Liturgia Diária 28/JUN/13

LEITURA DIÁRIA DA PALAVRA — 28/JUN/2013 (sexta-feira)

Gênesis 17,1. 9-10. 15-22 (A aliança do Senhor e a circuncisão)

Salmos 127(128),1-2. 3. 4-5 (Bênção para o fiel)

Mateus 8,1-4 (Curas: Cura de um leproso)

Mt 8,1-4 (Jesus cura um leproso)

LEITURAS:

Leitura retirada do Livro do Gênesis (Gn 17,1. 9-10. 15-22)

Leitura do Livro do Gênesis.

1 Abrão tinha noventa e nove anos de idade, quando o Senhor lhe apareceu e lhe disse: “Eu sou o Deus Poderoso. Anda na minha presença e sê perfeito”. 9 Deus disse ainda a Abraão: “Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre. 10 Esta é a minha aliança que devereis observar, aliança entre mim e vós e tua descendência futura: todo homem entre vós deverá ser circuncidado”. 15 Deus disse também a Abraão: “Quanto à tua mulher, Sarai, já não a chamarás Sarai, mas Sara. 16 Eu a abençoarei e também dela te darei um filho. Vou abençoá-la, e ela será mãe de nações, e reis de povos dela sairão”. 17 Abraão prostrou-se com o rosto em terra, e pôs-se a rir, dizendo consigo mesmo: “Será que um homem de cem anos vai ter um filho e que, aos noventa anos, Sara vai dar à luz?” 18 E, dirigindo-se a Deus, disse: “Se ao menos Ismael pudesse viver em tua presença”. 19 Deus, porém, disse: “Na verdade, é Sara, tua mulher, que te dará um filho, a quem chamarás Isaac. Com ele estabelecerei a minha aliança, uma aliança perpétua para a sua descendência. 20 Atendo ao teu pedido, também, a respeito de Ismael. Eu o abençoarei e tornarei fecundo e extremamente numeroso. Será pai de doze príncipes e farei dele uma grande nação. 21 Mas, quanto à minha aliança, eu a estabelecerei com Isaac, o filho que Sara te dará no ano que vem, por este tempo”. 22 Tendo acabado de falar com Abraão, Deus se retirou.

— Palavra do Senhor.

— Glória a vós, Senhor.

Salmo retirado do Livro dos Salmos (Sl 127 (128),1-2. 3. 4-5 (R. 4))

— 4 Será assim abençoado todo aquele que respeita o Senhor.

4 Será assim abençoado todo aquele que respeita o Senhor.

— Feliz és tu se temes o Senhor / e trilhas seus caminhos! 2 Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!

— 3tua esposa é uma videira bem fecunda / no coração da tua casa; / os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.

— Será assim abençoado todo homem / que teme o Senhor. 5 O Senhor te abençoe de Sião, / cada dia de tua vida.

Leitura retirada do Livro do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 8,1-4)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

1 Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. 2 Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo”. No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra. 4 Então Jesus lhe disse: “Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

LEITURA ORANTE:

… Oração Inicial… (querer)

Preparo-me para a Leitura Orante rezando, com todos que se encontram neste espaço da internet:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.

“Espírito Santo, tu que vieste dos céus abertos, do Pai, e que permaneceste conosco, em Jesus, tu que habitas, pela fé, nos nossos corações, abre-nos à Palavra!

Seja a nossa inteligência e a nossa vontade, terreno bom, onde tu possas trabalhar com liberdade, de modo que a nossa vida seja sinal eloquente da tua caridade.

Amém.”

… Eu sou o CAMINHO… (ler…)

O que diz o texto do dia?

Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 8,1-4, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.

No tempo de Jesus, o portador de lepra era considerado impuro e pecador. A doença era vista como castigo de Deus. Por isso, a pessoa deveria afastar-se da sociedade e viver em um lugar deserto. Jesus se sensibilizou com a dor, o sofrimento e a exclusão daquele homem. E o cura.

Depois diz ao homem curado: “Vá pedir ao sacerdote que examine você. Depois, a fim de provar para todos que você está curado, vá oferecer o sacrifício que Moisés ordenou”. Este exame era necessário para reintegrar a pessoa curada, ou seja, devolver o homem ao convívio social.

leproso era o caso extremo de modelo da marginalização religiosa e social. Declarar injusta a exclusão do leproso significava denunciar toda e qualquer marginalização. Ao curar o homem, Jesus “tocou” nele. Ao tocá-lo, violou a Lei. Se alguém tocasse um leproso, ficava também impuro. (cf. Lv 5,5-6).

Com isso, Jesus declarou que a marginalização, embora pretenda respaldar-se na Lei divina, não vem de Deus. Em consequência, é inadmissível e injustificável marginalizar alguém em nome de Deus. O leproso torna-se representante de todos os que, em nome de uma Lei religiosa, eram excluídos pela sociedade.

… a VERDADE… (refletir e meditar…)

O que o texto diz para mim, hoje?

Tenho algum preconceito?

Quem marginalizo?

Denuncio a lepra social das injustiças e discriminações?

Os Bispos na Conferência de Aparecida manifestaram uma preocupação: “Frente a esta forma de globalização (dinâmica de concentração de poder e de riqueza), sentimos um forte chamado para promover uma globalização diferente, que esteja marcada pela solidariedade, pela justiça e pelo respeito aos direitos humanos, fazendo da América Latina e do Caribe não só o Continente da esperança, mas também o Continente do amor, como propôs SS. Bento XVI no Discurso Inaugural desta Conferência”. (DAp 64).

… e a VIDA… (orar…)

O que o texto me leva a dizer a Deus?

Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo:

Jesus, Mestre:

Que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.

Que eu ame com o teu coração.

