Arquivo diário: 29/06/2013

Liturgia Diária 29/JUN/13

LEITURA DIÁRIA DA PALAVRA — 29/JUN/2013 (sábado)

Gênesis 18,1-15 (A aparição de Mambré e a promessa)

Lucas 1,46-47. 48-49. 50-51. 52-53. 54-55 (O Cântico de Maria)

Mateus 8,5-17 (Curas: Cura do servo de um centurião; cura da sogra de Pedro; outras curas)

Mt 8,5-17 (Cura do servo de um centurião)

LEITURAS:

Leitura retirada do Livro do Gênesis (Gn 18,1-15)

Leitura do Livro do Gênesis.

Naqueles dias, 1 o Senhor apareceu a Abraão junto ao carvalho de Mambré, quando ele estava sentado à entrada da sua tenda, no maior calor do dia. Levantando os olhos, Abraão viu três homens de pé, perto dele. Assim que os viu, correu ao seu encontro e prostrou-se por terra. 3 E disse: “Meu Senhor, se ganhei tua amizade, peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo. Mandarei trazer um pouco de água para vos lavar os pés, e descansareis debaixo da árvore. 5 Farei servir um pouco de pão para refazerdes vossas forças, antes de continuar a viagem. Pois foi para isso mesmo que vos aproximastes do vosso servo”. Eles responderam: “Faze como disseste”. 7 Abraão entrou logo na tenda, onde estava Sara e lhe disse: “Toma depressa três medidas da mais fina farinha, amassa alguns pães e assa-os”. 7 Depois, Abraão correu até o rebanho, pegou um bezerro dos mais tenros e melhores, e deu-o a um criado, para que o preparasse sem demora. 8 A seguir, foi buscar coalhada, leite e o bezerro assado, e pôs tudo diante deles. Abraão, porém, permaneceu de pé, junto deles, debaixo da árvore, enquanto comiam. 9 E eles lhe perguntaram: “Onde está Sara, tua mulher?” “Está na tenda”, respondeu ele. 10 E um deles disse: “Voltarei, sem falta, no ano que vem, por este tempo, e Sara, tua mulher, já terá um filho”. Ouvindo isto, Sara pôs-se a rir, da entrada da tenda, que estava atrás dele. 11 Abraão e Sara já eram velhos, muito avançados em idade, e para ela já havia cessado o período regular das mulheres. 12 Por isso, Sara se pôs a rir em seu íntimo, dizendo: “Acabada como estou, terei ainda tal prazer, sendo meu marido já velho?” 13 E o Senhor disse a Abraão: “Por que riu Sara, dizendo consigo mesma: ‘Acaso ainda terei um filho, sendo tão velha?’ 13 Existe alguma coisa impossível para o Senhor? No ano que vem, voltarei por este tempo, e Sara já terá um filho”. 15 Sara protestou, dizendo: “Eu não ri”, pois estava com medo. Mas ele insistiu: “Sim, tu riste”.

— Palavra do Senhor.

— Glória a vós, Senhor.

Salmo retirado do Livro do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Lc 1,46-47. 48-49. 50-51. 52-53. 54-55 (R.Cf.54b))

— 54b O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade.

54bSenhor se lembrou de mostrar sua bondade.

— 46minh’alma engrandece ao Senhor, 47 e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador,

— 48 pois, ele viu a pequenez de sua serva, / eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita. 49 O Poderoso fez por mim maravilhas / e Santo é o seu nome.

— 50 Seu amor, de geração em geração / chega a todos que o respeitam. 51 Demonstrou o poder de seu braço / dispersou os orgulhosos.

— 52 Derrubou os poderosos de seus tronos / e os humildes exaltou. 53 De bens saciou os famintos /despediu, sem nada, os ricos.

— 54 Acolheu Israel, seu servidor, / fiel ao seu amor, 55 como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

Leitura retirada do Livro do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 8,5-17)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: “Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7 Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9 Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”. 10 Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11 Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12 enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”. 13 Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! e seja feito como tu creste”. E, naquela mesma hora, o empregado ficou curado. 14 Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15 Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôs-se a servi-lo. 16 Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, 17 para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

LEITURA ORANTE:

… Oração Inicial… (querer)

Preparo-me para a Leitura, agradecendo, com todos os que neste espaço virtual se encontram com a Palavra:

Agradeço-te, meu Deus, porque me chamaste, tirando-me das minhas ocupações do dia-a-dia, muitas vezes difíceis e pesadas, para aqui me encontrar contigo.

Dispõe o meu coração na paz e na humildade para poder ser por ti encontrado/a e ouvir a tua Palavra.

… Eu sou o CAMINHO… (ler…)

O que diz o texto do dia?

Leio atentamente o texto: Mt 8,5-17 – Cura sem limites.

Depois do pôr-do-sol, o povo levou até Jesus muitas pessoas que estavam dominadas por demônios. E ele, apenas com uma palavra, expulsava os espíritos maus e curava todas as pessoas que estavam doentes. Jesus fez isso para cumprir o que o profeta Isaías tinha dito:

“Ele levou as nossas doenças e carregou as nossas enfermidades.”

oficial romano, por ser pagão, era para os judeus “impuro”, isto é, inaceitável. Um judeu observante não falava com um pagão e, muito menos, entrava na sua casa. Era o preconceito por ser considerado impuro. O oficial romano é também chamado “centurião”, derivado de “cento”, ou seja, chefe de um batalhão de cem soldados. Pela sua fé, elogiada por Jesus, o centurião se torna representante de todos os pagãos que crerão em Jesus. Fica também entendido que as fronteiras do Reino de Deus vão muito além das fronteiras que criamos. A fronteira é a fé. Sem esta fé não se entra no Reino.

