Arquivo diário: 03/06/2013

Liturgia Diária 03/JUN/13

LEITURA DIÁRIA DA PALAVRA — 03/JUN/2013 (segunda-feira)

LEITURAS:

Leitura retirada do Livro de Tobias (Tb 1,3;2,1a-8).

Início do Livro de Tobias. 1,3 Eu, Tobit, andei nos caminhos da verdade e da justiça, todos os dias da minha vida. Dei muitas vezes esmolas, aos meus irmãos e compatriotas, que comigo foram deportados para Nínive, no país dos assírios. 2,1a No dia da nossa festa de Pentecostes que é a festa das Sete Semanas, prepararam-me um excelente almoço, e reclinei-me para comer. 2 Quando puseram a mesa com numerosas iguarias, disse ao meu filho Tobias: “Vai, filho, vai procurar, entre nossos irmãos deportados em Nínive, algum que, de todo o seu coração, se lembre do Senhor, e traze-o aqui para comer comigo. Assim, meu filho, ficarei esperando até que voltes. 3 Tobias saiu, pois, à procura de um pobre entre nossos irmãos. E voltou dizendo: “Pai!” Respondi: “Que há, meu filho?” Continuou Tobias: “Um homem do nosso povo foi morto e lançado à praça pública. E ainda se encontra lá, estrangulado”. 4 Levantei-me de um salto, deixando o almoço, sem prová-lo. Tirei o cadáver do meio da praça e depositei-o numa das dependências da casa, esperando o pôr do sol para enterrá-lo. 5 Ao voltar, lavei-me e, entristecido, tomei minha refeição. 6 Lembrei-me das palavras do profeta Amós, ditas contra Betel: “Vossas festas se transformarão em luto e todos os vossos cantos em lamentação”. 7 E chorei. Depois que o sol se escondeu, fui cavar uma sepultura e enterrei o cadáver. 8 Meus vizinhos zombavam, dizendo: “Ele ainda não tem medo. Já foi procurado para ser morto por este motivo, e teve que fugir. No entanto, está de novo sepultando os mortos!”
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

Salmo retirado do Livro dos Salmos (Sl 111,1-2. 3-4. 5-6 (R. 1a)).

1a Feliz aquele que respeita o Senhor!
1a Feliz aquele que respeita o Senhor!
1 Feliz o homem que respeita o Senhor / e que ama com carinho a sua lei! / 2 Sua descendência será forte sobre a terra, / abençoada a geração dos homens retos.
3 Haverá glória e riqueza em sua casa, / e permanece para sempre o bem que fez. / 4 Ele é correto, generoso e compassivo, / como luz brilha nas trevas para os justos.
5 Feliz o homem caridoso e prestativo, / que resolve seus negócios com justiça. / 6 Porque jamais vacilará o homem reto, / sua lembrança permanece eternamente!

Leitura retirada do Livro do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (Mc 12,1-12).

Mc 12,1-12 (a parábola dos vinhateiros assassinos)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1 Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos, usando parábolas: “Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores, e viajou para longe. 2 Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha. 3 Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele, e o mandaram de volta sem nada. 4 Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. 5 Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. 6 Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até aos agricultores, pensando: ‘Eles respeitarão meu filho’. 7 Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: ‘Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa’. 8 Então agarraram o filho, o mataram, e o jogaram fora da vinha. 9 Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros. 10 Por acaso, não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores deixaram de lado, tornou-se a pedra mais importante; 11 isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos’?” 12 Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para eles. Porém, ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

LEITURA ORANTE:

… Oração Inicial… (querer).

Colocamo-nos na presença de Deus, invocando Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida.
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Oração para antes de ler a Bíblia:
Jesus Mestre, que dissestes: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles”, ficai conosco, aqui reunidos para melhor meditar e comungar com vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa, onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e de apostolado. Amém.

… Eu sou o CAMINHO… (ler…).

O que o texto diz?
Leio atenta, e lentamente, na Bíblia, o texto do dia: Mc 12,1-12.
Algumas perguntas podem me ajudar:
Quais são as palavras-chaves do texto?
Onde ocorre o fato?
Que pessoas aparecem?
Como interagem, como se relacionam?
Quais expressões e atitudes revelam vida ou não-vida?
Na parábola de Jesus vê-se a atitude carinhosa e paciente de Deus para conosco. Plantar a vinha e protegê-la com um vigia significa o amor de Deus pelo povo. Deus enviou diversos empregados para receber a sua parte na colheita. Enviou até seu Filho, mas todos foram mortos, rejeitados. Assim agiram com Jesus os líderes judeus.

… a VERDADE… (refletir e meditar…).

O que esse texto me diz hoje?
Qual frase mais me toca o coração?
Que atitude me sugere e me revela?
Como assumir na minha vida os valores do Evangelho?
Que aspecto de minha vida precisa ser mudado?
Disseram os bispos, em Aparecida: “Certamente que a recordação de um passado glorioso não pode ignorar as sombras que acompanharam a obra de evangelização do continente latino-americano: não é possível esquecer os sofrimentos e as injustiças que infligiram os colonizadores às populações indígenas, pisoteadas em seus direitos humanos fundamentais. Mas, a obrigatória menção desses crimes injustificáveis – já condenados por missionários como Bartolomeu de las Casas e por teólogos como Francisco de Vitória, da Universidade de Salamanca – não deve impedir de reconhecer com gratidão a admirável obra realizada pela graça divina entre essas populações ao longo destes séculos. No entanto, o mais decisivo na Igreja é sempre a ação santa de seu Senhor.” (DAp 5).
Como acolho as mensagens que Deus me envia, os apelos que ele me faz?
Acolho ou ignoro, ou, pior ainda, “mato” as propostas de Deus para dar-lhe o meu coração, a minha vida, a minha contribuição para o crescimento do Reino?

… e a VIDA… (orar…).

O que a leitura e a meditação me fazem dizer a Deus?
Tudo o que foi lido e meditado transformo em oração. Agora falo com Deus através do louvor, do agradecimento, da súplica, do pedido de perdão.
Rezo com Bento XVI: “Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, rosto humano de Deus e rosto divino do homem, acendei em nossos corações o amor ao Pai que está no céu e a alegria de sermos cristãos. Dai-nos sempre o fogo de vosso Santo Espírito, que ilumine as nossas mentes e desperte entre nós o desejo de contemplar-vos, o amor aos irmãos, especialmente aos aflitos, e o ardor por anunciar-vos no início deste século. Discípulos e missionários vossos, nós queremos remar mar adentro, para que os nossos povos tenham em Vós vida abundante, e construam com solidariedade a fraternidade e a paz”.

Qual deve ser a MISSÃO em minha VIDA hoje? (contemplar e agir…).

Contemplar é ver a vida com os olhos iluminados pela Palavra e pelo Espírito. Pergunto-me: O que esse texto me leva a assumir na minha vida diária? Hoje me proponho acolher com amor todos os apelos de Deus.

REFLEXÕES:

(4) – VAMOS MATÁ-LO, E A HERANÇA SERÁ NOSSA!

Estamos na segunda parte do evangelho segundo Marcos, em que predominam os relatos pré-marcanos da paixão. A imagem de fundo da parábola é Is 5,1-7, que recomendamos seja relido. Esta parábola, com modificações importantes, está presente também nos outros dois sinóticos (Mt 21,33-46; Lc 20,9-19). O cerco sobre Jesus vai se fechando cada vez mais; a sua morte se aproxima. Jesus parte para o ataque. Os destinatários da parábola são os chefes do povo. O texto é a história da rejeição do dom de Deus desde tempos remotos até Jesus, inclusive, que será morto fora dos muros de Jerusalém: “Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito até hoje, enviei-vos os meus servos, os profetas, cada dia os enviei, incansavelmente. Mas não me escutaram, nem prestaram ouvidos, mas endureceram a sua cerviz e foram piores que seus pais” (Jr 7,25-26).
Para a tradição bíblica, o povo, simbolizado pela vinha, é a herança de Deus (Jr 50,11; Sl 79,1). A parábola permite-nos concluir que uma das causas da morte de Jesus foi a cobiça: os chefes do povo, de meros administradores, quiseram para si tudo o que era de Deus; quiseram se apossar do que não lhes pertencia. A cobiça elimina quem quer que seja, até o verdadeiro herdeiro; ela traz em si mesma um dinamismo de morte: “Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa!” (v. 7).
(Carlos Alberto Contieri).