Que eu veja com os teus olhos.

Que eu fale com a tua língua.

Que eu ouça com os teus ouvidos.

Que as minhas mãos sejam as tuas.

Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.

Que eu reze com as tuas orações.

Que eu celebre como tu te imolaste.

Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.

Qual deve ser a MISSÃO em minha VIDA hoje? (contemplar e agir…)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Meu novo olhar é de solidariedade para com os que sofrem.

REFLEXÕES:

(4) – JESUS ARRANCA DO SER HUMANO TUDO O QUE O DESFIGURA

Jesus é o Senhor que purifica e faz viver. É conhecida a condição do leproso e sua discriminação, inclusive religiosa. O Levítico o descreve com detalhes: “O leproso portador desta enfermidade trará suas vestes rasgadas e seus cabelos sem pentear; cobrirá o bigode e clamará: Impuro! Impuro! (…); morará à parte: sua habitação será fora do acampamento” (Lv 13,45-46). A lepra era tida como castigo de Deus e só Deus podia libertar a pessoa de tal enfermidade (cf. Nm 12,9-13). A súplica do leproso é uma verdadeira profissão de fé: “… se queres, tens o poder de purificar-me” (v. 2). A disposição de Jesus revela o próprio desejo de Deus: arrancar do ser humano tudo o que o desfigura e lhe tira a vida, tudo o que impede uma verdadeira relação fraterna. A ação de Jesus, que reintegra a pessoa no seio da comunidade e na comunhão com Deus, elimina o equívoco de que Deus esteja na origem de nossos males. Os condicionamentos histórico-culturais podem deformar a imagem de Deus, e impedir nós todos de entrarmos no coração de Deus, acesso que se tornou possível para nós em Jesus Cristo, “a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15).

(Carlos Alberto Contieri).

(6) – DEUS NOS QUER LIMPOS E CURADOS

Tenho a certeza de que o Senhor quer, Ele deseja que estejamos curados. Deus nos quer limpos, livres do pecado.

“Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: ‘Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar’” (Mt 8,2).

Hoje, cada um de nós pode aproximar-se do Senhor, olhando para nossas lepras, para os nossos pecados, olhando para as manchas que há em nós, em nosso coração, em nosso corpo, em nossa alma, em todo nosso ser.

As marcas que o pecado deixou em nossa vida contaminam todo o nosso ser, e nós, muitas vezes, nos encontramos assim: sujos, mancos, distantes da graça de Deus por todo o estrago que o pecado causou em nós.

Às vezes, não vemos a consequência da sujeira, porque esta está pequena; mas, quando ela cresce, logo percebemos.

Penso que alguém sensato, com bom senso, não consegue conviver em meio à sujeira. Primeiro, por causa do mau cheiro e todos os incômodos que vêm com ele; ninguém consegue viver com a alma suja, com o mal-estar que o pecado causa em nós.

Hoje, com toda a humildade do nosso coração, precisamos pedir a Deus: “Senhor, limpa-me. Senhor, cura-me, porque, se quiseres, podes me curar”.

Tenho a certeza de que o Senhor quer, Ele deseja que estejamos curados. Deus nos quer limpos, livres do pecado. A atitude primeira não é nem do Senhor, pois Ele já está, de braços abertos, esperando por nós.

Que nós, então, corramos ao encontro de Deus e peçamos: “Senhor, lavai-me e purificai-me”.

Deus abençoe você!

(Pe. Roger Araújo).

(7) – FICA PURIFICADO

A cura do leproso simboliza o anseio das multidões em busca de Jesus. O homem se prostrou aos pés do Senhor, suplicando ser purificado de sua lepra. E Jesus realizou seu desejo, libertando-o da terrível doença e suas terríveis consequências sociais e religiosas.

Toda ação de Jesus pode ser caracterizada como purificadora. A purificação mais radical se dava no nível do pecado, raiz de toda impureza. Entretanto, ele também purificava as pessoas dos preconceitos de que eram vítimas. Os leprosos eram considerados vítimas do castigo de Deus por causa de pecados eventualmente cometidos. Purificava da marginalização religiosa. Os leprosos estavam proibidos de entrar no Templo. Purificava da marginalização social. Os leprosos eram obrigados a viver longe das cidades e deveriam anunciar sua presença para que as pessoas não-leprosas evitassem o contato com eles. Purificava da perda da autoestima. Os leprosos, sem dúvida, se consideravam o lixo da sociedade, pois assim eram tratados.

Não precisava ser leproso para carregar as estigmas que pesavam sobre os leprosos. Muitos não-leprosos eram vítimas dos preconceitos teológicos, da marginalização religiosa e social. Gente cuja autoestima era nula. Eles, ao se aproximarem de Jesus, viam sua esperança renascer. Todos eram purificados pela presença benéfica do Senhor.

Oração: Senhor Jesus, estenda tua mão e me purifica de tudo que me impede de ser livre para deixar o Reino atuar em mim.

(Pe. Jaldemir Vitório).

(10) – BOA NOVA PARA CADA DIA

(Jesus) estendeu a mão e tocando-o, disse: Eu quero, sê purificado (Mt 8,3).

Trata-se da cura de um leproso. Notemos que o leproso não pediu a Jesus para ser curado e sim para ser purificado. Naquele tempo, acreditava-se que a lepra era punição pelo estado de impureza ritual da pessoa. Por esse motivo, os leprosos deviam procurar os sacerdotes para serem purificados ritualmente, se, efetivamente tivessem sido curados da doença física.

Jesus o purifica, curando-o ao mesmo tempo. O ex-leproso, no entanto, devia cumprir a prescrição da Lei e procurar o sacerdote que certificasse a comunidade de que aquele homem estava purificado. Era a Lei, conforme Levíticos 14,2.