… a VERDADE… (refletir e meditar…)

O que o texto diz para mim?

“Não temam! Abram, abram de par em par as portas a Cristo! …”, disse Bento XVI. Jesus não se deixa vencer pelo preconceito.

Deixou-se vencer pela humildade e pela fé do oficial romano. Questiono-me se a minha fé me permite abrir as portas da minha casa, do meu coração, da minha família, do meu trabalho para Cristo. Pergunto-me ainda se me deixo vencer por algum preconceito. Se ainda não tenho fé que rompe as fronteiras, vou repetir hoje muitas vezes:

Senhor! Eu não mereço que o senhor entre na minha casa Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

… e a VIDA… (orar…)

O que o texto me leva a dizer a Deus?

Rezo com o centurião, com a canção do Pe. Zezinho.

EU NÃO SOU DIGNO

(clique aqui para ouvir a música).

Eu não sou digno, ó meu Senhor.

Eu não sou digno,

De que Tu entres, ó meu Senhor, na minha casa

porque és tão Santo e eu pecador

eu nem me atrevo a ti pedir este favor.

Eu não sou digna, ó meu Senhor

Eu não sou digna,

De que Tu entres, ó meu Senhor, na minha casa

meu coração é tão pecador

eu nem me atrevo a ti pedir este favor

Mas se disseres uma palavra,

a minha casa se transformará

Uma palavra é suficiente

suavemente ela nos salvará (bis)

Qual deve ser a MISSÃO em minha VIDA hoje? (contemplar e agir…)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Lembrarei do centurião e me motivarei no dia de hoje, com as palavras do papa Bento XVI no início de seu Pontificado, fazendo eco a João Paulo II: “Não temam! Abram, abram de par em par as portas a Cristo! … quem deixa Cristo entrar a não perde nada, nada – absolutamente nada – do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade abrem-se as portas da vida. Só com esta amizade abrem-se realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta … Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e nos dá tudo. Quem se dá a Ele, recebe cem por um. Sim, abram, abram de par em par as portas a Cristo e encontrarão a verdadeira vida.”

REFLEXÕES:

(4) – A FÉ NA PALAVRA DO SENHOR

Nós já o dissemos antes que este episódio, presente também em Lucas e João (Lc 7,1-10; Jo 4,46-53), é a ocasião de afirmar a universalidade da salvação trazida por Jesus e a eficácia de sua palavra. No centro do episódio está a fé do centurião na palavra do Senhor, que o cristão deve imitar.

(Carlos Alberto Contieri).

(6) – PARA JESUS NADA É IMPOSSÍVEL

Que, hoje, possamos ultrapassar a miséria que há em nós, por causa dos nossos pecados, e possamos, com nossa fé, proclamar que para Jesus nada é impossível.

“Um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: ‘Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia’. Jesus respondeu: ‘Vou curá-lo’. O oficial disse: ‘Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado’” (Mt 8,5-8).

Nós olhamos, hoje, para o Senhor misericordioso, bondoso, que se compadece daqueles que sofrem de qualquer doença, de qualquer enfermidade, sobretudo daqueles cujo pecado causa paralisia em suas vidas. O Senhor tem piedade de nós.

Hoje, nós olhamos para o Senhor e queremos também olhar para este oficial romano, porque ele era um pagão, não pertencia ao povo judeu. No entanto, ele tinha confiança, convicção naquilo que Jesus podia fazer por seu empregado que estava doente.

As palavras dele são de uma profunda fé, de uma profunda certeza daquilo que Jesus é capaz, daquilo que Ele alcança do coração do Pai amado.

“Senhor eu não sou digno.” Quem de nós é digno, quem de nós merece que o Senhor esteja em nós, aja em nós, opere em nós? Superando a nossa indignidade, temos um ato de fé. Podemos dizer como o centurião: “Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado” (Mt 8,8), o meu filho, a minha filha serão curados em Teu nome, Senhor”.

Que, hoje, possamos ultrapassar a miséria que há em nós, por causa dos nossos pecados, e possamos, com nossa fé, proclamar que para Jesus nada é impossível. Creiamos em Jesus e experimentemos o Seu poder.

Deus abençoe você!

(Pe. Roger Araújo).

(7) – EU NÃO SOU DIGNO!

Vários elementos da cena evangélica são dignos de nota. Quem se aproxima de Jesus é um pagão, militar romano, em serviço na Palestina. Jesus não se deixa levar pelo preconceito judaico contra os pagãos e o acolhe. O centurião não pediu algo para si ou para algum de seus familiares ou pessoas mais próximas. Ele suplicou a cura de seu servo. São raros gestos deste tipo. Os superiores, em geral, não se importam com seus subalternos. O centurião confessa sua indignidade de receber Jesus em sua casa. Certamente, não porque vivesse na pobreza. Reconhecendo a alta dignidade do Senhor, ele se sabia indigno de poder privar de sua intimidade. Acolher alguém em casa era sinal de profunda comunhão. É também possível que, tendo conhecimento da força do poder taumatúrgico de Jesus, pensasse em dispensá-lo da fadiga de ir até sua casa. A palavra de Jesus podia surtir efeito mesmo à distância.

É notável também a declaração de Jesus. Jamais, entre seus concidadãos judeus, havia encontrado uma fé assim tão pura e profunda. Diante destas experiências, Jesus foi percebendo a boa vontade dos pagãos para acolher o evangelho anunciado por ele. Ou seja, a salvação não estava destinada apenas ao judeus. Também os gentios estavam em condições de usufrir de seus benefícios. A atitude do centurião era um exemplo disto.

Oração: Senhor Jesus, dá-me uma fé pura e profunda, como a do centurião, que me leve a reconhecer a grandeza de teu poder e minha indignidade de aproximar-me de ti.

