondeu-lhes: “Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. 40 Com efeito, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra. 41 No dia do juízo, os habitantes de Nínive se levantarão contra essa geração e a condenarão, porque se converteram diante da pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas. 42 No dia do juízo, a rainha do Sul se levantará contra essa geração, e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

O VERDADEIRO SINAL DE CRISTO É A CRUZ E O SEPULCRO VAZIO

(áudio1) (áudio2)

Bom dia. Jesus, sempre falava em parábolas, e por isso sempre ficava uma interrogação no ar. Foi isso que aconteceu quando ele respondeu aos fariseus e lhes deu como referência Jonas, que havia ficado três dias no ventre de uma baleia. Como os fariseus não possuíam o entendimento da Palavra de amor de Deus, não compreenderem que Jesus estava prefigurando a sua morte e ressurreição. E esse sinal, foi entre todos, o maior realizado por Ele.

Mas, antes de sua morte e ressurreição, Jesus havia feito inúmeros milagres, na presença do povo que o seguia e dos Fariseus e Mestres da Lei, não foi? E mesmo eles estando presentes, e tudo sendo realizado diante de seus olhos, mesmo assim, eles queriam mais um sinal. Mas, como assim, eles pediram mais um! Já não bastava todos os outros que já haviam sido realizados?

Desta forma, diante do referido pedido, Jesus demonstra certa irritação, e exatamente por isso, lhes chama de geração perversa e adúltera e em sua presença não realizaria nenhum sinal.

— E hoje, será que podemos considerar o mundo em que vivemos uma geração perversa e adúltera? E não nos acanhemos, pois, será que não devemos nos colocar no mesmo balaio?

— Será que realmente demonstramos e acreditamos na ressurreição de Jesus? Que Ele é o Filho de Deus? Será que continuamos praticando todo tipo de maldade e de corrupção, tanto física, mental e espiritual?

— Não estamos vivendo como parte do povo que se afasta de Deus, onde o substituímos por outros deuses, como o dinheiro, a luxúria, a promiscuidade, a corrupção, a violência, as drogas, o álcool?

E sabem por que tantas pessoas se entregam a estes pecados, e cada vez mais, existe uma taxa de depressão crescente em todo mundo? Porque é impossível que substituamos Deus em nossas vidas, e por isso o crescente vazio em nossa alma, e essa grande insatisfação com tudo o que nos cerca.

— Mas, o que podemos fazer para mudar isso?

Primeiro, devemos mudar a nós mesmos, pois, como posso amar algo que não acredito? Que não conheço?

Como posso falar do amor de Deus por nós, se, não O aceitamos?

Como podemos falar que estamos no caminho do Senhor, se a base de seu ensinamento que é a verdade, e nós não conseguimos dizê-la por meio de sua consequência?

Depois, que realmente conseguirmos a nossa conversão e aceitarmos a messe que o Senhor nos apresenta, é reforçar a nossa catequese. Mas não devemos nos apegar nesta catequese, apenas naquela realizada pelos catequistas em nossas Igrejas. Ela é importante e necessária, mas a catequese que estou dizendo é conosco, com aqueles que nos cercam, mostrando que a ressurreição de Cristo Jesus é o maior sinal de nossa Fé, demonstrando a maior prova da divindade Dele.

Muitos podem não acreditar que Jesus é a nossa melhor solução para os nossos problemas, e segui-lo, não significa que Ele irá resolver tudo por nós, isso não. Mas o que Ele irá fazer é estar junto conosco a nos sustentar em todos os momentos de nossa vida, sendo nas alegrias como também nas dificuldades. Somente Ele, á a fonte de água viva que nos satisfaz, e somente pela Eucaristia, é que teremos uma vida plena todos os dias.

Se não tivermos fortalecida a nossa Fé na ressurreição, estaremos sem chão, sem um ponto de apoio, e ficaremos sempre buscando algum sinal de Deus como prova que Jesus é o Seu Filho, como os fariseus e os escribas neste Evangelho.