Notemos, porém, como Jesus atende ao pedido do leproso imediatamente, dizendo: Eu quero.

Enfatizemos o que Jesus diz: “Sê purificado”. Como outras vezes, o texto grego deste Evangelho usa um verbo no imperativo “aoristo”. Este tempo verbal não existe em português e a tradução não nos diz algo mais que o grego dá. Este imperativo significa uma ordem que se torna realidade no mesmo momento em que é dita. É como se disséssemos: “esteja curado enquanto ordeno”, ou algo semelhante. Para dizer isso, o Evangelho acrescenta: imediatamente ele ficou livre da sua lepra.

Jesus quis nos dar um sinal por meio desse milagre. Um milagre significava que o tempo messiânico já tinha chegado; era o tempo do Reino de Deus.

As pessoas que possuem a Bíblia de Jerusalém são convidadas a ler a nota a Mateus 8,3 sobre os diferentes milagres de Jesus e seus objetivos. Poderão assim ampliar seus conhecimentos sobre os milagres de Jesus.

(Pe. Valdir Marques).

(12) – JESUS ESTENDEU A MÃO E TOCOU-O

Atualmente, a doença mais terrível do Ocidente não é a tuberculose nem a lepra; é sentimo-nos indesejados, não amados, abandonados. Sabemos tratar as doenças do corpo pela medicina, mas o único remédio para a solidão, a angústia e o desespero é o amor. São muitas as pessoas que morrem por falta de um pedaço de pão, mas são muitas mais as que morrem por falta de um pouco de amor. A pobreza no Ocidente é outro tipo de pobreza: não é apenas pobreza de solidão, mas também de espiritualidade. Existe fome de amor como existe fome de Deus.

(Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade – “A Simple Path”).

(14) – SE QUERES, TU TENS O PODER DE ME PURIFICAR

Se queres, tu tens o poder de me purificar.

Uma vez proclamadas as palavras da nova Lei por Jesus, no Sermão da Montanha, Mateus se propõe mostrar a maneira como Jesus põe em prática aquilo que falava. Um leproso se aproxima e se prostra diante de Jesus; por ser leproso, era um excluído, devia se afastar dos demais para não tornar impuro quem nele tocasse. Este leproso transgrediu as normas legalistas de sua religião.

Não pede que Jesus o toque, pois crê que apenas a vontade do Senhor já é suficiente para alcançar a cura. Uma atitude que revela a fé que o homem tem nas obras de Jesus. O homem padece de duas enfermidades: a lepra, que o converte em impuro e a enfermidade da exclusão que o torna condenado pela sociedade.

Jesus se compadece, o toca e o cura de sua segunda enfermidade, a exclusão. Em seguida o cura da lepra. Se o leproso transgredi a lei ao se aproximar de Jesus, Jesus também a transgredi ao tocar nele para ajudá-lo. Dessa maneira se revela um novo rosto de Deus, um Deus que está além dos falsos legalismos sociais e religiosos. Um Deus que cura nossas feridas e humilhações.

(Claretianos).

(14) – JESUS CUROU UM LEPROSO

No tempo de Jesus a lepra era uma doença incurável. Os leprosos ficavam em um lugar isolado de todos. Se por acaso um deles precisasse andar no meio das pessoas, teriam que tocar um sino e gritar bem alto. Aqui vai passando um imundo. Não se aproximem. Era um a situação humilhante, visto que a lepra era considerada uma grande impureza. Caso um leproso ficasse curado, ele teria que se apresentar ao sacerdote que o examinava e em seguida o liberava para andar normalmente em público como qualquer pessoa. Foi por isso que Jesus ordenou que aquele ex-leproso fosse imediatamente se apresentar ao sacerdote. No mesmo instante, a lepra desapareceu. A cura realizada por Jesus tem como uma demonstração de poder divino se realizando na sua pessoa, mas também tem um caráter de libertação da exclusão social, resultante do iníquo sistema religioso. Jesus naquele momento, respeita aquele sistema vigente enviando aquele homem de fé para se apresentar aos sacerdotes, para não complicar a vida daquele ex-doente perante os líderes judaicos, favorece sua integração social conforme o costume. O leproso surge da multidão e apela ao poder de Jesus para purificá-lo. Jesus, não tem nojo de tocar um homem impuro, para o assombro de muita gente, principalmente os líderes religiosos. E aquele homem, vai confirmar diante dos sacerdotes que foi Jesus quem o curou, o que contribui para a inveja e raiva deles com relação ao Filho de Deus.

Será que nós não ficaríamos com receio de colocar a nossa mão naquele leproso?

Sim devemos tomar todos os cuidados de higiene para não nos contaminar na hora de cuidar de um doente, mas façamos isso com a devida sutileza para não ofender o nosso irmão ou irmã enferma. Em certas culturas, beber no mesmo copo, é sinal de compartilhar, de amizade, de respeito, etc. Mas isso não é uma prática boa para a saúde, principalmente em se tratando de doença infectocontagiosa. A mesma coisa, serve para os ministros da eucaristia, que devem lavar suas mãos antes da missa, e simbolicamente no altar antes de distribuir o corpo de Cristo. Higiene é saúde. Tendo bons hábitos de higiene, evitaremos muitas doenças.

(José Salviano).

(14) – SE QUERES, TU TENS O PODER DE ME PURIFICAR

Se queres, tu tens o poder de me purificar.

Este Evangelho narra Jesus curando um leproso. O doente ajoelhou-se diante de Jesus e disse: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. Como é importante a fé em Jesus! Saber que ele tem poder para tudo, para resolver todos os nossos problemas.

