Arquivo mensal: abril 2014

Liturgia Diária 08/Abr/14

LITURGIA DIÁRIA DA PALAVRA
08/Abr/2014 (terça-feira)

DISCUSSÃO SOBRE O TESTEMUNHO QUE JESUS DÁ DE SI MESMO
Jo 8, 21-30 (Onde eu vou, vos não podereis ir)

LEITURA: Números 21,4-9: A serpente de Bronze
Leitura do Livro dos Números.
Naqueles dias, 4 os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem, o povo começou a impacientar-se, 5 e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6 Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7 O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, 8 e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente abrasadora e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9 Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado. — Palavra do Senhor. — Graças a Deus.

SALMO: Salmo 101, 2-3. 16-18. 19-21 (R. 2): Oração da infelicidade
R. 2 Ouvi, Senhor, e escutai minha oração / e chegue até vós o meu clamor.
2 Presta ouvido, Senhor, à minha súplica; / possa chegar a ti o meu clamor! / 3 Não escondas de mim a tua face / no dia angustiado em que me encontro. / Inclina para mim o teu ouvido; / atende me depressa, que eu te invoco!
16 Mas as nações, Senhor, temam teu nome, / todos os reis da terra, a tua glória. / 17 Quando o Senhor reconstruir Sião / e no seu esplendor aparecer./ 18 Quando houver atendido aos degredados, / já não mais desprezando as suas súplicas.
19 Escreva se isto para os que hão de vir: / pois louvará a Deus um novo povo. / 20 Olha o Senhor do seu excelso templo, / das alturas do céu contempla a terra, / 21 para ouvir os lamentos dos cativos, / para livrar da morte os condenados.

EVANGELHO: João 8,21-30: Discussão sobre o testemunho que Jesus dá de si mesmo
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristosegundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo disse Jesus aos fariseus: 21 “Eu parto e vós me procurareis, mas morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir”. 22 Os judeus comentavam: “Por acaso, vai-se matar? Pois ele diz: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’?” 23 Jesus continuou: “Vós sois daqui debaixo, eu sou do alto. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. 24 Disse-vos que morrereis nos vossos pecados, porque, se não acreditais que eu sou, morrereis nos vossos pecados”. 25 Perguntaram-lhe pois: “Quem és tu, então?” Jesus respondeu: “O que vos digo, desde o começo. 26 Tenho muitas coisas a dizer a vosso respeito, e a julgar, também. Mas aquele que me enviou é fidedigno, e o que ouvi da parte dele é o que falo para o mundo”. 27 Eles não compreenderam que lhes estava falando do Pai. 28 Por isso, Jesus continuou: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou, e que nada faço por mim mesmo, mas apenas falo aquilo que o Pai me ensinou. 29 Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou sozinho, porque sempre faço o que é de seu agrado”. 30 Enquanto Jesus assim falava, muitos acreditaram nele.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

LEITURA ORANTE

Oração Inicial (Querer)

Hino
Na 5ª Semana da Quaresma, rezemos juntos o Hino deste dia.

O fel lhe dão por bebida
sobre o madeiro sagrado.
Espinhos, cravos e lança
ferem seu corpo e seu lado.
No sangue e água que jorram,
mar, terra e céu são lavados.

Ó cruz fiel sois a árvore
mais nobre em meio às demais,
que selva alguma produz
com flor e frutos iguais.

Ó lenho e cravos tão doces,
um doce peso levais.
Árvore, inclina os teus ramos,
abranda as fibras mais duras.

A quem te fez germinar
minora tantas torturas.
Leito mais brando oferece
ao Santo Rei das alturas.

Só tu, ó Cruz, mereceste
suster o preço do mundo
e preparar para o náufrago
um porto, em mar tão profundo.

Quis o cordeiro imolado
banhar-te em sangue fecundo.
Glória e poder à Trindade.
Ao Pai e ao Filho Louvor.

Honra ao Espírito Santo.
Eterna glória ao Senhor,
que nos salvou pela graça
e nos remiu pelo amor.

“Eu sou o CAMINHO” (Ler)
O que o texto diz para mim, hoje?
Posso eu também dizer como Jesus “Quem me enviou está comigo e não me deixou sozinho, pois faço sempre o que lhe agrada”? Tudo o que faço é de acordo com a vontade do Pai? Vivo em sintonia com o Pai? Em Aparecida, os bispos deram os sinais de concordância com a vontade do Pai: “Sinais evidentes da presença de Deus são: a experiência pessoal e comunitária das bem-aventuranças, a evangelização dos pobres, o conhecimento e cumprimento da vontade do Pai, o martírio pela fé, o acesso de todos aos bens da criação, o perdão mútuo, sincero e fraterno, aceitando e respeitando a riqueza da pluralidade e a luta para não sucumbir à tentação e não ser escravos do mal.” (DAp 383).

“A VERDADE” (Refletir)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 8,21-30, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Neste texto se vê como os judeus tinham dificuldade em acreditar em Jesus e naquilo que ele falava sobre sua partida. A dificuldade também se relacionava à pessoa de Jesus. Comprova-o a pergunta: “Quem é você?” Jesus lhes fala do Pai. Também não compreendem. Fala de sua relação com o Pai: “Quem me enviou está comigo e não me deixou sozinho, pois faço sempre o que lhe agrada”. Jesus é aquele que vive em sintonia com o Pai.