Meus amigos e amigas, se não acreditarmos em Cristo Jesus e na sua boa nova, estaremos entrando em um vazio escuro e irremediável, insolúvel e sem curas, onde que, nenhuma fantasia ou fuga da realidade que irá nos dar um prazer terreno vai nos ajudar, pelo contrário, estaremos a um passo de experienciar a nosso própria condenação, aqui mesmo, nessa vida. Acredite!

Agora, como no Evangelho de hoje, onde que os fariseus diante de Jesus pediram um milagre para acreditar Nele, nós também, por quantas vezes fazemos a mesma coisa?

Só que alguns de vocês podem me questionar:

— Não Flávio, não é assim não. Todas as vezes que pedimos algo a Jesus é porque nós realmente acreditamos Nele!

Caríssimos e caríssimas, pode até ser que realmente vocês acreditem Nele, pois, posso dizer, por mim mesmo, que também acredito em Jesus. Mas o mérito que quero falar é o seguinte, será que eu, você, nós, nunca, ao fazermos um pedido à Jesus dissemos mais ou menos assim:

— Jesus misericordioso, me cure, me ajude, me socorra, me sustente, me ilumine, me abençoe com um emprego, com um carro, com uma casa, … ou a alguém de minha família ou amigo?

Alguma vez já iniciamos as nossas orações dessa forma, não é mesmo? Só que a oração, ainda não acabou. Vamos continuar?

Jesus, se o Senhor me curar, me ajudar, me socorrer, me sustentar, me iluminar, me dar um emprego, um carro, uma casa, … ou a alguém de minha família ou amigo, olha “Senhor Jesus”, eu “paro de beber”, “paro de fumar”, “paro de dormir tarde”, “paro de trair meu esposo ou esposa”, “paro de me drogar”, “faço penitência”, “vou a pé a Romaria”, “paro de beber cerveja ou refrigerante”, “vou à missa todos os dias” …!

Desta forma, será que não estamos sendo como os fariseus que precisam de algo para acreditar em Jesus, e que ele faça algo em nossa vida para que a partir daquele momento, nós iremos começar a fazer as coisas “corretas”? As coisas “certas”?

E agora, já fizemos ou não fizemos algo parecido? É melhor não respondermos, não é mesmo?

Os nossos pedidos a Jesus a cada vontade pessoal de nosso ser, só aumenta de tamanho, pois, nunca estamos contentes com aquilo que possuímos. Sempre queremos algo mais, e esse algo mais é sempre para o eu (individual), e não para nós (família e comunidade).

Meus irmãos e minhas irmãs, não é errado pedir à Jesus algo que desejamos, não. Devemos sim pedir a Ele tudo aquilo que desejamos, pois, se recebermos o que pedimos, temos a certeza que aquilo é bom para nós, pois, foi Jesus que nos deu. Talvez não venha como imaginamos, da mesma forma, do mesmo tamanho, mas com certeza, Jesus irá nos atender.

O que eu e vocês não podemos fazer, como os fariseus, é querer barganhar com Jesus um milagre, e a partir deste momento nós acreditarmos Nele. Nós não podemos fazer assim.

Só que aí, conforme a vontade de Deus, vamos supor, que nós recebemos o milagre.

E normalmente, como é a nossa atitude? Ficamos contentes, alegres, cantamos, louvamos, oramos, nos ajoelhamos, e agradecemos a Jesus tudo aquilo que recebemos. Não é assim quando perseveramos na Fé?

Só que, o nosso agradecimento, normalmente, fica apenas na superficialidade do nosso ser, pois, nós vamos à Missa todos os dias, vamos a pé a Romaria, não bebemos, não fumamos, fazemos abstinências e penitência e outras coisas mais, mas apenas por obrigação. Não houve a nossa verdadeira conversão. E sempre que podemos, damos uma desculpa para voltarmos aos nossos antigos vícios, aos nossos antigos deslizes, aos nossos antigos erros.

— O que adianta nós irmos à missa todos os dias, e não reconhecer Cristo Jesus ressuscitado em minha vida?

— O que adianta nós orarmos todos os dias, e não mudar as nossas atitudes para os nossos filhos, para o nosso esposo, para a nossa esposa, para a nossa família?

— O que adianta nós fazermos penitência apenas para mostrar aos outros o que estamos realizando?