(Pe. Jaldemir Vitório).

(10) – BOA NOVA PARA CADA DIA

Vigília dos Ss. Apóstolos Pedro e Paulo.

At 3,1-10; Sl 18 (19 A),2-3.4-5 (R/. 5a); Gl 1,11-20; Jo 21,15-19

Para este sábado o Evangelho da missa matutina é Mateus 8, 5-17. No entanto, para a Vigília dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo é João 21,15-19, que será aqui comentado.

Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? (Jo 21,17).

Neste sábado, preparamos a solenidade de amanhã nesta missa da vigília.

Neste Evangelho, nossa atenção se concentra no relacionamento entre Jesus e São Pedro, em um momento de grande importância para a Igreja nascente, como também para nós hoje, Igreja de Jesus Cristo.

Jesus ressuscitado aparece aos apóstolos no lago de Genesaré.

Neste cenário Jesus pergunta a São Pedro, três vezes, se ele o ama.

tristeza de São Pedro se manifesta após a terceira pergunta, porque considerou insistente demais a atitude de Jesus, como se São Pedro estivesse em um tribunal como uma testemunha cujas afirmações fossem postas em dúvida. Pode ser que este artifício tenha sido proposital por parte de Jesus. Reproduzir a solenidade de um processo em um tribunal dava solenidade àquele momento.

Jesus tinha em vista um objetivo bem preciso e importantíssimo: a nomeação solene de São Pedro como chefe da Igreja.

Para Jesus, esta repetição tríplice da mesma pergunta tinha um sentido simbólico e “jurídico”. Três testemunhas eram necessárias para comprovar a inocência ou a condenação de um réu em um tribunal judaico (Dt 17,6 e 19,15).

As três respostas de São Pedro foram a confirmação definitiva de que não havia dúvida quanto seu amor a Cristo, a ponto de dar sua vida por Ele, como de fato, Jesus o previne, profetizando sua morte na cruz.

As respostas de São Pedro não eram significativas apenas para Jesus ou para São Pedro, mas também para nós. Nós, neste Evangelho, somos os cordeiros e as ovelhas de Cristo. Nós somos sua Igreja.

Mais importantes do que as respostas de São Pedro nesse diálogo são as três ordens que Jesus lhe dá sobre liderança na Igreja. Depois que Jesus subir ao céu, o líder da Igreja será São Pedro.

Em outras palavras, este diálogo de Jesus e São Pedro até hoje nos envolve, porque a Igreja de Jesus somos nós. Adiante da Igreja está São Pedro através de seus sucessores, os bispos de Roma.

Quando pensamos no governo da Igreja regido pelo papa Francisco hoje em dia, vejamos nele aquele São Pedro que afirma e confirma por três vezes seu amor a Jesus. Pensemos ainda como Jesus confiou a São Pedro a Igreja, a nossa Igreja, em que vivemos hoje.

(Pe. Valdir Marques).

(14) – A FÉ NOS TORNA DEPENDENTES DE DEUS!

A presença de Jesus no meio de nós significa a chegada de um tempo novo, a certeza de que nunca estamos sós! Os sinais de libertação realizados por Ele, é a prova concreta da imensidão do amor Deus, afinal, Jesus é o próprio Deus que se humanizou para ficar mais próximo de nós, respeitando a nossa liberdade, só entrando entra em nossa vida, quando chamamos por Ele.

É a fé que nos torna dependentes de Deus, que nos faz ir ao encontro de Jesus!

fé, não é algo que se tem e pronto, a fé é construção, uma construção que se desenvolve através de um processo lento, que vai se solidificando à medida que em nos deixamos inundar pelo amor de Deus.

Quem tem fé, nunca perde a esperança e nem se deixa abater diante às dificuldades, pois carrega consigo a certeza de que em Deus está o seu porto seguro!

Precisamos a todo instante nos abastecer na fé, pois a fé é o pilar que nos sustenta e nos torna suporte para na vida do outro!

Em todas as suas ações libertadoras, Jesus sempre deixava claro, que a cura de quem recorria a Ele, é fruto da fé, o que vem nos reafirmar que a nossa libertação só acontece pelos caminhos da fé!

Evangelho de hoje, chega até a nós como um convite a refletirmos sobre a essencialidade da fé, de uma fé que nos torna imbatíveis! A narrativa nos mostra um belíssimo testemunho de fé, que encantou Jesus! Um oficial romano, movido pelo amor ao próximo e a confiança no poder libertador de Jesus, recorre a Ele em favor do seu empregado.

texto nos chama a atenção para três virtudes que devem nortear a nossa vida: FÉ, CARIDADE FRATERNA, E HUMILDADE.

oficial romano, embora não fizesse parte do grupo dos seguidores de Jesus, dá um grande testemunho de fé ao acreditar que bastava uma palavra de Jesus, mesmo à distância, para que o seu empregado ficasse curado.

Intercedendo em favor do seu empregado, o oficial dá também um testemunho do seu amor ao próximo e da sua humildade ao reconhecer indigno de receber Jesus em sua casa.

Deste episódio, podemos tirar uma grande lição: não é pela religião que se dá testemunho de fé, e sim, pelo amor ao próximo e pela confiança no poder libertador de Deus.

fé é um dom de Deus, cabe a cada um de nós acolhe-la, reconhecendo as nossas fragilidades na certeza de que, em Deus, está a nossa verdadeira segurança!

Fé e vida são inseparáveis, viver a fé, é cuidar da vida, é ser vida para o outro, é ter a certeza de que somos amados e conhecidos intimamente pelo Pai!

Ter fé, é acreditar naquilo que não se vê, é caminhar como se visse o invisível!

Exercitemos, pois, a nossa fé através da oração, da reflexão da palavra, da vivencia em comunidade e principalmente através eucaristia.