“Jesus Estendeu a mão, tocou nele e disse: Eu quero, fica limpo.” A lepra naquele tempo era considerada uma doença muito contagiosa. O leproso era considerado impuro e pecador, pois a doença era vista como castigo de Deus. Ele devia afastar-se das pessoas e viver sozinho, em um lugar deserto. Se alguém tocasse nele, ficava também impuro, tendo de ir morar junto com ele (cf. Lv 5,5-6). Jesus amou tanto aquele doente, que enfrentou todo esse rigor da lei. Foi como se ele dissesse ao leproso: a sua dor é a minha dor; a sua exclusão é a minha exclusão.

Evangelho começa com as seguintes palavras: “Tendo Jesus descido do monte…” Ele havia subido a montanha para rezar. A oração nos torna sensíveis aos necessitados, menos escravos dos tabus da sociedade e mais abertos para Deus agir através de nós.

cristão sente compaixão dos que sofrem, e por isso se solidariza com eles. Ele nunca fica neutro entre um opressor e um oprimido, mas toma posição, ficando do lado do oprimido, e isso publicamente. Por isso se queima e se “estrepa”, passando a participar da sorte do oprimido.

Sobre a doença, é importante saber que Jesus fez do nosso sofrimento, e da nossa morte, um meio para chegarmos à vida feliz do céu. Deus nem sempre cura as doenças, mas sempre cura os doentes, isto é, ajuda-os a ser felizes mesmo na doença, transformando-a em meio de santificação e de felicidade.

“Olhe, não digas nada a ninguém.” Porque a multidão estava interessada nos milagres de Jesus e queria projetá-lo como o grande curador. Mas Jesus não veio à terra para isso. Ele veio fundar o Reino de Deus, que é povo unido, acreditando na força da sua união. O povo já era muito dependente “dos grandes”; Jesus não queria ser “outro grande” e levar o povo a apenas trocar de dependência. A multidão tem a tendência de se fixar em alguém e projetá-lo (a) como ídolo. Jesus não queria isso. Seu interesse era projetar e divulgar Deus Pai e o Reino de Deus.

Outro motivo para não contar é que Jesus veio para ser homem como nós em tudo, exceto no pecado. E se o povo descobrisse o seu poder milagroso, isso o tornaria diferente dos outros.

“Vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles.” O testemunho era triplo:

1) De que o homem está curado, portanto pode voltar ao convívio social.

2) Foi Jesus que o curou, portanto os sacerdotes devem reconhecer a Jesus como o Messias.

3) Uma denúncia aos sacerdotes que, em vez de procurar reintegrar os marginalizados, marginalizavam-nos ainda mais, tirando-os do convívio social.

Os principais marginalizados pela sociedade de hoje são: Os pobres que não pagam convênios e não têm dinheiro para cuidar da própria saúde, esperando, às vezes, meses para uma cirurgia pelo SUS. Os que trabalham na reciclagem. Os moradores de rua. Os dependentes de drogas e de álcool. Os desempregados… E a sociedade os trata como os sacerdotes tratavam os leprosos: procura ficar livre e distante deles.

Se Jesus vivesse hoje, onde e com quem ele gostaria de ficar?

Olhando a nossa Comunidade cristã, ela é mais parecida com os sacerdotes daquele tempo, ou com Jesus?

lepra é figura do pecado, ela atua em nosso corpo como pecado em nossa alma. Por isso o mesmo acolhimento que Jesus tinha para os leprosos, ele tinha também para os pecadores. Que nós nos purifiquemos dessa terrível lepra e ajudemos nossos irmãos e irmãs a se purificarem.

Certa vez, um bebezinho ficou doente, e ia cada vez pior. A família era pobre, simples e morava na periferia da cidade. Ela já havia feito de tudo, mas a criança não sarava. Um dia de manhã o pai falou para a esposa: “Só um milagre pode salvar o nosso filhinho!” O irmãozinho mais velho, pensando que milagre fosse remédio, ajuntou suas moedinhas e foi à farmácia. Lá, disse ao balconista: “Eu quero comprar um milagre”. O balconista achou ao mesmo tempo estranho e engraçado. Perguntou ao garotinho o que era, e ele explicou a história. Por acaso, estava na farmácia um médico cirurgião. Ele escutou a conversa e resolveu ajudar aquela família: E disse ao farmacêutico: “Eu vou com esse menino até a casa dele, para ver o caso. O médico acabou internando o bebezinho, fez uma cirurgia e ele sarou. Assim, o milagre acabou acontecendo.

Milagre não se compra, mas nós o conseguimos pela fé. Deus gosta de atender pessoas bem intencionadas, que o amam e obedecem os seus mandamentos.

Maria Santíssima passou pela vida servindo. Como mãe, como esposa, como vizinha, como parente, como amiga, como tudo. Santa Maria, rogai por nós!

Se queres, tu tens o poder de me purificar.

(Pe. Antônio Queiroz).

(14) – JESUS QUEBRA O PROTOCOLO RELIGIOSO

Começamos nossa reflexão indagando se concordam com o título da reflexão, pois assim nos parece, que Jesus não obedeceu a norma prescrita em Levíticos.

Será por isso que Jesus pediu sigilo desse milagre?

por que o homem curado da lepra é orientado a procurar o Sacerdote?

Jesus é quem cura e o Sacerdote é que homologa a ação?

Havia a proibição de se tocar, ou até mesmo de se chegar perto de um leproso, ele próprio tinha que alertar as pessoas aos gritos de “impuro… impuro!”. Por isso, também o Leproso infligiu a Lei Religiosa, mas a questão que o evangelho apresenta é o porquê dessa atitude.