“E a VIDA” (Orar)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, e, com toda Igreja, a Oração da Campanha da Fraternidade de 2014:
Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados.
Fazei que experimentem a libertação da cruz e a ressurreição de Jesus.
Nós vos pedimos pelos que sofrem o flagelo do tráfico humano.
Convertei-nos pela força do vosso Espírito, e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos.
Comprometidos na superação deste mal, vivamos como vossos filhos e filhas, na liberdade e na paz.
Por Cristo nosso Senhor.
Amém!

Qual a MISSÃO em minha vida hoje? (Agir)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar será iluminado por aquilo que é do agrado do Pai. Procurarei responder e também vou perguntar a outras pessoas: “quem é Jesus para você?”
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
BÊNÇÃO
– Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
– Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
– Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
– Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

REFLEXÕES

(6) – NA GLÓRIA DA CRUZ A COMUNHÃO ENTRE O PAI E O FILHO
O prólogo do quarto evangelho já antecipou o tema da rejeição do Verbo feito carne (1,5.10.11). O pecado dos judeus denunciado por Jesus é a rejeição de sua própria pessoa e de sua missão, assim como de sua origem divina. O pecado está em não acreditar em Jesus, em se fechar à verdade de Deus. Mais ainda, a afirmação de Jesus sobre o pecado de seus opositores declara, de certa forma, inútil todo o sistema religioso judaico. Sem a aceitação da salvação em Jesus Cristo, não pode haver profunda e verdadeiramente a purificação e o perdão como se pretendia com a festa anual de yom kippur e todos os demais ritos e festas da religião de Israel. O apego às coisas terrenas e às tradições humanas impede de compreender o mistério de Deus revelado em Jesus Cristo. Jesus não fala em se matar, como suspeitavam os seus opositores, mas serão eles que matarão o Filho de Deus. É na cruz, no entanto, que a divindade de Jesus paradoxalmente se manifestará. Na glória da cruz a comunhão entre o Pai e o Filho aparecerá sem sombra. Apesar de toda rejeição e abandono, inclusive dos próprios discípulos, o Pai estará sempre com seu Filho, permanecerá com ele na paixão e na morte.

(7) – A MURMURAÇÃO NOS AFASTA DOS CAMINHOS DE DEUS!
A vida em Deus vai morrendo dentro de nós quando nos deixamos enveredar pelo veneno maldito da murmuração!
“Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável” (Números 21, 5).
Nós, hoje, estamos refletindo, na liturgia, sobre a riqueza maravilhosa da primeira leitura da Santa Missa de hoje, a qual fala sobre o povo de Deus que caminha no deserto, rumo à Terra Prometida. E no meio da caminhada, eles caem na terrível tentação de se revoltarem contra Deus. Primeiro, são movidos por uma impaciência e, quando essa impaciência toma conta do coração deles, eles começam a murmurar contra Deus e contra Moisés; e, na murmuração, saem muitas palavras duras e pesadas de suas bocas. Reclamam e amaldiçoam o pão que estão comendo, sentem nojo do próprio alimento e começam a falar mal de tudo.
Deixe-me dizer-lhe uma coisa: A murmuração daquele povo, a indignação daquele povo, a revolta daquele povo, a forma tão ingrata com que se voltam contra Deus e contra Moisés lhes atrai o veneno da serpente. E você sabe o que a serpente venenosa faz: onde ela pica a morte entra e, muita gente em Israel morreu porque se voltou contra Deus pela murmuração, pela reclamação, pela indignação e pela revolta.
A vida em Deus vai morrendo dentro de nós quando nos deixamos enveredar por esse veneno maldito que se chama “murmurar”. É verdade que onde nós estamos existem sempre pessoas que nunca estão satisfeitas com nada, estão sempre azedas e azedando os outros também; colocando uns contra os outros, criando rebeldias em nossas comunidades. E o pior é colocar o veneno para que as pessoas se rebelem contra Deus e contra a Igreja!
Quantas pessoas, meu Deus, não saem mais de suas casas, não vão mais para a igreja, não caminham mais no deserto da vida rumo à “Terra Prometida”, que é o céu, porque pararam no meio do deserto, foram contaminadas por esse veneno terrível da murmuração; porque escutaram outras pessoas da Igreja falando mal de outras, fazendo fofocas e todas aquelas coisas malditas que existem no meio de nós, fruto da nossa revolta.
Deixe-me dizer a você: Moisés levantou a serpente e todo aquele que olhava para ela ficou curado. Jesus foi levado à cruz para curar a mim e a você de todo o espírito de rebeldia, que há dentro de nós.
Deus nos quer ver curados; Ele não nos quer ver azedos, Ele não nos quer ver murmurando. Ele nos quer sadios e curados! Quando conseguimos tirar esse azedume de dentro de nós e conseguimos olhar a vida, as pessoas e, sobretudo, Deus, não pelo olhar negativo, mas pelo olhar vivo da fé, a vida nova brota dentro de nós!
Deus abençoe você!