FIQUE NA PAZ DE JESUS!

(Olívia Coutinho).

(14) – SENHOR, EU NÃO SOU DIGNO…

Gênesis 18, 1-15 – “existe alguma coisa impossível para o Senhor?”

Abraão era um homem de fé e já vivia na expectativa confiando nos desígnios do Senhor. Mais uma vez o Senhor se comunica com ele por meio dos três mensageiros e reitera o Seu compromisso de que lhes seria dado uma grande descendência. Por isso, logo que os três homens apareceram, ele percebeu a presença de Deus e prostrou-se por terra como que para comprovar que estava disposto a acolher a vontade divina. Deste modo, ele nos dá exemplo de hospitalidade para com os emissários que Deus coloca na nossa caminhada quando se pôs à disposição dos três anjos, mensageiros de Deus e ofereceu-lhes tudo quanto precisavam, desde a água para lavar os seus pés, o alimento e o lugar para repousarem, como um sinal da sua entrega e da sua confiança. Sara, no entanto, ainda duvidava, pois conhecia a sua limitação e sua incapacidade. Deus é fiel e cumpre as Suas promessas para conosco mesmo que, para nós, sejam elas impossíveis de acontecer. Há coisas, realmente, que para nós são inviáveis se avaliarmos o nosso grau de competência ou a nossa pouca disposição em alcança-las. Contudo, em relação a Deus, nada poderá nos parecer impossível nem improvável, pois, tanto a nossa vida quanto a nossa sobrevivência e também o nosso destino estão submetidos à Sua vontade e à realização do Seu plano. Como Abraão, também nós não devemos “dormir no ponto”, porque nada na nossa vida poderá ser considerado impossível, se nós confiarmos em Deus que toma conta de nós. Mesmo que os anos passem e nós entendamos que já se completou o tempo hábil para que se cumpram os oráculos de Deus a nossa parte é somente esperar e confiar nas Suas promessas. Para provar ao Senhor que o nosso coração está firme nas Suas promessas precisamos como Abraão, estar atentos (as) a chegada dos Seus “anjos” que nos visitam e vêm trazer notícias auspiciosas. Por isso, tenhamos a certeza de que se as coisas pelas quais nós esperamos ainda não aconteceram, é porque ainda não é o tempo de Deus. Fiquemos, pois atentos à chegada dos Seus emissários.

– Você percebe a “visita” dos mensageiros de Deus?

– Como você tem acolhido as promessas de Deus quando elas são impossíveis de acontecer?

– Há alguma coisa que você continua esperando com fé?

Salmo – Lucas 1 – “O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade”

Este foi o canto agradecido de Maria quando visitou Isabel. É um canto de gratidão antecipada de quem confia no que virá e reconhece o poder do Altíssimo. Assim também precisa estar a nossa alma e o nosso espírito, engrandecida e alegre pelos favores do Todo Poderoso. Apesar da nossa pequenez e incompetência nós de antemão podemos também proclamar que o Senhor faz em nós maravilhas, pois o Seu Nome é Santo. Como Maria nós também confiamos na providência do Senhor, pois o Seu amor é a fonte que nos alimenta e nos sacia. Assim como Ele operou em Sara e deu a Abraão uma descendência numerosa, Ele fará também em nós na medida do seu plano de amor para conosco.

Evangelho – Mateus 8, 5-17 – “dize uma só palavra”

Nos três episódios nós nos deparamos com pessoas doentes, impossibilitadas de trabalhar, de construir a sua vida, de se mover, as quais Jesus curou apenas com o toque da Sua Mão ou da Sua Palavra. Com efeito, neste Evangelho nós apreendemos que a fé na Palavra de Jesus é a chave para que sejamos curados das nossas enfermidades. A autoridade de Deus se revela para nós por meio da Palavra que sai da Sua boca. O oficial romano soube apreender isto, e ao se dirigir a Jesus, mesmo apreensivo por causa da paralisia do seu empregado, tinha convicção de que Jesus teria poder para curá-lo. Apesar de ser uma autoridade e de ter também subalternos, ele não se arvorou da sua condição e reconheceu que só Jesus poderia resolver aquela situação. Para aqueles (as) que pedem com fé e reconhecem a sua própria limitação diante do poder de Deus, uma só Palavra de Jesus basta. A fé é a mola mestra da nossa vida espiritual e é ela quem sustenta a nossa esperança de que o que aguardamos irá acontecer. Como o oficial romano, nós também devemos dizer: “Senhor, eu não sou digno… mas dize uma só palavra”. A fé é, portanto, o termômetro que mede a capacidade para a realização das nossas reivindicações diante do Senhor. E mesmo que estejamos acamados (as) como a sogra de Pedro ou desenganados (as) no final da vida, não podemos perder a esperança, pois um simples toque de Jesus pelo poder da Sua Palavra bastará para que a nossa saúde seja restaurada e recebamos novamente a vida. Com a Sua Palavra Jesus expulsa os “demônios que nos rodeiam e nos torna criaturas novas. Ele tomou sobre si as nossas dores e carregou as nossas enfermidades, por isso, não precisamos mais ficar amarrados no pecado. Por isso, todo aquele (a) que está deitado (a), desalentado (a), levante-se porque Jesus Cristo venceu o mundo.

– Você tem acolhido a Palavra de Jesus?

– Você já experimentou humilhar-se diante do Senhor, reconhecendo de coração o seu pecado?

– Você reconhece a sua indignidade diante de Deus?

– Você está precisando de cura?

– Peça a Jesus com fé!

(Helena Serpa).

(14) – MUITOS VIRÃO DO ORIENTE E DO OCIDENTE, E SE SENTARÃO À MESA JUNTO COM ABRAÃO, ISAC E JACÓ

Muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa junto com Abraão, Isac e Jacó.