(6) – NÃO DESPREZE A PRESENÇA AMOROSA DA PALAVRA DE DEUS.

Não despreze a presença amorosa da Palavra de Deus no meio de nós, não despreze Jesus, que nos fala pelos fatos, pelos acontecimentos, pelas pessoas simples.
Louvamos e bendizemos a Deus pelos mártires São Carlos Lwanga e seus companheiros mártires que deram suas vidas para a causa de Cristo no Evangelho, no continente africano, onde a escravidão culminou por muitos anos, a colonização estrangeira.
São Carlos Lwanga e seus companheiros foram capazes de dar suas vidas por causa de Cristo. Na mensagem do Evangelho de hoje, é o próprio Jesus quem está mostrando a nós, por meio dessa parábola, que um homem planta sua vinha, cuida dela e, depois, a concede aos agricultores e viaja para longe. Quando volta, este homem manda o empregado aos agricultores para receber a sua parte pelos custos da vinha. Os agricultores, então, pegam o empregado, batem nele e o desprezam.
Então, o dono da vinha manda outro empregado e os agricultores novamente desprezam o empregado enviado, e este é morto.
Restou, então, ao senhor da vinha, o seu filho querido. Ele o enviou para que fosse aos agricultores e pensou consigo: “Pelo menos, com meu filho, terão mais respeito”. Muito pelo contrário, os agricultores também bateram, humilharam e mataram o herdeiro, pensando em ficar com sua herança. Os judeus, ouvindo Jesus contar essa parábola, ficaram indignados.
Jesus é enviado para os Seus, mas estes não O recebem e O desprezaram. Ele, muitas vezes, quer entrar em nossa vida, em nosso meio, nas nossas situações, porque, onde Jesus está, Ele traz a salvação. Cristo quer nos salvar do poder da morte, quer nos salvar do pecado, mas nós, muitas vezes, O desprezamos e também a Sua Palavra.
Não despreze a presença amorosa da Palavra de Deus no meio de nós, não despreze Jesus, que nos fala pelos fatos, pelos acontecimentos, pelas pessoas simples; não despreze o Senhor que fala por seus profetas nem Jesus presente vivo na Sua Palavra, na Eucaristia, pois suas manifestações amorosas, no meio de nós, é a presença do próprio Deus.
Que nós não caíamos nesse terrível mal, nesse terrível engano de desprezar Jesus no meio de nós; muito pelo contrário, vamos nos despojar, despir-nos do nosso orgulho, da nossa autossuficiência e acolher Jesus, cada vez mais, no meio de nós.
Deus abençoe você!
(Pe. Roger Araújo).

(7) – A PEDRA REJEITADA.

Possivelmente a similaridade fonética entre as palavras hebraicas ben (filho) e eben (pedra) levou Jesus a recorrer à citação de um salmo para ilustrar a sua situação. Ele, como Filho, sentia-se como uma pedra rejeitada pelos construtores, que acabou se tornando pedra de sustentação de um edifício. O destino dado pelos primeiros construtores foi superado por quem faria a edificação definitiva.
Assim se passava com Jesus. As lideranças religiosas rejeitavam-no, pois não aderiam à sua pregação e nem reconheciam o testemunho de suas obras. Tinham-no na conta de uma pessoa perigosa que devia ser evitada. Não sabiam como encaixá-lo em seus esquemas, por ser demasiadamente desconforme com tudo quanto eles ensinavam.
Todavia, o curso da história de Jesus não estava nas mãos dessas lideranças. Apenas ao Pai competia determinar tudo o que se referia a seu Filho. Não seriam elas que haveriam de frustrar os planos divinos.
A pedra rejeitada estava destinada a ocupar um lugar fundamental na história de Israel. Garantiria salvação e segurança para o povo, e seria penhor de bênçãos para ele. Por meio dela, o Pai realizaria maravilhas e prodígios, exatamente como proclamava o salmo, em relação ao antigo Israel.
Coube ao Pai desdizer o veredicto dos líderes religiosos a respeito de Jesus.
Oração: Espírito de sintonia com o Pai, faze-me compreender o seu desígnio a respeito do Filho Jesus, enviado como penhor de salvação para toda a humanidade.
(Pe. Jaldemir Vitório).

(10) – BOA NOVA PARA CADA DIA.

Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e a herança será nossa (Mc 12,7).
No Evangelho de hoje, como ontem, vemos um confronto entre Jesus, os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e anciãos, a liderança religiosa do Povo de Deus.
Desta vez é Jesus quem toma a iniciativa de combater os líderes religiosos falando em parábolas.
A parábola que Jesus inventou para esta ocasião demonstra como Ele era realmente sábio.
Sua estória e comparação são tão bem tramadas que nada falta e nada sobra para ser imediatamente entendida. Jesus atingiu diretamente o alvo: os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciãos tinham sido destituídos por Deus da liderança que exerciam sobre o Povo de Israel.
Como foi isso?
Recordemos a parábola para entender Jesus.
Um homem, que plantou uma vinha é a figura do Deus de Israel. A vinha é imagem do Povo de Deus.
Os arrendatários são os líderes religiosos do tempo de Jesus. Os empregados do dono da vinha são os Profetas e João Batista.
O filho do dono da vinha é Jesus.
Quando chegou o tempo da colheita, o dono da vinha enviou empregados para trazer a renda produzida.
Contudo, os arrendatários maltrataram e mataram não só os empregados do patrão como chegaram ao cúmulo de matar Seu próprio Filho.
O motivo pelo qual matam o filho do dono da vinha é para se apossarem dela. Ou seja, os líderes religiosos queriam para si o controle do Povo de Deus, como se Deus mesmo não existisse para exigir sua vinha de volta. Era uma pretensão hedionda. Era querer ocupar o lugar do Filho de Deus, que naquele momento representava o Deus de Israel. Queriam a propriedade da vinha, a herança que Deus destinara a Seu Filho:
Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e a herança será nossa (Mc 12,7).
Com esta parábola Jesus demonstrou:
a) os líderes religiosos descumpriram a missão que Deus lhes dera para liderar Israel.
b) Queriam a herança que Deus destinara a Seu Filho, a Jesus, filho de Deus, Messias ungido como Rei de Israel.
c) Deus vai destruir aqueles líderes e entregar esta liderança a Jesus e seus discípulos depois de sua Ressurreição.
Jesus morrerá em consequência da trama dos líderes.
Contudo, ressuscitado, receberá do Pai toda a autoridade no céu e na terra (Mt 28,18), e, ao mesmo tempo, sobre todo o Israel de Deus.
Com Jesus terminou o tempo dos sumos sacerdotes, dos mestres da Lei e dos anciãos.
Quando destruíram Jerusalém, os romanos mataram todos os sacerdotes.
Hoje em dia, os israelitas não têm mais sacerdócio.
Entretanto, nós, cristãos, temos em Jesus o Sumo Sacerdote da Nova Aliança.
Lembremo-nos de que vivemos na Nova Aliança instituída por Jesus Sacerdote por meio de Seu Corpo e de Seu Sangue.
(Pe. Valdir Marques).

(12) – JÁ SÓ LHE RESTAVA UM FILHO MUITO AMADO. ENVIOU-O POR ÚLTIMO.