(8) – EU SOU!
Este texto evangélico contém duas afirmações altamente polêmicas: “Se vocês não acreditarem que Eu sou, haverão de morrer nos seus pecado”; “Quando vocês levantarem o Filho do Homem, saberão que Eu sou”.
Estas declarações ecoaram de maneira bem específica nos ouvidos dos interlocutores de Jesus. Para os fiéis de tradição judaica, a expressão Eu sou evocava o nome divino, revelado a Moisés pelo próprio Deus ao lhe confiar a missão de liderar a libertação do povo judeu da opressão egípcia. Por conseguinte, as palavras de Jesus soaram, para a sensibilidade judaica, como verdadeiras blasfêmias.
O Mestre, porém, pensava de modo diferente e considerava pecado o fato de alguém não aceitá-lo na sua condição de Eu sou. De forma alguma, ele tinha a pretensão de ocupar o lugar de Deus. Ao afirmar Eu sou, visava revelar a sua radical comunhão com o Pai, até o limite de afirmar sua plena unidade com ele. O Pai a quem ele servia não era diferente do Deus da tradição de Israel. E mais, foi o Pai que o enviara com uma missão semelhante àquela confiada a Moisés, no passado. Como uma diferença, porém: tratava-se, agora, de promover uma libertação muito mais radical, do que aquela realizada pelo antigo líder.
Assim, revelando sua identidade, Jesus revelava também a sua missão. Ele fora enviado pelo Pai para resgatar a humanidade da escravidão do pecado.
ORAÇÃO
Pai, reforça minha fé em teu Filho Jesus, cuja morte nos resgata da escravidão do pecado e nos introduz no reino da fraternidade.

(9) – BOA NOVA PARA CADA DIA
“Eu parto e vós me procurareis, mas morrereis no vosso pecado. Para onde vou vós não podeis ir”. (Jo 8,21).
Nestas poucas palavras Jesus revelou aos fariseus, que o matariam, como eles não teriam acesso à Salvação que Ele trouxe como Filho de Deus, porque não creram Nele. E disse mais: quando Jesus ressuscitado voltará ao Pai. Para o Pai aqueles judeus não irão jamais.
Pensemos brevemente nesta ameaça de Jesus aos fariseus.
Eles tiveram culpa por não aceitarem Jesus.
Apegaram-se a suas ideias fixas, a suas desculpas religiosas, à dureza de seus corações.
Não amaram Jesus Cristo porque se recusaram a conhecê-Lo melhor.
Não amaram Jesus Cristo porque não amavam, como deviam, a Deus Pai. Viveram na ilusão do saber sem amor, da autossalvação sem a misericórdia de Deus. Por fim, condenaram-se: “Para onde vou vós não podeis ir”.
O tempo da Quaresma nos incomoda em nossas ilusões sobre nosso modo de amar a Deus e a Seu Filho, de amar a Igreja, a comunidade dos filhos de Deus. Incomoda nosso modo de amar ao próximo. Não nos deixa iludidos.
Isto quer dizer que o Espírito Santo está agindo dentro de nós, movendo-nos à conversão nestes e em outros pontos de nossa vida de fé.
Ouçamos o que o Espírito Santo de Deus nos fala.
Deixemos que nos repreenda, porque aqui está o sinal do amor de Deus por nós. Deus Pai repreende seus filhos porque os ama.
Deixemos que assim o amor de Deus por nós nos envolva e converta.
Mereceremos, então, a Vida Eterna que Jesus Cristo nos trouxe.
Não esperemos a próxima Quaresma para introduzir tais mudanças em nossa vida.

(10) – VÓS SOIS DESTE MUNDO; EU NÃO SOU DESTE MUNDO
Por causa do pecado, Tu, inocente,
Foste levado ao tribunal dos condenados!
Quando vieres na glória do Pai
Não me julgues com eles! (Mt 25,31ss)

Pela vergonha do primeiro homem, esse impudente,
Foste achincalhado com os escarros do sacrilégio!
Apaga-me do rosto o meu pecado
Com que ele se cobriu de vergonha! […]

Puseram aos teus ombros o manto escarlate
E foste revestido de púrpura,
Qual desonra e afronta!
Assim pensaram os soldados de Pilatos (Mt 27,28).

Afasta de mim o cilício do pecado,
A púrpura escarlate cor de sangue,
E reveste-me das vestes da alegria
Como no princípio fizeste ao primeiro homem!

Dobrando o joelho, eles escarneciam
Na galhofa e na risota!
E ao ver tudo isso, as hostes celestiais
Adoravam a tua Majestade, temerosas.

Tudo isso suportaste para da nossa natureza de Adão,
Esse amigo do pecado, retirares a vergonha
E da minha alma e consciência
Extraíres essa vergonha cheia de tristeza. […]

Depois do veredicto do juiz,
Recebeste os terríveis golpes da flagelação
Sobre o teu corpo todo
E todos os bocados do teu corpo!

A mim que dos pés à cabeça
Sofro dores intoleráveis
Vem de novo curar-me,
Como aquando da graça do batismo!

Em vez dos espinhos do pecado
Que por nossa causa a maldição fez surgir (Gn 3,18),
Os vinhateiros de Jerusalém (Mt 21,33ss)
Na tua cabeça enterraram a coroa de espinhos!

Arranca de mim os espinhos do pecado
Que o Inimigo plantou em mim,
E cura-me dessa chaga purulenta
Que me deixaram os estigmas do pecado!