Este Evangelho narra dois milagres de Jesus: A cura do empregado do oficial romano e a cura da sogra de S. Pedro. Jesus se admirou da fé do oficial, e a Igreja também admira, pois a frase dele nós dizemos na Missa, antes da comunhão: “Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo(a)”.

O oficial tinha uma convicção tão forte de que Jesus tem poder sobre as forças da natureza e as doenças, que lhe pediu uma palavra dali mesmo, sem ter o trabalho de ir até a sua casa.

Jesus quer e pode nos ajudar, e sua ajuda é sempre eficaz e vitoriosa. Mas quer que lhe manifestemos antes a nossa fé. Por isso quem tem fé nunca se apavora, seja qual for a situação, porque sabe que tem ao seu lado um amigo ultra poderoso.

Ter fé não significa que no passado a pessoa não tenha cometido pecados. Pode ter cometido, e muitos, pois isso não é obstáculo para a ação de Deus, contanto que haja arrependimento, conversão e boa vontade.

“Muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa No Reino dos Céus, junto com Abraão, Isac e Jacó, enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora.” Diante de Deus, não existe povo, raça ou nação privilegiada. O povo de Israel era privilegiado enquanto tinha a missão de preparar a vinda do Messias. Mas depois que o Messias veio, acabaram os privilégios.

todos igualmente Deus dá a graça da fé. Se a pessoa acolhe, Deus lhe dá a esperança e a caridade. Acolhidas essas três virtudes teologais, a pessoa recebe a salvação. A Igreja Católica, a única religião que Jesus fundou, nos ajuda a acolher e a viver a fé, a esperança e a caridade. A Igreja é o caminho mais curto e mais fácil da salvação. Aliás, o batismo já nos insere na Comunidade dos salvos em Cristo. Bastanão perder essa graça.

fé é o segredo da felicidade. Quem tem fé “tira de letra” todas as dificuldades e obstáculos que aparecem na vida. Quem tem fé sabe que uma doença, por mais grave que seja, para Deus é um grãozinho de areia.

fé é uma graça que Deus dá a quem ele quer, do Oriente ou do Ocidente, do Norte ou do Sul, sem nenhuma restrição em relação à raça, ao país ou a qualquer outra distinção.

Quem tem fé faz como o oficial fez: vai atrás de Jesus, expõe o seu problema e acredita que Deus quer e pode solucionar. Por isso, quem tem fé não entra em pânico, não se revolta, não desilude, não alvoroça, não perde a alegria nem a esperança, mesmo nas situações mais desafiadores.

Ter fé é muito mais que acreditar com a cabeça; é acreditar com o corpo inteiro, jogando-se naquilo que crê. Mas, é claro, ter fé é seguir um caminho novo, traçado não por nós, mas por Deus para nós.

“A fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se veem” (Hb 11,1). É caminhar “como se visse o invisível” (Hb 11,27).

exemplo de Moisés, na travessia do Mar Vermelho nos esclarece bem sobre o que é fé: “Moisés estendeu o bastão sobre o mar, e durante a noite inteira o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito forte, fazendo recuarem as águas… E assim os hebreus puderam atravessar” (Ex 14,21-22). Dá impressão que no início as águas não se afastavam, mas Moisés continuou firme, com o seu bastão estendido. Deus quer que nós mostremos a fé nele, mesmo sem ver uma resposta imediata. Em vez de uma noite, ele pode demorar dias ou até anos para nos atender. Mas, se permanecermos com o nosso bastão estendido, ele se manifestará e, com toda a certeza, separará as águas.

oficial disse a Jesus: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa…” Jesus lhe falou: “Vai! E seja feito como tu creste”. Naquele momento, o empregado ficou curado. A Palavra de Deus acolhida com fé tem uma força incrível. Mesmo à distância, ela transforma as pessoas e o mundo.

Uma realidade bonita que aparece nestes dois milagres de Jesus é que quem tem fé ama o trabalho. O empregado do oficial “sofria terrivelmente com uma paralisia”. Certamente um dos sofrimentos dele é porque não podia trabalhar. A sogra de Pedro, logo que foi curada, “levantou-se e pôs-se a servi-lo”. O trabalho é uma bênção de Deus. Poder trabalhar é poder servir. “Descubra a felicidade de servir”. Jesus trabalhava; ele era carpinteiro. E na vida pública Jesus continuou trabalhando, pois a atividade missionária é trabalho. Quem tem fé gosta de trabalhar, pois a fé sem obras é morta. Nós, que recebemos tanto da família e da sociedade, precisamos ajudá-las também, através do nosso trabalho. O trabalho é uma fonte de virtudes; já “a ociosidade é a mãe de todos os vícios”.

Certa vez, um noivo procurou o padre a fim de combinar o casamento. O vigário, que estava sentado no escritório terminando uns escritos, resolveu fazer-lhe umas perguntas. A primeira: “Você sabe religião?” O noivo respondeu: “Sei sim senhor”. O padre, enquanto escrevia, lhe perguntou: “Então me diga: quantos deuses há no céu?” O rapaz não sabia! O padrinho, que estava atrás dele, lhe fez o gesto de um dedo para cima. O moço disse logo para o padre: “Eu sei, senhor padre, há um Deus no céu”. O padre falou: “Muito bem. E quantas pessoas há em Deus?” Agora enroscou – pensou o moço – e olhou disfarçadamente para o padrinho. Este novamente levantou a mão para ele com três dedos levantados. O noivo disse: “Eu sei também, senhor padre, há três em pé e dois deitados”.

Para crescermos na fé, precisamos conhecer mais profundamente o catecismo e as verdades nas quais acreditamos! Senão a nossa fé pode ficar ingênua.