Deus tinha criado o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1,26), e havia-o julgado digno de O conhecer a Si mesmo, pois fora considerado acima de todos os animais devido ao dom da inteligência, fora criado no gozo das incomparáveis delícias do Paraíso, e feito senhor de tudo o que se encontrava sobre a Terra. No entanto, ao vê-lo, instigado pela serpente, cair no pecado e, pelo pecado, na morte e no sofrimento que a ela conduzem, não o rejeitou. Pelo contrário, deu-lhe desde logo o auxílio da sua Lei; designou anjos para o guardarem e para tomarem conta dele; enviou profetas para lhe reprovarem a maldade e lhe ensinarem a virtude […].
Quando, apesar destas graças e de muitas outras, os homens persistiram na desobediência, não Se afastou deles. Tendo nós ofendido o nosso benfeitor mostrando indiferença pelos sinais da sua proteção, não fomos abandonados pela bondade do Senhor nem obliterados do seu amor, antes fomos subtraídos à morte e devolvidos à vida por Nosso Senhor Jesus Cristo, e a maneira como fomos salvos é digna de uma admiração maior ainda. “Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; no entanto, esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo” (Fl 2,6-7). “Ele tomou sobre Si as nossas doenças, carregou as nossas dores, […] foi ferido […]” para nos salvar pelas suas chagas (Is 53,4-5). Ele “resgatou-nos da maldição da Lei, ao fazer-Se maldição por nós” (Gl 3,13); sofreu a mais infamante morte para nos conduzir à vida da glória.
E não Lhe bastou devolver à vida aqueles que estavam na morte: revestiu-os da dignidade divina e preparou-lhes no repouso eterno uma felicidade que ultrapassa toda a imaginação humana.
“Como retribuirei ao Senhor todos os seus benefícios para comigo” (Sl 115,12), como retribuiremos tudo o que Ele nos deu?
Ele é tão bom que nada pede em compensação por suas graças: contenta-Se em ser amado.
(São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja – Regras monásticas, Regras Maiores, § 2).

(14) – A PARÁBOLA DA VINHA.

Meditando sobre o Livro de Tobias nós aprendemos com ele a sermos solidários (as) e a dar testemunho de que realmente o Espírito Santo de Deus é quem motiva as nossas atitudes. Tobit, o seu pai era um homem justo que soube incutir no filho os ensinamentos para uma existência em que a vivência da caridade era o fundamento das suas ações. A pedido de seu pai, Tobias saiu à procura de alguém que de todo o coração se lembrasse do Senhor para que viesse participar da refeição em sua casa. No entanto, Tobias só encontrou um “pobre” do seu povo que fora morto e lançado à praça pública. O pai de Tobias não quis nem saber qual a razão do que havia acontecido, deixou de lado o que estava a fazer e foi em busca do cadáver para ser enterrado. A atitude de Tobit nos leva a fazer uma reflexão se estamos ou não vivendo indiferentes ao que se passa ao nosso redor. A realidade do mundo de hoje é motivo para que nós repensemos as nossas atitudes. O Espírito Santo nos questiona e nos argui sobre a qualidade da nossa fé e disposição em seguir Jesus Cristo. Muitas vezes estamos vivenciando a nossa religião de um modo muito pessoal e intimista nos deliciando com a manifestação de Deus na nossa vida e não percebendo que tudo quanto Ele nos proporciona precisa ser partilhado com o nosso próximo. Consequentemente, vamos nos abarrotando com as bênçãos de Deus de um modo egoísta chegando ao ponto de não precisarmos mais nem Dele para caminharmos.
– A quem nós temos procurado para participar conosco das nossas festas, dos nossos banquetes?
– Será que nós também somos capazes de deixar de lado as festas para socorrer algum pobre do povo de Deus?
– Será que estamos tão somente nos condoendo com a infelicidade alheia?
– O que precisa mudar em nós a partir da nossa vivência familiar?
Salmo 111 – “Feliz aquele que respeita o Senhor!”
O salmo exalta o homem caridoso e prestativo. Este é o que resolve seus negócios com justiça e a quem jamais esquecerá as gerações. O justo é aquele (a) que respeita o Senhor e ama a Sua Lei, está aberto à Sua vontade. Justiça e santidade que são práticas que vêm da mesma raiz, o Amor de Deus no nosso coração. O homem que respeita o Senhor é correto, generoso e compassivo, por isso sua luz brilha nas trevas.
Evangelho – Marcos 12, 1-12 – “Jesus é a pedra angular”
Jesus se valeu da alegoria da vinha para evidenciar aos judeus que Ele fora enviado pelo Pai justamente para dar a eles, povo escolhido, o conhecimento de Deus, do Seu amor e da sua misericórdia, porém eles O rejeitaram. Aconteceu, então, o que a Parábola dizia: “esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa. Então agarraram o filho, o mataram e o jogaram fora da vinha.” Refletindo sobre esta Palavra nós percebemos que ainda hoje o Filho de Deus, Jesus Cristo é rejeitado e muitos O tratam com indiferença, mesmo aqueles que se dizem cristãos. Jesus continua sendo a pedra que os construtores deixaram de lado. Muitas pessoas mesmo as que estão até dentro da Igreja e frequentam os sacramentos fazem pouco caso dos Seus ensinamentos confundindo as pessoas e interpretando a Sua Palavra de acordo com os interesses próprios e em benefício de cada um. Assim, sendo, pregam e aceitam a teoria do aborto, do homossexualismo, do “não tem faz mal”, tudo é lícito, tudo é permitido, “o que vale é ser feliz”. No entanto, a Escritura também afirma que a pedra rejeitada tornou-se a pedra angular, isto é, a pedra central, a base da construção. Se Jesus é o Centro da nossa vida, então, também a Sua Palavra deve ser o alicerce para a edificação da nossa santidade. Do contrário nós estaremos agindo igual aos agricultores da vinha e estamos rejeitando a Salvação de Deus para nós. Devemos meditar muito sobre isto:
– Será que estamos rejeitando a Jesus com as nossas incoerências de vida?
– Jesus veio para todos ou só para os meus?
– O que você tem feito com os mensageiros do Senhor na sua vida?
– Quem são os agricultores de hoje?
– Qual a nossa responsabilidade na vinha do Senhor?
– A quem estamos matando?
– Você também acha que tudo é relativo?
(Helena Colares Serpa).

(14) – AMAR SEM SER AMADO.

Na história dos grandes romances, o pior que pode acontecer é quando um grande e sincero amor não é correspondido, ou o Amado é traído pela amada. Em nossos tempos a história real ou fictícia, dessa dor de amar sem ser amado, acaba virando moda de viola no cancioneiro sertanejo, ou nos compositores românticos remanescentes dos tempos em que se ouvia boas músicas…
Há nos profetas algo ligado a esse tema “Meu amigo tinha uma vinha…”, onde alguém, muito chegado do amado traído, ou não correspondido, como um compositor de música sertaneja, faz uma canção – poesia, para contar da decepção de um amigo que amou alguém e deu tudo de si, mas que não foi correspondido.
No evangelho de hoje Jesus, o Filho de Deus (o Amado não correspondido) conta essa história da Vinha e pergunta aos seus interlocutores, que fazem parte dos que rejeitam esse Amor de Deus, que atitude deverá tomar esse Homem que fez o possível e o impossível para que a sua “Vinha” frutificasse, e que de maneira surpreendente, além de não dar os frutos desejados, ainda trataram com violência os servos que ele enviou, para lhe trazer os frutos que eram seus, por direito.
Volto aos anos 70 quando não tínhamos e-mails, Orkut, MSN e outros canais de comunicação imediata, quando gostávamos pra valer de uma menina, e ela não acreditava na sinceridade do afeto, costumávamos mandar recados através dos amigos mais chegados, até que um belo dia tínhamos que ir pessoalmente se declarar…
O Filho do Dono da Vinha não veio para se vingar dos que rejeitaram os servos e bateram neles, mas com certeza Deus pensou “Chega de recados, eu mesmo vou lá declarar o meu amor por eles” … Mas deu no que deu… Pegaram o Filho do Homem e planejaram matá-lo para ficar com a Vinha.
O que isso significa?
Exatamente a criação de um amor que é caricatura do Amor Único e Verdadeiro, os homens se apossaram de algo que não lhes pertencia e o tomaram para si, criando um amor falsificado e sem nenhum valor, não quiseram saber de uma relação autêntica e sincera com Aquele que é o Amor, mas preferiram os amantes… Entretanto, Deus não desistiu do seu projeto e levou o seu Amor até as últimas consequências e este venceu e superou o amor medíocre que os maus empregados tinham transformado o que pertencia a Deus.
Em toda essa trama que envolve a mais bela, verdadeira e sublime História de Amor, diante dessa parábola, é forçoso que nos perguntemos: o amor que vivemos na comunidade, em nossas relações com as pessoas, vem de onde?
Daquele que é o Amor, ou dos empregados corruptos, ladrões e assassinos. Falamos e testemunhamos o Amor Verdade, ou vivemos no amor da mediocridade e da mentira…?
(Diác. José da Cruz).