(11) – PARA ONDE EU VOU, VÓS NÃO PODEIS IR
Nestes dias que antecedem a grande Festa da vida, somos convidados a fortalecer o nosso ideal de discípulo e Missionário, anunciadores da constatação de que a promessa de DEUS se realizou, quando Jesus, com o seu sangue, pagou o preço da nossa liberdade, nos recolocando no nosso verdadeiro lugar que é o coração do Pai!
Neste tempo especial, em que nos aprofundamos mais na fé, somos estimulados a refletirmos sobre a importância da presença contínua de Deus em nossa vida!
A liturgia deste tempo de graça, vem nos falar claramente da existência de um Deus amoroso, de um Deus que não desiste de nós, que não se cansa de esperar pelo nosso retorno à vida!
Em Jesus, está a presença contínua deste Deus que é Pai, que caminha conosco, mas que às vezes, não O enxergamos, por estarmos voltados para as coisas do mundo.
Precisamos estar atentos, com os nossos sentidos bem apurados, para que Jesus não passe pela nossa vida, sem que nós O reconheçamos!
Quem se fecha em si mesmo e se apega as coisas do mundo não enxerga Jesus! Os “pequenos”, não O perdem de vista, afinal, Jesus é a força que os mantém de pé! Enquanto que os “grandes” por sentirem cheios de si mesmos, não sentem necessitados de Sua presença!
Jesus não usa de meios extraordinários para se fazer presente no meio de nós, Ele está presente nas coisas mais simples do nosso cotidiano, como na singeleza de um gesto, no sorriso de uma criança, no desabrochar de uma flor, porém, é no rosto sofrido do nosso irmão, que a sua presença se Destaca! Quem quiser realmente encontrar Jesus, busque-O no rosto dos que sofrem.
No evangelho de hoje, Jesus deixa os fariseus surpresos ao definir claramente o que se ganha e o que se perde, com, ou sem Ele! O desejo de Jesus, é despertá-los para uma revisão de vida, oferecer a eles mais uma oportunidade de experimentarem o amor do Pai, explícito Nele. Mas este amor, manifestado nas ações misericordiosas de Jesus, não cabe nos critérios com que os fariseus olham para Ele. Os fariseus, estavam longe de entenderem a linguagem do amor, por que na prática, eles não viviam o amor. As palavras de Jesus não entram no coração de quem não fez opção pela “vida”, de quem não quer enxergar a verdade que liberta .
Jesus só falava o que ouvia do Pai. E os fariseus, só vão entender as suas palavras, depois que eles mesmos, tiverem o elevado na cruz. “Quando tiverdes elevado o Filho do homem, então sabereis que eu sou…” A palavra “elevar”neste contexto, quer dizer: quando Ele for levando na cruz.
Às vezes, nós condenamos as atitudes dos fariseus, mas será que nós também, não temos atitudes semelhantes?
Será que acreditamos mesmo nas palavras de Jesus?
Ou selecionamos o que queremos acreditar?
De quando em vez, somos surpreendidos pelas turbulências do mar da vida, que tentam abalar a nossa fé, é nestes momentos que precisamos reagir com determinação, não nos deixar ser levados pelos caminhos contrários à vontade de Deus!
A escolha é nossa; o mundo nos propõe o consumismo, que gera a ganância, o individualismo, Jesus nos propõe uma vida fundamentada no amor na gratuidade, na partilha!
Quem está voltado somente para as coisas do mundo, não entende as palavras de Jesus, portanto, não viverá de acordo com a vontade de Deus!
Deixar-se conduzir pelo Espírito de Deus, é caminhar com os pés na terra e com o olhar voltado para as coisas do alto, é viver no mundo, sem pertencer ao mundo!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!

(11) – O MUNDO NÃO ENTENDE JESUS
Números 21, 4-9 – “ a serpente abrasadora prefigura Jesus”
A impaciência e a murmuração fizeram com que o povo no deserto se afastasse da graça de Deus e caísse na desgraça do inimigo. Sem paciência para esperar o tempo de Deus murmuravam contra Ele e contra Moisés, pondo dúvidas sobre a vantagem de terem saído do Egito. Reclamavam por tudo esquecendo-se das maravilhas que Deus já operara na sua caminhada pelo deserto. Por causa disso, sofreram as consequências da sua rebeldia e lamentação sendo mordidos por serpentes venenosas que os levaram até a morte. Isto também é o que acontece conosco enquanto atravessarmos o deserto da nossa vida. A nossa história é mais ou menos parecida com a daquele povo: não aceitamos os acontecimentos da nossa existência, nos rebelamos diante do que entendemos ser injusto para nós e, por isso, nos afastamos e nos desviamos da graça de Deus e da Sua soberana vontade. Por causa disso também, murmuramos, reclamamos, não temos paciência, queremos desistir, desejamos fazer as coisas segundo a nossa vontade e nos damos mal caindo também na desgraça. A falta de conformação, a rebeldia e a murmuração trazem implicações funestas para nossa vida. Representam “a soberba do homem” que não admite passar por provações e dificuldades. A serpente é o pecado que nos fere e deixa em nós o seu veneno devastador. Em virtude do nosso pecado, somos a cada dia, mordidos (as) por serpentes, isto é, caímos na rebeldia da nossa carne e nos afastamos de Deus. Deus poderia realizar muito mais por nós se resolvêssemos prosseguir sob a Sua guarda. No entanto, o arrependimento é o primeiro passo para a nossa conversão. O povo, arrependido, pediu a intercessão de Moisés e este, atendeu às ordens do Senhor que lhe mandou fazer uma serpente de bronze como um sinal de salvação para quem olhasse para ela. É a prefiguração de Jesus Cristo que foi elevado na Cruz e se fez pecado para nos salvar. Quando olhamos para Jesus e nos apossamos do Seu poder salvador, nós também estamos livres do pecado que nos aprisiona. Jesus já foi elevado na CRUZ e se fez pecado para nos salvar. O nosso arrependimento e o reconhecimento do nosso ser pecador são os meios nós que possuímos para, também, sermos sarados quando formos picados pela “serpente” do pecado.
– Como é a sua reação diante das dificuldades que surgem?
– Você é uma pessoa impaciente, que murmura e reclama pelas coisas que não saem de acordo com seus planos?
– Você já experimentou olhar para Jesus esperando salvação?
– Experimente olhar hoje para JESUS CRUCIFICADO e refletir sobre todas as suas murmurações, impaciências, desistências. Algo Ele quer ensiná-lo (a) através da Cruz!