Da parte do leproso vemos um belíssimo ato de Fé, percebam as palavras ricas de significado que ele dirige ao Mestre “Senhor, se queres…”, essa expressão, somada à sua atitude de prostrar-se diante de Jesus, revela a grande confiança que ele deposita naquele homem e assim ele supera toda a liderança religiosa do seu tempo, que olhava Jesus com desconfiança, isso é, não o aceitava como Senhor.

É bom lembrar que o leproso era alguém excluído e banido do sistema religioso, pois sendo impuro, não tinha a menor chance de ser salvo, como em nossos tempos também há pessoas excluídas, não só do ambiente religioso, mas até da sociedade…e que têm toda atenção de Deus, que deseja busca-las com sua infinita misericórdia, dando a elas a salvação, isso é, que recuperem sua dignidade e sintam –se amadas e queridas como as que vivem religiosamente corretas.

Por isso Jesus age com toda misericórdia, que é a base das relações de Deus para com o homem “Estendeu a mão, tocou-o e disse: eu quero, sê curado”. No templo, o reconhecimento da cura passava por todo um ritual onde o homem curado tinha de oferecer alguma oferta. Diante de Jesus o homem reconheceu-se pequeno, totalmente dependente da misericórdia Divina: se queres…

Para que a cura se tornasse oficial, de fato era necessária a homologação do templo, através do ritual conduzido pelo Sacerdote. Jesus não menospreza a religião do Judaísmo, apenas quer mostrar que a cura verdadeira de todo ser humano, isso é a Salvação, vem de Deus, onde o rito, e as normas religiosas, era apenas um sinal, uma visibilidade da Graça concedida. É uma forma de dizer aos seus conterrâneos que Aquele que era maior que a Lei, já estava no meio deles.

Igreja com toda a sua liturgia, sacramentos e práticas pastorais, deve ter sempre essa consciência de que ela é o Sacramento da Salvação, e que a Graça concedida e o Reino inaugurado, é maior que a própria Igreja, o próprio Jesus é o primeiro Sacramento que a igreja deve oferecer aos homens. Sem isso, os demais sacramentos poderão cair apenas em um ritualismo que nenhum impacto terá na vida dos que o recebem.

(Diác. José da Cruz).

(15) – REFLEXÃO

O Evangelho de hoje nos mostra coisas muito interessantes. Inicialmente, Jesus desce do monte, o que nos mostra que devemos subir ao monte para conversar sobre coisas importantes, mas não podemos ficar lá para sempre, precisamos descer. As multidões o seguiam, porque o discurso do Evangelho convence, faz com que as pessoas deem sua adesão a Jesus e à causa do Reino. Por fim, nos mostra que as verdades refletidas sobre o monte devem ser vividas, pois Jesus faz isso, vendo a necessidade de quem dele se aproxima e fazendo o que está ao seu alcance para que o mal seja vencido e todas as pessoas possam ter uma vida digna de filhos e filhas de Deus.

(20) – SEJA PURIFICADO!

Santo e puro, Jesus nos faz puros. Nossas imundícies não o afastam de nós; antes, ele se move na direção do pecador, pronto a injetar em nós a sua santidade.

S. João Crisóstomo [+407] comenta este Evangelho: “Um leproso se aproxima de Jesus, dizendo: ‘Senhor, se queres, tu podes me purificar’. Grandes eram a discrição e a fé daquele que assim se aproximava. Ele evitou interromper o discurso de Jesus e não atravessou a multidão que o ouvia, mas esperou o momento oportuno e se avizinhou do Senhor quando ele desceu do monte.

Não se dirigiu a ele de maneira banal, mas com grande fervor, caindo de joelhos, como diz outro evangelista, com profunda fé e uma ideia exata a respeito de Cristo. Ele não diz ‘se pedes a Deus’, nem ‘se rezares’, mas ‘se tu queres, podes purificar-me’. Ele também não diz ‘Senhor, purifica-me’, mas se entrega a ele por inteiro, deixa-O como senhor de sua cura e presta homenagem à sua onipotência…

Jesus não responde ‘seja purificado’, mas ‘eu o quero, seja purificado’ … Por estas palavras, ele queria fortalecer todo o povo, assim como o leproso, na convicção que eles tinham de seu poder. Por isso é que ele diz ‘eu o quero’. E não se contentou de dizê-lo sem o fazer, mas seguiu-se o ato de imediato.

Se Jesus se tivesse exprimido mal, se sua palavra tivesse sido uma blasfêmia, teria sido impedida a sua ação. Ora, ao contrário, a coisa é executada com espantosa prontidão, mais rápida até do que o Evangelho pode dizer, pois a expressão ‘no mesmo instante’ é lenta demais para traduzir a rapidez do ato.

O Senhor não diz apenas ‘eu quero, seja curado’, mas estende a mão e toca o leproso. Isto merece o máximo de nossa atenção! De fato, por que ele o toca com a mão, quando bastava querer e falar para o purificar? Parece-me que ele não tinha outro motivo, senão demonstrar que não estava sob a Lei, mas acima da Lei, e que nada é impuro para aquele que é puro.

A mão do Senhor não se tornou impura ao contato com o leproso; ao contrário, o corpo de leproso foi purificado por aquela mão santíssima. É que o Cristo não veio apenas para curar os corpos, mas para elevar as almas à santidade… e nos ensinar que a única lepra a temer é a do pecado…

Após ter curado o corpo do leproso, Jesus lhe ordena que nada diga a ninguém, mas ir mostrar-se ao sacerdote e fazer a oferenda que Moisés prescrevera para lhe servir de atestado. Jesus o remete à Lei, assim fechando a boca de seus adversários. Para que não o acusem de se arrogar a honra dos sacerdotes, ele realiza sua obra e, depois, deixa a eles o cuidado de comprová-la e avaliar a autenticidade de seus milagres.”