— O que adianta louvarmos a Deus se não conseguimos perdoar àquele que nos magoou, ou, pedirmos perdão quando sabemos que erramos?

Os fariseus sabiam as Leis de Deus de cor e salteadas, como nós também sabemos. Os fariseus pediam seus milagres a Deus, como nós também o fazemos.

O que irá nos diferenciar dos fariseus é a verdadeira conversão no caminho do Senhor.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 22/07/18

LITURGIA DIÁRIA 22/07/18


JESUS TEVE COMPAIXÃO DELES

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Leitura do Livro do Profeta Jeremias
(Jr 23, 1-6)
Aos Pastores, Oráculos Messiânicos: O Rei do Futuro

(áudio1) (áudio2)

1 “Ai dos pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho de minha pastagem, diz o Senhor! 2 Deste modo, isto diz o Senhor, Deus de Israel, aos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes o meu rebanho, e o afugentastes e não cuidastes dele; eis que irei verificar isso entre vós e castigar a malícia de vossas ações, diz o Senhor. 3 E eu reunirei o resto de minhas ovelhas de todos os países para onde forem expulsas, e as farei voltar a seus campos, e elas se reproduzirão e multiplicarão. 4 Suscitarei para elas novos pastores que as apascentem; não sofrerão mais o medo e a angústia, nenhuma delas se perderá, diz o Senhor. 5 Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei nascer um descendente de Davi; reinará como rei e será sábio, fará valer a justiça e a retidão na terra. 6 Naqueles dias, Judá será salvo e Israel viverá tranqüilo; este é o nome com que o chamarão: ‘Senhor, nossa Justiça’.”
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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Salmo – Sl 22(23), 1-3a. 3b-4. 5. 6 (R. 1.6a)
O Bom Pastor

(áudio1) (áudio2)

R. 1 O Senhor é o pastor que me conduz: / 6a felicidade e todo bem hão de seguir-me!

1 O Senhor é o pastor que me conduz; / não me falta coisa alguma. / 2 Pelos prados e campinas verdejantes / ele me leva a descansar. / Para as águas repousantes me encaminha, / 3a e restaura as minhas forças.
3b Ele me guia no caminho mais seguro, / pela honra do seu nome. / 4 Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, / nenhum mal eu temerei; / estais comigo com bastão e com cajado; / eles me dão a segurança!
5 Preparais à minha frente uma mesa, / bem à vista do inimigo, / e com óleo vós ungis minha cabeça; / o meu cálice transborda.
6 Felicidade e todo bem hão de seguir-me / por toda a minha vida; / e na casa do Senhor, habitarei / pelos tempos infinitos.

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Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios
(Ef 2, 13-18)
Unidade por Cristo: A Reconciliação dos Judeus e dos Gentios entre Si e com Deus

(áudio1) (áudio2)

Irmãos, 13 agora, em Jesus Cristo, vós que outrora estáveis longe, vos tornastes próximos, pelo sangue de Cristo. 14 Ele, de fato, é a nossa paz: do que era dividido, ele fez uma unidade. Em sua carne ele destruiu o muro de separação: a inimizade. 15 Ele aboliu a Lei com seus mandamentos e decretos. Ele quis, assim, a partir do judeu e do pagão, criar em si um só homem novo, estabelecendo a paz. 16 Quis reconciliá-los com Deus, ambos em um só corpo, por meio da cruz; assim ele destruiu em si mesmo a inimizade. 17 Ele veio anunciar a paz a vós que estáveis longe, e a paz aos que estavam próximos. 18 É graças a ele que uns e outros, em um só Espírito, temos acesso junto ao Pai.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

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† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 6, 30-34)
Jesus teve Compaixão deles

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 30 os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31 Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto, e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. 32 Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33 Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles. 34 Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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REFLEXÃO

Trabalhando na Hora do Descanso…

(áudio1) (áudio2)

Boa noite. Será que podemos dar um título mais informal para este trecho do evangelho que veremos neste domingo? Quem sabe:

“Trabalhando na hora do descanso…”

Desculpem-me o título da reflexão, mas é isso mesmo que vejo!