(14) – OS LAVRADORES MATARAM OS SERVOS E O FILHO DO DONO DA VINHA.

A liturgia da “vinha de Deus” para falar desse Povo que aceita o desafio do amor de Deus e que se coloca ao serviço de Deus. Desse Povo, Deus exige frutos de amor, de paz, de justiça, de bondade e de misericórdia.
Na primeira leitura, o profeta Isaías dá conta do amor e da solicitude de Deus pela sua “vinha”. Esse amor e essa solicitude não podem, no entanto, ter como contrapartida frutos de egoísmo e de injustiça… O Povo de Iahweh tem de deixar-se transformar pelo amor sempre fiel de Deus e produzir os frutos bons que Deus aprecia – a justiça, o direito, o respeito pelos mandamentos, a fidelidade à Aliança.
Na segunda leitura, Paulo exorta os cristãos da cidade grega de Filipos – e todos os que fazem parte da “vinha de Deus” – a viverem na alegria e na serenidade, respeitando o que é verdadeiro, nobre, justo e digno. São esses os frutos que Deus espera da sua “vinha”.
No Evangelho, Jesus retoma a imagem da “vinha”. Critica fortemente os líderes judaicos que se apropriaram em benefício próprio da “vinha de Deus” e que se recusaram sempre a oferecer a Deus os frutos que lhe eram devidos. Jesus anuncia que a “vinha” vai ser-lhes retirada e vai ser confiada a trabalhadores que produzam e que entreguem a Deus os frutos que ele espera.
Primeira Leitura – Leitura do livro do profeta Isaías (Is 5, 1-7)
O encontro com o amor de Deus tem de significar uma efetiva transformação do nosso coração e tem de levar-nos ao amor, ao irmão… Quem trata os irmãos com arrogância, quem assume atitudes duras, agressivas e intolerantes, quem pratica a injustiça e espezinha os direitos dos mais débeis, quem é insensível aos dramas dos irmãos, certamente ainda não fez a experiência do amor de Deus.
Segunda Leitura – Carta de São Paulo apóstolo aos Filipenses (Fl 4, 6-9)
Os cristãos não são pessoas fracassadas, alienadas, falhadas, mas pessoas com um objetivo final bem definido e bem sugestivo. O caminho de Cristo é um caminho de dom e de entrega da vida; não é um caminho de tristeza e de frustração.
Por quê, então, a tristeza, a inquietação, o desânimo com que, tantas vezes, enfrentamos as vicissitudes e as dificuldades da nossa caminhada?
Porque é que, tantas vezes, saímos das nossas celebrações eucarísticas cabisbaixos, intranquilos, de semblantes tristonhos e ar irritado?
Os irmãos que nos rodeiam e que nos olham nos olhos recebem de nós um testemunho de paz, de serenidade, de tranquilidade?
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus (Mt 21, 33-43)
A parábola fala de trabalhadores da “vinha” de Deus que rejeitam o “filho” de forma absoluta e radical. É provável que nenhum de nós, por um ato de vontade consciente, se coloque numa atitude semelhante e rejeite Jesus.
No entanto, fica a pergunta no ar: As propostas de Jesus são, para nós, valores consistentes, que procuramos integrar na nossa existência e que servem de alicerce à construção da nossa vida, ou são valores dos quais nos descartamos com facilidade, sob pressão de interesses egoístas e de acomodação?
Comentário Quem são os amos da Vinha?
A tentação permanente de quem tem o “poder” é: apoderar-se do que não é seu! Isto se passa quase imperceptivelmente do serviço à posse. Os melhores servidores ou servidoras – se não prestarem atenção – acabam convertendo-se em proprietários ou proprietárias. E isso é muito perigoso!
Jesus exagera ao máximo essa possibilidade. Na parábola nos fala de “um proprietário” que plantou uma vinha e de alguns “lavradores” que trabalhavam na vinha. Estes, ao chegar o tempo da vindima (colheita das uvas), se apropriaram dela e começaram a impor seu poder, acabando com todos os que eram enviados a ela, até com o Filho do proprietário. Ao final estavam sós, impondo sua ditadura! … Porém, fica no ar a grande pergunta: “quando voltar o dono da vinha, o que fará com aqueles lavradores?”
Todos nós somos Igreja! As mulheres e os varões! Os laicos e os ministros ordenados! Os seculares e os religiosos! Os jovens e as crianças, os adultos e os anciãos! Os casados e os celibatários! Os africanos, os asiáticos, os americanos e os europeus! Os grupos e os movimentos poderosos e também as comunidades pequenas sem muitos recursos! Todos nós somos Igreja, todos somos a Vinha amada de Deus! Nada, ninguém, senão Jesus é o centro da Igreja. Nada, nenhum grupo, deveria usurpar aquilo que foi concedido a todos em herança. Somos Corpo e cada um de nós é o membro. Cada um tem sua função, mas ninguém, nenhum grupo, deve “suplantar” aos demais. É necessário criar espaços para que todo o corpo funcione evitando áreas de paralisia, ou áreas de competitividade que elimina o “outro”.
Os do “ordeno e mando”, os que sempre tem razão, quem impõem seu poder, que introduzem uma ditadura na Vinha do Senhor e querem monopolizar tudo, absorver tudo, dirigir tudo, não completam a vontade do Proprietário. São como os lavradores da parábola.
Sempre me pergunto: como é possível que em uma grande comunidade de irmãos, todos ungidos pelo Espírito de Deus, tenha alguns que se sintam tão “privilegiados” que querem supor que eles ou elas tenham toda a razão e que os demais devam aplaudir e aceitar o que eles dizem?
Como é possível tanta hipocrisia, como para condenar os que não pensam como eu ou como o meu grupo, sem descobrir minha fraqueza, meu pecado e minha mentira?
Ouço muitos irmãos e irmãs, em muitas partes da Igreja, reclamar de pequenas ditaduras às que são submetidos e que fazem a vida eclesiástica muito difícil; se sentem estranhos na própria casa, espancados na Vinha.
Não se pode impunemente dizer “em nome de Deus!”, “em nome de Jesus Cristo!” para impor o próprio ponto de vista, para condenar o oponente, para defender interesses muito particulares. Se alguma vez se diz, que seja com medo e tremor. É que o Espírito envia mensagens e mensageiros que nós não esperamos. O mesmo Filho de Deus chega a nós com formas inesperadas, com expressões novas. Quem é movido pelo Espírito de Deus a reconhecem e acolhem.
Abbá nosso, como é fácil nós apropriarmos de teus dons! E quando isso acontece, não damos glória a Ti, mas nós apropriamos de tua Gloria. Tu nos ama a todos “Vinha tua”, sem lavradores proprietários… Todos nós somos partícipes da comunhão no serviço. Livra a tua Igreja de toda a ditadura, dos maus pastores que utilizam teu santo nome para impor sua vontade. Purifica os poderes, santifica os poderes, humaniza os poderes… que teu Espírito nos conceda o crescimento. Dá viabilidade também aos “novos poderes carismáticos” com que agracias a tua vinha: que sejam acolhidas e acolhidos os teus enviados… Com elas e eles nos chega teu Filho Amado, o que unicamente proclamamos nosso Senhor!
(Pe. José Cristo Rey Garcia Paredes).