Salmo 101 – “Ouvi, Senhor, e escutai minha oração, e chegue até vós o meu clamor.”
A oração do homem e da mulher que se arrepende chega até os ouvidos de Deus e é atendida. O Senhor na sua infinita misericórdia não despreza a oração de quem está oprimido pelo pecado. Embora seja ele um ser pecador o homem pode esperar o perdão de Deus quando se arrepende. Por isso, o salmo diz que o Senhor olha a terra do alto do céu, para escutar os gemidos dos cativos e da morte libertar os condenados. Não existe mais condenação para quem suplica a misericórdia de Deus.

Evangelho – João 8, 21-30 – “o mundo não entende Jesus”
Os fariseus não entendiam nada do que Jesus lhes falava, porque o que Ele proclamava não combinava com as suas aspirações e não eram do seu interesse. A mentalidade de Jesus divergia completamente de tudo o que o mundo costumava pregar. Jesus expressava somente o que o Pai falava e a Sua intimidade com o Pai o fazia viver o que o Pai vivia. Com efeito, Jesus ensinava aos Seus discípulos como viverem no mundo, sem a ele pertencer formando-os entendimento de que as coisas do alto deveriam nortear as suas vidas e os motivava a crerem Nele como O enviado do Pai, a fim de que não morressem no pecado. Por isso Ele afirmava aos fariseus quando o desafiavam: “Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo… se não acreditais que eu sou, morrereis nos vossos pecados”. Só quem nos pode tirar da morte do pecado é Jesus Cristo, Aquele que veio em nome do Pai para revelar ao mundo a Sua misericórdia. Portanto, morrer no pecado é desconhecer e rejeitar a salvação de Jesus. Nós também não somos deste mundo, mas, podemos viver neste mundo com a mentalidade do alto como Jesus vivia. O primeiro passo é a Fé. Fé em Jesus Cristo que já foi elevado, que já ressuscitou e já nos deu vida nova, vida em abundancia. Hoje também há muitos que precisam de provas para manter a fé e perdem tempo na incredulidade esperando que algo mais aconteça e, por isso, não assumem o senhorio de Jesus, o Verdadeiro Salvador da humanidade.
– Você também precisa de mais provas para crer que Jesus é o Senhor?
– O que significa para você o Sinal da Cruz?
– A salvação de Jesus tem causado efeito na sua vida?
– Para você o que significa viver na terra com os olhos voltados para o alto?
– Em que momento aqui na terra você sente o clima de céu?
– Você consegue explicar a alguém, isto?