Os apóstolos de Jesus, depois de uma semana cheio de atividades, reuniões, pregações e celebrações, resolveram procurar Jesus na segunda-feira para contarem dos resultados positivos de tantos trabalhos, feitos com tanto amor e alegria. Mas Jesus notou que eles estavam cansados, precisavam retirar-se para um local ermo, descansar um pouco, descontrair e jogar alguma conversa fora.

Jesus, não era um homem carrancudo e o tempo inteiro falando sério e ensinando, pois, quando estava a sós com os discípulos, é exatamente como nós com os nossos amigos, onde ficamos à vontade, conta-se uma história engraçada e se dá muita risada. Será que faziam alguma piada sobre alguém do grupo?

Ah, como é gostoso imaginar um Jesus de Nazaré assim tão humano como a gente… Até nos alivia do cansaço.

A agitação do trabalho pastoral com Jesus era muito grande, gente que ia e que vinha para reuniões, celebrações, encontros, exatamente como é a nossa comunidade. Então na segunda-feira pegaram uma barca e decidiram dar um passeio para o outro lado, mas, é claro, que teria oração de louvor e agradecimento, haveria também momento para a partilha da experiência missionária, um outro para as orientações de Jesus, mas tudo com muita descontração.

E quando já estavam bem à vontade, começando a jogarem conversa fora e traziam naqueles rostos uma inexplicável alegria por estarem ali juntos, ao chegarem à outra margem, quem sabe, já com o carvão e um peixe para assá-lo, espantaram-se ao ver a multidão que os esperava ali.

Já àqueles que os esperavam, estavam maravilhados e contagiados com a alegria daquele grupo, a pregação dos apóstolos e aquele jeito ensinado por Jesus, fora uma estratégia que havia dado certo, não importava que era uma segunda-feira, dia de descanso para os ministros e pastorais, o povo não queria ficar longe daquele grupo fantástico que tinha uma proposta totalmente nova de vida, de uma religião marcada acima de tudo pela alegria de sentir-se tão perto do amor de Deus.

Os apóstolos talvez ficaram meio chateados: “Pronto, acabou-se a nossa folga…”, mas Jesus sentiu compaixão das pessoas, porque eram como ovelhas sem pastor, isso é, não tinham uma referência importante ou uma liderança autêntica para seguirem, e Jesus começou e ensinar-lhes muitas coisas mostrando-lhes que, atenção, carinho, amor e compaixão para com as pessoas da comunidade, não tem dia e nem hora, pois, a vida de quem se consagrou a Deus e aos irmãos na comunidade, já não nos pertence…

Jesus não conseguia descansar diante do sofrimento daquele povo, pois, percebia que aquela multidão era realmente, como “ovelhas sem pastor”; conhecia as dores que sofriam aqueles que O seguiam dia e noite.

Por esta razão, Ele não deixava para o outro dia o que podia fazer por aquele povo faminto, e, mesmo cansado, ocupava-se com ele. A compaixão era, então, o aspecto que mais identificava Jesus quando Ele andava pelo mundo instaurando o Seu reino.

Hoje também, a multidão continua necessitada de ajuda e, embora não tenha muita consciência, ela busca algo ou alguém que possa preencher o vazio do seu coração. Assim como aos Seus discípulos, Jesus hoje, também nos chama a um lugar deserto e nos prepara para que possamos ser pastores de pessoas desanimadas e sem esperança.

Ser pastor, é saber dar testemunho de fé, de confiança no plano de Deus e, assim, ser luz para o irmão que também passa por necessidade.

Jesus nos cura e nos ensina também muitas coisas, a fim de que sejamos refrigérios e luz, tanto para a nossa felicidade pessoal, como também, comunitária e familiar. Ele nos ensina a arte de viver melhor em qualquer circunstância enfrentando todas as dificuldades.

Desse modo nós poderemos também ajudar a todos os que ainda não O conhecem.

Os melhores ensinamentos da nossa vida nós os recebemos quando passamos por experiências de dor e de sofrimento, com Jesus, pois assim, nós aprendemos com a nossa própria experiência nos entregando nos braços do Senhor.

Jesus, hoje, nos faz descansar, nos refrigera e nos consola para que também, possamos ser pastores que consolam e que amparam as ovelhas afastadas de Seu amor.