Isabel elogiou a fé da sua prima Maria Santíssima: “Feliz aquela que acreditou, pois aquilo que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (Lc 1,45). Maria nunca vacilou na fé, nem na hora mais difícil, que foi a cruz. Que ela nos ajude a crescer na fé, e também a amar o trabalho, pois assim cresceremos em todas as virtudes.

Muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa junto com Abraão, Isac e Jacó.

(Pe. Antônio Queiroz).

(14) – UM EXEMPLO DE FÉ, QUE NÃO VEIO DA COMUNIDADE…

Há dois anos, acompanhei o meu pároco em visita ao Hospital, levando a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que todos os anos visita a nossa cidade. Fomos escoltados por uma viatura da PM e ao chegar no Hospital, o Sargento que estava na viatura aproximou-se do Padre e pediu para tirar uma foto com a imagem e que também queria uma bênção sobre ele.

Achei interessante porque na sua profissão de policial graduado, certamente atua com rigor com os marginais, demonstra ser alguém firme, e até insensível, que só crê no poder que exerce na sociedade entretanto, na hora da bênção, tendo nas mãos a imagem de Nossa Senhora, eu o vi derramando lágrimas, emocionando até mesmo os seus dois comandados. Mas logo depois voltou a ser o sargento rigoroso e disciplinado, orientando o trânsito e abrindo espaço para passarmos em meio a centenas de pessoas que ali estavam mais á nossa frente á entrada do Hospital.

Associei esse episódio ao evangelho de hoje. Com certeza os discípulos de Jesus não “morriam de amores” pelos oficiais romanos, afinal, eles representavam o poder institucional, talvez até pensassem em alguma represália quando o viram aproximar-se de Jesus, mas naquele dia ele não estava a serviço, embora estivesse fardado. E o homem que comandava Cem soldados SUPLICOU a Jesus, por um servo que estava enfermo. Ele não pertencia à comunidade Israelita, nada conhecia das promessas dos Profetas ou das Leis de Moisés. Era apenas alguém a serviço do Sistema, mas…tinha um coração aberto e disponível ao dom da Fé e reconhece algo especial em Jesus de Nazaré, diferente dos líderes religiosos que tinham o coração fechado ao transcendente.

Por causa disso, sua relação com o próximo é diferente, vem suplicar a Jesus pelo seu servo, alguém que está a seu serviço e que se encontra gravemente enfermo e paralítico em uma cama. Jesus vê tudo isso naquele Centurião Romano e corresponde com generosidade “Eu irei e o curarei”. E aqui mais uma surpresa para todos… Ir à casa de um oficial certamente era algo que dava status, afinal, ele era alguém importante. Mas o Centurião inverte esse quadro, considera-se indigno da Graça que está para alcançar, não é da comunidade, não frequenta o tempo ou a sinagoga, não oferta o dízimo e nem é piedoso. Sente-se pequeno diante daquele que seu coração descobriu e experimentou, aquele que tudo pode… e manifesta mais uma vez a sua Fé autêntica, desprovida de qualquer merecimento, porque se trata de um dom.

“Senhor, não sou digno que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e meu servo ficará curado”. E o seu testemunho de Fé foi exaltado por Jesus que o contrapõe a Israel e suas tradições patriarcais. E a Igreja, Sábia Mestra, adotou essas palavras para nos colocar diante da Grandeza de um Deus que se rebaixa diante do Homem na Eucaristia, “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizeis uma só palavra e minha alma será salva”. Esse é o canto do Centurião, que perpassa já três milênios de história, na boca dos que creem mas sabem que a Fé é dom, dado com a Graça imerecida…

(Diác. José da Cruz).

(14) – SENHOR EU NÃO SOU DIGNO DE QUE ENTRES EM MINHA CASA

Neste evangelho vamos rever vários milagres realizados por Cristo, começando pelo servo do centurião o qual demonstra muita confiança no poder de Jesus, afirmando que Ele não precisava ir até a sua casa para realizar o milagre que ele pedia. Jesus até se dispôs a ir. “Disse-lhe Jesus: Eu irei e o curarei.” Porém, o centurião se julgava indigno da sua visita, porque ele era um dominador romano, e o povo poderia se revoltar se o Mestre o visitasse.

Também somos sempre indignos da visita de Cristo à nossa casa, a nossa alma. Somos também indignos de receber as graças que ousamos pedir-lhe todos os dias. É por isso que devemos preceder aos nossos pedidos, um pedido de perdão.

Jesus fica admirado com a fé daquele homem. “Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel.” Jesus mais uma vez demonstra sua indignação pela incredulidade dos líderes judaicos, e afirma que pessoas outras de outros lugares irão para o reino do céu, enquanto que os descendentes do próprio povo de Deus, pela sua indiferença ao Filho de Deus, irão para o inferno. E aqui, Jesus também faz referência ao Fogo Eterno. Tem gente que diz. O inferno é aqui mesmo nesta vida. Isso nada mais é que uma grande evasiva para se livrar, ou se desculpar por não procurar Deus através da Sua Igreja.

“Por isso, eu vos declaro que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó, enquanto os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes”.

Jesus realiza aquela cura à distância, mesmo antes da invenção do controle remoto. Então, dirigindo-se ao centurião, disse: “Vai, seja-te feito conforme a tua fé. Na mesma hora o servo ficou curado.”

(José Salviano).

(15) – REFLEXÃO

Ele tomou as nossas dores e carregou sobre si as nossas enfermidades. Jesus é solidário com todos os que sofrem e é sempre uma presença de amor em suas vidas. A sua presença manifesta o amor que Deus tem pelo gênero humano. Quem tem fé verdadeira é sempre capaz de ver a presença de Jesus na sua própria vida, principalmente nos momentos de sofrimento e de dor, e sente os efeitos dessa presença amorosa. O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que manifesta a todos os que sofrem esta presença e esta solidariedade de Jesus, e o faz através do serviço, ou seja, tornando-se ele próprio uma extensão do braço amoroso de Jesus que atua nos momentos difíceis da vida de todos.