(14) – A PARÁBOLA DA VINHA.

Jesus inventou estórias que receberam o nome de parábolas, para explicar a sua mensagem ao povo simples como deveriam fazer para merecer o reino eterno. Com essas parábolas, ficava muito mais fácil do povo entender o que Ele queria dizer. Evidentemente, Jesus poderia se expressar com um palavreado todo complicado, rico mais difícil de entender.
Irmãos. Que a nossa homilia que é uma catequese, não seja uma rajada de palavras difíceis que passarão por cima da cabeça dos fiéis sentados nos bancos da igreja a olhar para você sem entender absolutamente nada. Já tive um professor assim. Ele memorizava, para não dizer decorava, muitas palavras difíceis e as bafejava em cima dos alunos. Alguns ficavam se sentindo uns vermes por que achavam que era por ignorância própria o fato de não entender. Outros, como eu, ficávamos revoltados e denominamos aquelas tais aulas de “enrolação” geral. Isso não é dar uma bola aula, mas sim, puro exibicionismo intelectual, que não leva a nada, pelo fato de não ter atingido o público ouvinte, de não ter comunicado ou transmitido o conhecimento, como alguns sermões que já tive o desprazer de ouvir. Nossa catequese tem de ser clara, objetiva, simples, com dinâmica, e acima de tudo, penetrante. Ela tem de balançar o ouvinte. Tem de tocá-lo profundamente com palavras simples do dia-a-dia da sua experiência vital. Seria uma afronta, falta de amor fraterno, e anticristão, usar um palavreado difícil quando me dirijo ao povo simples de uma comunidade semi distante dos grandes centros. Mesmo nos dirigindo a universitários, podemos aqui e ali, usar palavras que “rolam” na boca do povo.
Mas, qual é mesmo a mensagem que está por trás desta parábola.
O que mesmo que Jesus queria dizer?
Bem. Ele aqui está criticando os chefes religiosos do templo de Jerusalém, sacerdotes e proprietários de terras. Na aplicação da parábola, entendemos assim: Deus é o proprietário da vinha. A vinha, é o povo amado por Deus. Os agricultores violentos são os chefes religiosos, que oprimem, exploram o povo e procuram eliminar quem busca libertação. Tanto é que eles entenderam que Jesus estava falando deles. E irritados, procuraram prendê-lo.
Esta parábola, também pode ser lida assim: Deus é o dono da vinha; A vinha é o mundo; Os empregados enviados a vinha são os profetas que foram mostos, o filho do dono da vinha é Jesus.
Então. Deus mandou ao mundo seus enviados, os profetas que foram mortos. Em seguida, Deus manda ao mundo seu próprio filho, que também foi morto.
O que Deus fará com aqueles que fizeram isto?
(José Salviano).

(14) – MATARAM O PRÓPRIO FILHO DO DONO DA VINHA.

A liturgia de hoje imagem da “vinha de Deus” para falar desse Povo que aceita o desafio do amor de Deus e que se coloca ao serviço de Deus. Desse Povo, Deus exige frutos de amor, de paz, de justiça, de bondade e de misericórdia.
No Evangelho, Jesus retoma a imagem da “vinha”. Critica fortemente os líderes judaicos que se apropriaram em benefício próprio da “vinha de Deus” e que se recusaram sempre a oferecer a Deus os frutos que Lhe eram devidos. Jesus anuncia que a “vinha” vai ser-lhes retirada e vai ser confiada a trabalhadores que produzam e que entreguem a Deus os frutos que Ele espera.
Portadores da Salvação
Hoje as leituras novamente falam sobre as vinhas. É que Jesus era um homem do campo e, ainda que seu pai fosse um artesão, tinha vivido desde pequeno os trabalhos e esforços que necessitava o campo para dar seu fruto. No mundo agrícola Jesus encontra suas melhores comparações. Também se inspira nas histórias do Antigo Testamento. Sem dúvida Jesus conhecia o texto de Isaías que hoje se proclama na primeira leitura.
A história de amor entre o amigo e a vinha. Os cuidados contínuos para que aquela vinha desse os melhores frutos. Mas também a decepção porque à hora da colheita, a vinha, mal agradecida, não deu uvas senão agraço (uvas verdes). E, depois, a declaração final: a vinha é a casa de Israel. Deus desperdiçou seu amor. Deu-lhes uma terra, protegeu-os de seus inimigos, fez-lhes seu plantel preferido. Mas não responderam como Deus esperava. Não produziram direito senão assassinatos, justiça senão lamentos.
Uma história algo diferente
Jesus também fala de uma vinha. A história tem um começo similar, mais em seguida há uma mudança importante. De alguma maneira o papel protagonista não o tem a mesma vinha como na leitura de Isaías senão os lavradores aos quais lhes foi encarregado cuidar da vinha. Na parábola de Jesus não se diz que a vinha não tenha dado frutos. Mais se supõe que os deu. A ênfase se põe na atitude dos lavradores que pretendem por todos os meios ficar como proprietários não só dos frutos mais também da vinha. A vinha é o Reino e Jesus declara ao final que tirará estes lavradores e entregará a vinha a um “povo que produza seus frutos”.
A mudança que faz Jesus não é acidental. Jesus está falando aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo. Sentiam-se provavelmente os donos da vinha. Eram os chefes religiosos e morais do povo. Eles sabiam que o mau comportamento do povo tinha provocado o castigo de Deus mais nunca a perda definitiva de seu favor. Eles seguiam sendo o povo eleito.
A promessa é para todos
Porém, Jesus faz uma proposta diferente. A promessa de Deus é para todos os povos. O Reino não conhece fronteiras. O povo eleito não se diferencia dos lavradores aos quais encarregará de cuidar da vinha e que devem entregar os frutos há seu tempo. O povo eleito é portador de uma promessa de salvação e de vida para todos os povos. Está claro que o povo eleito, a comunidade dos seguidores de Jesus, não são os proprietários da promessa. Nem sequer pode-se pensar que eles mesmos “são” a promessa. Precisamente Jesus diz aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo que se quiserem se tornar donos do que não é deles, se não entregam os frutos devidos há seu tempo, vai procurar outro povo que se encarregue da promessa.
Mensageiros da boa nova
As consequências são simples de entender. Hoje a Igreja é depositaria do Evangelho, da boa nova da salvação para todos, homens e mulheres. Mas não é a proprietária. A Igreja está ao serviço do Reino e não vice-versa. Deus convidou-nos a todos, bispos e laicos, sacerdote e religiosos, a trabalhar em sua vinha.
Que significa trabalhar aqui?
Levar a boa nova a todos os que nos rodeiam e convidar a todos a participar da alegria da salvação, curar feridas e reconciliar corações, promover a dignidade das pessoas e a justiça e se aproximar, sobretudo, dos que estão mais afastados e excluídos do banquete da vida.
Hoje as palavras de Jesus já não se dirigem aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo. Hoje se dirigem a nós. E nos chama a sermos responsáveis. Se nos entrega o tesouro, devemos cuidar dele. Esse tesouro produz a paz – três vezes repete-se “paz” na segunda leitura – e a justiça. E esse tesouro não é para nós senão para o mundo. Nós somos depositários e portadores. Adiante!
(Pe. Fernando Torres).

(14) – A PEDRA QUE OS CONSTRUTORES DEIXARAM DE LADO.