Orai sem cessar: “Senhor, purifica-me de meu pecado!” (Sl 51,4).

(Antônio Carlos Santini).

(24) – SENHOR, SE QUERES, TENS O PODER DE PURIFICAR-ME

Hoje, o Evangelho nos mostra um leproso, cheio de dor e consciente de sua enfermidade, que chega a Jesus pedindo-lhe: “Senhor, se queres, tens o poder de purificar-me” (Mt 8,2). Também nos, ao ver tão próximo o Senhor e tão longe de nossa cabeça, nosso coração e nossas mãos de seu projeto de salvação, teríamos que sentir-nos ávidos e capazes de formular a mesma expressão do leproso: “Senhor, se queres podes limpar-me”.

Pois bem, se impõe uma pergunta:

Uma sociedade que não tem consciência do pecado pode pedir perdão ao Senhor?

Pode pedir alguma purificação?

Todos conhecem muita gente que sofre e cujo coração está ferido, mas seu drama é que não sempre é consciente de sua situação pessoal. Apesar de tudo, Jesus continua passando para o nosso lado, a cada dia (cf. Mt 28,20), e espera a mesma petição: “Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”. No entanto, nos também devemos colaborar. Santo Agostinho nos lembra em sua clássica sentença: “Aquele que te criou sem ti, não te salvará sem ti”. É necessário, pois, que sejamos capazes de pedir ao Senhor que nos ajude, que queremos mudar com sua ajuda.

Alguém se perguntará: por que é tão importante notar, converter-se e desejar mudar?

Simplesmente porque, do contrário, continuaríamos sem poder dar uma resposta afirmativa à pergunta anterior, na que dizíamos que una sociedade sem consciência do pecado dificilmente sentirá desejos ou necessidade de procurar o Senhor para formular sua petição de ajuda.

Por isso, quando chega o momento do arrependimento, o momento da confissão sacramental, é preciso desfazer-se do passado, das manchas que infectam nosso corpo e nossa alma. Não duvidemos: pedir perdão é um grande momento de iniciação cristã, porque é o momento em que nos cai a venda dos olhos.

E se alguém nota a sua situação e não quer converter-se?

Diz um ditado popular: “Não há pior cego do que aquele que não quer ver”.

(Rev. D. Xavier ROMERO i Galdeano (Cervera, Lleida, Espanha)).

(25) – CURA DE UM LEPROSO

Na certeza de que Jesus é capaz de aliviá-los das aflições e doenças, os discípulos depositam nele suas preocupações. Agora, lá está um leproso, que lhe suplica: “Senhor, se queres, tens poder para purificar-me”. Pela Lei mosaica, a lepra era considerada uma doença passível de excomunhão. Quem a contraísse seria excluído do convívio comunitário e se, por acaso, alguém fosse curado, ele devia submeter-se ao rito de purificação. Por isso, ao milagre da cura de um leproso, sinal dos tempos messiânicos, liga-se a purificação.

Apesar de tais restrições e normas, ele não hesita em aproximar-se do Mestre. Este sereno, não o rejeita nem dele se afasta, acolhe-o. A cena comove os Apóstolos, levando-os à admiração e ao enlevo espiritual. De sua parte, profundamente sensibilizado, o leproso se prosterna, em sinal de adoração e, num ato de profunda humildade e de abandono confiante, implora: “Se queres, podes limpar-me”.

Colocando-se acima da interdição da Lei, Jesus estende a mão e o toca. Toca-o, ciente de que, longe de ser contaminado pelo leproso, ele pode purificá-lo. Aos ouvidos dos discípulos, soam as palavras de Jesus: não é do exterior que provém a impureza, mas sim do interior do coração. Assim, “movido de compaixão, estendeu a mão, tocou-o e disse: ‘Eu quero, sê curado’”. S. Cirilo de Alexandria comenta: “Ele lhe concede o toque de sua mão santa e onipotente e, imediatamente, a lepra se afastou dele e o seu sofrimento terminou”. Então, o santo alexandrino exclama: “Uni-vos a mim na adoração a Cristo, que exercia contemporaneamente o poder divino e corpóreo, Ele o cura e o toca”. Orígenes dirá que Jesus “o tocou para demonstrar humildade e ensinar-nos a não desprezar ninguém, por causa das feridas ou manchas do corpo”. E continua: “Que não haja em nossa alma a lepra do pecado; que não retenhamos em nosso coração nenhuma contaminação de culpa, e se a tivermos, adoremos ao Senhor e lhe digamos: ‘Senhor, se queres, podes limpar-me’”.

Apesar de ser miraculosa, a cura do leproso não é, simplesmente, uma ocorrência medicinal. É fruto da ternura de Jesus, principalmente. Ele “tem compaixão” e o leproso, curado em sua carne, sentiu-se, sobretudo, amado, aceito e reabilitado. Os santos, tocados em seu íntimo, elevam-se à contemplação do espiritual. S. Francisco de Assis, por exemplo, vendo um leproso, dele se aproxima e ao beijá-lo sente doçura em sua alma e profunda paz em seu coração. Esse fato transforma sua vida e caracteriza sua conversão como entrega radical ao Senhor, pois, no leproso, Francisco experimenta Deus, que, com suavidade e rigor, o chama a crescer, cada vez mais, na acolhida do Mistério do seu amor. Não houve necessidade de muitas experiências, uma única já o conduz à visão de um mundo novo, mais fraterno e solidário. Então, ele compreende as palavras do Senhor: “Quem não renunciar a si mesmo e tomar a sua cruz não é digno de mim”. S. Isaac, referindo-se às palavras do leproso, comenta que ele confessa duas coisas, “sua impureza e o poder do Senhor, e implora uma terceira: a cura”. E ele conclui: “Todo homem que invoca o nome do Senhor, com confiança, será salvo e ouvirá: ‘Eu quero, sê curado’”.