(20) – EU NÃO SOU DIGNO…

Um centurião romano, chefe de cem soldados, está acostumado a dar ordens e a vê-las cumpridas. Uma só palavra e basta! Por certo, já está informado sobre Jesus, o estranho Rabi da Galileia que cura os enfermos e liberta os possessos. Reconhece sua autoridade sobre os males físicos e espirituais. Este reconhecimento (uma modalidade de fé?) é que o anima a rogar pelo servo doente.

Ao ver que Jesus faz menção de ir à sua casa, o romano se espanta, atrapalhado: não precisa tanto, basta uma palavra! Afinal, um judeu que entrasse no ambiente “impuro” do estrangeiro, ficaria também ele ritualmente impuro. E o centurião tem um argumento invencível para que Jesus de Nazaré não visite seu lar, a casa de um estrangeiro, invasor e “pagão”: “Senhor, eu não sou digno!”

Como não pensar naquele publicano da parábola (cf. Lc 18, 9ss), que sequer se aproximava do altar e, lá do fundo do Templo, olhos no chão, batia no peito e se rebaixava diante do Senhor: “Tem piedade de mim, que sou pecador”?

Não é sem motivo que nossas Eucaristias começam por um ato penitencial. É, talvez, uma tentativa desesperada da Igreja para nos recordar nossa condição de pecadores. Espera-se que, batendo no peito, examinando a própria consciência, nós desistamos da impropriedade de cobrar alguma coisa de Deus, ou de apresentar-lhe nossos méritos (aliás inexistentes) ou, mesmo, reclamar asperamente do Senhor pela má qualidade dos serviços que Ele nos presta…

Como nos faz falta esse sentimento de indignidade! O mesmo sentimento do pródigo que volta para casa com um discurso ensaiado: “Já não sou digno de ser chamado teu filho… Podes tratar-me como um dos empregados…” (Lc 15, 19.) Para ouvir, surpreso, a resposta do Pai: “Não tem jeito, meu filho! Enquanto eu for Pai, tu serás meu filho!”

É assim que se descobre a verdade fundamental em nossa relação com Deus: não somos amados porque somos bons; somos amados porque somos filhos… Não é por mérito nosso. É pelo amor do Pai…

De que maneira eu costumo apresentar-me diante de Deus?

Desfio o longo rosário de minhas boas ações e cobro retribuição?

Ou confesso meus pecados e recebo o seu perdão?

Orai sem cessar: “Junto ao Senhor se acha a misericórdia!” (Sl 130 [129], 7).

(Antônio Carlos Santini).

NINGUÉM AMA O QUE NÃO CONHECE

CELEBRAÇÃO DE HOJE

12ª SEMANA TO TEMPO COMUM (VERDE – OFÍCIO DO DIA)

RITOS INICIAIS:

– Monição Ambiental ou Comentário Inicial

O Reino de Deus não tem fronteiras, nem se reduz a este ou aquele grupo, que talvez se considere privilegiado. A fé na Palavra de Cristo é uma condição para nossa salvação. Ela é que me dá a oportunidade para pertencer, de fato, ao Reino de Deus. Por isso, nos diz Jesus: “Muitos virão do Oriente e do Ocidente, se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”. Assim deve ser nossa vida de fé, sem barreiras e sem fronteiras.

– Canto e Procissão de Entrada

– Antífona da entrada

O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos (Sl 27,8s).

– Saudação ao Altar e ao Povo Reunido

– Ato Penitencial

– Senhor, Tende Piedade

– Glória a Deus nas Alturas

– Oração do Dia ou Oração da Coleta

Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DA PALAVRA:

– Monição para a(s) Leitura(s)

Abraão acolhe aqueles viajantes com respeito e dedicação, pois para ele era como se estivesse hospedando o próprio Deus. Assim, Jesus age conosco, nos acolhe, mas não aprova cristãos fechados em suas ideias e que colocam barreiras para o Reino. O Reino não tem fronteiras. Escutemos o Senhor.

– Silêncio

– Proclamação da 1ª Leitura

– Silêncio

– Proclamação do Salmo

– Silêncio

– Proclamação da 2ª Leitura

– Monição para o Evangelho

— Aleluia, aleluia, aleluia.

— Aleluia, aleluia, aleluia.

— O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas. (Mt 8,17).

– Canto de Aclamação

– Proclamação do Evangelho

– Homilia ou Pregação

– Profissão de Fé

– Oração Universal ou Oração dos Fiéis

Conforme nos orienta a IGMR, no Cap. II, LETRA B, números 69, 70 e 71, vamos deixar que cada Comunidade possa realizar a sua Oração Universal colocando nela, a sua realidade comunitária, não devendo esquecer que, normalmente serão estas as séries de intenções, além das pessoais de cada um, caso seja dada a oportunidade pelo celebrante ao povo de se expressar:

a) Intenções pelas necessidades da Igreja;

b) Intenções pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo;

c) Intenções pelos que sofrem qualquer dificuldade;

d) Intenções pela comunidade local;

e) Intenções pessoais da comunidade.

LITURGIA EUCARÍSTICA / PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS:

– Canto e Procissão das Oferendas

– Apresentação do Pão e do Vinho

– Presidente Lava as Mãos

– Orai, Irmãos!

– Oração sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor e fazei que, purificados por ele, possamos oferecer-vos um coração que vos agrade. Por Cristo, nosso Senhor.