“Jesus é a pedra angular”
Jesus se valeu da alegoria da vinha para evidenciar aos judeus que Ele fora enviado pelo Pai justamente para dar a eles, povo escolhido, o conhecimento de Deus, do Seu amor e da sua misericórdia, porém eles O rejeitaram. Aconteceu, então, o que a Parábola dizia: “esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa. Então agarraram o filho, o mataram e o jogaram fora da vinha.” Refletindo sobre esta Palavra nós percebemos que ainda hoje o Filho de Deus, Jesus Cristo é rejeitado e muitos O tratam com indiferença, mesmo aqueles que se dizem cristãos. Jesus continua sendo a pedra que os construtores deixaram de lado. Muitas pessoas mesmo as que estão até dentro da Igreja e frequentam os sacramentos fazem pouco caso dos Seus ensinamentos confundindo as pessoas e interpretando a Sua Palavra de acordo com os interesses próprios e em benefício de cada um. Assim, sendo, pregam e aceitam a teoria do aborto, do homossexualismo, do “não tem faz mal”, tudo é lícito, tudo é permitido, “o que vale é ser feliz”. No entanto, a Escritura também afirma que a pedra rejeitada tornou-se a pedra angular, isto é, a pedra central, a base da construção. Se Jesus é o Centro da nossa vida, então, também a Sua Palavra deve ser o alicerce para a edificação da nossa santidade. Do contrário nós estaremos agindo igual aos agricultores da vinha e estamos rejeitando a Salvação de Deus para nós. Devemos meditar muito sobre isto:
– Será que estamos rejeitando a Jesus com as nossas incoerências de vida?
– Jesus veio para todos ou só para os meus?
– O que você tem feito com os mensageiros do Senhor na sua vida?
– Quem são os agricultores de hoje?
– Qual a nossa responsabilidade na vinha do Senhor?
– A quem estamos matando?
– Você também acha que tudo é relativo?
(Helena Colares Serpa).

(14) – AGARRARAM O FILHO QUERIDO, O MATARAM, E O JOGARAM FORA DA VINHA.

Agarraram o filho querido, o mataram, e o jogaram fora da vinha.
Neste Evangelho, Jesus nos conta a parábola dos agricultores assassinos que mataram filho do proprietário que lhes tinha arrendado a vinha.
A vinha representa o Reino de Deus. Os judeus, o Povo de Deus, chegaram a considerar que os interesses de Deus se confundiam com os seus próprios interesses. O povo achava que, como povo escolhido, Deus tinha obrigação de ajudá-los na luta contra seus inimigos. Julgavam-se salvos e não se interessavam com a sorte dos demais povos, que não conheciam a Deus.
Deus havia confiado a eles o seu Reino, isto é, tinha colocado-os diante do mundo como exemplo, como um povo que conhecia melhor a Deus, e o seguia, especialmente na prática da justiça. Mas isso não aconteceu.
Por isso, Deus lhes enviou seus profetas para recordar-lhes a dívida que tinham com Deus. Mas, além de não ouvirem, maltrataram os profetas. Na sua bondade, Deus lhes mandou seu próprio Filho único, ao qual também eles mataram. E mataram “fora da vinha”, isto é, depois de rechaçá-lo.
Então a obra do Reino de Deus lhes foi tirada e entregue a outro povo, a santa Igreja, um povo constituído não baseado em raça ou nação, mas pela fé e pelo sacramento do batismo.
Nós, como Igreja, queremos nos comportar como bons agricultores da vinha do Senhor. Não queremos imitar os pecados do antigo Povo de Deus.
Se as nossas Comunidades começarem a explorar o povo, se elas deixarem de ser o lugar onde existe mais obediência a Deus e mais empenho em cultivar a verdade e a justiça, elas correrão o risco de serem também recusadas por Deus.
Deus nos livre disso! Queremos nos converter. Queremos ser agricultores honestos, que cultivam bem a vinha do Senhor e não se apropriem dela, mas deem ao proprietário, que é Deus, a parte que lhe pertence. Pois a vinha não é nossa, a Igreja não é nossa, e não podemos usá-la para nos enriquecer ou para ter qualquer vantagem pessoal.
Deus nos ama, ama aqueles a quem entregou a sua vinha. Mas é zeloso pela vinha e por seu povo. Ele nos pedirá contas de tudo. A Comunidade cristã é um povo sagrado, que tem dono e não podemos enganar ou manipular.
A viagem do dono da vinha para longe significa que Deus não interfere no nosso trabalho, mesmo que não sigamos o “contrato de arrendamento”. Naquele tempo, uma pessoa que estava longe não tinha nenhuma condição de acompanhar um trabalho, e de saber como está indo. A responsabilidade é toda nossa, como agricultores da vinha do Senhor. Só no fim Deus nos vai cobrar.
O ato de matar o filho lembra-nos, além da condenação de Jesus, os irmãos de José do Egito que quiseram matá-lo (Gn 37).
Jesus citou o Sl 118,22s: “A pedra que os construtores deixaram de lado tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos”. Citou essa passagem para nos lembrar que Jesus é a pedra principal na construção do Reino de Deus. Hoje esta pedra principal é a santa Igreja, o Corpo místico de Cristo.
Como vemos, a parábola tem dois níveis: no primeiro nível ela se refere aos chefes do Povo de Deus do Antigo Testamento, que eram aquelas autoridades que estavam ali presentes. No segundo nível ela se refere a nós, o Povo sacerdotal da Nova Aliança.
E a parábola pode ser entendida também no nível individual: se eu, ou você, não cumprimos bem a nossa missão como “agricultores da vinha do Senhor”, isto é, como líderes da Comunidade e testemunhas do Cristo no mundo, Deus nos tirará este cargo e o confiará a outro ou outra.
Quantos líderes, enviados por Deus, já trabalharam na nossa Comunidade e deram a vida por ela! Hoje somos nós. Isto é uma alegria, mas é também uma responsabilidade nossa. O povo não é nosso, é de Deus, e Deus espera frutos de justiça, de amor e de vida plena para todos. Não podemos querer tirar proveito pessoal em cima do Povo de Deus, pois, como o próprio nome diz, ele é de Deus e não nosso. Que bom será se nós, líderes atuais, um dia ouvirmos de Deus: “Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor”.
Quando vemos gansos voando em formação de “V”, ficamos curioso quanto às razões pelas quais eles escolhem voar dessa forma. Eis algumas descobertas feitas pelos cientistas:
À medida que cada ave bate suas asas, ela cria uma sustentação para a ave seguinte. Voando em formação “V”, o grupo inteiro consegue voar pelo menos 71% a mais do que se cada ave voasse isoladamente. Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso de equipe, chegam ao seu destino mais depressa e mais facilmente, porque elas se apoiam na confiança uma das outras.
Outra lição que os gansos nos dão: Sempre que um deles sai fora da formação, ele a maior resistência do ar, e retorna à formação “V”, para tirar vantagem do poder de sustentação da ave imediatamente à frente. Existe força, poder e segurança em grupo, quando se viaja na mesma direção com pessoas que compartilham um objetivo comum.
Ainda uma terceira lição: Quando o ganso líder se cansa, ele vai para a traseira do “V”, enquanto outro ganso assume a ponta. É vantajoso o revezamento, quando se necessita fazer um trabalho árduo.
Quarta lição: Os gansos de trás grasnam para encorajar os da frente a manterem o ritmo e a velocidade. Todos nós necessitamos ser reforçados com apoio ativo e o encorajamento.
Quinta lição: Quando um ganso adoece, ou se fere, e deixa o grupo, dois outros gansos saem da formação e o seguem, para ajudá-lo e protegê-lo. Eles o acompanham até a solução do problema e, então, reiniciam a jornada os três ou juntando-se a outra formação, até encontrarem o seu grupo original. Precisamos ser solidários nas dificuldades.
Vamos procurar nos lembrar mais frequentemente de dar um “grasnado” de encorajamento e nos apoiarmos uns aos outros com a força de uma verdadeira equipe. Vamos ajudar, apoiar quem está nos postos de liderança ou de governo. Eles precisam do nosso apoio, inclusive para que não caiam nas tentações.
Nós, como cristãos, queremos nos ajudar mutuamente a sermos bons agricultores da vinha do Senhor. A nossa ajuda mútua é ampla e inclui a boa palavra, e até a correção fraterna, a fim de que não imitemos os agricultores assassinos.
Maria Santíssima foi também uma agricultora da vinha do Senhor; e ela trabalhou tão bem que foi premiada sendo elevada ao Céu em corpo e alma. Que Nossa Senhora nos ajude a sermos bons agricultores. Que trabalhemos com dedicação e desapego, sem querer nos apropriar da Comunidade cristã, ou usar o nosso cargo em benefício próprio.
Agarraram o filho querido, o mataram, e o jogaram fora da vinha.
(Pe. Queiroz).