(Bispo Dom Fernando).

(7) – SANTO IRINEU

Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna, no ano 130. Foi discípulo de Policarpo, outro Padre e santo da Igreja. Dele Irineu pôde recolher ainda viva a tradição apostólica, pois Policarpo fora consagrado bispo pelo próprio João Evangelista, o que torna importantíssimos os seus testemunhos doutrinais.

Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por são Policarpo, que o enviou para a Gália, atual França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente. Lá, trabalhou ao lado de Fotino, o primeiro bispo de Lyon, que, em 175, o enviou a Roma para, junto do papa Eleutério, resolver a delicada questão doutrinal dos hereges montanistas. Esses fanáticos, vindos do Oriente, pregavam o desprezo pelas coisas do mundo, anunciando o breve retorno de Cristo para o juízo final.

Contudo tanto o papa quanto Irineu foram tomados pela surpresa da bárbara perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio. Rapidamente, em 177, ela atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé.

Um ano depois, Irineu retornou a Lyon, onde foi eleito e aclamado sucessor do bispo mártir, Fotino. Nesse cargo ele permaneceu vinte e cinco anos. Ocupou-se da evangelização e combateu, principalmente, a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Obteve êxito, junto ao papa Vitor I, na questão da comemoração da festa da Páscoa, quando lhe pediu que atuasse com moderação para manter a união entre a Igreja do Ocidente e a do Oriente.

A sua obra escrita mais importante foi o tratado “Contra as heresias”, onde trata da falsa gnose, e depois, de todas as outras heresias da época. O texto grego foi perdido, mas existem as traduções latina, armênia e siríaca.

Importante não só do lado teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro vivo das batalhas e lutas de então.

Mais tarde, um outro tratado, chamado “Demonstração da pregação apostólica”, foi encontrado inteiro, numa tradução armênia. Além de vários fragmentos de outras obras, cartas, discursos e pequenos tratados.

Irineu morreu como mártir no dia 28 de junho de 202, em Lyon, e sua festa litúrgica ocorre nesta data. As relíquias de santo Irineu estão sepultadas, junto com os mártires da Igreja de Lyon, na catedral desta cidade.

NINGUÉM AMA O QUE NÃO CONHECE

CELEBRAÇÃO DE HOJE

SANTOIRINEU, BISPO E MÁRTIR (VERMELHO, PREFÁCIO COMUM OU DOS SANTOS – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

RITOS INICIAIS:

– Monição Ambiental ou Comentário Inicial

Celebramos hoje um grande santo da Igreja, Santo Irineu, pelo que fez e por ser considerado o último da geração apostólica. Foi educado por São Policarpo, discípulo de São João. Foi grande escritor cristão do século II. Como teólogo, foi equilibrado e penetrou profundamente o mistério da encarnação redentora de Cristo, e autêntico pastor no serviço da Igreja. A nós renova-se o convite divino para que sejamos santos também.

– Canto e Procissão de Entrada

– Antífona da entrada

Farei surgir um sacerdote fiel, que agirá segundo o meu coração e a minha vontade, diz o Senhor (1Sm 2,35).

– Saudação ao Altar e ao Povo Reunido

– Ato Penitencial

– Senhor, Tende Piedade

– Glória a Deus nas Alturas

– Oração do Dia ou Oração da Coleta

Ó Deus, vós concedestes ao bispo santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e a paz da Igreja; renovai em nós a fé e a caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a concórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DA PALAVRA:

– Monição para a(s) Leitura(s)

Os necessitados acorrem a Jesus: o leproso, os doentes e também nós. Todos encontram nele presença, apoio e a cura. Sua misericórdia deseja a liberdade plena da pessoa. Compreendamos, pois, a história da salvação que continua a realizar-se entre nós. Escutemos a Palavra de Deus.

– Silêncio

– Proclamação da 1ª Leitura

– Silêncio

– Proclamação do Salmo

– Silêncio

– Proclamação da 2ª Leitura

– Monição para o Evangelho

— Aleluia, aleluia, aleluia.

— Aleluia, aleluia, aleluia.

— O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas. (Mt 8,17).

– Canto de Aclamação

– Proclamação do Evangelho

– Homilia ou Pregação

– Profissão de Fé

– Oração Universal ou Oração dos Fiéis

Conforme nos orienta a IGMR, no Cap. II, LETRA B, números 69, 70 e 71, vamos deixar que cada Comunidade possa realizar a sua Oração Universal colocando nela, a sua realidade comunitária, não devendo esquecer que, normalmente serão estas as séries de intenções, além das pessoais de cada um, caso seja dada a oportunidade pelo celebrante ao povo de se expressar:

a) Intenções pelas necessidades da Igreja;

b) Intenções pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo;

c) Intenções pelos que sofrem qualquer dificuldade;

d) Intenções pela comunidade local;

e) Intenções pessoais da comunidade.

LITURGIA EUCARÍSTICA / PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS:

– Canto e Procissão das Oferendas

– Apresentação do Pão e do Vinho

– Presidente Lava as Mãos

– Orai, Irmãos!

– Oração sobre as Oferendas

Possa glorificar-vos, ó Deus, este sacrifício oferecido com alegria na festa de santo Irineu; que ele nos leve a amar a verdade, para guardarmos inabaláveis a fé e a unidade da Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.

LITURGIA EUCARÍSTICA / ORAÇÃO EUCARÍSTICA OU ANÁFORA:

– Prefácio e “Santo”

– Invocação do Espírito Santo

– Narrativa da Ceia

– Consagração do Pão e do Vinho

– “Eis o Mistério da Fé!”