LITURGIA EUCARÍSTICA / ORAÇÃO EUCARÍSTICA OU ANÁFORA:

– Prefácio e “Santo”

– Invocação do Espírito Santo

– Narrativa da Ceia

– Consagração do Pão e do Vinho

– “Eis o Mistério da Fé!”

– Lembra Morte e Ressurreição de Jesus

– Orações pela Igreja

– Louvor Final (Por Cristo…)

LITURGIA EUCARÍSTICA / RITO DA COMUNHÃO:

– Pai-Nosso (Oração do Senhor) e Oração seguinte

– Rito da Paz ou Saudação da Paz

– Fração do Pão

– Cordeiro de Deus

– Felizes os Convidados!

– Distribuição da Comunhão aos fiéis e Canto da Comunhão

– Silêncio Eucarístico ou Canto de Ação de Graças

– Antífona da Comunhão

Eu sou o bom pastor e dou a vida por minhas ovelhas, diz o Senhor (Jo 10,11.15).

– Oração depois da Comunhão

Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos receber um dia, resgatados para sempre, a salvação que devotamente estamos celebrando. Por Cristo, nosso Senhor.

RITOS FINAIS OU RITOS DE ENCERRAMENTO:

– Comunicados e Convites

– Saudação e Bênção Final

– Despedida (Ide em Paz!)

FONTES DE CONSULTAS E PESQUISAS:

Vamos expor a seguir de onde pertencem os textos que nos preenchem todos os dias, nos dando um caminho com mais sabedoria, simplicidade e amor.

FONTE PRINCIPAL DE PESQUISA E INSPIRAÇÃO

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FONTE DE CONSULTA – IGMR (INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO – 1ª EDIÇÃO / 2008)

IGMR

REFLITA:

O importante não é a pessoa que escreve, mas quem foi que inspirou essa pessoa a escrever.

O importante não é como se lê o que está escrito, mas como se age.

O importante não é sentar-se à direita ou a esquerda do Pai, mas sim, realizar o trabalho que Ele nos pede.

Ter conhecimento não é ter sabedoria, sabedoria é saber compartilhar o conhecimento.

(0) – Blog Liturgia Diária da Palavra de Deus (Reflexões e Comentários);

(1) – Periódico Mensal: Liturgia Diária (Editoras Paulinas e Paulus);

(2) – Periódico Mensal: Deus Conosco (Editora Santuário);

(3) – Portal Editora Santuário;

(4) – Portal Editora Paulinas;

(5) – Portal Editora Paulus;

(6) – Portal e Blog Canção Nova;

(7) – Portal Dom Total;

(8) – Portal Católica Net;

(9) – Portal Católico Orante;

(10) – Portal Edições Loyola Jesuítas;

(11) – Portal de Catequese Católica;

(12) – Portal Evangelho Quotidiano;

(13) – Blog Homilia Dominical;

(14) – Blog Liturgia Diária Comentada;

(15) – Portal CNBB (A Palavra de Deus na Vida);

(16) – Portal Catequisar: Catequese Católica;

(17) – Portal Universo Católico;

(18) – Portal Paróquia São Jorge Mártir;

(19) – Portal Catedral FM 106,7;

(20) – Portal Comunidade Católica Nova Aliança;

(21) – Portal Comunidade Resgate;

(22) – Portal Fraternidade O Caminho;

(23) – Portal Católico na Net;

(24) – Portal Evangeli.net;

(25) – Portal Padre Marcelo Rossi;

(26) – Portal Grupo de Oração Sopro de Vida;

(27) – Portal NPD Brasil.

MINHA MENSAGEM PESSOAL PARA MIM MESMO.

Mais vale o desconforto da VERDADE, do que a comodidade da MENTIRA.

E usando a essência da Oração da Serenidade, devo orar:

Ó meu Deus e Senhor, Pai de misericórdia e Salvação,

que em seu Filho Jesus perdoou os nossos pecados,

e com o seu Santo Espírito, paráclito nesse nosso mundo que caminha conosco,

apenas em Ti posso almejar a vida eterna, socorre-me e ouvi-me:

Se o ERRO está em mim, que DEUS possa me dar a HUMILDADE de aceitar que estou errado.

Que Jesus me dê a SERENIDADE, para aceitar que tem coisas que não posso mudar.

E que o Espírito Santo me dê a CORAGEM, suficiente para mudar aquelas coisas que dependem de mim, mesmo que sejam difíceis.

E para complementar os alicerces de orações da minha vida, faço como o santo Tomás de Aquino:

“Concede-me, Deus misericordioso, que deseje com ardor o que tu aprovas, que o procure com prudência, que o reconheça em verdade, que o cumpra na perfeição, para louvor e glória do teu nome.

Põe ordem na minha vida, ó meu Deus, e permite-me que conheça o que tu queres que eu faça, concede-me que o cumpra como é necessário e como é útil para a minha alma.

Concede-me, Senhor meu Deus, que não me perca no meio da prosperidade nem da adversidade; não deixes que a adversidade me deprima, nem que a prosperidade me exalte.

Que nada me alegre ou me entristeça para além do que conduz a ti.”

Viver CORRETO e falar a VERDADE hoje são tão difíceis quanto na época de Jesus, pois é muito mais fácil aceitar a MENTIRA e fazer o ERRADO.

Viver no CAMINHO, VERDADE E VIDA, que é o próprio Cristo Jesus, tem que ser uma caminhada diária.

O futuro é desejo e pensamento.

O passado é aprendizado e lembrança.

O hoje é realidade, isso quer dizer: CRISTO.

Meus amigos(as) de coração, meus irmãos(ãs) em Cristo Jesus, lembrem-se:

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

“Não julgues para não seres julgados.”

“A quem é muito dado, muito será cobrado.”