De nada adianta fazermos muitas coisas e não fazermos do jeito certo, o descanso, o retiro interior é fundamental para a qualidade do nosso trabalho missionário!

Hoje, Jesus nos convida a um descanso semanal na participação do Banquete da Vida que é a Eucarística! Participando da Eucaristia, nós nos reabastecemos na fé, repomos as nossas energias para darmos continuidade a nossa missão, que começa, ou melhor, recomeça a cada vez que saímos da Igreja descansados e alimentados da força inovadora de Jesus.

Jesus “teve misericórdia daquela gente”.

Nós, Igreja, temos que ter o mesmo sentimento. Como nos diz o documento de Aparecida: “Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão”.”

Naquela época, as multidões precediam Jesus, tamanho era o desespero que se encontravam em seus corações, e não distante desta realidade, a nossa comunidade se encontra assim nos dias de hoje.

Para Jesus, essa insistência do povo para com Ele, não o irritava, mas ao contrário, o deixava comovido, pois Ele sabia em que condições se encontrava aquele povo, que eram como ovelhas que caminhavam sem rumo, pois estavam sem pastor. Por isso, Ele não podia fechar os seus olhos e não assumir a sua função de guia-las e leva-las por um caminho seguro.

Quem dera se tivéssemos um pouquinho da perseverança de Cristo, pois, podemos observar como Ele era incansável quando se referia em servir o seu povo, no falar, no ouvir e no agir, realizando milagres e curas, dando esperança aos desesperados, vida aos que estavam mortos, amor e carinho aos que precisavam apenas de um abraço ou uma palavra amiga.

Jesus no meio de tantas atividades que realizava, nunca se esqueceu do principal eixo de sua ação missionária, que era a de servir ao Reino de Deus Pai. É esta consciência que devemos adquirir em nossa caminhada de evangelização, para que fiquemos imune às tentações de vanglórias, de soberbas, de egoísmos, de autossuficiência, de orgulhos, de superioridades e de manipulações e que nos impedem de nos entregar inteiramente a Deus.

Meus queridos amigos e amigas, que saibamos ser servidores e não doutores, para que nesta condição, acolhamos com carinho a quantos procuram a Jesus para ouvir a sua Palavra e sermos todos curados pela nossa conversão.

Deus abençoe você! FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Um abraço fraterno, e que tenhamos um abençoado dia na graça do Senhor.
Humildemente, seu irmão na Fé, Flávio Eduardo.

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Liturgia Diária 21/07/18

LITURGIA DIÁRIA 21/07/18


GRANDES MULTIDÕES O SEGUIRAM, E ELE CUROU A TODOS

  • Leitura da Profecia de Miquéias
    (Mq 2, 1-5): PRIMEIRA DENÚNCIA CONTRA OS USURÁRIOS (agiotas)

(áudio1) (áudio2)

1 Ai dos que tramam a iniquidade e se ocupam de maldades ainda em seus leitos! Ao amanhecer do dia, executam tudo o que está em poder de suas mãos. 2 Cobiçam campos, e tomam-nos com violência, cobiçam casas, e roubam-nas. Oprimem o dono e sua casa, o proprietário e seus bens. 3 Isto diz o Senhor: “Eis que tenciono enviar sobre esta geração perversa uma desgraça de onde não livrareis vossos pescoços; não podereis andar de cabeça erguida, porque serão tempos desastrosos. 4 Naquele dia, sereis assunto de uma alegoria, de uma canção triste que diz: ‘Fomos inteiramente devastados; a parte de meu povo que passou a outro por ninguém lhe será restituída; os nossos campos são repartidos entre infiéis. 5 Por isso, não terás na assembléia do Senhor quem meça com cordel as porções consignadas por sorte’.”
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

  • Salmo – Sl 9B(10), 22-23(1-2). 24-25(3-4). 28-29(7-8). 35(14) (R.12b) (áudio)
    DEUS ABATE OS ÍMPIOS E SALVA OS HUMILDES

(áudio1) (áudio2)

R. 12b O Senhor não se esquece do clamor dos aflitos.

— 22 Ó Senhor, por que ficais assim tão longe, / e, no tempo da aflição, vos escondeis, / 23 enquanto o pecador se ensoberbece, / o pobre sofre e cai no laço do malvado?
24 O ímpio se gloria em seus excessos, / blasfema o avarento e vos despreza; / 25 em seu orgulho ele diz: “Não há castigo! / Deus não existe!”
28 Só há maldade e violência em sua boca, / em sua língua, só mentira e falsidade. / 29 Arma emboscadas nas saídas das aldeias, / mata inocentes em lugares escondidos.
35 Vós, porém, vedes a dor e o sofrimento, / vós olhais e tomais tudo em vossas mãos! / A vós o pobre se abandona confiante, / sois dos órfãos vigilante protetor.

  • † Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus (áudio)
    Mt 12, 14-21: JESUS É O SERVO DE IAHWEH

(áudio1) (áudio2)

Naquele tempo, 14 os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. 15 Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. 16 E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, 17 para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 18 “Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. 19 Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. 20 Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. 21 Em seu nome as nações depositarão a sua esperança.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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Liturgia Diária 20/07/18

LITURGIA DIÁRIA 20/07/18


AS ESPIGAS ARRANCADAS EM DIA DE SÁBADO

  • Leitura do Livro do Profeta Isaías 
    (Is 38, 1-6.21-22.7-8): DOENÇA E CURA DE EZEQUIAS

1 Naqueles dias, Ezequias foi acometido de uma doença mortal. Foi visitá-lo o profeta Isaías, filho de Amós, e disse-lhe: “Isto diz o Senhor: Arruma as coisas de tua casa, pois vais morrer e não viverás”2 Então Ezequias virou o rosto contra a parede e orou ao Senhor, dizendo: 3 “Peço-te, Senhor, te lembres de que tenho caminhado em tua presença, com fidelidade e probidade de coração, e tenho praticado o bem aos teus olhos”Ezequias prorrompeu num grande choro. 4 A palavra do Senhor foi dirigida a Isaías: 5 Vai dizer a Ezequias: Isto diz o Senhor, Deus de Davi, teu pai: ‘Ouvi a tua oração, vi as tuas lágrimas; eis que vou acrescentar à tua vida mais quinze anos, 6 vou libertar-te das mãos do rei da Assíria, junto com esta cidade, que ponho sob minha proteção'”21 Então, Isaías ordenou que fizessem uma cataplasma de massa de figos e a aplicassem sobre a ferida, que ele ficaria bom. 22 Perguntou Ezequias: “E qual é o sinal de que hei de subir à casa do Senhor?” 7 “Este é o sinal que terás do Senhor, de que ele cumprirá a promessa que fez: 8 Eis que farei recuar dez graus a sombra dos graus que já desceu no relógio solar de Acaz”De fato, a marca do sol recuara dez graus dos que ela tinha descido.
Palavra do Senhor. Graças a Deus.

  • Salmo – Is 38, 10. 11. 12abcd. 16 (R. Cf. 17b) 
    CÂNTICO DE EZEQUIAS

R. 17b Vós livrastes minha vida do sepulcro, / a fim de eu não deixar de existir.

— 10 Eu dizia: “É necessário que eu me vá / no apogeu de minha vida e de meus dias; / para a mansão triste triste dos mortos descerei, / sem viver o que me resta dos meus anos”.
11 Eu dizia: “Não verei o Senhor Deus sobre a terra dos viventes nunca mais; / nunca mais verei um homem neste mundo!”
12a Minha morada foi à força arrebatada, / b desarmada como a tenda de um pastor. / c Qual tecelão, eu ia tecendo a minha vida, / d mas agora foi cortada a sua trama.
16 Senhor está sobre eles: eles vivem, / entre eles viverá o meu espírito. / Tu me restabelecerás e me farás viver.

  • † Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 
    Mt 12, 1-8: AS ESPIGAS ARRANCADAS EM DIA DE SÁBADO

1 Naquele tempo, Jesus passou no meio de uma plantação num dia de sábado. Seus discípulos tinham fome e começaram a apanhar espigas para comer. 2 Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos estão fazendo, o que não é permitido fazer em dia de sábado!” 3 Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele e seus companheiros sentiram fome? 4 Como entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda que nem a ele nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? 5 Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no Templo, os sacerdotes violam o sábado sem contrair culpa alguma? 6 Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o Templo. 7 Se tivésseis compreendido o que significa: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes. 8 De fato, o Filho do Homem é senhor do sábado.”
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

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Redes Sociais (por FEGS)

REDES SOCIAIS (por FEGS)

Tem um tempinho para ler?