(11) – QUANDO TIVERDES ELEVADO O FILHO DO HOMEM, ENTÃO SABEREIS QUE EU SOU
Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou.
Este Evangelho mostra como que o preconceito obscurece a inteligência. Os fariseus não entendiam nada que Jesus falava, ou entendiam errado, sempre contra Jesus. Pensaram até que ele deu a entender que ia se matar! Esse pecado da incredulidade radical vai levá-los ao crime mais cruel: matar o Filho de Deus!
Entretanto, Jesus chama a sua crucifixão de elevação. “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou”. Ele será elevado em dois sentidos: na cruz, ficando a um metro e maio do chão, e justamente naquele momento ele será elevado a Rei do Universo, realeza que conquistou com o seu sangue.
Jesus foi-se revelando aos poucos. Primeiro se revelou como água viva e como luz do mundo. Aqui ele diz: “Vós sois daqui de baixo, eu sou do alto”; e revela claramente a sua divindade.
Só neste Evangelho de hoje Jesus usa duas vezes a expressão “eu sou”. Quando Moisés perguntou a Deus qual é o seu nome, Deus respondeu que seu nome é “Eu Sou”. Por isso que os hebreus chamavam a Deus de “Aquele que é”, em hebraico: Javé. Vejamos a pergunta de Moisés:
“Moisés disse a Deus: ‘Mas, se eu for aos israelitas e lhes disser: ‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’, e eles me perguntarem: ‘Qual é o seu nome?’, o que devo responder? Deus disse a Moisés: ‘Eu sou aquele que sou’. E acrescentou: ‘Assim responderás aos israelitas: ‘Eu sou’ envia-me a vós” (Ex 3,13-14). Vemos, então, que, ao se chamar de “eu sou”, Jesus está declarando que é Deus, junto com o Pai e o Espírito Santo.
Jesus “É”, assim como Deus Pai “É”, mas não se confunde com Deus Pai, pois ele disse: “O Pai me enviou”. E fala também: “O testemunho de duas pessoas é digno de fé”.
“Se não acreditais que eu sou, morrereis nos vossos pecados.” Para nós, o pecado não está somente em fazer algo errado. É também pecado quando nos fechamos em nossos critérios humanos e não nos abrimos a outros horizontes, à sabedoria infinita que é Deus.
É aqui que os homens se dividem entre “aqueles que são lá de cima” e “aqueles que são aqui de baixo”. Não há linguagem comum entre eles, e Jesus perderia o tempo em ficar discutindo com eles. A sabedoria divina se manifestará melhor do que com palavras, quando ele morrer na cruz. “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou”.
O mesmo acontece com a santa Igreja, em relação àqueles que a caluniam: quando ela se identifica com essa parte da humanidade que é perseguida e marginalizada, então o seu testemunho causa impacto na humanidade, e a salva.
“Enquanto Jesus assim falava, muitos acreditaram nele.” São os que procuravam a verdade. Outros, porém, permaneciam cegos diante dos sinais da identidade messiânica de Jesus. Ele é sinal de contradição; diante de Jesus, os homens têm de se decidir por ele ou contra ele. Essa decisão compromete definitivamente o destino da pessoa. Neste dia da quaresma, Deus nos convida à conversão, antes que seja demasiado tarde.
“Digo-vos com lágrimas: há muitos que andam como inimigos da cruz de Cristo. O seu fim é a perdição; o seu deus é o ventre; as suas glórias, as suas vergonhas. Só aspiram a coisas terrenas” (Fl 3,18s). Por outro lado, quem olha a cruz com fé e com espírito de conversão, como os hebreus olhavam para a serpente de bronze, fica curado do veneno da serpente, alcança a salvação e têm a vida eterna.
Certa vez, um senhor idoso que morava na roça estava indo para a cidade. Ele em cima de um burro e o netinho na frente, puxando o animal.
Passaram dois homens e comentaram entre si: “Um marmanjo desse em cima do burro e a pobre criança a pé!”
O velho escutou. Quando os homens desapareceram na curva, ele disse ao menino: “Filho, venha você aqui e eu vou a pé”.
Logo passaram dois e comentaram: “Engraçado: o velho doente a pé e o moleque a cavalo!”
Quando viravam a curva, o velho falou: “Filho, vamos nós dois em cima do burro”. E assim fizeram.
Dois homens cruzaram com eles e comentaram entre si: “Dois marmanjos nesse burrinho. Como não têm dó do pobre animal!
Quando se distanciaram, o homem disse ao neto: “Filho, vamos nós dois a pé”. Logo passaram uns viajantes e comentaram: “Aqueles dois não são muito certinhos da cabeça. Onde já se viu caminhar a pé, puxando um burro, sem ninguém em cima!”
Quando desapareceram, o homem disse ao neto: “Filho, vamos levar este burro nas costas”. Passaram dois e comentaram: “Olhe lá três burros; dois carregando um!”
Quando estavam sós, os dois largaram o animal e o homem disse ao neto: “Filho, não se importe com o que os outros disserem. Siga a sua opinião”.
A nossa conversão é algo pessoal, entre nós e Deus, e ninguém tem de por o bico. Vivemos numa sociedade eclética, mas para Deus a verdade é uma só, e para nós também.
Campanha da fraternidade. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, que é amor. Assim, a exemplo da Santíssima Trindade, comunhão perfeita de três Pessoas em um só Deus, devemos buscar a comunhão com Deus e entre nós. Sem esta comunhão no seu duplo sentido, não pode haver Cristianismo.
A confiança em Deus e comunhão com os irmãos conduzem à paz. Paz é conceito básico na Bíblia. A palavra hebraica Shalom é saudação que comunica uma paz completa, resumo de tudo de bom que Deus quer oferecer quando faz aliança com o povo. É um termo que abrange bem estar, felicidade, saúde, segurança, relação amorosa consigo mesmo, com a natureza. “Aparta-te do mal e faze o bem: Busca a paz e vai atrás dela” (Sl 34,15). “Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz!”
Graças à Encarnação, o Filho de Deus nos tornou também filhos de Deus e até participantes da natureza divina: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei, para resgatar os que eram sujeitos à Lei, e todos recebermos a dignidade de filhos. E a prova de que sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: ‘Abbá, Pai!’ Portanto, já não és mais escravo, mas filho. E, se és filho, és também herdeiro. Tudo isso, por graça de Deus” (Gl 4,4-7). Nós agradecemos isso a Deus Pai, a Jesus e a Maria Santíssima que colaborou muito de perto nesta nossa elevação.
Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou.

(11) – 5ª SEMANA DA QUARESMA
“Para onde eu vou, vós não podeis ir”. Jesus neste evangelho está em discussão com os Escribas e Fariseus que não aceitavam o seu Messianismo e procuravam a todo custo um motivo para condená-lo á morte, porque ele era uma ameaça á Religião tradicional de Israel.
Talvez a gente se pergunte, mas se Jesus veio para salvar a todos, como é que vai dizer aos seus interlocutores que para onde ele vai, eles não poderão ir? Aliás, ele diz através desse mesmo evangelista “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida…”. Jesus anuncia um Reino em uma perspectiva escatológica, os Judeus não acreditavam na Vida Eterna e na crença deles, as recompensa se promessas que Deus havia feito a Abraão, eram realizadas aqui nesta vida terrena, e ao morrer, a pessoa ia para o Xeol, a Mansão dos mortos que ficava em baixo da terra.
Embora Judeu, Jesus é Deus, e sua origem é Divina, é isso que os Judeus não admitem, para eles basta a tradição, a Lei de Moisés e toda a prática judaica, não tinham portanto essa perspectiva escatológica que é própria do Cristianismo. Todas as palavras de Jesus, seus ensinamentos e obras prodigiosas apontam nessa direção da Plenitude Divina da qual ele veio e a qual conduzirá o ser humano.
A sua missão atingirá o ápice na cruz do calvário, quando então se revelará, não do jeito como os Judeus imaginavam, dando uma volta por cima, dando uma virada espetacular na história, descendo da cruz e impondo seu domínio e poder sobre os seus opositores que fugirão humilhados ao verem que haviam mandado para a morte o verdadeiro Messias…
Mas o Cristo agonizante da cruz revela o poder do amor de Deus e esta revelação só será compreendida por quem o aceita e nele professa a Fé. Isso depende de cada homem, seu desejo e sua vontade, sua decisão em nele crer e tornar-se um seguidor. Jesus, que conhece os corações profundamente, sabia que os Judeus não o aceitariam em nenhum momento nem mesmo na cruz, por isso vai dizer que para onde ele vai, eles não irão…
A entrada na Vida de Comunhão com Deus, em Jesus Cristo só é permitida para quem Crê, para quem alimenta no coração a esperança de algo que um dia virá, e que supera de longe qualquer sonho ou projeto humano…