(15) – REFLEXÃO.

O que aconteceu com os vinhateiros apresentadas na parábola do evangelho de hoje pode acontecer a todos nós principalmente quando nos deixamos levar pelo desejo de ter poder e de ter riquezas, que nos leva à tentação de nos apossarmos de tudo, inclusive das coisas de Deus e até mesmo do próprio Deus e a queremos usar de tudo isso em nosso próprio benefício. Quando fazemos isso, estamos na verdade rejeitando a presença do próprio Cristo em nossas vidas, que se dá também por meio dos pobres e necessitados que procuram a misericórdia do nosso coração e não o nosso autoritarismo e a nossa prepotência em relação a eles.
(CNBB).

(20) – E VIAJOU PARA LONGE…

Esta é a impressão dominante em muitos setores de nossa sociedade e, – quem sabe? – de nossas Igrejas cristãs. Deus parece longe, retirado em seu nirvana pessoal, indiferente à fome e à miséria, ao terrorismo e à corrupção. Deus viajou…
Na parábola deste Evangelho, enquanto o Senhor “viajava”, assassinaram seu próprio Filho. O Senhor prepara uma vinha excelente e a “aluga” prontinha para que nós (agricultores) a façamos dar frutos. É a “nossa” história. O fim é conhecido: usurpação, ganância, apropriação indébita, violência e assassínio. Tudo porque o Senhor da vinha estava longe…
Quando Deus está longe, vale tudo! O homem se torna lobo do homem. A Criação é reduzida a mera fonte de matérias-primas. A cidade dos homens se muda em mercado. Pessoas são mercadoria. A lei, apenas estorvo. Deus ausente, eu sou Deus e faço minha própria lei, doa a quem doer.
Ora, será verdade que Deus viajou para a face oculta da Lua?
Está longe de nós?
Quando Madre Teresa deixou a segurança de seu colégio de ricos para cuidar das crianças remelentas das favelas de Calcutá, não era Deus que se fazia presente naquele lixão?
Quando Francisco abre mão da herança paterna para se casar com a Irmã Pobreza, não era Deus que acusava o capitalismo incipiente?
Quando o Papa Francisco lembra às religiosas que não devem viver como solteironas celibatárias, mas como verdadeiras mães espirituais, não é a voz de Deus que lhes fala?
Parece que estamos esperando uma nova encarnação divina ou algum arcanjo que venha tocar trombetas em nossos parlamentos… Que Deus desça em pessoa, com um chicote na mão direita, para vergastar os governantes iníquos… Pura ilusão! É por mãos humanas que Deus age em nosso tempo. É por vozes humanas que Ele nos fala. É por pés humanos que Ele se aproxima de nós.
A areia de nossa história está toda marcada pelas pegadas de seus mensageiros.
As freiras vicentinas de Rimini, Itália, que cuidaram de meu pai até os 7 anos de idade, quando sua mãe morreu no parto e o pai vivia 7 anos de guerra, não eram uma presença de Deus?
Dom Bosco, ao dedicar sua vida aos pivetes aprendizes do crime, não era uma palpável presença de Deus?
Os jovens da Comunidade Aliança de Misericórdia, ao conviverem com mendigos, drogados e prostitutas nas ruas de São Paulo, não comprovam que Deus está no meio de nós?
Hoje, nosso próximo parece cada vez mais longe.
Quando nos aproximaremos dele?
Quando seremos a presença de Deus que andam reclamando?
Quando ousaremos ser as mediações divinas tão reclamadas?
Orai sem cessar: “Ele está no meio de nós!” (Liturgia Eucarística).
(Antônio Carlos Santini).

(24) – DEPOIS MANDOU UM SERVO PARA RECEBER DOS AGRICULTORES A SUA PARTE DOS FRUTOS DA VINHA.

Hoje, o Senhor convida-nos a passear por sua vinha: “Um homem plantou uma vinha (…) e ele a alugou a uns lavradores” (Mc 12,1). Todos somos arrendatários dessa vinha. A vinha é o nosso próprio espírito, a Igreja e o mundo inteiro. Deus quer nossos frutos. Primeiro, a nossa santidade pessoal; depois um constante apostolado entre os meus amigos, a quem nosso exemplo e palavras devem animá-los a aproximarem-se cada dia mais a Cristo; finalmente, o mundo, que se converterá num lugar melhor para viver, se santificamos o nosso trabalho profissional, nossas relações sociais e nosso dever para o bem comum.
Que tipo de arrendatários somos?
De aqueles que trabalham muito, ou daqueles quem se irritam quando o dono envia seus empregados para cobrar-nos o aluguel?
Podemos nos opor aos que têm a responsabilidade de ajudar a proporcionar os frutos que Deus espera de nós. Podemos pôr objeções aos ensinos da Santa Mãe Igreja e do Papa, dos bispos, ou talvez, mais modestamente, dos nossos pais, nosso diretor espiritual, ou daquele bom amigo que está tentando ajudar-nos. Podemos, inclusive, voltarmos agressivos, e tentar feri-los, ou até “matá-los” com nossa crítica e comentários negativos. Deveríamos perguntar-nos os verdadeiros motivos desta postura. Talvez precisamos de um conhecimento mais profundo da nossa fé; quiçá devemos aprender a conhecer-nos melhor; fazer um melhor exame de consciência, para descobrir as razões pelas que não queremos produzir frutos.
Peçamos a nossa Mãe Maria ajuda para que possamos trabalhar com amor, sob a guia do Papa. Todos podemos ser “bons pastores” e “pescadores” de homens. “Então, vamos e peçamos ao Senhor que nos ajude a dar fruto, um fruto que permaneça. Só assim a terra se transforma de vale de lágrimas em jardim de Deus” (Papa Bento XVI). Nós poderíamos aproximar nosso espírito a Jesus Cristo, o espírito de nossos amigos, ou o do mundo inteiro, se apenas lêssemos e meditássemos os ensinos do Papa Bento, e tentássemos pô-los em prática.
(Fr. Alphonse DIAZ (Nairobi, Quênia)).

CELEBRAÇÃO DE HOJE:

SÃO CARLOS LWANGA – MÁRTIR (VERMELHO, PREFÁCIO COMUM OU DOS MÁRTIRES – OFÍCIO DA MEMÓRIA).

MONIÇÕES:

MONIÇÃO AMBIENTAL OU COMENTÁRIO INICIAL:
– 1ª: Periódico Deus Conosco; – 2ª: Periódico Liturgia Diária.

– 1ª:

Celebramos São Carlos Lwanga e muitos outros mártires que, com ele, deram a vida em nome de Cristo. O povo do continente africano sofreu durante séculos o tráfico de escravos e invasões colonizadoras. Assim, o cristianismo não era bem visto, pois formava a consciência para a dignidade humana. Desse modo, os convertidos foram perseguidos, decapitados e queimados. Eram cristãos católicos e anglicanos. Deus não aprova jamais a exploração, a dominação e a injustiça com seus filhos e filhas.

– 2ª:

Carlos (Uganda, séc. XIX) e companheiros, por não renunciarem à fé cristã, foram vítimas da perseguição do rei de Uganda. Mesmo os muito jovens entre eles souberam dar testemunho de coragem e fidelidade a Cristo. São os primeiros mártires da África subsaariana.

MONIÇÃO PARA A(S) LEITURA(S) E O SALMO:
– 1ª: Periódico Deus Conosco; – 2ª: Periódico Liturgia Diária.