Quanto mais as redes sociais souberem da nossa vida “íntima” e “particular”, mais nós seremos “INFELIZES”, pois:

— Nós iremos querer uma resposta que não teremos;
Aceitações que não virão;
Opiniões que divergirão; e,
— Confirmações que nos magoarão.

Nós achamos que quando as nossas postagens são “curtidas”fazem das pessoas terem o mesmo pensamento que o nosso.

“ERRADO”, pois, só foi aquela postagem, e a opinião, cada um tem a sua.

Nós acreditamos piamente que quando um “amigo” não dá sua curtida em nossas postagens, ele deixou de ser nosso amigo.

“ERRADO”, pois, possivelmente, ele só não viu o que nós postamos, ou simplesmente não concordou.

Na verdade, os nossos 100, 300, 700, 1500, 3000 “amigos” nas Redes Sociais, são apenas pessoas que por algum motivo conversaram conosco em um momento de nossa vida, mas nem de perto, são e irão ser nossos “AMIGOS”.

Não nos tornemos cegos à realidade, e devemos deixar de acreditar que ter muitos “amigos” nas Redes Sociais nos fazem mais importantes, mas na verdade: nos tornam egocêntricos por causa da quantidade; bajuladores por causa dos convites; e sentimentalmente, teremos uma visão errada do que é ter uma “VERDADEIRA AMIZADE”.

Por isso, as redes sociais devem ser apenas “SOCIAIS” e não se tornar o íntimo de nosso lar, da nossa família e da nossa vida.

Agora … quanto mais os nossos amigos vivenciarem as nossas tristezas e as nossas alegrias na “vida real”, mais nós seremos “FELIZES”, pois:

— Teremos os nossos corações cheios de amor, e que apesar das dificuldades que a vida nos trará, àqueles que nos amam nos ajudarão a levantar em nossas quedas e se alegrarão com as nossas vitórias.

A nossa vida pessoal deve ser exposta apenas para aqueles que nos amam.

Eu mesmo estou tentando me mudar, pois, estou aprendendo que:

—  Se quer “curtir 👍” alguém, ligue ou faça uma visita para ela;

Se quer “amar ❤️” alguém, vivencie juntos;

Se quer “sorrir 😆” com alguém, viva as coisas boas da amizade;

Se quer “assustar 😮” com algo, chame alguém para assistir um filme de terror ou andar na montanha-russa;

Se quer “chorar 😥” por alguém, faça melhor, chore com esse alguém e dê o seu ombro para ele se encostar;

Se quer “irar 😡” com alguém por algo que ele falou ou fez, se acalme, ore, e vá conversar com esta pessoa, pois é fácil quebrar a raiva quando se descobre que tudo não passa de um mal-entendido.

Não sou contra as redes sociais, pelo contrário! Mas, sou contra sim, quando assuntos que são pessoais são tratados como um mero acaso da nossa vida.

Redes Sociais são para colocarmos algo pessoal como se fosse um encontro na rua:
um filme 📽 (pode);
futebol ⚽ (pode);
política 🚓 🎓 ⚕ (pode);
música 🎼 (pode);
suas viagens 🏕️ 🌎 🏖️ (pode, mas com restrição, para não se colocar dados que informem seus endereços, seus dados pessoais, datas, etc.);
indignação com a corrupção 🤑 (deve);
informação pública 🛃 ♿ 🚰 🚮 (com certeza),
e tantas outras coisas,
exceto, 🚷 sua vida íntima.

Se nós, não cuidarmos de nossa exposição pessoal e familiar, como é que vamos querer reclamar quando alguém se intromete em nossos assuntos “pessoais”?

Dentro das Redes Sociais tudo é visto, tudo é lido, tudo é guardado e tudo pode ser usado contra nós.

Ou será que estou falando algo de errado?

Um grande abraço deste vosso “amigo” virtual e ou físico, Flávio Eduardo!