(12) – REFLEXÃO
Os judeus compreendem que a morte de Jesus pode estar próxima, uma vez que Jesus fala de sua partida para onde eles não poderão ir, mas levantam a hipótese de suicídio por parte de Jesus, deixando de perceber que a causa da morte de Jesus é a própria incredulidade deles, da recusa diante da revelação sobre quem de fato é Jesus, da não aceitação do fato que Jesus é o Filho de Deus, o enviado do Pai para fazer a vontade dele e viver em plena comunhão com ele. Alguns judeus creram e a semente do Reino foi lançada, mas muitos não creram, o que resultou na morte de Jesus.

(16) – QUANDO TIVERDES ELEVADO O FILHO DO HOMEM, ENTÃO SABEREIS QUE ‘EU SOU’
Hoje, Terça-feira V da Quaresma, a uma semana da contemplação da Paixão do Senhor, Ele nos convida a olhar-lhe antecipadamente redimindo-nos desde a Cruz. «Jesus Cristo é nosso pontífice, seu corpo precioso é nosso sacrifício que Ele ofereceu na ara da Cruz para a salvação de todos os homens» (São João Fisher).
«Quando tiverdes elevado o Filho do Homem…» (Jo 8,28). Efetivamente, Cristo Crucificado —Cristo “levantado”!— é o grande e definitivo signo do amor do Pai à Humanidade caída. Seus braços abertos, estendidos entre o céu e a terra, traçam o signo indelével da sua amizade com nós os homens. Ao lhe ver assim, alçado ante o nosso olhar pecador, saberemos que Ele é (cf. Jo 8,28), e então, como aqueles judeus que o escutavam, também nós creremos Nele.
Só a amizade de quem está familiarizado com a Cruz pode proporcionar-nos o adequado para adentrar-nos no Coração do Redentor. Pretender um Evangelho sem Cruz, despojado do sentido cristão da mortificação, ou contagiado do ambiente pagão e naturalista que nos impede entender o valor redentor do sofrimento, colocaria-nos na terrível possibilidade de ouvir dos lábios de Cristo: «Depois de tudo, para que seguir falando-vos?».
Que o nosso olhar à Cruz, olhar sossegado e contemplativo, seja uma pergunta ao Crucificado, em que sem o ruído de palavras lhe digamos: «Quem és tu, então?(Jo 8,25).Ele nos responderá que é «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida»(Jo 14,6), a Videira à qual sem estar unidos, nós, pobres ramos, não poderemos dar fruto, porque só Ele tem palavras de vida eterna. E assim, se não cremos que Ele é, morreremos pelos nossos pecados. Viveremos, no entanto, e viveremos já nesta terra vida de céu se aprendemos Dele a gozosa certeza de que o Pai está conosco, não nos deixa sozinhos. Assim imitaremos o Filho em fazer sempre o que agrada-lhe ao Pai.

NINGUÉM AMA O QUE NÃO CONHECE

CELEBRAÇÃO DE HOJE

V SEMANA DA QUARESMA
(ROXO, PREFÁCIO DA QUARESMA I – OFÍCIO DO DIA)

RITOS INICIAIS

Monição ambiental ou Comentário Inicial
Aproximamo-nos da paixão salvadora de Cristo. Nele e com Ele, cumprindo seus ensinamentos, caminhamos para a Páscoa. Podemos contemplar, mesmo diante das inseguranças e sofrimentos desta vida, a certeza de que sairemos vencedores, se com Ele caminhamos. “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou!” Amemos o Cristo Senhor, com toda a força de nosso coração.

Antífona de Entrada
Espera no Senhor e sê corajoso! Fortifique-se teu coração; espera no Senhor! (Sl 26,14).

Oração do Dia ou Oração da Coleta
Concedei-nos, ó Deus, perseverar no vosso serviço para que, em nossos dias, cresça em número e santidade o povo que vos serve. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DA PALAVRA

Monição para a(s) leitura(s)
O povo de Israel confiou no Senhor, que o livrava dos perigos. Quanto amor deve nascer em nós, ao contemplarmos o Cristo no alto da cruz, dando-nos a vida: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, sabereis que eu sou”. Escutemos a Palavra do Senhor.

Monição ou Antífona do Evangelho
Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
Semente é de Deus a palavra, Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou.

Oração Universal ou Oração dos Fiéis
Conforme nos orienta a IGMR, no Cap. II, LETRA B, números 69, 70 e 71, vamos deixar que cada Comunidade possa realizar a sua Oração Universal colocando nela, a sua realidade comunitária, não devendo esquecer que, normalmente serão estas as séries de intenções, além das pessoais de cada um, caso seja dada a oportunidade pelo celebrante ao povo de se expressar:
a) Intenções pelas necessidades da Igreja;
b) Intenções pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo;
c) Intenções pelos que sofrem qualquer dificuldade;
d) Intenções pela comunidade local;
e) Intenções pessoais da comunidade.