– 1ª:

Os marginalizados são convidados pelo Reino para se sentarem à mesa. Os rejeitados no mundo têm nele acolhida e paz. Os malvados do mundo continuam com sua ganância e pouco se importam com a vida: Expulsam até o próprio Filho de Deus. Mas a justiça de Deus não falha. Escutemos.

– 2ª:

A fidelidade aos caminhos de verdade e justiça propostos por Deus pode acarretar zombarias e hostilidade, mas nos congrega em torno de Jesus, a “pedra angular” sobre a qual edificamos toda nossa vida e esperança.

MONIÇÃO PARA O EVANGELHO.

— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Jesus Cristo, a fiel testemunha, Primogênito dos mortos, nos amou e do pecado nos lavou, em seu sangue derramado. (Ap 1,5ab).

ANTÍFONAS:

Antífona da entrada.

Muitas são as tribulações dos justos, mas Deus os livrará de todas. Ele guarda todos os seus ossos, nem um só será partido (Sl 33,20s).

Antífona da comunhão.

Não há maior prova de amor que dar a vida pelos amigos, diz o Senhor (Jo 15,13).

ORAÇÕES DO DIA:

Oração do dia ou Oração da coleta.

Ó Deus, que fizestes do sangue dos mártires semente de novos cristãos, concedei que o campo da vossa Igreja, regado pelo sangue de são Carlos e seus companheiros, produza sempre abundante colheita. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Preces da Assembleia ou Oração da Assembleia:
– 1ª: Periódico Deus Conosco; – 2ª: Periódico Liturgia Diária.

– 1ª:

Senhor, Deus e Pai, vós que, por amor, nos mandastes vosso Filho, para implantar no meio de nós vosso Reino, ouvi, compassivo, nossas preces.
— Deus da vida, ouvi-nos!
1. PARA que vivamos a presença do Reino e sua verdade, e o testemunho com coragem, rezemos com fé.
2. PARA que nossas Comunidades pratiquem com empenho a reconciliação uns com os outros e vivam na fraternidade, rezemos com fé.
3. PARA que as tenhamos misericórdia dos sofredores, dos desempregados, dos que perderam o sentido da vida, dos marginalizados, rezemos com fé.
4. POR todas as crianças que são vítimas de agressões, para que as ajudemos e nos unamos para vencer esse mal, rezemos com fé.
(Intenções próprias da Comunidade).
Dai-nos, Senhor, a graça de vivermos vigilantes em vosso amor e acolher vosso Filho presente no meio de nós. Por Cristo, nosso Senhor.

– 2ª:

— Atendei, Senhor, nossa súplica.
1. Roguemos a fim de que os governantes tenham comi prioridade o povo sofrido e mais necessitado.
2. Rezemos a fim de que os movimentos sociais se fortaleçam em seu emprenho por justiça e igualdade no país.
3. Rezemos a fim de que surjam sempre mais pessoas dispostas a trabalhar na vinha do Senhor.
4. Rezemos a fim de que o esforço dos agricultores seja recompensado com boas colheitas e reconhecimento social.
5. Rezemos a fim de que aqueles que sofrem violência sejam amparados e assistidos.
(Intenções próprias da Comunidade).

Oração sobre as oferendas.

Nós vos apresentamos, ó Pai, nossas oferendas e vos suplicamos humildemente: assim como destes a vossos mártires a força de preferir a morte ao pecado, fazei-nos inteiramente dedicados ao serviço do vosso altar. Por Cristo, nosso Senhor.

Oração depois da comunhão.

Participamos, ó Deus, da eucaristia, comemorando a vitória de vossos mártires; fazei que os mesmos sacramentos que lhes deram a força de suportar as torturas nos tornem constantes na fé e na caridade em meio a todas as provações. Por Cristo, nosso Senhor.

FONTES DE CONSULTAS E PESQUISAS:

Vamos expor a seguir de onde pertencem os textos que nos preenchem todos os dias, nos dando um caminho com mais sabedoria, simplicidade e amor.
FONTE PRINCIPAL DE PESQUISA E INSPIRAÇÃO

bc3adblia1

REFLITA:
O importante não é a pessoa que escreve, mas quem foi que inspirou essa pessoa a escrever.
O importante não é como se lê o que está escrito, mas como se age.
O importante não é sentar-se à direita ou a esquerda do Pai, mas sim, realizar o trabalho que Ele nos pede.
Ter conhecimento não é ter sabedoria, sabedoria é saber compartilhar o conhecimento.
(0) – Blog Liturgia Diária da Palavra de Deus (Reflexões e Comentários);
(1) – Periódico Mensal: Liturgia Diária (Editoras Paulinas e Paulus);
(2) – Periódico Mensal: Deus Conosco (Editora Santuário);
(3) – Portal Editora Santuário;
(4) – Portal Editora Paulinas;
(5) – Portal Editora Paulus;
(6) – Portal e Blog Canção Nova;
(7) – Portal Dom Total;
(8) – Portal Católica Net;
(9) – Portal Católico Orante;
(10) – Portal Edições Loyola Jesuítas;
(11) – Portal de Catequese Católica;
(12) – Portal Evangelho Quotidiano;
(13) – Blog Homilia Dominical;
(14) – Blog Liturgia Diária Comentada;
(15) – Portal CNBB (A Palavra de Deus na Vida);
(16) – Portal Catequisar: Catequese Católica;
(17) – Portal Universo Católico;
(18) – Portal Paróquia São Jorge Mártir;
(19) – Portal Catedral FM 106,7;
(20) – Portal Comunidade Católica Nova Aliança;
(21) – Portal Comunidade Resgate;
(22) – Portal Fraternidade O Caminho;
(23) – Portal Católico na Net;
(24) – Portal Evangeli.net;
(25) – Portal Padre Marcelo Rossi;
(26) – Portal Grupo de Oração Sopro de Vida;
(27) – Portal NPD Brasil.

MINHA MENSAGEM PESSOAL PARA MIM MESMO.
Mais vale o desconforto da VERDADE, do que a comodidade da MENTIRA.
E usando a essência da Oração da Serenidade, devo orar:
Ó meu Deus e Senhor, Pai de misericórdia e Salvação,
que em seu Filho Jesus perdoou os nossos pecados,
e com o seu Santo Espírito, paráclito nesse nosso mundo que caminha conosco,
apenas em Ti posso almejar a vida eterna, socorre-me e ouvi-me:
Se o ERRO está em mim, que DEUS possa me dar a HUMILDADE de aceitar que estou errado.
Que Jesus me dê a SERENIDADE, para aceitar que tem coisas que não posso mudar.
E que o Espírito Santo me dê a CORAGEM, suficiente para mudar aquelas coisas que dependem de mim, mesmo que sejam difíceis.
E para complementar os alicerces de orações da minha vida, faço como o santo Tomás de Aquino:
“Concede-me, Deus misericordioso, que deseje com ardor o que tu aprovas, que o procure com prudência, que o reconheça em verdade, que o cumpra na perfeição, para louvor e glória do teu nome.
Põe ordem na minha vida, ó meu Deus, e permite-me que conheça o que tu queres que eu faça, concede-me que o cumpra como é necessário e como é útil para a minha alma.
Concede-me, Senhor meu Deus, que não me perca no meio da prosperidade nem da adversidade; não deixes que a adversidade me deprima, nem que a prosperidade me exalte.
Que nada me alegre ou me entristeça para além do que conduz a ti.”
Viver CORRETO e falar a VERDADE hoje são tão difíceis quanto na época de Jesus, pois é muito mais fácil aceitar a MENTIRA e fazer o ERRADO.
Viver no CAMINHO, VERDADE E VIDA, que é o próprio Cristo Jesus, tem que ser uma caminhada diária.
O futuro é desejo e pensamento.
O passado é aprendizado e lembrança.
O hoje é realidade, isso quer dizer: CRISTO.

Meus amigos(as) de coração, meus irmãos(ãs) em Cristo Jesus, lembrem-se:
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
“Não julgues para não seres julgados.”
“A quem é muito dado, muito será cobrado.”