– Lembra Morte e Ressurreição de Jesus

– Orações pela Igreja

– Louvor Final (Por Cristo…)

LITURGIA EUCARÍSTICA / RITO DA COMUNHÃO:

– Pai-Nosso (Oração do Senhor) e Oração seguinte

– Rito da Paz ou Saudação da Paz

– Fração do Pão

– Cordeiro de Deus

– Felizes os Convidados!

– Distribuição da Comunhão aos fiéis e Canto da Comunhão

– Silêncio Eucarístico ou Canto de Ação de Graças

– Antífona da Comunhão

Eu vim para que tenham a vida e a tenham cada vez mais, diz o Senhor (Jo 10,10).

– Oração depois da Comunhão

Ó Deus, por estes sagrados mistérios, aumentai em nós aquela fé que, mantida até o fim, coroou de glória santo Irineu; dai que também nós sejamos justificados, seguindo-a fielmente. Por Cristo, nosso Senhor.

RITOS FINAIS OU RITOS DE ENCERRAMENTO:

– Comunicados e Convites

– Saudação e Bênção Final

– Despedida (Ide em Paz!)

FONTES DE CONSULTAS E PESQUISAS:

Vamos expor a seguir de onde pertencem os textos que nos preenchem todos os dias, nos dando um caminho com mais sabedoria, simplicidade e amor.

FONTE PRINCIPAL DE PESQUISA E INSPIRAÇÃO

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FONTE DE CONSULTA – IGMR (INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO – 1ª EDIÇÃO / 2008)

IGMR

REFLITA:

O importante não é a pessoa que escreve, mas quem foi que inspirou essa pessoa a escrever.

O importante não é como se lê o que está escrito, mas como se age.

O importante não é sentar-se à direita ou a esquerda do Pai, mas sim, realizar o trabalho que Ele nos pede.

Ter conhecimento não é ter sabedoria, sabedoria é saber compartilhar o conhecimento.

(0) – Blog Liturgia Diária da Palavra de Deus (Reflexões e Comentários);

(1) – Periódico Mensal: Liturgia Diária (Editoras Paulinas e Paulus);

(2) – Periódico Mensal: Deus Conosco (Editora Santuário);

(3) – Portal Editora Santuário;

(4) – Portal Editora Paulinas;

(5) – Portal Editora Paulus;

(6) – Portal e Blog Canção Nova;

(7) – Portal Dom Total;

(8) – Portal Católica Net;

(9) – Portal Católico Orante;

(10) – Portal Edições Loyola Jesuítas;

(11) – Portal de Catequese Católica;

(12) – Portal Evangelho Quotidiano;

(13) – Blog Homilia Dominical;

(14) – Blog Liturgia Diária Comentada;

(15) – Portal CNBB (A Palavra de Deus na Vida);

(16) – Portal Catequisar: Catequese Católica;

(17) – Portal Universo Católico;

(18) – Portal Paróquia São Jorge Mártir;

(19) – Portal Catedral FM 106,7;

(20) – Portal Comunidade Católica Nova Aliança;

(21) – Portal Comunidade Resgate;

(22) – Portal Fraternidade O Caminho;

(23) – Portal Católico na Net;

(24) – Portal Evangeli.net;

(25) – Portal Padre Marcelo Rossi;

(26) – Portal Grupo de Oração Sopro de Vida;

(27) – Portal NPD Brasil.

MINHA MENSAGEM PESSOAL PARA MIM MESMO.

Mais vale o desconforto da VERDADE, do que a comodidade da MENTIRA.

E usando a essência da Oração da Serenidade, devo orar:

Ó meu Deus e Senhor, Pai de misericórdia e Salvação,

que em seu Filho Jesus perdoou os nossos pecados,

e com o seu Santo Espírito, paráclito nesse nosso mundo que caminha conosco,

apenas em Ti posso almejar a vida eterna, socorre-me e ouvi-me:

Se o ERRO está em mim, que DEUS possa me dar a HUMILDADE de aceitar que estou errado.

Que Jesus me dê a SERENIDADE, para aceitar que tem coisas que não posso mudar.

E que o Espírito Santo me dê a CORAGEM, suficiente para mudar aquelas coisas que dependem de mim, mesmo que sejam difíceis.

E para complementar os alicerces de orações da minha vida, faço como o santo Tomás de Aquino:

“Concede-me, Deus misericordioso, que deseje com ardor o que tu aprovas, que o procure com prudência, que o reconheça em verdade, que o cumpra na perfeição, para louvor e glória do teu nome.

Põe ordem na minha vida, ó meu Deus, e permite-me que conheça o que tu queres que eu faça, concede-me que o cumpra como é necessário e como é útil para a minha alma.

Concede-me, Senhor meu Deus, que não me perca no meio da prosperidade nem da adversidade; não deixes que a adversidade me deprima, nem que a prosperidade me exalte.

Que nada me alegre ou me entristeça para além do que conduz a ti.”

Viver CORRETO e falar a VERDADE hoje são tão difíceis quanto na época de Jesus, pois é muito mais fácil aceitar a MENTIRA e fazer o ERRADO.

Viver no CAMINHO, VERDADE E VIDA, que é o próprio Cristo Jesus, tem que ser uma caminhada diária.

O futuro é desejo e pensamento.

O passado é aprendizado e lembrança.

O hoje é realidade, isso quer dizer: CRISTO.

Meus amigos(as) de coração, meus irmãos(ãs) em Cristo Jesus, lembrem-se:

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

“Não julgues para não seres julgados.”

“A quem é muito dado, muito será cobrado.”

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