LITURGIA EUCARÍSTICA

Oração sobre as Oferendas
Nós vos oferecemos, ó Deus, o sacrifício que nos reconcilia convosco, para que perdoeis os nossos pecados e orienteis os corações vacilantes. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da Comunhão
Quando eu for exaltado da terra, diz o Senhor, atrairei a mim todas as coisas (Jo 12,32).

Oração depois da Comunhão
Concedei-nos, ó Deus todo-poderoso, que, desejando continuamente os vossos dons, nos aproximemos sempre mais dos bens celestes. Por Cristo, nosso Senhor.

RITOS FINAIS OU RITOS DE ENCERRAMENTO

Ide em Paz!

FONTES DE CONSULTAS E PESQUISAS

Vamos expor a seguir de onde pertencem os textos que nos preenchem todos os dias, nos dando um caminho com mais sabedoria, simplicidade e amor.

FONTE PRINCIPAL DE PESQUISA E INSPIRAÇÃO
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FONTE DE CONSULTA – IGMR (INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO – 1ª EDIÇÃO / 2008)
IGMR

REFLITA!

O importante não é a pessoa que escreve, mas quem foi que inspirou essa pessoa a escrever. O importante não é como se lê o que está escrito, mas como se age. O importante não é sentar-se à direita ou a esquerda do Pai, mas sim, realizar o trabalho que Ele nos pede. Ter conhecimento não é ter sabedoria, sabedoria é ter discernimento e saber compartilhar o conhecimento.

FONTES DE ORIENTAÇÕES E PESQUISAS

(1.1) – Blog Liturgia Diária da Palavra de Deus (Reflexões e Comentários);
(1.2) – Periódico Mensal: Liturgia Diária (Editoras Paulinas e Paulus);
(1.3) – Periódico Mensal: Deus Conosco (Editora Santuário);
(5) – Portal Editora Santuário;
(6) – Portal Editora Paulinas;
(7) – Portal e Blog Canção Nova;
(8) – Portal Dom Total;
(9) – Portal Edições Loyola Jesuítas;
(10) – Portal Evangelho Quotidiano;
(11) – Blog Liturgia Diária Comentada;
(12) – Portal CNBB (A Palavra de Deus na Vida);
(13) – Portal Catequisar: Catequese Católica;
(14) – Portal Comunidade Católica Nova Aliança;
(15) – Portal Fraternidade O Caminho;
(16) – Portal Evangeli.net;
(17) – Portal Padre Marcelo Rossi;
(18) – Um Novo Caminho;
(19) – Portal Dom Total: Roteiro Homilético;
(20) – Portal de Catequese Católica;
(21) – Blog Homilia Dominical;
(22) – Portal NPD Brasil;
(23) – Portal Canção Nova: Música;
(24) – Portal Editora Paulus;
(25) – Portal Católica Net;
(26) – Portal Católico Orante;
(27) – Rádio Catedral FM 106,7: Liturgia Diária;
(28) – Portal Comunidade Resgate;
(29) – Portal Católico na Net.

MENSAGEM PARA VOCÊ E PARA MIM MESMO

Mais vale o desconforto da VERDADE, do que a comodidade da MENTIRA. E usando a essência da Oração da Serenidade, devo orar:

Ó meu Deus e Senhor, Pai de misericórdia e Salvação, que em seu Filho Jesus perdoou os nossos pecados, e com o seu Santo Espírito, paráclito nesse nosso mundo que caminha conosco, apenas em Ti posso almejar a vida eterna, socorre-me e ouvi-me: Se o ERRO está em mim, que DEUS possa me dar a HUMILDADE de aceitar que estou errado. Que Jesus me dê a SERENIDADE, para aceitar que tem coisas que não posso mudar. E que o Espírito Santo me dê a CORAGEM, suficiente para mudar aquelas coisas que dependem de mim, mesmo que sejam difíceis.

E para complementar os alicerces de orações da minha vida, faço como o santo Tomás de Aquino:

Concede-me, Deus misericordioso, que deseje com ardor o que tu aprovas, que o procure com prudência, que o reconheça em verdade, que o cumpra na perfeição, para louvor e glória do teu nome. Põe ordem na minha vida, ó meu Deus, e permite-me que conheça o que tu queres que eu faça, concede-me que o cumpra como é necessário e como é útil para a minha alma. Concede-me, Senhor meu Deus, que não me perca no meio da prosperidade nem da adversidade; não deixes que a adversidade me deprima, nem que a prosperidade me exalte. Que nada me alegre ou me entristeça para além do que conduz a ti.”

Viver CORRETO e falar a VERDADE hoje são tão difíceis quanto na época de Jesus, pois é muito mais fácil aceitar a MENTIRA e fazer o ERRADO. Viver no CAMINHO, VERDADE E VIDA, que é o próprio Cristo Jesus, tem que ser uma caminhada diária. O futuro é desejo e pensamento. O passado é aprendizado e lembrança. O hoje é realidade, isso quer dizer: CRISTO.

Meus amigos(as) de coração, meus irmãos(ãs) em Cristo Jesus, lembrem-se: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” “Não julgues para não seres julgados.” “A quem é muito dado, muito será cobrado.”

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